domingo, 14 de outubro de 2007

Diário do Paraguai

Emir Sader

Aprendemos que na Guerra do Paraguai o Brasil se uniu à Argentina e ao Uruguai para tirar do poder um tirano. Mas Eduardo Galeano se pergunta: Que lição o Brasil, monárquico e escravista, tinha a dar ao Paraguai, republicano e sem escravidão?” O certo é que foram mortos na guerra 70% dos adultos do Paraguai, um país que, mediterrâneo, tinha um modelo econômico voltado para o mercado interno, fora dos circuitos de dominação da Inglaterra.

Hoje o Paraguai pode se somar à lista de governos progressistas da América Latina, elegendo ao ex-bispo Fernando Lugo como presidente. Terminada a longa ditadura de Stroessner – que viveu folgadamente seu exílio no Brasil, - em 1989, o Partido Colorado, que governa o Paraguai desde a década de 1940, tornando-se um verdadeiro partido-Estado, prolongou seu reinado, até que grandes mobilizações populares questionando seus métodos autocráticos de governo, erigiram a Lugo como lider oposicionista favorito a triunfar nas proximas eleições, de abril de 2008.

Tudo parece favorecê-lo: o apoio popular, o prestígio que possui, a crise do governo e do Partido Colorado dividido, o entorno regional. Lugo constituiu uma ampla aliança partidária, o que fez com que alguns movimentos sociais tomem distância em relação a ele, temendo que fique preso a compromissos com forças tradicionais, entre elas o maior partido opositor, o Partido Liberal.

O Partido Colorado está por decidir seu candidato. Pode ser uma ministra de Nicanor Duarte, atual presidente, ou o vice-presidente, Luis Alberto Castiglioni, o favorito, que renunciou recentemente, para poder se candidatar. Este é o mais significativo representante do neoliberalismo, com vínculos estreitos com o governo dos EUA.

Temeroso do favoritismo de Lugo, o governo introduziu uma nova manobra, libertando a Lino Oviedo, político tradicional, com prática conhecida de violência contra os movimentos populares, mas também implicado no assassinato do ex-vice presidente, Luis Argaña. Este é um dos três processos pelos quais Oviedo está condenado – um outro é por tentativa de golpe de Estado -, mas apelando das sentenças, está em liberdade, para tentar tirar votos de Lugo.

Lugo no elaborou ainda sua plataforma, mas certamente terá como uma de suas prioridades as negociações de um novo contrato de Itaipú, em que reivindicará simplesmente que o Brasil pague a preço de mercado a produção, revisando o acordo assinado pela ditadura militar brasileira com a ditadura de Stroessner. Apenas isto permitiria ao Paraguai receber pelo menos o dobro ou mais do que recebe com os acordos atuais.

O tema da reforma agrária deve ser central num eventual governo de Lugo, quando este se compromete a acabar com o latifúndio e critica a Lula pela lentidão na reforma agrária no Brasil. Ainda mais se o candidato do Partido Colorado for Castriglioni, Lugo tenderá mais claramente a desenvolver um discurso anti-neoliberal, pelo qual afirma optar.

Os riscos não são poucos: risco de campanha pesada e suja do governo e do Partido Colorado, incluindo tentativa de fraude eleitoral; risco de Lugo depender muito dos partidos tradicionais e fazer um governo amarrado por excessivos compromissos, inclusive pelas excessivas reticências de setores dos movimentos sociais em apoiá-lo resolutamente. Mas os riscos fazem parte da possiblidade de terminar com a ditadura do Partido Colorado. Nunca as condições internas e externas foram tão favoráveis.

Vertigo(Um Corpo Que Cai), de Alfred Hitchcock




Formato: rmvb
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR
Duração: 2:04
Tamanho: 404 MB
Dividido em 05 Partes
Servidor: Rapidshare



http://rapidshare.com/files/61583943/Um_corpo_que_cai_leg.part1.rar
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Sinopse: Madeleine é uma bela mulher que vem sofrendo com uma crise de identidade; ela tem visões e um comportamento estranho. Seu marido convence o amigo John Ferguson, que é ex-detetive, a investigar as saídas misteriosas da esposa. Inicialmente, Scott reluta, mas diante da insistência do colega, ele concorda em seguir a mulher, e acaba se apaixonando por ela. Scott sofre de acrofobia, por isso ele falha em sua missão, ao não conseguir salvar Madeleine do suicídio, quando esta joga-se da torre de uma igreja.


