Juventude islâmica radical
Milhares de jovens que partiram rumo ao Iraque para, voluntariamente, enfrentar as tropas americanas, agora se dispersam pelo Oriente Médio, Europa e Ásia Central. Esses combatentes, a maioria sem qualquer engajamento político anterior, retornam a seus países alimentados por uma ideologia extremista e endurecidos pela guerra
Vicken Cheterian - LeMondeDiplomatique-BR
Vale de Bekaa, Líbano. Abu Talha mora no vilarejo de Majdel Anjar. O contato não foi fácil: alguns dias antes, as forças de segurança libanesas haviam descoberto uma célula da Al-Qaeda em Bar Elias, não longe dali, e capturaram numerosos “antigos do Iraque”. “Aceitei conceder esta entrevista para que seus leitores conheçam nossas idéias”, diz ele.
Logo após a invasão do Iraque, em 2003, Talha respondeu um chamado à resistência do dirigente islâmico Abu Musab al-Zarqawi. Ele não fazia parte do primeiro grupo de voluntários de sua cidade e passaram-se seis meses desde o contato com os recrutadores até que ele recebesse o sinal verde. “Estavam verificando minha identidade, minha determinação e, também, conduzindo com cautela os preparativos complexos de uma viagem como essa”, explica ele.
Abu Talha se juntou, então, a um grupo de quatro homens que se fizeram passar por vendedores de tâmaras. Partiram primeiro para Kamishli, na Síria, onde um atravessador cobrou US$ 300 de cada um para levá-los a Bagdá. As forças de segurança sírias, porém, cercaram o vilarejo onde eles estavam reunidos, o que os obrigou a fugir pelo deserto, onde, por sua vez, se perderam. Vagaram por dias até alcançarem Bagdá, mas já era tarde para o encontro marcado com o contato da rede. Procuraram até encontrar Abu Anas Al-Chami, assistente de al-Zarqawi – ambos assassinados posteriormente. Talha aguardou seu destino com paciência, em diversos apartamentos em Bagdá e depois em Falouja, ao lado de outros voluntários árabes que esperavam ser chamados para uma operação suicida. Porém, eram muitos os candidatos e as possibilidades logísticas pareciam limitadas. Após um mês, foi enviado de volta a casa, se engajando então na difusão da palavra divina e na arrecadação de fundos para a rede. Durante nossa conversação, ele se refere inúmeras vezes à “nobreza” e “coragem” de Zarqawi. “Desde seu martírio, ninguém conseguiu substituílo”, proclama ele. E a Al-Qaeda? “Al-Qaeda é mais uma idéia do que uma organização”. Meses antes da invasão americana de 2003, voluntários de diversos países árabes haviam se agrupado no Iraque. A rápida queda do regime os deixou desmoralizados, sem objetivo. Aqueles que conseguiram voltar às suas casas estavam, em geral, arrasados, fisicamente ou psicologicamente. Foram substituídos por uma segunda leva, recrutada não para defender o regime baasista, mas para enfrentar o exército de ocupação.
Tratava-se de islâmicos impregnados pelas ideologias jihadistas-takfiristas [1] da geração de “árabes afegãos” que os precedia. Desde 2006, muitos deles partiram para seu país natal ou para outra destinação.
Os “antigos do Iraque” estabelecem relações complexas com os governos, diferentemente da geração anterior de jihadistas combatentes durante a ocupação soviética, que se beneficiaram tanto do apoio de diversos países árabes, quanto dos Estados Unidos. Encorajados pelos primeiros e reprimidos pelos últimos, acuados por todos, os “antigos” foram, sobretudo, instrumentalizados. Estima-se que sejam milhares: mais de dois mil iemenitas, dois mil da Arábia Saudita, dois mil tunisianos e mil jordanianos [2].
Os árabes afegãos possuíam escritórios mais ou menos oficiais em países do Golfo nos anos de 1980, e chegavam até a se beneficiar de tarifas reduzidas em vôos para as bases paquistanesas. A nova geração não goza de tais privilégios. Ao contrário, milhares já foram detidos por autoridades sírias ou jordanianas e reenviados aos seus países de origem, onde foram encarcerados – 900 na Tunísia, 400 na Argélia etc.
