segunda-feira, 14 de abril de 2008

A CULPA É DO FIDEL!!!!






Marcello Cerqueira

Fidel

Fidel

Nem sempre foram tão estreitas as relações entre os governos dos Estados Unidos e da Colômbia. Em 1903, os colombianos não puderam reagir aos norte-americanos que promoveram e seus fuzileiros navais garantiram um levante “separatista” colombiano que resultou a “independência” do Panamá (até então apenas um dos estados-membro da Colômbia), cujo governo logo concedeu aos norte-americanos direitos perpétuos sobre o Canal do Panamá. Mais tarde, o governo dos Estados Unidos ofereceria 25 milhões de dólares à Colômbia a título de indenização pelo uso do Canal.

Grupos conservadores do Pentágono e do Senado norte-americanos nunca se conformaram com o tratado Carter-Torrijos, de 1977, que comprometeu os Estados Unidos a devolver, embora em etapas, a estratégica Zona do Canal para os panamenhos, o que poderia reabrir a chaga aberta com a expropriação de 1903 por grupos nacionalistas colombianos.

Essa é a razão oculta que dá origem ao reforço da presença norte-americana na Colômbia a pretexto de combater o que chama de narcoterrorismo e afinal a concretização do acordo chamado “Plano Colômbia”, em que o governo Clinton formaliza com governo colombiano de Andrés Pastrana (1998-2002) uma “ajuda” que vai chegar a US$ 4,15 bilhões de dólares nos últimos anos, armamentos militares modernos como versões sofisticadas de helicópteros Black Hawk, aviões de vigilância eletrônica RC-7, aviões Awacs, além – e isto é muito grave – de uma poderosa rede de radares espiões voltada para a Venezuela, para o Equador e para Amazônia brasileira (grifei Amazônia brasileira), instrutores militares (eufemismo para a presença de efetivos militares, como no Vietnam), a base Militar em Manta, alem da ação desenvolta dos agentes da CIA e do Departamento antidrogas (DEA) e de famosas corporações militares “privadas” como a DynCopr, a ManTech, a TRW e a Matcom, especializadas em “assessorar” governos na produção de informações, contra-informações e inteligência.

Disso resulta, já no governo do segundo Bush, e após o episódio de 11 de setembro de 2001 e a posse do presidente Alvaro Uribe Vélez, eleito em meio a um processo caracterizado pelo recrudescimento da violência e um abstencionismo superior a 52% com base no programa “Segurança Democrática”, que a guerrilha colombiana, ativa desde 1959, será batizada como guerrilha narcoterrorista, embora não existam ‘terroristas” na América do Sul, como assinalam a ONU e o governo brasileiro, por exemplo.

Bom lembrar que o jornalista Joseph Contreras, da revista norte-americana Newsweek, então observou que nos fins dos anos 70 Álvaro Uribe, quando exercia o cargo de presidente da municipalidade de Medellín, trabalhou nos planos de habitação financiados por Pablo Escobar: “Medellín sin tugúrios”, “Medellín Cívico” foram os programas que tornaram Escobar uma “cidadão ilustre e benfeitor”. Entre março de 1980 e agosto de 1982, época do florescimento dos cartéis da droga, Uribe foi Diretor da Aviação Civil, cargo que lhe permitiu conceder licenças para pilotos e autorizações de construção de pistas para os narcotraficantes. Nos anos 90, ao ser eleito Governador de Antioquia, promoveu a criação das Cooperativas de Segurança Privada “Convivir”, iniciativa destinada a legalizar o paramilitarismo.

Como se recorda, Uribe sucedeu a Andrés Pastrana, cujo governo não obteve êxito no acordo com as FARC, e foi sucedido por Ernesto Samper, eleito presidente da Colômbia, em 1994, com financiamento dos Cartéis de Cali e de Medellín e cuja posterior nomeação para embaixador em Paris, por Uribe, levou o ex-presidente Pastrana a renunciar ao posto de embaixador, que então ocupava em Washington, por considerar moralmente incompatível pertencer ao mesmo corpo diplomático que Samper.