Elenco:

* James Stewart .... Detetive John Ferguson (Scottie)
* Kim Novak .... Madeleine Elster / Judy Barton
* Barbara Bel Geddes .... Marjorie Wood (Midge)
* Tom Helmore .... Gavin Elster
* Henry Jones .... Coronel
* Raymond Bailey .... médico de Scottie
* Ellen Corby .... gerente do McKittrick Hotel
* Konstantin Shayne .... Pop Leibel
* Lee Patrick .... proprietário do carro


Curiosidades:

* Hitchcock queria a atriz Vera Miles para o papel de "Madeleine", mas ela ficou grávida e não pode atuar no filme.
* O diretor aparece no filme durante onze minutos, vestindo terno cinza e caminhando no estaleiro.
* A iluminação muda quando algum acontecimento importante vai acontecer no filme.
* Deteriorados pelo tempo e pela má conservação, os negativos originais do filme, considerado a maior obra-prima do mestre Hitchcock e um dos maiores filmes de todos os tempos, foram restaurados completamente em 1996, a um custo de um milhão de dólares, por Robert Harris e James Katzos, os mesmos laboratoristas que recuperaram os originais de Lawrence da Arábia e Minha bela dama.
* Barbara Bel Geddes tornou-se mundialmente famosa e conhecida do público não-cinéfilo muitos anos depois, ao interpretar a matriarca Eleanor Ewin, na popular série de televisão Dallas, nos anos 70 e 80.

Copiado de:RapaduraAzucarada


Print Screens:







Tim Maia - Mundo Racional - Volumes I e II



Melhor fase do cara...!!!






Melhor fase do Tim...!!!!
Copiado De:RapaduraAzucarada - adm.Anselmo


Wagner Tiso - Cenas Brasileiras (2003)


Cenas Brasileiras
Wagner Tiso
2003

Como diria Millôr Fernandes a respeito de um dos músicos brasileiros que melhor conhece os caminhos entre o popular e o erudito, “Ninguém se chama Wagner impunemente”. Não se trata, aqui, do compositor das Valquírias, alvo preferido das diatribes do filósofo Nietzsche, mas do Wagner Brasileiro, mineiro, cigano na raiz e nas notas. Nada impunemente, o maestro Wagner Tiso une-se à Orquestra Petrobrás Pró-Música (OPPM), dirigida por Roberto Tibiriçá, para lançar suas Cenas Brasileiras, pela Biscoito Fino.

O álbum foi gravado ao vivo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em dois concertos. No primeiro, realizado em 01 de maio de 2001, o compositor e a orquestra apresentam a suíte título, além de Eu sei que vou te amar, de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. O segundo concerto aconteceu em 07 de abril de 2002 e inclui Choros 6, de Heitor Villa-Lobos, na primeira gravação mundial do tema.

A associação entre os nomes de Tiso, Jobim e Villa-Lobos é que não é inédita. Wagner lançou, em 2001, o CD Tom e Villa, acompanhado da Rio Cello Ensemble, onde, dentre outros temas, recriava a mesma Eu sei que vou te amar que agora incorpora a textura irretocável da OPPM, com orquestração do mais brasileiro dos Wagner.

A suíte sinfônica Cenas Brasileiras percorre o país musical de Wagner, dos sons da Amazônia à toada mineira, conjugados com o frenesi sincopado do frevo pernambucano. São seis os temas, desenvolvidos pela orquestra em pouco mais de quarenta minutos, com Wagner no acordeon e no piano: Mata-burro, 7 tempos, A lenda do boto, Trens, Modas / Mineiro pau, O frevo. O clima de grandiloqüência, entretanto, difere do sentido de exaltação presente em outras obras famosas que têm o Brasil como tema. A definição mais contundente vem do cartunista Henfil: ”A música de Wagner Tiso tem o som das raízes queimadas”.

01. Cenas Brasileiras
02. Eu Sei que Vou te Amar
03. Choros 6

Ficha Técnica

Orquestra Sinfônica Petrobras Pró Música
Diretor artístico: Roberto Tibiriçá

Violinos: Andréa Moniz, Antonella Pareschi, Bailon Pinto, Carlos Mendes,
Catherine Hazan, Cremilda Marques, Daniel Passuni, Felipe Prazeres,
Fernando Prates Pereira, Gustavo Menezes, Henrique Eduardo, Iva Rossi,
Ivan Quintana, João Menezes, José Eduardo Fernandes, Lúcia Marengo,
Marluce Ferreira, Milena Baynova, Nelson Abramento, Ricardo Menezes,
Sérgio Struckel.