Graças a esses combatentes, o Grupo Salafista para a Predicação e Combate (GSPC) argelino, muito enfraquecido, pôde renascer e se tornar o braço magrebiano da Al- Qaeda [3]. Esses números são elevados, se comparados aos dez ou 15 mil voluntários árabes que seriam derrotados no Afeganistão e que chegaram, em sua maior parte, quando a guerra já estava instaurada.
Até a invasão do Iraque, o movimento jihadista estava relativamente indiferente às causas e às lutas do mundo árabe. Com inspiração de seus irmãos muçulmanos, treinados no Afeganistão ao longo dos anos de 1980, esse movimento levou o jihad para a Bósnia e para o Tajiquistão no início dos anos de 1990. Em seguida, no início de 1995, uma dúzia de jihadistas também chegou à Chechênia, conduzida por Khattab (cujo verdadeiro nome é Samir Al-Suwailem), personagem conhecido por sua brutalidade. Mas, para o mundo árabe, o Afeganistão, a Bósnia e a Chechênia continuaram periféricos, geograficamente e, sobretudo, simbolicamente.
O debate sobre os movimentos jihadistas se manterem distantes do conflito entre palestinos e israelenses – a luta central do mundo árabe-muçulmano – vem desde a batalha contra a intervenção soviética no Afeganistão.
Abdullah Azzam, teólogo e líder dos árabes afegãos, mentor de Osama Bin Laden, era ele mesmo palestino. Ele foi bastante questionado sobre o assunto: “A pergunta foi feita inúmeras vezes ao doutor Azzam, em geral na minha presença”, explica desde Londres Abdullah Anas (cujo nome verdadeiro é Budjema Bunua), companheiro e genro do teólogo. “Ele respondeu que certamente a Palestina era seu país, mas que os governos árabes e as organizações de esquerda timham nos impedido de participar da luta por sua libertação.” Portanto, entre a Palestina e o Afeganistão, não tínhamos escolha. Quando os jovens tiveram a oportunidade de se juntar ao jihad na Bósnia, eles partiram para lá. Mesma coisa para a Chechênia. “Não foi fruto de uma decisão estratégica, trava-se, antes, de aproveitar as circunstâncias”, conclui ele.
A Palestina também foi motivo de divergência entre Abu Musab al-Zarqawi e seu mentor, Abu Mohamed al-Maqdisi. Assim que os dois foram libertados de uma prisão da Jordânia em 1999, por uma gentileza real, Zarqawi partiu para o Afeganistão – e em seguida para o Iraque –, enquanto al-Maqdisi, nascido em Naplouse, Palestina, considerava que o jihad deveria privilegiar seu país de origem.
A derrocada persa
Para entender a cultura jihadista, é preciso atentar para duas características. Em primeiro lugar, a ida a um país estrangeiro para participar do jihad é, em geral, designada pelo vocábulo hijra, ou “migração”. É o termo que descreve a imigração do profeta Maomé, e de seus companheiros, de Meca a Medina no ano de 622 da Era Cristã, acontecimento fundamental no islamismo e que marca o início do calendário muçulmano: para um jihadista, estar no Afeganistão ou no Iraque constitui uma experiência mística semelhante àquela do Profeta e seus companheiros. Muitos militantes usam o nome de guerra de muhajer – a saber, “o imigrante” –, como Abu Hamza al-Muhajer, o suposto sucessor de Zarqawi no Iraque.
Outro mito poderoso é o da destruição de um império por um punhado de jovens munidos apenas de armas leves – da mesma forma que os exércitos muçulmanos do século VII derrubaram o Império Persa. Muitos árabes afegãos acreditam que sua luta não só derrotou o exército soviético, como provocou a queda do próprio império soviético. Hoje, de maneira similar, existe um poderoso mito segundo o qual Zarqawi e os 30 homens que foram seus companheiros desde o começo teriam derrotado o projeto americano no Iraque.