Como também se recorda, em 1990, a tentativa do grupo guerrilheiro colombiano do agrupamento M-19, formado por partidários de Rojas Pinilla, que resolveram voltar à vida civil e participar da política partidária e a via eleitoral, como os sandinistas da Nicarágua e os integrantes da Frente Farabundo Marti em El Salvador, foram exterminados – mais de três mil – pelos grupos paramilitares tradicionalmente ligados a Uribe.

A política que Uribe desenvolve na Colômbia esclarece os enfrentamentos militares que pratica para manter sua popularidade interna e conseguir reformar novamente a Constituição para lograr um terceiro mandato, após perder as eleições municipais nas principais cidades do país, como Bogotá, Medellin, Cali. É expediente guerreiro para desviar a atenção dos colombianos para a avaliação do seu governo, que se mantém sob a chantagem da guerra supostamente representando a paz. Na verdade, o governo de Uribe necessita da continuidade da guerra. Lembra-se que dois ministros de Uribe foram afastados pela Justiça e 34 deputados do seu partido foram cassados por envolvimento com o narcotráfico.

Os serviços de inteligência dos Estados Unidoa e o governo Uribe sabiam que Raúl Reyes, principal negociador das FARC, estava em Putumayo, no Equador e próximo à fronteira com a Colômbia para reunir-se com a senadora colombiana Piedade Córdoba e com representantes diplomáticos franceses para dar curso ao acordo humanitário que previa a libertação de reféns, inclusive da ex-senadora Ingrid Betancourt. Assim como antes, a mediação do presidente Chavez permitiu a libertação de Clara Rojas, Consuelo González, Jorge Eduardo Gechem, Gloria Polanco, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán, “prejudicou” os planos continuístas de Uribe, a provável libertação da senadora franco-colombiana poderia afastá-lo do terceiro mandato, já se vê. O massacre do grupo guerrilheiro colombiano enquanto dormiam dá bem a medida da guerra de sangue do presidente Uribe e de sua oposição a qualquer esforço humanitário que entenda minar sua autoridade.

Na seqüência, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou ao jornal francês Le Parisien, que a morte do número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia por militares colombianos “é um erro, um golpe muito duro para o processo de paz e para as negociações que visam a libertação dos reféns”.

Em meio à condenação geral pelo massacre, e a cautelosa reprimenda da OEA, o governo Bush expressa seu integral apoio a Uribe afirmando que “A mensagem de nosso país ao presidente Uribe e ao povo colombiano é que estamos ao lado do nosso aliado democrático”. A mensagem se dá ao mesmo tempo em que a proposta do presidente Bush de manter a política de tortura aos presos políticos em Guantánamo é aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, apesar da forte oposição dos democratas.

O governo Alvaro Uribe é o maior obstáculo para a criação de uma zona neutra e segura que permita a libertação e a troca de prisioneiros e o início da desmilitarização das FARC, com garantias multilaterais de que não se estará a repetir o massacre da desmilitarização do M-19.

Tanto mais difícil quando se sabe que não interessa à política dos Estados Unidos a integração econômica e política do nosso continente. Os fabricantes de guerra já estão instalados em nossas selvas, em nossas fronteiras. A Amazônia é, ninguém ignora, objeto de cobiça internacional. A agressão operada contra a soberania do Equador é grave precedente que ameaça nossa imensa fronteira, sem marcos delimitatórios e sem suficientes guarnições militares a protegê-la.

Pode a política dos Estados Unidos substituir o que hoje chamam de “imposição da paz” com guerra ao terrorismo no Iraque ou no Afeganistão, por um tipo de política salvacionista do “meio ambiente” ameaçado pela inércia – poderão dizer – do governo brasileiro de preservar a Amazônia brasileira. De há muito, nossas Forças Armadas estão atentas a isso e também o governo brasileiro, que mantém uma política externa compatível com os interesses do país.


