Hitler é o da direita
Estou cansado de ler textos analíticos de esquerda e de direita sobre o Oriente Médio.
E todos acabam se perdendo em elucubrações sobre o islamismo.
Como se o islamismo fosse um bicho papão.
Isso na verdade é o preço que se paga ao se ilustrar pela mídia corporativa que não vende informações, mas adjetivos.
O islamismo, como toda religião, tem seus altos e baixos.
O perigo é a generalização.
Associar o radicalismo ao islamismo é o mesmo que associar o cristianismo ao nazismo e o sionismo ao judaísmo.
Nem todo cristão é nazista e nem todo judeu é sionista.
Ambas as religiões tem seu lado bom e seu lado ruim.
O que está acontecendo no Oriente Médio não tem nada a ver com religião.
Tem a ver com a miséria, exclusão, fome e opressão.
No
Oriente Médio ha nações ocupadas fisicamente – Iraque, Palestina,
Líbano, Síria, o que as transforma em nações colonizadas em pleno século
21.
E há
nações ocupadas monetariamente por corporações que mantêm no poder
títeres cuja única preocupação é assaltar seus países e manter suas
populações sob o jugo dos carrascos.
O que
ocorre agora na região não tem nada a ver com religião, mas com
revoluções que num primeiro momento prescindem das armas, mas todos
sabemos o que pode acontecer num segundo momento.
Sempre se fala que a vontade do povo é soberana, que a voz do povo é a voz de Deus, mas ai do povo que acreditar nisso.
Acaba pagando um preço muito alto.
No entanto e independente disso, a roda da História sempre caminha para frente.
Pode até haver alguns recuos para que o sistema tenha alguma sobrevida, mas que ela anda para a frente, ela anda.
E se o povo do Oriente Médio entender que o islamismo pode sim ajudar na realização de bons governos, que assim seja.
Pelo
menos o islamismo não produziu a inquisição, nem as duas guerras
mundiais e nem jogou bombas atômicas sobre Nagazaki e Hiroshima.
Então que tal deixarmos o islamismo em paz e nos atermos ao que de fato interessa?
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