Violas: Ana Maria Scherer, Helena Buzack, Isabela Passaroto, Ivan
Zandonade, Maria Léa Lugão, Nathércia Teixeira, Noemi Uzeda, Sergio
Bernardo.

Violoncelos: Atelisa de Salles, Eduardo Menezes, Fernanda Bru,
Fiorella Soares, Hugo Pilger, Lylian Moniz, Marcelo Salles, Márcio
Mallard, Marcus Ribeiro, Saulo Moura, Sibely Joaquina.

Contrabaixos: Antônio Botelho, Gael Lhoumeau, Jorge Soares, Ricardo
Cândido, Saulo Bezerra, Sonia Zanon.

Flautas: Luís Cuevas, Marcelo Bonfim, Murilo Barquette.

Oboés: Carlos Fernando Prazeres, Eros Martins, José Francisco Gonçalves.

Clarinetes: Cristiano Alves, José Carlos de Castro, Paulo dos Passos.

Fagotes: Antônio Bruno, Elione Medeiros, Juliano Barbosa.

Trompas: Antônio José Augusto, Francisco de Assis, Ismael Oliveira Jr.,
Josué Silva, Philip Doyle.

Trompetes: David Alves, Nelson Oliveira, Vinícius Lugon.

Trombones Alto e Tenor: Dalmário Oliveira, Jacques Ghestem.

Trombone Baixo: Gilberto Oliveira

Tuba: Carlos Vega, Eliezer Rodrigues

Timpanos e Percussão: André Bochecha, Lino Hoffmann Filho, Paulo Márcio,
Pedro Sá, Rodolfo Cardoso.

Harpa: Silvia Passaroto Braga

Gravação: Eduardo Monteiro e André Cardoso
Mixagem: Eduardo Monteiro e nos estúdios da Biscoito Fino por Rodrigo
Lopes
Masterização no estúdio da Visom por Rodrigo Lopes

Choros 6:
Gravação: Eduardo Monteiro
Assistentes: Eduardo Luiz e Rosimaldo Martins
Edição: Eduardo Monteiro e Roberto Tibiriçá
Mixagem e masterização: Eduardo Monteiro com a colaboração de Roberto Tibiriçá.

Produção do CD: Giselle Goldoni Tiso
Assessoria de produção: Ana Lucia Castilhos com a colaboração da equipe
da OPPM
Produtor musical: Wagner Tiso e Roberto Tibiriçá
Texto: Geraldo Carneiro
Design gráfico: Ruth Freihof (www.passaredo-design.com.br)
Designer assistente: Anderson Araujo
Fotografia capa: Lena Trindade
Foto Wagner Tiso: Antonio Gaudério
Fotos OPPM e Roberto Tibiriçá: Bruno Veiga
Coordenação de produção: Martinho Filho

Direção geral: Kati Almeida Braga
Direção artística: Olivia Hime
Copiado de: SomBarato

Faixas:
01 Cenas Brasileiras - (studio)
02 Eu Sei Que Vou Te Amar - (studio)
03 Choros 6' - (studio)
04 Cenas Brasileiras: Trens
05 Cenas Brasileiras: Modas/Mineiro Pau
06 Cenas Brasileiras: O Frevo
07 Eu Sei Que Vou Te Amar
08 Choros 6'

sábado, 13 de outubro de 2007

A Guerra do Fogo


Gênero: Comédia // Documentário
Duração: 96min
Elenco:
- -

Sinopse: Filme que relata a História dos nossos antigos irmãos Pré-Históricos! Filme muito educativo com uma boa pitada de comédia, vale a pena Assistir! O Filme é Legendado, porém não se tem fala no Filme, pois naquela época ainda não tinham desenvolvido a técnica da comunicação sonora.

Tamanho: 347Mb Áudio: Inglês
Legenda: Português Formato: rmvb
Link: Megaupload

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O Que é Isso Companheiro, Bruno Barreto




Formato: rmvb
Áudio: Português
Legendas: S/L
Duração: 1:46
Tamanho: 348 MB
Dividido em 04 Partes
Servidor: Rapidshare



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Sinopse: Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.