Originário da periferia dos movimentos árabes afegãos, o grupo de Zarqawi tornouse a corrente dominante dos movimentos jihadistas. Diferentemente de outras organizações, como a Al-Qaeda, composta principalmente por sauditas, iemenitas ou egípcios, os fiéis de Zarqawi eram, sobretudo, jordanianos, palestinos e sírios [4].
Quando Zarqawi esteve no Afeganistão pela segunda vez, em 1999, estabeleceu seu quartel general perto de Herat, na porção oeste do país, longe das bases tradicionais dos jihadistas árabes, situadas ao redor de Jalalabad ou Kandahar.
Se o jordaniano colaborou com Osaba Bin Laden e Ayman al-Zawahiri, considerava como independente o grupo sob seu comando – Al-Tawhid wal Jihad (“Monoteísmo e Guerra Santa”): seu objetivo era preparar sua rede para o retorno à Jordânia. No início, Zarqawi estabeleceu contatos no Irã e no Curdiquistão iraquiano. Vindo das margens do Islã, Zarqawi levaria a guerra santa ao coração de terras mais prestigiadas: a Mesopotâmia, capital do califado dos abbassidas (750-1258), país das recordações mais gloriosas da civilização islâmica.
As relações entre o grupo de Zarqawi e a Al-Qaeda se revelaram complexas. O ponto de vista das duas formações diferia em várias questões. Zarqawi, que considerava seu grupo independente do de Bin Laden, criticava as posições amenas da Al-Qaeda frente a certos Estados árabes, como a Arábia Saudita, e se recusou a tomar partido na guerra civil afegã ao lado dos talibãs. No Iraque, declarou guerra aos xiitas [5]: o autor do atentado suicida que matou um religioso xiita, Sayed Mohamed Baqir al-Hakim, era ninguém menos que o sogro de Zarqawi (por sua segunda esposa). A Al-Qaeda negou qualquer responsabilidade por esse ataque. Zarqawi se impôs como chefe da resistência jihadista contra a ocupação do Iraque e, apenas em outubro de 2004, alguns meses antes de sua morte, se submeteu (baya’a) a Bin Laden. A nova geração de jihadistas busca respaldo numa escola ideológica ainda mais radical que aquela dos árabes afegãos ou da Al-Qaeda. Sua experiência militar foi muito mais brutal que a do Afeganistão, daí sua visão mais violenta do mundo. Quando Zarqawi chegou ao Iraque em 2002, ele não estava mais rodeado de combatentes leais.
Após a invasão americana, milhares de voluntários de todos os países árabe-islâmicos se deslocaram para o Iraque para combater a ocupação de uma terra muçulmana.
A geração Zarqawi são eles, e está a ponto de suscitar um novo cisma no seio do movimento jihadista. Mais radicais, mais militantes, esses jovens têm sede de operações militares, e sua visão de militância é voltada obrigatoriamente para ações violentas. Suas atividades estão criando novas fontes de instabilidade, como mostra a situação do Iêmen.
O Iêmen é conhecido há tempos pelo abrigo e proteção aos jihadistas. Os combatentes iemenitas eram numerosos entre os árabes afegãos, talvez 3 mil [6]. Depois da retirada das tropas soviéticas do Afeganistão, as autoridades acolheram não só os iemenitas “afegãos”, mas também os jihadistas de outros países. Em 1990, o sul e o norte do Iêmen se unificaram, mas as contradições entre o regime do presidente Ali Abdullah Saleh e seus “parceiros” socialistas do Sul estavam já muito explícitas. Durante a guerra civil de 1994 entre o Norte e o Sul, as brigadas de árabes afegãos tiveram um papel importante no impedimento da tentativa de separação do Sul. O Iêmen é também país de origem da família Bin Laden.
De olho no Iêmen
Após os atentados de 11 de setembro, o Iêmen se encontrou submetido a fortes pressões, pois aos olhos de Washington, “nenhuma operação da Al-Qaeda se desenrolou sem algum vínculo com o Iêmen, seja em forma de armas e dinheiro enviados daqui, seja pelo fato de que um dos executores partiu daqui ou transitou por nosso país”, explica um especialista em organizações jihadistas de Sana.
