O
Coletivo Estadual de Saúde do CPERS/Sindicato realizou nesta
sexta-feira 19, em Porto Alegre, um seminário de formação com
representantes dos 42 núcleos da entidade distribuídos pelo Estado. O
encontro reuniu advogados e especialistas na área de saúde do grupo que
está assessorando o sindicato na discussão.
Pela
manhã foram discutidos o conceito de trabalho e os principais
transtornos de saúde existentes na categoria. De acordo com os
especialistas, o trabalho costuma ultrapassar os limites de tempo, além
de mobilizar a inteligência e a capacidade de reflexão. O local de
trabalho, afirmam, pode ser um local de emancipação ou de sofrimento.
No
encontro foi destacado que os transtornos mentais ocupam o terceiro
posto na concessão de benefícios da previdência. São superados apenas
pelas LER/DORT e pelos envenenamentos. Foram apontadas algumas doenças
relacionadas ao trabalho do educador, que podem ser classificadas em
“sofrimento físico” e “sofrimento mental”.
No
período da tarde o tema discutido foi condições de trabalho. Conforme
os técnicos, os locais de trabalho podem apresentar condições
insalubres, periculosas e de penosidade. Insalubres são todos aqueles
locais que podem causar doenças profissionais ou do trabalho.
Periculosos são aqueles locais de trabalho com riscos de acidentes
graves (explosão, incêndios, eletricidade e radiações ionizantes). Já os
casos de penosidade estão relacionados com as situações com as quais
lidamos e que comportam uma carga psicológica perturbadora.
O
primeiro passo da iniciativa do sindicato é identificar as causas dos
principais problemas de saúde enfrentados e aglutinar colegas nos
debates a partir dos locais de trabalho. É, portanto, mais um desafio
proposto pelo CPERS/Sindicato à categoria. Foi lembrado que no dia a dia
nos deparamos com várias situações de risco à integridade física e
mental nas escolas, mas que por força das múltiplas tarefas acabamos nos
acostumando e ignorando-as.
Entre
os desafios e propostas para o enfrentamento dos problemas relativos à
saúde do educador estão a promoção de debates permanentes nas várias
instâncias de organização do sindicato; organização de oficinas com
temas relacionados à saúde, com a participação das assessorias técnicas;
ter como objetivo a organização de comissões de saúde do trabalhador em
cada escola; identificação dos problemas físicos e psíquicos a partir
da construção de instrumentos de avaliação da realidade da categoria;
construção de um banco de dados relacionado à saúde do trabalhador que
possibilite ações preventivas; e a exigência e responsabilização do
Estado frente à saúde do trabalhador em educação para cumprir as regras
que garantam o acesso à saúde entanto princípio constitucional.
Fotos: João dos Santos e Silva
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