Nunca é demais alertar a opinião pública sobre o fantasma que ronda nossa soberania. Para um tipo de elite que se envergonha de publicamente declarar-se pró Estados Unidos, não importa a política belicista norte-americana e do seu aliado colombiano, ou que Morales e Chávez não representam ameaça às nossas fronteiras. Nada disso importa: a culpa é do Fidel.


Marcello Cerqueira é advogado.

Duke Ellington - The Great Paris Concert

http://www.kkbox.com.tw/funky/album/74990.jpg





1 Kinda Dukish [live] Ellington 1:52
2 Rockin' in Rhythm [live] Carney, Ellington, Mills 3:47
3 On the Sunny Side of the Street [live] Fields, McHugh 2:58
4 The Star-Crossed Lovers [live] Ellington, Strayhorn 4:18
5 All of Me [live] Marks, Simons 2:35
6 Theme from the Asphalt Jungle [live] Ellington 4:08
7 Concerto for Cootie [live] Ellington 2:31
8 Tutti for Cootie [live] Ellington, Hamilton 2:31
9 Suite Thursday: Misfit Blues [live] Ellington, Strayhorn 3:39
10 Suite Thursday: Schwiphti [live] Ellington, Strayhorn 2:50
11 Suite Thursday: Zweet Zurzday [live] Ellington, Strayhorn 3:55
12 Suite Thursday: Lay-By [live] Ellington, Strayhorn 6:25
13 Perdido [live] Drake, Lengsfelder, Tizol 5:22
14 The Eighth Veil [live] Ellington, Strayhorn 2:33
15 Rose of the Rio Grande [live] Gorman, Leslie, Warren 2:41
16 Cop Out [live] Ellington 6:58
17 Bula [live] Ellington 4:42
18 Jam With Sam [live] Ellington 3:51
19 Happy Go Lucky Local [live] Ellington 3:25
20 Tone Parallel to Harlem [live] Ellington 14:05
21 Don't Get Around Much Anymore [live/*] Ellington, Russell 2:33
22 Do Nothin' Till You Hear from Me [live/*] Ellington, Russell 4:33
23 Black and Tan Fantasy [live/*] Ellington, Miley 2:43
24 Creole Love Call [live/*] Ellington 2:08
25 The Mooche [live/*] Ellington, Mills 5:38
26 Things Ain't What They Used to Be [live/*] Ellington, Persons 2:53
27 Pyramid [live/*] Ellington, Gordon, Mills ... 3:25
28 The Blues [live/*] Ellington 3:36
29 Echoes of Harlem [live/*] Ellington 3:32
30 Satin Doll [live/*] Ellington, Mercer, Strayhorn 2:27




Cat Anderson Trumpet
Lawrence Brown Trombone
Roy Burrowes Trumpet
Harry Carney Clarinet, Sax (Baritone)
Chuck Connors Trombone
Buster Cooper Trombone
Duke Ellington Piano
Paul Gonsalves Sax (Tenor)
Milt Grayson Vocals
Jimmy Hamilton Clarinet, Sax (Tenor)
Johnny Hodges Sax (Alto)
Ray Nance Violin, Cornet
Russell Procope Clarinet, Sax (Alto)
Ernie Shepard Bass
Cootie Williams Trumpet
Sam Woodyard Drums


Gravado na data de 01 à 23 de fevereiro de 1963.