Temendo um ataque de forças militares americanas contra seu país, o presidente Saleh voou até os EUA, em novembro de 2001, e aceitou cooperar na “guerra contra o terrorismo”. No entanto, as autoridades colocaram em prática uma política de “geometria variável” em relação aos movimentos jihadistas [7]: enquanto dezenas de militantes foram detidos imediatamente, como o egípcio Sayed Imam Al-Sharif – teórico do jihad conhecido como doutor Fadl [8] –, outros foram deixados em liberdade ou conseguiram fugir.
Expulsar os estrangeiros
Sana inaugurou, igualmente, um projeto de diálogo com os prisioneiro jihadistas, conduzido pelo juiz Hamud al-Hitar, hoje ministro de assuntos religiosos (“al-Awqaf”).
“A instauração do diálogo é um dos pilares da política oficial do Iêmen e visa combater o terrorismo”, explica ele. “Descobrimos que cada movimento terrorista possui sua própria base ideológica, e uma idéia não pode ser combatida a não ser por uma idéia contrária. O emprego da força no Afeganistão e no Iraque não conseguiu pacificar ou estabilizar essas regiões.
A Al-Qaeda se funda sobre duas idéiasforças: o takfir contra os regimes árabes e a expulsão de exércitos estrangeiros. Insistimos na legitimidade do Iêmen em estabelecer esse diálogo. “Mostramos também que a diferença de religião ou práticas religiosas não pode justificar a guerra.”
Essa tentativa de diálogo tinha como objetivo corrigir as visões errôneas fundadas sobre referências religiosas. Al-Hitar explicou que esse projeto foi interrompido em 2005 em razão de pressões internas do governo iemenita, que queria combater o “terrorismo” por outros meios. Ele acrescentou que o diálogo concernia os árabes afegãos, mas não os “antigos do Iraque”.
Muitas críticas foram feitas recentemente com relação à política do Iêmen de “luta contra o terrorismo”.
Washington protestou violentamente contra a libertação, em outubro de 2007, de Jamal Badawi, considerado um dos cérebros do atentado contra a embarcação americana US Cole, em 12 de outubro de 2000. Desde então, ele retornou à prisão, mas os EUA tentam sua extradição.
Outra semente de discórdia é a fuga de 23 detentos suspeitos de serem membros da Al-Qaeda de uma prisão de segurança máxima em fevereiro de 2006, sem dúvida com a cumplicidade de alguns guardas. Entre eles, está Naser al-Wahayshi, o novo emir (chefe) da Al-Qaeda no Iêmen.
Um dos principais temas de conflito com Washington é o sheik Abdel Majid al- Zindani. Esse teólogo, conhecido por ter exercido influência sobre Bin Laden durante o jihad afegão, é presidente da universidade islâmica Al-Iman, na capital do Iêmen, e um dos chefes influentes do partido de oposição Al-Islah... que mantém relações estreitas com autoridades governamentais. Ele é procurado pelas autoridades americanas e figura na lista do Comitê de Sanções contra a Al- Qaeda e Talibãs do Conselho de Segurança da ONU. No entanto, Zindani goza de grande apoio entre as confederações tribais do Norte, entre os salafistas e até mesmo entre oficiais iemenitas.
Em reação a um atentado perpetrado em julho de 2007, que matou sete turistas espanhóis, Nasser al-Bahri (cujo nome de guerra é Abou Jandal), ex-guarda-costas de Bin Laden, acusou uma “nova geração” desconectada da organização-mãe: “Esta não é a estratégia de Osama Bin Laden (...).
A nova geração não é essa de Bin Laden, mas a de Abu Musab al-Zarqawi, diferente da Al-Qaeda, mesmo se certos grupos se apropriam desse nome. É a geração do Iraque, dos jovens sem experiência, mal dirigidos e mobilizados a ‘torto e a direito’. Eles pensam que a velha geração não foi capaz de enfrentar o adversário, que são frouxos e os espionam [9]”. Saïd al-Jamhi, pesquisador em ciência política e autor de um livro sobre a Al-Qaeda [10], concorda com essa visão: “O governo do Iêmen se concentra sobre grupos da Al-Qaeda e não presta suficiente atenção à nova geração”.
