Igor Natusch
O Conselho Geral do Cpers reuniu-se, nesta sexta-feira (4), para
discutir a política educacional do Rio Grande do Sul, elaborando a pauta
de reivindicações do sindicato. No encontro, ocorrido no auditório
Itapema do hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, foi aprovada uma
solicitação de audiência com o governo de Tarso Genro, além de um
calendário de mobilizações, que prevê a primeira assembleia geral do
magistério em 2001, no mês de abril.
Entre outras decisões, o encontro aprovou resolução referendando a
não participação do Cpers no Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social (CDES) do governo gaúcho, apelidado de Conselhão. “É uma decisão
que valoriza a nossa autonomia e independência”, defendeu a professora
Rejane Oliveira, presidente do Cpers. Além disso, a entidade decidiu
adotar uma campanha salarial unificada com os demais sindicatos, que
congregam servidores públicos, buscando uma nova realidade salarial para
todo o corpo funcional do estado.
A plataforma de reivindicações do Cpers tem 17 pontos, e engloba
questões como a manutenção do plano de carreira, a adoção do piso
nacional para pagamento de professores e funcionários, a liberação dos
dirigentes sindicais e o repúdio total à reforma previdenciária e à
aplicação da meritocracia nas escolas gaúchas.
Na próxima segunda-feira (7), o sindicato protocola pedido de
audiência com o governo estadual, no qual os pontos discutidos durante a
reunião do conselho do Cpers devem ser negociados. A partir daí, fica a
critério do governo a marcação de uma data para a reunião. “Já enviamos
um documento ao governo, pedindo a liberação dos dirigentes sindicais,
que é um acordo tácito desde a eleição (entre governo e sindicato)”, diz
Rejane Oliveira. “Tarso disse que era algo tranquilo, ponto pacífico, e
desde o final de janeiro estamos aguardando que ele dê uma resposta ao
nosso pedido”, lamenta.
Para o dia 8 de abril, está agendada uma assembleia geral, a primeira
promovida pelo magistério gaúcho desde o começo do governo Tarso. “É
importante ressaltar a necessidade de mobilização para que nossas
reivindicações sejam atendidas”, afirma Rejane. “O tamanho da nossa
conquista é o mesmo tamanho da nossa mobilização. Não vamos recuar em
nossas convicções”
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