Downloads abaixo:

http://rapidshare.com/files/106205859/duke_ellington_-_1963_-_the_great_paris_concert.part1.rar
http://rapidshare.com/files/106217449/duke_ellington_-_1963_-_the_great_paris_concert.part2.rar
http://rapidshare.com/files/106226291/duke_ellington_-_1963_-_the_great_paris_concert.part3.rar

Dossiê Tarkovsky vol 1

Dossiê Tarkovski - Volume I: Dossiê Tarkovski é uma série de quatro DVD´s documentando várias entrevistas, depoimentos, e cenas de bastidores com os atores e colaboradores do poeta e cineasta. Com estes raros e inéditos depoimentos, podemos ter uma idéia profunda de como um dos maiores e mais geniais artistas do pós-guerra pensava sobre cinema, arte, e a vida. Agradeço a mfcorrea pela sua colaboração com o rip e as legendas.
Screenshots

Elenco
Informações sobre o filme
Informações sobre o release

Gênero: Documentario
Diretor: Andrei Tarkovsky
Duração: 119 minutos
Ano de Lançamento: 2000
País de Origem: Russia
Idioma do Áudio: Russo
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: Xvid
Áudio Codec: Mp3
Áudio Bitrate: 128 Kbps
Resolução: 624x432
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 29.970 FPS
Tamanho: 1.4 Gb
Legendas: No torrent
Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.
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Este post foi editado por sonicalchemy: 09/04/2008 - 21:46
Arquivo(s) anexado(s)

Perda total do Estado de Direito


A decisão do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), no dia 9 de abril, sobre o Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS), foi um ato totalitário, imediatista, irresponsável e obscurantista através da qual o atual Governo do Estado está impondo o licenciamento ambiental para a silvicultura na chamada metade sul do Estado. A avaliação é de Celso Marques, membro do Conselho Superior da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), em artigo publicado no site da entidade.

“Este processo”, escreve Maques, “decisivo para o futuro da nossa campanha, caso não seja disciplinado e normatizado cientificamente, comprometerá de 500 mil a um milhão de hectares dos nossos campos nativos em uma geração. Quando isto acontecer, os atuais gestores da coisa pública já estarão mortos e não poderão mais ser questionados e responsabilizados”.

O conselheiro da Agapan critica duramente o modo como o governo Yeda Crusius (PSDB) vem tratando a questão ambiental: “Os meios de que o governo do estado vem se valendo para impor os interesses das grandes empresas nacionais e estrangeiras do ramo madeira-celulose-papel formam um rosário de irregularidades legais e administrativas. Elas vão desde uma verdadeira intervenção governamental no órgão ambiental do estado, a Fepam, mudando sucessivamente sua direção; impondo um regime de terror com ameaças aos funcionários e perseguições efetivas aos técnicos que, a bem do serviço público, discordaram das imposições políticas do governo na normatização do setor; até a culminância das irregularidades e atropelos à legislação e à ética que foi o encaminhamento da aprovação do Zoneamento Ambiental da Silvicultura, no Conselho Estadual do Meio Ambiente”.


A luta continua até o último índio!

por paula


Carta dos povos indígenas da Raposa Serra do Sol
Carta dos povos indígenas da Raposa Serra do Sol
Nós, comunidades indígenas da Raposa Serra do Sol, diante da determinação do Supremo Tribunal Federal, a pedido do governo do Estado de Roraima, manifestamos:

Há mais de 30 anos, sofremos com um doloroso processo de reconquista das nossas terras, que acreditávamos seria concretizado pelo Estado Brasileiro, em cumprimento à Constituição Federal, aos direitos humanos dos povos indígenas e ao decreto de homologação do presidente da República.

Chega de sofrimento, já esperamos demais! Tivemos calma, muita paciência e confiança nas autoridades, mas agora basta! Independente das autoridades, podemos decidir sobre o nosso futuro e tomar providências, com a união do nosso povo, na desintrusão dos invasores de nossa terra.

Onde estão as autoridades? Os homens da Lei? Pontes foram queimadas, pessoas agredidas, bombas fabricadas aos olhos das autoridades, tratores ‘cortaram’ estradas aos olhos dos canais de televisão, até carro-bomba foi usado contra a polícia e quase nada foi feito até agora.

Muitas vezes fizemos o papel das autoridades pedindo paciência aos nossos irmãos. Nós acreditamos no governo, mas a lentidão das autoridades federais, permitiu que os inimigos dos nossos direitos se manifestassem violentamente e conseguissem inverter a situação, sacrificando nós, povos indígenas.