Elenco:

Alan Arkin (Charles Burke Elbrick)
Fernanda Torres (Maria)
Pedro Cardoso (Fernando / Paulo)
Luiz Fernando Guimarães (Marcão)
Cláudia Abreu (Renée)
Nelson Dantas (Toledo)
Matheus Natchergaele (Jonas)
Marco Ricca (Henrique)
Maurício Gonçalves (Brandão)
Caio Junqueira (Júlio)
Selton Mello (César / Osvaldo)
Du Moscovis (Artur)
Caroline Kava (Elvira Elbrick)
Fernanda Montenegro (Dona Margarida)
Lulu Santos (Sargento Eiras)
Alessandra Negrini (Lília)
Antônio Pedro (Padeiro)
Mílton Gonçalves
Othon Bastos
Bruno Barreto
Waldir Amaral (narração do jogo)


Curiosidades:

- O diretor Bruno Barreto e o roteirista Leopoldo Serran optaram por condensar nos personagens principais de O Que É Isso, Companheiro? os vários elementos da guerrilha urbana do Brasil na época da ditadura. Deste modo, os personagens interpretados por Pedro Cardoso, Luiz Fernando Guimarães, Fernanda Torres, Cláudia Abreu e Nélson Dantas são ao mesmo tempo todos os militantes da época e nenhum em especial.

- O diretor Bruno Barreto parece em uma cena ao fundo tomando café no bar.

- O único guerrilheiro que existiu de verdade foi o interpretado por Matheus Natchergaele. Ele se chamava Virgílio Gomes da Silva e morreu sob tortura.

- Ao ser lançado no Brasil, O Que É Isso, Companheiro? gerou muita polêmica por ter valorizado mais a ação em detrimento da política do período da ditadura militar e também por causa de algumas liberdades históricas tomadas no filme.

- A intenção de filmar O Que É Isso, Companheiro? surgiu ainda em 1980, logo após o livro de Fernando Gabeira ter sido publicado. Na época os direitos para a adaptação cinematográfica foram comprados pela produtora Lucy Barreto, que só pôde fazer do filme uma realidade 17 anos depois.

- No filme, o embaixador é libertado durante um Flamengo x Vasco, enquanto que na verdade ele foi solto durante um Flamengo x Bangu.

- O Que É Isso, Companheiro? teve um orçamento de US$ 4,5 milhões.

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.


Fonte: http://www.adorocinemabrasileiro.com.br



sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Paulinho da Viola


01 - E a vida continua
(Madeira - Zorba Devagar)
02 - Argumento
(Paulinho da Viola)
03 - Vida
(Élton Medeiros - Paulinho da Viola)
04 - Nova alegria
(Élton Medeiros - Paulinho da Viola)
05 - Amor à natureza
(Paulinho da Viola)
06 - Jaqueira da Portela
(Zé Keti)
07 - Mensagem de adeus
(Paulinho da Viola)
08 - Cavaco emprestado
(Padeirinho)
09 - Chuva
(Paulinho da Viola)
10 - Nada se perdeu
(Paulinho da Viola)
11 - Deixa rolar
(Sidney Miller)
12 - Pecado Capital
(Paulinho da Viola)(bônus)

Copiado de: CapsulaDaCultura


Os Mutantes é uma banda brasileira formada no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Foram um dos grupos mais dinâmicos, talentosos e radicais da era psicodélica. Um trio de experimentalistas musicais, a banda inovou no uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos. Os Mutantes se consagraram como um grupo musicalmente criativo e com uma postura de deboche e irreverência.
COPIADO DE: SucoDePregos

Os Mutantes – 1968

1. Panis Et Circenis
2. A Minha Menina
3. O Relógio
4. Adeus Maria Fulô
5. Baby
6. Senhor F
7. Bat Macumba
8. Le Premier Bonheur Du Jour
9. "Trem Fantasma
10. Tempo No Tempo
11. Ave Genghis Khan


Mutantes -1969


1. Dom Quixote
2. Não Vá Se Perder Por Ai
3. Dia 36
4. Dois Mil E Um
5. Algo Mais
6. Fuga N°2 dos Mutantes
7. Banho De Lua (Tintarella di Luna)
8. Rita Lee
9. Mágica
10. Qualquer Bobagem
11. Caminhante Noturno

