Seção Especial de Justiça
(Section Speciale ) Seçao.Especial.de.Justiça.Costa.Gavras.DVDRip.XVid.MCL-MKO.avi.torrent | |||||||
Poster
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Sinopse
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É
notório o aforismo "a História é sempre contada pelos vencedores" e no
caso da França não poderia ser diferente. Através do espetacular Seção
Especial de Justiça, o destemido Costa-Gavras mostra ao mundo uma faceta
oculta da História francesa e que compromete a visão idealizada de um
país justo e democrático. Baseado na obra de Hervé Villeré, Costa-Gavras
dirige esse filme imparcial, denunciador e indispensável para a
formação de todos aqueles que lutam pela realização do Direito e que
acreditam na Justiça.
Em 1941, durante a II Guerra Mundial, a ocupação nazista fazia-se presente no território e nas esferas políticas francesas, acabando por provocar na população descontentamento com a nova ordem e ceticismo a respeito do futuro da nação. Movidos pelo patriotismo e pelo sentimento de revolta contra o governo colaboracionista do Marechal Pétain, grupos terroristas comunistas, compostos essencialmente por jovens contrários à ocupação nazista, articulam atentados contra autoridades alemãs. Um desses atentados é bem sucedido e vitima um oficial alemão, despertando a ira do governo nazista, que exige do governo francês a execução imediata dos responsáveis do crime. Para satisfazer as pretensões políticas alemãs, é criado na França uma aparato estatal repressor e arbitrário. Uma lei de exceção, retroativa, que estabelece a instalação de Tribunais de Exceção para julgamento de cidadãos envolvidos em atividades comunistas, é sancionada, mesmo violando os princípios jurídicos da Irretroatividade da Lei Penal, pois essa nova lei atinge fatos pretéritos; da Divisão dos Poderes, uma vez que tal lei foi criada pelo Poder Executivo; do Devido Processo Legal, já que o réu é condenado à morte sem que haja um processo anterior.
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Elenco
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Informações sobre o filme
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Informações sobre o release
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Louis Seigner (Le garde des Sceaux) Roland Bertin (Le secrétaire général du ministère de la Justice) Yves Montand (Un milicien - non crédité) Michael Lonsdale (Le ministre de l'intérieur) Ivo Garrani (L'amiral) François Maistre (Le délégué general) Jacques Spiesser (Fredo) Henri Serre (Le délégué du ministère de l'intérieur en zone occupée) Heinz Bennent (Maj. Beumelburg) Pierre Dux (Le procureur general) Jacques François (Le procureur de l'Etat) Claudio Gora (Le premier président de | Gênero: Drama Diretor: Constantin Costa-Gavras Duração: 110 minutos Ano de Lançamento: 1974 País de Origem: França/ Itália/ Alemanha Idioma do Áudio: Francês IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0073679/ | Qualidade de Vídeo: VHS Rip Vídeo Codec: XviD ISO MPEG-4 Vídeo Bitrate: 762 Kbps Áudio Codec: MPEG-1 Áudio Bitrate: 115 Resolução: 432 x 320 Formato de Tela: Tela Cheia (4x3) Frame Rate: 29.970 FPS Tamanho: 698 Mb Legendas: Em anexo |
Premiações
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- Indicado ao Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1975. - Costa-Gavras recebeu o prêmio de Melhor Diretor, no Festival de Cannes, de 1975, por Seção Especial de Justiça (1975). - Indicado ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, no Golden Globe Awards de 1976. | ||
Curiosidades
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- Os nazistas segundo Costa-Gavras: O
diretor já havia abordado a Segunda Guerra Mundial e os nazistas em
outros filmes. Seção Especial de Justiça evoca a criação de uma Corte
Especial pelo governo de Vichy a fim de julgar os membros da
resistência. Muito mais que um crime conta a história de uma americana
que descobre que seu pai é um antigo nazista. E, em Um homem a mais -
Tropa de Choque, Costa-Gravas segue um grupo de maquis (membros da
resistência francesa) responsáveis por libertar condenados a morte das
mãos dos alemães. | ||
Crítica
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Isto não é uma questão meramente jurídica
Analisamos aqui o filme Seção Especial de Justiça do diretor grego Costa Gavras e adaptado da obra do historiador Hervé Villere que exemplifica de maneira bastante contundente como a burguesia utiliza a justiça burguesa para atender seus interesses políticos De acordo com a perseguição política a que o PCO está sofrendo por parte do TSE com a impugnação do candidato a presidente Rui Costa Pimenta em uma das maiores aberrações jurídicas da história do país que envolve a utilização de uma lei retroativa para impedir que o PCO, o único partido operário e socialista das eleições possa defender um programa político para os trabalhadores, resolvemos aqui analisar o filme “Seção Especial de Justiça” (1974) que trata exatamente da história real da França à época da 2 a Guerra Mundial, onde uma lei retroativa foi utilizada para promover a condenação sumária de manifestantes contra o regime político. Execução sumária O filme se passa em 1941, na França, em meio à 2 a Guerra Mundial logo após a ocupação nazista. O país passava