Não aceitamos que as autoridades tenham esperado três anos e tenham permitido todo o terrorismo dos últimos 11 dias na Raposa Serra do Sol até que o Supremo pudesse mandar suspender a Operação. Repudiamos a atitude do governo estadual que prefere sacas de arroz em detrimento da vida de 18.992 índios.

Os últimos acontecimentos promovidos pelos arrozeiros, impunes diante de tantos crimes, abrem caminho para mais injustiça e descaso. Não toleramos mais enriquecimento a nossas custas, estamos defendendo nossa a terra.

Definitivamente chega! A Luta continua até o último índio!.
Raposa Serra do Sol, 09 de abril de 2008.

Nós comunidades indígenas da TI Raposa Serra do Sol abaixo assinamos:

Região Serras – Maturuca, Camararém, Flexalzinho, Lilás,Pavão, Bananeira, Santa Rita, Bom Futuro, Morro, Maracanã II, Central, Mangueira, Cutia, Angical, Aramu, Warabadá, Mutum, santa Tereza, Sawi, Pedra Branca, Enseada, Barrerinha, Santa Liberdade, são Mateus, Tabatinga, Nova Aliança I, Igarapé do Gal, Triunfo, Willimon, Uiramutã, Monte Muriá I, Lage, Prododo, Urinduk, Cana, Canawapai, Kaxiriman, Pé da serra, Popo, Kumapai, São Franscisco, São Gabriel, Salvador, Sitio São Mateus, Caracanã, Nova Vida, Andorinha, Ximaral, Warapa, Barro, Waronkayen, Monte Siao, Caraparu I, Tamaduá, Waromadá, Manaparu, São Luis, Mudubim, Estevo, Pedra Preta, Ylainã, Maloquinha, Chui, Caju I, Cumaipá, Bananal da Serra, Campo Formoso, Pioho, Lago Verde, Sapan, Ponto Geral, Área Única, Paraná,Pipi,

Região Surumu - Cantagalo, Machado,Maravilha, são Bento, Limão, Pedra do Sol, Barro, Táxi I, Renascer, Maloquinha, Miang, Pedreira, Cumanã, são Miguel Novo Paraíso, Nova Vitória;

Região do Baixo Cotingo – Camará, Escondido, Cararual, São Pedro, Monte Sinai, Pavão, Itacutú, MariMari, Santa Maria, Vizela, Constantino, Kurapá, Gavião, Congesso, Perdiz, Banco, Turual, São Francisco, Copaíba, Repouso, Jawarizinho, Sete Flores, Brilho do Sol, Homologação, Airasol, São Raimundo;

Região da Raposa – Raposa II, Xumina, Tarame, Parnasio, Boas Novas, Coquerinho, Urubu, Nove de Junho, Ikiri Saimoyó, Das Vitórias, Nova Geração, Bismark, Guariba, Tucumuã, Jauari, Novo Paraíso, Embauba,Raural, Prainha, Macuxi, Jacarezinho, rego Fundo, Julia, Teso Vermelho, Uirapuru, Matiri, Japó, Cachoeirinha, Nova Canaã, Sucubeira, santa Cruz, Serra Grande, Jibóia, Macaco, Lameiro, Linha Seca.


"O trabalho é o refúgio daqueles que não tem nada a fazer... Oscar Wilde (1854 - 1900)"

Marco Vargas
Santana do Livramento/RS

domingo, 13 de abril de 2008

Hair, Milos Forman




Formato: rmvb
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR
Duração: 2:00
Tamanho: 403 MB
Dividido em 05 Partes
Servidor: Rapidshare

créditos: F.A.R.R.A - Eudes Honorato

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Sinopse: Claude (John Savage), um jovem do Oklahoma que foi recrutado para a guerra do Vietnã, é "adotado" em Nova York por um grupo de hippies comandados por Berger (Treat Williams), que como seus amigos tem conceitos nada convencionais sobre o comportamento social e tenta convencê-lo dos absurdos da atual sociedade. Lá Claude também se apaixona por Sheila (Beverly D'Angelo), uma jovem proveniente de uma rica família.


