Do Homossexualismo ao direito de ser livre
por: Anderson Castro e Tiago Silveira - Juventude do PSTU
O dia 17 de maio entrou para o
calendário do movimento LGBT’s como o Dia Internacional de Combate a
Homofobia. Esse é o dia em que a OMS (Organização Mundial da Saúde)
retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais
(homossexualismo). Direito, esse, conquistado com muita luta e
organização de LGBT’s para exercer sua sexualidade. Num breve histórico
da luta dos homossexuais pela igualdade de direitos, vemos uma constante
ofensiva ideológica, no sentido da preservação de uma moral que
discrimina e oprime mulheres e homens no capitalismo. A luta contra as
fogueiras, contra legislações que condenavam e perseguiam, a luta contra
os campos de concentração que torturavam e matavam. Podemos aqui citar
inúmeras perseguições aos que “saiam do padrão”.
No século XX, a Revolução Russa foi
onde mulheres e homens tiveram a mais importante vitória na luta pela
igualdade, sendo o momento em que os homossexuais tiveram a equidade dos
seus direitos, abolindo toda e qualquer legislação que condenava,
mulheres e homens, por atos sexuais. Também marco da luta contra a
opressão e discriminação aos homossexuais foi o 28 de junho de 1969,
quando gays, lésbicas e travestis rebelaram-se contra a repressão
policial, tomaram as ruas, tombaram e incendiaram carros, levantaram
barricadas e transformaram o Bar Stonewall - NY (onde a revolta teve
início) em “marco zero” da luta contra a homofobia, influenciados pelo
maio de 68.
No Brasil dos anos 80, quando o país
era estremecido pelas greves do ABC paulista, cerca de 50 homossexuais
entraram com faixas e cartazes em plena greve dos metalúrgicos apoiando a
luta da classe trabalhadora elxs foram aplaudidos pelos mais 100mil
operários, num gesto que demonstra que a luta dos explorados e oprimidos
deve ser uma só.
Criminalização da Homofobia Já!
Vivemos uma ofensiva brutal por parte
dos setores mais reacionários e conservadores de nossa sociedade. Vimos
no governo Lula, a falsa campanha “Brasil sem Homofobia” que em nada
diminuiu as agressões e mortes de homossexuais no Brasil. Hoje estamos
no segundo ano do mandato de Dilma e não foram poucos os “Bolssonaros”
que apareceram por ai. Iremos para 10 anos de um governo de “Frente
Popular” e hoje somos o país campeão mundial de violência homofóbica.
São cerca de 250 assassinatos por anos, e os números só crescem. Apenas
em janeiro de 2012 foram 36 mortes. Mesmo assim presenciamos “acordões”
como o de Marta Suplicy (PT/SP) com os senadores Marcelo Crivella
(PRB-RJ), ligado à Igreja Universal, e Demóstenes Torres (DEM-GO), líder
do DEM no senado, que fizeram a mutilação do Projeto de Lei 122/06 que
criminalizaria a homofobia, retirando ponto importantes como a proteção à
demonstração pública de afeto e a criminalização do discurso
homofóbico. Não podemos esquecer também do veto do “Kit Anti-Homofobia”,
que iria incentivar o debate na escola no sentido de conscientizar e
apresentar a questão da sexualidade desde a infância.
Paridade de direitos entre homossexuais e heterossexuais!
O PSTU defende o casamento Gay, nos
termos da Constituição Federal de 1988 que mostra, no parágrafo primeiro
do artigo 226, que o casamento não é religioso, “é civil e gratuita a
celebração”, um procedimento jurídico ministrado num cartório por um
juiz de paz. Também defende o direito à adoção, o acesso ao crédito por
casais do mesmo sexo, licença-maternidade e paternidade, creches,
reconhecimento do nome social de travestis e transgêneros em documentos e
órgãos públicos e privados, uma rede de saúde 100% pública e laica que
atenda às especificidades dos LGBT’s. Exige também a retirada da
resolução da Anvisa que proíbe homossexuais de doarem sangue, a inclusão
da educação sexual nas escolas e cursos de formação de professores e a
criminalização da homofobia.
O dia 17 de maio deve ser marcado como
um dia de luta contra a opressão e discriminação à Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transgêneros. O dia de erguer a bandeira da
paridade de direitos entre homossexuais e heterossexuais. Para nós, a
defesa incondicional da mais ampla liberdade de expressão sexual é parte
da luta pela construção de um verdadeiro socialismo.
No dia 12 de Junho a ANEL, o
DCE/UFRGS, e outros coletivos irão organizar o 2° Beijaço em Porto
Alegre, Participe de mais um Ato em defesa da igualdade, Contra a
Homofobia!
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