quinta-feira, 15 de março de 2007

Tiro ao Doutor



Anna Gicelle Garcia Alaniz

Nos últimos dois anos, a cada fim de semestre, surtos de pânico acometem o corpo docente das instituições particulares de ensino superior. É que esse é o período de “tiro ao doutor”. É o momento em que as instituições demitem o ”excedente” de mão-de-obra em nome da “eficiência” e da redução de custos.

Sabemos que o MEC exige um número determinado de mestres e doutores para aprovar e reconhecer a abertura de cursos superiores nas instituições privadas. A nota que as comissões de reconhecimento atribuem aos novos cursos está diretamente relacionada com o nível de qualificação do corpo docente. O que não sabemos é por que o MEC se omite em relação ao destino desses profissionais após o reconhecimento desses cursos.

Estamos assistindo impotentes ao aviltamento da condição dos professores universitários devido ao excesso de profissionais no mercado e devido à mercantilização do ensino superior. Houve nos últimos anos uma proliferação inconsistente de instituições privadas de grandes redes, cujo único objetivo é o lucro e que se destinam a absorver estudantes de média e baixa renda, sem acesso à universidade pública. Os donos e administradores dessas instituições “desconhecem” os mais básicos princípios da pedagogia e oferecem um tipo de ensino que acreditam “até bom demais para seus alunos de segunda e terceira classe”.

Nesse contexto, os docentes têm seus direitos trabalhistas flagrantemente desrespeitados e sua liberdade de ação tolhida por estúpidas normas internas, que rebaixam a qualidade das aulas e humilham profissionais de primeira linha. E, normalmente, após o reconhecimento do curso por parte do MEC, começa uma ação sistemática de descarte dos docentes com titulação de doutor, para baratear os custos da folha de pagamento. Em seu lugar, mestres e especialistas assumem e se prestam a todo tipo de humilhações para não perder seus empregos.

Uma dessas conhecidas redes de ensino, que recentemente se espalhou pela região metropolitana de Campinas e cobriu várias cidades com seus outdoors – que são uma pequena amostra de seu marketing agressivo –, é um exemplo vívido do que estamos enfrentando. Entrando no mercado com pretensões megalômanas, essa instituição mantém um preço competitivo, penalizando seu corpo docente e a qualidade de seus cursos. O período de quatro horas/aula encerra-se às 22 horas para diminuir o adicional noturno dos docentes; a extensão letiva dos cursos diminui a cada ano, e atividades totalmente estapafúrdias são consideradas como horas/atividade para atender aos critérios elásticos do MEC; normas de “qualidade” são desculpas esfarrapadas para a padronização das aulas, retirando toda a capacidade de iniciativa dos docentes e preparando o caminho para a implantação dos sistemas de ensino a distância, que visam a total eliminação dos docentes da folha de pagamento.

Por essas e outras e devido ao seu marketing absolutamente agressivo, essa rede de ensino semeou o pânico em instituições particulares mais tradicionais, com décadas de serviços prestados à comunidade. Para se conservar no mercado, essas instituições mais antigas passaram a diminuir sistematicamente seus custos e têm procedido demissões coletivas de doutores que chegam a números assustadores, que ultrapassam a centena de profissionais por instituição. Essas demissões atingem docentes com muitos anos de serviço e conhecida reputação pedagógica, que estão sendo jogados em um mercado de trabalho quase inexistente, uma vez que os anúncios de jornais solicitando mestres e doutores visam apenas a montagem de cursos para reconhecimento pelo MEC e não uma relação empregatícia honesta e duradoura.

Uma das áreas de ensino que mais prolifera no momento é a da, assim denominada, gestão de negócios. Cursos como administração e ciências contábeis, que no passado eram apenas encontrados em escolas de comércio, adquiriram status de ensino superior apenas ao incorporar conteúdos humanísticos em suas grades curriculares. Hoje, para baratear seus custos, enganam o MEC eliminando essas matérias humanísticas e “ajustando” seu conteúdo de maneira pífia em outras matérias que deveriam ser correlatas. É o caso dos cursos de ciências contábeis que eliminam a disciplina de cultura brasileira, incorporando-a à de economia em nome desses ajustes curriculares.