Elenco:

John Savage .... Claude
Treat Williams .... Berger
Beverly D'Angelo .... Sheila Franklin
Annie Golden .... Jeannie
Dorsey Wright .... Hud
Don Dacus .... Woof
Cheryl Barnes .... Hud's Fiancee
Richard Bright .... Fenton
Nicholas Ray .... The General
Charlotte Rae .... Lady in Pink
Miles Chapin .... Steve


Screen Shots:







Cancele a assinatura de Zmentira

Aguento o ”Estadão” com o seu editorial “MST destranbelhado” na esperança de encontrar alguma coisa interessante. ZEroLÂNDIA é um lixo. Não oferece nada para se ler. E sou obrigado a aguentar os Causowagner, Fotonaldo, Bentotreze, Mentirion e os Griziovanis. Só não cancelo a assinatura porque preciso deste lixo para exercer a atividade de crítica. Cancele a sua. Você não vai perder nada. Os outros jornais publicam alguma coisa interessante, pois sabem da importância (num país analfabeto que se “informa” nas redes televisivas) de manter uma determinada faixa de leitores. Estamos empanturrados de “isabellas”. Visitação ao Museu de Tragédias, cansa. A mídia é este museu. Nós, gaúchos, temos o pior showrnalismo do país. Imaginem é ZEroLÂNDIA ou “Correio do Povo”, ou “O Sul” ou “Jornal do Comércio”. É tudo frio. E ninguém diz nada nos cursinhos de comunicologia. O que vale é o ensino da covardia.

Créditos: dialogico


Nosso Tempo









Carlos Drummond de Andrade


I
Esse é tempo de partido,

tempo de homens partidos.


Em vão percorremos volumes,

viajamos e nos colorimos.

A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.

Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.

As leis não bastam. Os lírios não nascem

da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se

na pedra.


Visito os fatos, não te encontro.

Onde te ocultas, precária síntese,

penhor de meu sono, luzdormindo acesa na varanda?

Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo

sobe ao ombro para contar-me

a cidade dos homens completos.


Calo-me, espero, decifro.

As coisas talvez melhorem.

São tão fortes as coisas!

Mas eu não sou as coisas e me revolto.

Tenho palavras em mim buscando canal,

são roucas e duras,

irritadas, enérgicas,

comprimidas há tanto tempo,

perderam o sentido, apenas querem explodir.


II

Esse é tempo de divisas,tempo de gente cortada.

De mãos viajando sem braços,

obscenos gestos avulsos.


Mudou-se a rua da infância.

E o vestido vermelho

vermelho

cobre a nudez do amor,

ao relento, no vale.


Símbolos obscuros se multiplicam.

Guerra, verdade, flores?

Dos laboratórios platônicos mobilizados

vem um sopro que cresta as facese dissipa, na praia, as palavras.


A escuridão estende-se mas não elimina

o sucedâneo da estrela nas mãos.

Certas partes de nós como brilham! São unhas,

anéis, pérolas, cigarros, lanternas,

são partes mais íntimas,

e pulsação, o ofego,

e o ar da noite é o estritamente necessário

para continuar, e continuamos.

Créditos: Erick da Silva


Melvin Taylor

melvin

Links: José Reinaldo

Post: Dione


Créditos: Lagrimapsicodelica

Seguindo a saga de blues de alta qualidade, fica aqui a discografia do Melvin Taylor. Um cara que faz blues com a alma e o coração, dignos do mestre Stevie Ray Vaughan.

Deliciem-se....