por um governo de colaboração entre alemães e franceses, era o governo do marechal Pétain. O descontentamento popular era muito grande e grupos terroristas e comunistas faziam resistência com manifestações pacíficas e também atentados contra o governo. Em um desses atentados um oficial alemão é morto por um militante do Partido Comunista Francês. Ninguém é preso. Alemães então exigem do governo francês a morte de seis “criminosos” para que sirva de exemplo a futuros manifestantes. Para poder atender ao “pedido” dos nazistas, o governo francês precisa criar condições jurídicas para a condenação. Foi criada uma lei de exceção com caráter retroativo para que a condenação fosse realizada com base legal, já que os condenados eram presos já julgados e que tinham penas mínimas. Nestes tribunais os acusados eram condenados por algo anterior à lei, ou seja, eram julgados por uma lei atual, mas sobre um acontecimento anterior que não tinha caráter ilegal quando foi feito. Não havia processo jurídico anterior e os réus não tinham como recorrer da decisão (condenação) que estava previamente determinada. Os réus também não tinham o direito de apresentar defesa. Os advogados de defesa eram todos apresentados pelo estado. Manobra anti-democrática A história democrática da França criada em torno do lema da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) parece irônica perante as manobras totalmente antidemocráticas e arbitrárias criadas pelo governo francês para que a lei retroativa fosse criada e para que inocentes fossem condenados à morte sem defesa alguma. A aberração jurídica da manobra francesa para a criação a toque de caixa da lei retroativa exigia a formação de uma Seção Especial do Tribunal Superior de Recursos de Paris, responsável pela execução. Dos magistrados que participaram da Seção, a maioria foi convencida através da chantagem que os alemães que tinham ameaçado matar cem reféns, franceses, caso não houvesse as seis execuções. Na escolha para o magistrado que iria presidir a seção o escolhido foi um juiz decadente e fracassado que não tinha nada a perder. Um oportunista que não tinha crédito nem mesmo com a própria esposa. Isso porque o juiz procurado anteriormente, em uma das cenas mais interessantes do filme, mesmo sendo um fascista, profundamente anticomunista, escolhido especialmente para o caso, chega a expulsar o representante do governo da sala, quando este propõe que ele julgue os prisioneiros com base em uma lei retroativa. Inquisição O processo de condenação é a parte do filme mais impressionante que mostra como a burguesia deixa de lado qualquer idéia de democracia para aplicar um regime ditatorial sem precedentes. Os acusados que foram levados a julgamento já haviam sido julgados e presos anteriormente por desacato a ordem, subversão, por ligação direta ou indireta com partidos comunistas ou organizações de resistência ao regime ou até mesmo judeus. A idéia era escolher, seis incautos, entre cerca de 20 presos, que seriam levados à guilhotina para servir de exemplo para outros que desafiassem o governo. Os advogados de defesa, todos novatos e indicados pelo governo, serviam apenas como um representante dos acusados, mas não tinham poder algum de interferência na decisão dos juízes, que aplicavam a sentença sem apresentar motivos. Os julgamentos eram uma encenação teatral, primeiro o acusado era questionado por um dos magistrados, e confirmava suas infrações que eram de participação em passeatas, de compra de periódicos comunistas, filiação partidária etc. Depois os magistrados se retiravam por poucos minutos e voltavam com a sentença de condenação à morte em guilhotina em praça pública. Por fim o tribunal não obteve o êxito esperado e condenou apenas três prisioneiros à morte. Parte dos juízes se recusaram a continuar pactuando com aquele tribunal bastante semelhante à inquisição religiosa. Um dos momentos mais determinantes do filme é quando, em um dos julgamentos, um dos acusados contestou a sentença dada a ele e aos seus “crimes” cometidos, que inclusive já haviam sido julgados anteriormente. O presidente do tribunal então rebateu o acusado proferindo uma frase que resume de maneira cabal o sentido de todo o processo que estava ocorrendo naquela situação: “Isto não é uma questão meramente jurídica”. Esta frase sintetiza o que estava sendo arquitetado pelo governo francês e pelos alemães, uma falsificação jurídica para legitimar uma perseguição política a todos os descontentes com o governo colaboracionista. | ||
Release exclusivo MCL/ MKO.
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Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.
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Um comentário:
Oi, Turco!
O Costa-Gavras é um dos poucos diretores do cinema político (e de esquerda) ainda em atividade. Lá no Making off tem muitos filmes dele. Indico fortemente os filmes "A confissão", "Z" e "Estado de Sítio". todos estão disponíveis no Making off. Outro bom diretor do cinema politico europeu, e também da esquerda, é o Ken Loach, que possui um belo acervo no Making off.
Eu e a Milu estavamos temerosos com o seu blog, pois ele tinha saido do ar sem nenhum aviso prévio. Bom saber que você ainda continua na ativa.
Hilarius
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