O aluno oriundo da rede pública de ensino, aqui em São Paulo, já vem prejudicado por ter sido vítima da famigerada “progressão continuada”, que a mídia insiste em ignorar. Os estudantes chegam ao ensino superior com deficiências atrozes de conteúdo básico, quando não completos analfabetos funcionais. Nós, que ministramos as matérias de conteúdo humanístico, fazemos esforços sobre-humanos para suprir suas carências e conseguir que desenvolvam suas potencialidades para poder acompanhar as matérias mais técnicas.

Agora, que estamos sendo demitidos em massa, o que acontecerá com esses alunos? O Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley já chegou e não foi necessário o uso da genética. Bastaram algumas gestões do PSDB para que uma geração inteira de jovens se transforme em profissionais-gama com diplomas de terceira categoria. Assim, os ricos continuarão cada vez mais ricos e os pobres agora têm sua ignorância reconhecida e sustentada por diplomas universitários assinados e reconhecidos pelo MEC.

A prova cabal do descalabro desse sistema é o exame realizado pela OAB para admitir em sua categoria os bacharéis recém-formados. O exame da Ordem reprova a maior parte dos alunos oriundos dessas novas redes de ensino, devido à baixa qualidade dos cursos. Índices de 10 a 17 por cento de aprovação contra os mais de 60 por cento das instituições mais tradicionais falam por si sós. Se houvesse exames isentos para todas as outras categorias profissionais, o quadro grotesco que se desenharia talvez acordasse nossas autoridades.

O que já aconteceu aqui em São Paulo é irreversível. Mas e o futuro? Até quando a mídia, o MEC e os tecnocratas vomitadores de estatísticas vão fingir que está tudo bem? Quem deve ser processado e responsabilizado por toda essa esbórnia? Que país queremos?

Anna Gicelle Garcia Alaniz é doutora em história social pela USP.

Fonte: Caros Amigos

Bush, o ponto G da barbárie


O dado objetivo, o que de fato motiva a turnê de Bush, é a aposta nas assimetrias dos países da região para impor fraturas em um processo de integração que deixa no passado recente o fatalismo de “quintal”.

Purificar um lugar sagrado dos maus espíritos, após ele ter sido visitado pelo presidente Bush, é uma tarefa que não deveria ficar restrita aos sacerdotes maias que anunciaram a medida na Guatemala. As lideranças religiosas do Brasil, Colômbia, Uruguai e México também deveriam auscultar o sagrado para ver o que dizem templos e oráculos.

Quando Bush afirma que “minha viagem é para explicar o mais claramente que posso que nosso país é generoso e compassivo, que quando vemos pobreza, nós nos importamos; que quando vemos analfabetismo, nós queremos fazer algo a respeito” bem se vê que a retórica do Império ainda parte de dois pressupostos que, se no passado, lograram êxito, dificilmente encontram eco na atual América Latina: o esquecimento da história e a pronta adesão da periferia à lógica da insensatez.

O dado objetivo, o que de fato motiva a turnê de Bush, é a aposta nas assimetrias dos países da região para impor fraturas em um processo de integração que deixa no passado recente o fatalismo de “quintal”, o derrotismo histórico bradado como vantagens comparativas por nossas elites vassalas. O que está em jogo é a reiteração de uma hegemonia que não se pretende contestada por democracias soberanas. Do colosso estadunidense nada podemos esperar que não seja retrocesso, barbárie travestida de boas-intenções.

Incapazes de superar suas contradições estruturais, os Estados Unidos estão condenados a ser uma máquina permanente de destruição. Dependem do complexo industrial-militar para manter o dólar como moeda universal, mas o custo do aparato bélico está na raiz de seus dois grandes déficits. No fio da navalha, o capital se reproduz sob a forma de pulsão coletiva de morte. Abu Ghraib é a expressão contemporânea daquilo que, ao analisar os campos nazistas, Hannah Arendt chamou de produção de homens supérfluos. Meras coisas destituídas de história e identidade.