Link do CD – http://lix.in/0eb490


A Divina Comedia ou ando meio desligado – 1970



1. Ando meio desligado 2. Quem tem medo de brincar de amor
3. Ave Lúcifer
4. Desculpe, baby
5. Meu refrigerador não funciona
6. Hey boy
7. Preciso urgentemente encontrar um amigo
8. Chão de estrelas
9. Jogo de calçada
10. Haleluia
11. Oh! Mulher infiel



Tecnicolor – 1970


1. Panis Et Circenses 2. Bat Macumba
3. Virginia
4. She My Shoo Shoo ( A Minha Menina )
5. I Feel A Little Spaced Out ( Ando Meio Desligado)
6. Baby
7. Tecnicolor
8. El Justiceiro
9. I m Sorry Baby ( Desculpe, Babe )
10. Adeus , Maria Fulô
11. Le Premier Banheur Du Jour
12. Saravah



Jardim Elétrico - 1971



1 - Top top
2 - Benvinda
3 - Tecnicolor
4 - El justiciero
5 - It's very nice pra xuxu
6 - Portugal de navio
7 - Virgínia
8 - Jardim elétrico
9 - Lady, Lady
10 - Saravá
11 - Baby - (em Inglês)



Mutantes E Seus Cometas No Pais Dos Baurets - 1972




1. Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha o Rock and Roll 2. Vida de Cachorro
3. Dune Buggy
4. Cantor de Mambo
5. Beijo Exagerado/ Todo Mundo Pastou
6. Balada do Louco
7. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer
8. Rua Augusta
9. Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets
10. Todo Mundo Pastou II




A e o Z – 1973

1 "A" e o "Z" 2 Rolling Stones
3 Você sabe
4 Hey Joe
5 Uma pessoa só
6 Ainda vou transar com você



Tudo Foi Feito pelo Sol – 1974


1 - Deixe entrar um pouco d'agua no quintal
2 - Pitágoras
3 - Desanuviar
4 - Eu só penso em te ajudar
5 - Cidadão da terra
6 - O Contrário de nada é nada
7 - Tudo foi feito pelo sol

Mutantes Ao Vivo – 1976



1 - Anjos do sul
2 - Benvindos
3 - Mistérios
4 - Trem
5 - Dança dos ventos
6 - Sagitárius
7 - Esquizofrenia
8 - Rio de Janeiro
9 - Loucura pouca é bobagem
10 - Hey tu
11 - Rock'n'Roll City
12 - Tudo explodindo
13 - Gran finale
14 - Anjos do sul



Mutantes Ao Vivo, Barbican Theatre Londres – 2006



CD 1
1. Dom Quixote
2. Caminhante Noturno
3. Ave Gengis Khan
4. Tecnicolor
5. Virginia
6. Cantor de Mambo
7. El Justiciero
8. Baby
9. I'm Sorry Baby (Desculpe, Babe)
10. Top Top
11. Dia 36

CD 2
1. Fuga nº II
2. Le Premier Bonheur du Jour
3. Dois Mil e Um
4. Ave Lúcifer
5. Balada do Louco
6. I Feel a Little Spaced Out (Ando Meio Desligado)
7. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (Cabeludo Patriota)
8. A Minha Menina
9. Bat Macumba
10. Panis et Circenses



Condenação de padre argentino abre precedente para A. Latina


O coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta quinta-feira (11) que a condenação do padre argentino Christian Federico von Wernich ''abre um precedente também para toda a América Latina e até para o mundo''.


O padre Wernich tem 69 anos e foi condenado à prisão perpétua por participar de 42 detenções ilegais, 32 casos de tortura, 7 homicídios e violar o sigilo de confissão. ''Nós esperamos também que o Brasil também comece a seguir essa mesma linha'', disse Alves.


O coordenador disse que o padre Wernich só foi condenado porque o crime dele foi considerado imprescritível. Ou seja, é um crime que não tem prazo legal para ser julgado e ele poderia ser condenado a qualquer momento. Segundo Alves a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos já emitiu um informe, em 1992, em que considera execuções sumárias, torturas, seqüestros e desaparecimento de pessoas como crimes contra a humanidade. ''E o entendimento geral mundial é que são crimes imprescritíveis'', disse Alves.