1982 Blues On The Run

Blues On The Run - Capa

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1984 Plays The Blues For You

Plays The Blues For You - Capa

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1995 Melvin Taylor & The Slack Band

Melvin Taylor & The Slack Band - Capa

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1997 Melvin Taylor & the Slack Band - Dirty Pool

Dirty Pool - Capa

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2000 Melvin Taylor & The Slack Band - Bang That Bell

Bang That Bell - Capa

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2002 Rendez-vous With The Blues

Rendez-vous With The Blues - Capa

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...tá difícil de parar de escutar...

Cuba - Socialismo: O nome político do amor


Frei Betto *
Adital


Por que o socialismo, em tese uma alternativa humanitária ao capitalismo, fracassou na Europa e na Ásia? O capitalismo teve a esperteza de, ao privatizar os bens materiais, socializar os bens simbólicos. De dentro do barraco de uma favela uma família miserável, desprovida de direitos básicos como alimentação, saúde e educação, pode sonhar com o universo onírico das telenovelas e ter fé de que, através da loteria, da sorte, da igreja que lhe promete prosperidade ou mesmo da contravenção, haverá de ter acesso aos bens supérfluos.

O socialismo cometeu o erro de, ao socializar os bens materiais, privatizar os simbólicos, e confundiu crítica construtiva com contra-revolução; cerceou a autonomia da sociedade civil ao atrelar ao partido os sindicatos e movimentos sociais; coibiu a criatividade artística com o realismo socialista; permitiu que a esfera de poder se transformasse numa casta de privilegiados distantes dos anseios populares; e cedeu ao paradoxo de conquistar grandes avanços na corrida espacial e não ser capaz de suprir devidamente o mercado varejista de gêneros de primeira necessidade.

Hoje, resta Cuba como exemplo de país socialista. Todos conhecemos os desafios que a Revolução enfrenta às vésperas de seu meio século de existência. Sabemos dos efeitos nefastos do bloqueio imposto pelo governo dos EUA e de como a queda do Muro de Berlim deteriorou a economia da Ilha.

Apesar de todas as dificuldades, nesses 49 anos a Revolução logrou assegurar a 11,2 milhões de habitantes os três direitos básicos: alimentação, saúde e educação. Elevou a auto-estima da cidadania cubana, que tão bem se expressa em suas vitórias nos campos da arte e do esporte, bem como na solidariedade internacional, através de milhares de profissionais cubanos das áreas da saúde e da educação presentes em mais de uma centena de países do mundo, em geral em regiões inóspitas marcadas pela pobreza e a miséria.

O socialismo cubano não tem o direito de fracassar! Se acontecer, não será apenas Cuba que, como símbolo, desaparecerá do mapa, como ocorreu à União Soviética. Será a confirmação da funesta previsão de Fukuyama, de que "a história acabou"; a esperança - uma virtude teologal para nós, cristãos - findou; a utopia morreu; e o capitalismo venceu, venceu para uns poucos - 20% da população mundial que usufrui de seus avanços - sobre uma montanha de cadáveres e vítimas.

Nós, amigos da Revolução cubana, não esperamos de Cuba grandes avanços tecnológicos e científicos, serviços turísticos de primeira linha, medalhas de ouro em disputas desportivas. Esperamos mais do que isso: a ação solidária de que falava Martí; a felicidade de um povo construída em base a valores éticos e espirituais; o princípio evangélico da partilha dos bens; a criação do homem e da mulher novos, como sonhava o Che, centrados na posse, não dos bens finitos, e sim dos bens infinitos, como generosidade, desapego, companheirismo, capacidade de fazer coincidir a felicidade pessoal com os sucessos comunitários.

Em resumo, almejamos que, em Cuba, o socialismo seja sempre sinônimo de amor, que significa entrega, compromisso, confiança, altruísmo, dedicação, fidelidade, alegria, felicidade. Pois o nome político do amor não é outro senão socialismo.

[Autor de "A mosca azul - reflexões sobre o poder" (Rocco), entre outros livros]


* Frei dominicano. Escritor.