Deus necessita dos ladrões para castigar os empresários.
Para
os piedosos que ainda não foram infectados pelo vírus do ódio contra os
excluídos, esclareço que a frase acima é de Lutero e se encontra em seu
Do Comércio e da Usura.Portanto, roga-se aos desgarrados
adoradores do bezerro de ouro que retornem às hostes do Senhor antes de
sair por aí yankisisando a favor da pena de morte.
Muito bem farão também se consultarem o grande Catão que há mais de dois mil anos afirmou: “pequenos ladrões estão trancafiados nas torres e calabouços enquanto os ladrões públicos andam em ouro e sedas”.
Precisamos
decidir se queremos o futuro a nosso favor ou contra, pois vivemos num
mundo onde a geração de riquezas é a principal responsável pela pobreza.
Talvez a melhor explicação para esse paradoxo esteja no Discurso da Servidão Voluntária
de Etienne de La Boétie, mas para isso é necessário visitar o século
XVI. Ou então aceitar a afirmação de Marx de que o usurário, do ponto de
vista político, tem atuação revolucionária na medida em que arruína as
formas de propriedade.
Ao
contrário dos humanos, todos os animais possuem onde morar, além de não
oprimir ou explorar os seus semelhantes. E quando matam, o fazem para
se alimentar. Mas vá explicar isso a Israel e Estados Unidos.
Veja-se
o que acontece com os sem-terra. São perseguidos, caluniados,
maltratados e assassinados porque lutam pelo direito a um pedaço de
chão.
Chão
que lhes é recusado em vida, mas não lhes faltará ao morrer. Por isso
nunca é demais repetir que se a propriedade é um bem, vamos estende-la a
todos; se for um mal vamos acabar com ela.
Ou como dizem no deserto, os parasitas coletivizaram Deus e privatizaram a riqueza.
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