A série de ataques com explosivos contra alvos ocidentais, em Sana, desde meados de 2007, seria obra de um grupo de jovens jihadistas chamado Kataeb Al-Jound Al-Yama [11]. O objetivo da organização seria obrigar as autoridades a libertar os militantes presos, para acabar com a cooperação com os EUA e seus aliados e, também, dar liberdade de movimento a todos que quiserem levar o jihad para o Iraque, Afeganistão ou Somália. A emergência e as atividades dessa nova geração poderiam colocar em risco o pacto entre autoridades iemenitas e os militantes da Al-Qaeda: um compromisso de não cometer atentados no Iêmen em troca de apoio logístico ao jihad em outras localidades.
As autoridades precisam do apoio do movimento jihadista em duas frentes. Primeiro, face ao crescente descontentamento no Sul do país, onde uma parcela da população se arrepende da unificação em 1990. Segundo, face à contestação tribal zaidita (um dos braços do xiismo), no Norte, desde 2004.
Se o vazio político e a insegurança persistirem no Iêmen, Líbano e outros países, esses jovens poderão encontrar novos dirigentes, novas predicações e novas formas de organização.
[1] O takfirismo denuncia como traidor todos os muçulmanos que não seguem sua orientação. Ver Syed Saleem Shahzad ,“Takfirismo, ideologia messiânica”, Le Monde Diplomatique, agosto de 2007.
[2] Ver Nabil al-Sofi, “Aljihad alyamani fi ali’raq: salafiyun waqabael yandamoun ‘aljihadiyin’” (“O jihad iemenita no Iraque: os salafistas e as tribos se juntam aos ‘jihadistas’”). Al-Hayat, Londres, 11 de abril de 2007; e Rashid Khashana, “Alf shab tunisi mutahamun bilmusharaqa wabiltakhteet lidawr fi ‘almuqawama al’irakiya’” (“Mil jovens tunisianos acusados de querer tomar parte na ‘resistência iraquiana’”), Al-Hayat, 12 abril de 2007.
[3] Muhammad Muqadam, “Al-Qaeda fi bilad almaghreb alarabi’ tujaned lilqital fi al’irak… laken liahdaf fi aljazaer” (Al- Qaeda no Magrebe árabe recruta para combate no Iraque… mas com objetivos na Argélia), Al-Hayat, 9 de setembro de 2007.
[4] Fouad Husein, “Al-Zarqawi, al-Jeel al-Thani lil-Qae’da” (“Zarqawi, a segunda geração da Al-Qaeda”), Beirute, Dar al-Khalil, 2005.
[5] Mas não atacou os parceiros de Mouqtada al-Sadr.
[6] Bruce James, “Arab Veterans of the Afghan War”, Londres, Jane’s Intelligence Review, abril de 1995.
[7] Ver Laurent Bonnefoy, “Entre pressions extérieures et tensions internes, un équilibre instable au Yémen”, Le Monde Diplomatique, outubro de 2006.
[8] Mais de 113 militantes de primeiro escalão são presos, em sua maior parte egípcios. Ver Asharq al-Awsat, Londres, 5 de março de 2004.
[9] Nasser Arrabyee, “Al Qaida not behind tourist attack in Yemen”, Dubai, Gulf News, 10 de julho de 2007.
[10] “Al-Qae’da fi al-Yaman: al-nash’a… al-khalfiya al-fikriya… al-imtidad” (“Al-Qaeda no Iêmen: seu desenvolvimento, raízes e desdobramentos ideológicos”), Sana, 2008.
[11] Gregory D. Johnsen e Brian O’Neill, “Yemen attack reveals struggle among Al-Qaeda’s ranks”, Washington, Jamestown Foundation, 10 de julho de 2007. Em setembro de 2008, um ataque contra a embaixada americana em Saana resultou em 17 mortos.