Detentos humilhados sexualmente e empilhados nus para a satisfação libidinal de jovens soldadas foram as imagens indesejáveis de uma invasão que se pretendia asséptica e espetacular. Crianças sodomizadas, prisioneiros obrigados a renegar o Islã e retirar alimentos de vasos sanitários retrataram as conseqüências precisas do receituário dos falcões militaristas e seus aliados da direita cristã. Nesse contexto, a recruta Jessica Lynch e sua improvável bravura cederam a cena para a soldada Lynndie, participante ativa do abuso de prisioneiros. O épico deu lugar ao porno-crushing da nova fase imperialista. Esboço estético em perfeita simetria com o projeto ético dos segmentos dirigentes dos Estados Unidos.

Guantámano é o não-lugar, encravado em Cuba, onde mais de 500 prisioneiros, quase todos sem qualquer acusação formal, estão desprovidos de qualquer tipo de direitos. Formam uma subcasta, não têm nome ou humanidade. São o que de mais expressivo a globalização neoliberal impôs ao ordenamento jurídico internacional: a reprodução em escala ampliada dos dálits: os intocáveis da Índia.

O Império luta por sua perpetuação hegemônica. Convenções ambientais, inspeções de armas químicas e biológicas em seu próprio território e criação de um Tribunal Penal Internacional são mecanismos de frenagem da expansão pretendida. A comunidade internacional e as resoluções de organismos multilaterais como a ONU são ecos de uma história remota. Não há porque levá-los em conta em questões estratégicas. Pouco pode deter os cruzados de Washington e seus aliados. Não há espaço para arrazoados humanistas no ideário de Cheney, Rumsfeld ou Condoleeza Rice. "César" Bush sempre fará ouvidos moucos aos protestos em escala planetária. Autonomizado da democracia, o governo americano opera com tirania de escala. Isso é o que nos reservava o “Projeto para um novo século americano", estudo elaborado pela direita acadêmica para assegurar o controle do mundo, sobrepondo seus princípios através da força econômica e militar.

O capital estadunidense tem sede (há água em abundância na antiga Mesopotâmia), precisa repor as energias (as jazidas iraquianas são estimadas em 112 bilhões de barris) e precisa pagar pouco por isso (evitando a depreciação do dólar frente ao euro). Se somarmos a esses vetores, a necessidade de defender a moeda em função do endividamento excessivo, veremos o que move discurso guerreiro. Longe de proteger o ocidente da insanidade islâmica ou levar a democracia ao mundo árabe, Moab's e Tomahawks serviram como elementos de regulação de uma economia capitalista em crise sistêmica.

Da ameaça asiática ao reordenamento do bloco europeu, a crise estrutural do capitalismo não dá muita margem de ação aos Estados Unidos. Talvez seja o caso de lembrar o filósofo húngaro István Mészáros: "Do perverso ponto de vista de realização do capital, consumo e destruição são equivalentes".

À impossibilidade de se sobrepor à pluralidade de capitais, resta ao governo americano o keynesianismo de guerra. A barbárie não é um desvio de rota ou uma falha de comando, mas o desdobramento necessário da matriz ideológica do neoliberalismo.Não será trocando republicano por democrata na presidência dos Estados Unidos que sairemos ilesos dessa aventura. Muito menos mudando os carcereiros, sob pressão da opinião pública norte-americana em período eleitoral, que cessará a sub-humanidade em qualquer ala de Abu Ghraib. A impossibilidade crescente de obter consenso junto à sociedade civil mundial não prende a serpente ao ovo. Pelo contrário, isso a deixa amedrontada e preparada para o bote. O julgamento e execução de Saddam Hussein demonstram que não há mais lugar para disfarces. O patológico é a normalidade do capitalismo pós-industrial.

