Segundo
a UNICEF mais de um milhão de menores, a maioria meninas, são obrigadas
a se prostituir no mundo. A prostituição em todas as suas formas
(mulheres, meninas e meninos e homens) é o negócio mais lucrativo, só
perdendo para drogas e comércio de armas.
Mas a
causa de tudo isso, é a procura dos homens por sexo pago tanto com
mulheres, quanto com crianças e outros homens. Embora se diga que
mulheres* também possam pagar por sexo, seu número é ínfimo perto dos
homens, estes sim, os grandes consumidores e fomentadores do tráfico de
seres humanos para exploração sexual.
Para
se combater a demanda por sexo e consequentemente por fim à exploração
sexual e o tráfico, precisamos começar a discutir no Brasil mais
sériamente essa questão, pois além de fornecer mulheres para o tráfico,
principalmente Espanha e Portugal, nosso país é destino de muitos
estrangeiros para o turismo sexual.
Existe
uma proposta para legalização da prostituição no Brasil, que se
colocada em prática, além de não trazer nenhum benefício real para as
prostitutas, vai apenas facilitar a vida daqueles que lucram com a
atividade: os cafetões, os donos de hotéis/bordéis, os taxistas, donos
de boates e etc… Vejamos o exemplo de países que legalizaram:
“…aumento
da prostituição é a legalização efetuada em alguns países (Holanda,
Alemanha, Suíça, Austrália, Nova Zelândia, Itália). R. Poulin contribui a
respeito com o exemplo da Holanda: “2.500 prostitutas em 1981, 10 mil
em 1985, 20 mil em 1989 e 30 mil em 2004. O país conta com 2 mil bordéis
e pelo menos 7 mil locais dedicados ao comércio do sexo. 80% das
prostitutas são de origem estrangeira e 70% delas são irregulares,
vítimas do tráfico da prostituição. Em 1960, 95% das prostitutas da
Holanda eram holandesas, em 1999 só 20%. A legalização devia acabar com a
prostituição de menores, no entanto, Defense for Children Internacional
Netherlands estima que de 1996 a 2001 o número de menores que se
prostituem passou de 4 mil a 15 mil. Deles, pelo menos 5 mil seriam
estrangeiros. No primeiro ano da legalização, as indústrias do sexo
tiveram um crescimento de 25%. Na Dinamarca, no decorrer das últimas
décadas, o número de prostitutas de origem estrangeira, vítimas do
tráfico, duplicou-se” (R. Polin, Protituzione, cit., 14 s.3).
Vê-se
que legalizar só aumenta o comércio de sexo e o tráfico, pois os
bordéis para competir entre si, querem corpos novos para que a clientela
não se canse. A legalização tem como uma de suas consequências mais
imediata o fato de cada vez mais os homens enxergarem como natural,
normal e até desejável o fato das mulheres serem compradas e
comercializadas para seu prazer e desfrute, reforçando a noção
patriarcal de que as mulheres são propriedade, mercadoria e objeto e que
existimos unicamente para atender aos interesses masculinos.
A
sociedade não pode mais fingir que esse problema não existe e sim
comerçarmos já a pedir por leis que punam o cliente de prostituição
adulta, combater o tráfico que se dá para fora e dentro do Brasil e o
turismo sexual.
Um passo para o combate ao tráfico está na instauração de uma CPI, como foi proposta pela Senadora Marinor Brito:
http://migre.me/443Oa
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