O
cidadão da foto, com essa cara de mau, é o deputado republicano Peter
King, uma das figuras em maior evidência hoje nos EUA. É dele a
iniciativa de criar uma comissão que vai investigar as atividades de
organizações muçulmunas no país, vista como uma atitude discriminatória
e revanchista.
por Eliakim Araujo em Miami
O cidadão da foto, com essa cara de mau,
é o deputado republicano Peter King, uma das figuras em maior evidência
hoje nos EUA. É dele a iniciativa de criar uma comissão que vai
investigar as atividades de organizações muçulmunas no país, vista como
uma atitude discriminatória e revanchista. Desde já, King está sendo
chamado de o McCarthy do século XXI, numa referência ao parlamentar dos
anos 50 e 60 que perseguiu e destruiu famílias pela simples suspeita de
que poderiam ser comunistas.
O novo mccarthysta considera que o inimigo está dentro de casa e que a crescente radicalização dos muçulmanos nascidos e criados nos Estados Unidos representa uma ameaça que deve ser avaliada antes que seja tarde demais. Como presidente do Comitê de Segurança Nacional da Câmara - cargo conquistado pelos republicanos depois da vitória nas eleições parlamentares de novembro passado - King argumenta que os americanos muçulmanos não cooperam com a lei e a ordem na hora de denunciar atividades suspeitas e que 80% dos líderes islâmicos são extremistas.
Mas King não é flor que se cheire. Além de acusado de falsas alegações e de estar querendo estigmatizar e demonizar a comunidade muçulmana de sete milhões de pessoas, seus adversários afirmam que ele defendeu nos anos oitenta a luta armada do IRA, a organização terrorista irlandesa.
Quem tem um deputado como esse, não precisa de terrorista. Ele é o próprio.
Washington made in China
A rede ABC mostrou outro dia em seu
principal telejornal uma reportagem super interessante. O repórter
percorreu as lojas de souvenirs de Washington e descobriu que quase
todos eram fabricados na China. Miniaturas dos memoriais, do Capitólio,
da Casa Branca e, pasmem, até bandeirinhas dos EUA eram "made in
China".
Esse tipo de reportagem, cada vez mais frequente, revela a preocupação do cidadão americano com o rival chinês, acusado de manipular sua moeda e roubar empregos dos Estados Unidos. A desgastada crise econômica, que não dá sinais de arrefecimento, não é mais a única culpada pelo índice de desemprego que teima em permanecer em torno dos 10%.
Até Donald Trump, misto de empresário e apresentador de TV (ele apresenta o original do "Aprendiz"), com seu jeito meio bufão, dizia em um programa de entrevista que é fácil acabar com o desemprego nos EUA "é só mandar para a China os nossos trabalhadores, porque nossos empregos foram todos levados para lá".
Na contramão da reportagem da ABC, a Boeing anunciou esta semana ter fechado encomendas de 10 bilhões de dólares com duas companhias aéreas da China, o mercado de aviação de crescimento mais rápido no mundo.
Ou seja, pelo menos nesse segmento a China ainda não conseguiu roubar os empregos dos técnicos e operários norte-americanos. Por enquanto.
Eu ainda amo Bill
A revista sensacionalista Enquirer tirou
do ostracismo uma mulher que quase derrubou um presidente dos Estados
Unidos. Monica Lewinski, a mais famosa estagiária americana, hoje com
37 anos (ela tinha 22 por ocasião do escândalo) revelou que nunca se
esqueceu do romance proibido com Bill Clinton, tanto que até hoje não
conseguiu preencher o vazio deixado por ele. Não casou e nem quis ter
filhos com pretensos namorados. E Mônica confidenciou a amigos mais
próximos que não consegue mais amar ninguém, pois seu coração pertence
ao ex-presidente.
Monica, que chegou a escrever um livro sobre seu "estágio" na Casa Branca, conta que foi muito pressionada na época pela chamadas forças ocultas do governo para calar a boca sobre os acontecimentos no Salão Oval. Mas confidenciou que faria tudo de novo, porque Bill foi seu "único e verdadeiro amor".
É a tal história do amor que bate e fica.
Sem Harvard, mas com Eike
Pesquisa divulgada na semana que passou, com pouco destaque na mídia preocupada com a cobertura do Carnaval, revelou que nenhuma universidade brasileira foi classificada entre as cem melhores do mundo. O trabalho é da Times Higher Education (THE), instituição baseada em Londres.
Harvard, nos EUA, obteve a pontuação máxima no ranking, montado a partir de uma pesquisa com convidados de mais de 13 mil professores de 131 países do mundo. Como nos anos enateriores, as universidades americanas seguem dominando o ranking. Entre as dez primeiras da lista, sete são dos EUA, duas do Reino Unido e uma do Japão.
A nós, brasileiros, resta o consolo de saber que, se não temos uma universidade do topo, temos em compensação trinta bilionários na lista da Forbes. Para ser preciso, subimos de 18 para 30 em um ano. Sinal de que as coisas andam bem para os negócios no Brasil.
Melhor ainda. Se não temos uma universidade entre as melhores, temos um empresário entre os dez mais ricos do mundo. Eike Batista, aparece no oitavo lugar, com uma fortuna estimada em 27 bilhões de dólares. Só não dá para entender como alguém que tem uma fortuna de 27 bi precisa de um aporte de capital público (BNDES) de 600 milhões de reais para tocar seus negócios.
Se alguém souber, me explique, por favor.
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