Alves disse também que é muito importante para o Brasil rever as anistias e os indultos para os que cometeram crimes políticos. Segundo ele, a anistia foi exatamente de acordo com a reabertura política para beneficiar os perseguidos políticos, as pessoas que lutaram pela democracia no Brasil.


''Aquelas pessoas que cometeram torturas, que cometeram desaparecimentos, que fizeram perseguições política e assassinatos, essas não deveriam ter sido atingidas pela Lei de Anistia'', disse Alves.


Leia a íntegra da entrevista com Ariel de Castro Alves:


A primeira coisa que eu lhe pediria, Ariel, é se você poderia nos dar uma visão da perspectiva do que significa a condenação de um padre.
Nós entendemos que é uma decisão extremamente importante e abre um precedente também para toda a América Latina e até para o mundo. E tem total previsão nas convenções internacionais de direitos humanos, no caso da América Latina, na própria Convenção Americana Sobre Direitos Humanos. Inclusive a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos até já emitiu um informe no ano de 1992, tratando de que execuções sumárias, torturas, seqüestros e desaparecimento de pessoas são casos de crimes contra a humanidade e o entendimento geral mundial é que são crimes imprescritíveis. Então, aquelas pessoas que cometem (esses crimes), podem responder em qualquer momento. E nós esperamos também que o Brasil também comece a seguir essa mesma linha. Nós temos alguns juristas brasileiros, como o Fábio Konder Comparato, como o Dalmo de Abreu Dallari, que já têm esse entendimento. No caso da Argentina, tem um ministro da Corte Suprema, Eugenio Raúl Zaffaroni, que tem tido um trabalho muito importante lá naquele país. E essa condenação do padre vem exatamente de acordo com isso. Agora, geralmente, nós vemos na Igreja Católicas os padres – principalmente no Brasil – como pessoas que estão do lado dos direitos humanos. Inclusive no Brasil nós tivemos um excelente trabalho da Igreja Católica, principalmente do dom Paulo Evaristo Arns e tantos outros nessas questões de direitos humanos e no próprio período da ditadura militar. E agora nós vemos no caso da Argentina um padre que na prática fazia parte do regime totalitário, que colaborava bastante para as mortes, os genocídios, os desaparecimentos de pessoas. E por isso que ele foi condenado e exatamente com esse entendimento, que os crimes que ele teria praticado são imprescritíveis.


No caso da revisão das anistias e dos indultos, talvez valesse à pena você falar sobre a questão específica do Brasil. Na Argentina, durante o regime militar, houve 30 mil mortos ou desaparecidos. No Brasil, aparentemente 300, 350. Aqui no Brasil não há nenhum caso de alguém que tenha sido julgado por tortura por assassinato durante o regime militar. Você acha que essa revisão vai depender de quem? Vai depender do Executivo, do Legislativo, do Judiciário? Se é que vai haver.
Olha, Paulo Henrique, essa revisão é extremamente pertinente. Nós inclusive realizamos um seminário agora em setembro, do Movimento Nacional de Direitos Humanos e com representantes da Comissão de Anistia em Brasília exatamente para discutir o direito à memória e à verdade e discutir a própria revisão da Lei da Anistia. A anistia foi exatamente de acordo com a reabertura política para o retorno de aqueles que estavam exilados, também para que todas as pessoas que estavam respondendo a processos, que estavam presos, para que fossem soltas, no caso dos perseguidos políticos, no caso das pessoas que lutaram pela democracia no Brasil e pela abertura política. Agora, aquelas pessoas que cometeram torturas, que cometeram desaparecimentos, que fizeram perseguições política e assassinatos, essas não deveriam ter sido atingidas pela Lei de Anistia. Mesmo que o Brasil tenha feito essa Lei de Anistia que, na prática, fez também com que essas pessoas ficassem impunes, o Brasil está subordinado a um regime jurídico internacional. Existem tratados, existem convenções internacionais, tanto no âmbito da Organização das Nações Unidas como na Organização dos Estados Americanos, que o Brasil reconheceu, ratificou, é signatário. E também há entendimento de cortes internacionais, tanto do Tribunal Penal Internacional como da própria Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e da própria Corte Interamericana de que esses crimes são imprescritíveis. Portanto, nós precisamos urgente de uma revisão da Lei de Anistia para que essas pessoas respondam. Nós temos um caso atualmente na Justiça brasileira, mas não é no âmbito criminal, que é o caso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, uma ação movida pela família de Maria Amélia Telles, que foi uma perseguida política, torturada, inclusive participa do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, mas é na Justiça civil, na prática, uma reparação de danos.


