A família do esporte cubano ficou
comovida com a morte, segunda-feira, 11 de junho,
dum de seus maiores expoentes de todos os tempos,
Teófilo Stevenson Lawrence, triplo campeão olímpico
e mundial de boxe.
O homem que vinculou mestria
atlética, modéstia infinita e fidelidade absoluta à
Revolução, ao comandante-em-chefe Fidel Castro e a
seu povo, morreu aos 60 anos de idade, em Havana,
vítima de uma cardiopatia isquêmica, informou um
comunicado do Movimento Esportivo Cubano.
Querido por várias gerações de
compatriotas que aplaudiram seus triunfos e o
admiraram porque jamais os traiu, Stevenson deixa,
além da glória conquistada no ringue, o exemplo
daqueles que jamais traem suas raízes, expressa o
texto.
Nascido em 29 de março de 1952 perto
da fábrica de açúcar Delicias, naquele então, no
município de Puerto Padre, província de Las Tunas, o
atleta viveu uma infância humilde, onde começou a
forjar valores que sempre o acompanharam.
Seus títulos olímpicos foram em
Munich’72, Montreal’76 e Moscou’80 e os mundiais,
Havana’74, Belgrado’78 e Reno’86.
Membro do único trio de boxeadores
três vezes campeões olímpicos, merecedor das Copas
Val Barker (1972) e Russell (1986), entregues aos
melhores competidores em competições desse tipo e em
campeonatos mundiais, também venceu em muitos outros
cenários como os Jogos Pan-Americanos, os Jogos
Centro-Americanos e do Caribe e Copas do Mundo.
Seu patriotismo ficou demonstrado
mais uma vez, quando deixou boquiabertos a
comerciantes que tentaram comprá-lo oferecendo-lhe
cifras milionárias.
"Não trocaria um pedaço da terra de
Cuba por todo o dinheiro que poderiam dar-me",
respondeu a um deles em Munich, depois de uma
desforra por causa de perder no pan-americano de
Cali’71 ante o estadunidense Duane Bobick, a chamada
Esperança Branca.
Reconhecido por seu forte murro,
também foi muito técnico, rápido para sua categoria
e cavalheiroso com seus contrários, muitos dos quais,
incluídos vários estrangeiros, foram seus amigos.
No momento de sua morte, Stevenson
era vice-presidente da federação Cubana de Boxe e
tinha várias condecorações nacionais e
internacionais.
Sua morte deixa um vazio inegável no
seio do esporte revolucionário cubano, onde agora se
multiplicará como exemplo de patriotismo, dignidade
e afeição a seu povo.
Enviamos aos seus familiares e
amigos esta mensagem de amor de aqueles que nos
orgulhamos de ser seus companheiros de combate.
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