Fonte: Conversa Afiada

24 de outubro: marcha pelos direitos da classe trabalhadora



Fernando Silva

No próximo dia 24 de outubro milhares de trabalhadores, trabalhadoras, estudantes e militantes de movimentos sociais estarão em Brasília para realizar uma grande marcha de protesto.


Motivos não faltam.

Por trás dos números do crescimento econômico, cantados em verso e prosa pelo governo Lula, esconde-se uma brutal ofensiva sobre os direitos sociais e trabalhistas, um aumento da superexploração do trabalho e da precarização do emprego, amparados em um crescente processo de repressão e criminalização dos movimentos sociais das classes trabalhadoras.


Também será uma oportunidade de protestarmos contra a corrupção sistêmica nos podres poderes da república, com especial relevância na conjuntura atual para o alastramento da corrupção no Senado, não apenas restrita ao governista Renan Calheiros, mas agora com fortes evidências de que o “valerioduto” começou com o “tucanoduto”, na figura do senador Eduardo Azeredo.


Aliados na corrupção, aliados na ofensiva contra os direitos dos trabalhadores.


Um projeto que visa limitar o direito de greve foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (isso mesmo, do Senado, que não deveria ter mais legitimidade para aprovar nada, menos ainda em se tratando de direitos sociais).


Vale destacar que esse projeto anti-direito de greve vem sendo costurado pelo governo Lula desde o primeiro semestre e contou, nessa primeira fase do Senado, com o apoio entusiasmado, entre outros, de Eduardo Azeredo...


O segundo objetivo deste projeto contra as greves é facilitar a implantação de reformas neoliberais, especialmente a (terceira) da Previdência Social, que está no forno e que vem para tentar acabar com o direito da aposentadoria e com o aumento da idade mínima para homens e mulheres, entre outras medidas.


Enquanto isso, o governo tucano de José Serra em São Paulo incrementa a criminalização e a repressão. Foram 66 metroviários afastados ou demitidos desde o final do primeiro semestre; nesse momento, há 100 militantes do MST indiciados em inquérito policial após a jornada de lutas pela educação e a violenta desocupação pela tropa de choque da PM na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Há sete estudantes da Unicamp indiciados após a greve e ocupação nesta Universidade.

E sobre as condições de trabalho no governo Lula?

Para este assunto, ficamos em apenas em um exemplo: o devastador estudo feito pela socióloga da Unesp Maria Aparecida de Moraes e Silva*, sobre a condição de trabalho dos cortadores de cana no estado de São Paulo.

Segundo essa pesquisa, o tempo de vida útil de um cortador de cana na região de Ribeirão Preto não chega a 15 anos de trabalho, comprovadamente inferior, segundo a socióloga, ao tempo de vida útil dos negros em alguns períodos da escravidão no Brasil!

Este padrão de exploração do trabalho é o mesmo padrão que o capitalismo busca implantar em todo o planeta. Para conseguir impor esse “modelo asiático” de exploração será necessária a combinação de repressão com limitação do direito de greve, embora seja parte do arsenal do governo e do capital a cooptação de setores do movimento para legitimar ou esconder essa situação.

Portanto, o próximo dia 24 em Brasília é uma nova oportunidade para denunciar ampla e claramente ao país a sórdida unidade, sob o manto da manutenção da política econômica neoliberal, entre governo Lula e tucanos quando se trata de afrontar os direitos dos trabalhadores.

Será nova oportunidade para potencializar a necessária unidade de todos os setores e segmentos combativos da classe trabalhadora, que não se limitam em lutar contra os governos tucanos e esconder ou proteger o governo Lula.

Na defesa dos direitos da classe trabalhadora, contra a reforma da Previdência, contra a criminalização dos movimentos sociais e na defesa do direito de greve, contra a corrupção e todos os corruptos, o movimento social e estudantil combativos têm um encontro marcado dia 24 de outubro em Brasília.

*Atrás das cortinas no teatro do etanol, publicado na Folha de S.Paulo em 02/10/2007

Fernando Silva é jornalista, membro do Diretório Nacional do PSOL e do conselho editorial da revista Debate Socialista.