Os movimentos sociais anti-sistêmicos precisam, cada vez mais, abandonar posturas meramente reativas e partir para uma ofensiva contra-hegemônica. Para tanto, é necessário resgatar a política e reunificá-la ao mundo do trabalho.

A criação de uma nova esfera pública é a única possibilidade de reversão do quadro atual. Se Forrest Gump desligar a televisão e for para as ruas protestar, estaremos salvos. Caso contrário, só resta fazer o documentário da nossa época. Sugiro a cobertura da convenção do Partido Republicano ou um seminário do Likud. Najaf e Faixa de Gaza dão belos cenários. Se Leni Riefenstahl está morta, a nova versão de o "Triunfo da Vontade" não exige grande talento. As motivações só mudaram de continente, mas a cultura de extermínio obedece aos mesmos ditames. A alternativa está dada: ou a barbárie do Império ou uma redefinição imediata do ordenamento internacional.

Que a sabedoria maia seja ouvida! Melhor que apostar num improvável “ponto G” e descobrir que Tânatos demitiu Eros da vida humana.

Fonte: agencia carta maior

Tanques cheios à custa de barrigas vazias


Documento dos movimentos sociais de seis países da América Latina sobre a expansão da cultura da cana-de-açúcar.
Via Campesina
Nós, representantes de entidades e movimentos sociais do Brasil, Bolívia, Costa Rica, Colômbia, Guatemala e República Dominicana, reunidos no seminário sobre a expansão da indústria da cana na América Latina, constatamos que:
O atual modelo de produção de bioenergia é sustentado nos mesmos elementos que sempre causaram a opressão de nossos povos: apropriação de território, de bens naturais, de força de trabalho.
Historicamente, a indústria da cana serviu de instrumento para a manutenção do colonialismo em nossos países e a estruturação das classes dominantes que controlam até hoje grandes extensões de terras, o processo industrial e a comercialização. Este setor se baseia no latifúndio, na superexploração do trabalho (inclusive no trabalho escravo) e na apropriação de recursos públicos. O setor se estruturou no monocultivo intensivo e extensivo, provocando a concentração da terra, da renda e do lucro.
A indústria da cana foi uma das principais atividades agrícolas desenvolvida nas colônias. Permitiu que setores que controlavam a produção e a comercialização conseguissem acumular capital e com isso contribuir para a estruturação do capitalismo na Europa. Na América Latina, a criação e o controle do Estado, desde o século XIX, continuaram a serviço dos interesses coloniais. Atualmente, o controle do Estado por este setor é caracterizado pelo chamado “capitalismo burocrático”. A indústria da cana definiu a estruturação política dos Estados nacionais e das economias latino-americanas.
No Brasil, a partir dos anos 1970, quando houve a chamada “crise” mundial do petróleo, a indústria da cana passa a produzir combustível, o que justificaria sua manutenção e expansão. O mesmo ocorre a partir de 2004, com o novo Pró-Álcool, que serve principalmente para beneficiar o agronegócio. O governo brasileiro passa a estimular também a produção de biodiesel, principalmente para garantir a sobrevivência e a expansão de grandes extensões de monocultivo da soja. Para legitimar essa política e camuflar seus efeitos destruidores, o governo estimula a produção diversificada de biodiesel por pequenos produtores, com o objetivo de criar o “selo social”. As monoculturas têm se expandido em áreas indígenas e em outros territórios de povos originários.
Em fevereiro de 2007, o governo estadunidense anuncia seu interesse em estabelecer uma parceria com o Brasil para a produção de biocombustíveis, caracterizada como principal “eixo simbólico” na relação entre os dois países. Essa é claramente uma face da estratégia geopolítica dos Estados Unidos para enfraquecer a influência de países como Venezuela e Bolívia na região. Também justifica a expansão de monocultivos da cana, soja e palma africana em todo o território latino-americano.
Aproveitando-se da legítima preocupação da opinião pública internacional com o aquecimento global, grandes empresas agrícolas, de biotecnologia, petroleiras e automotivas percebem que os biocombustível representam uma fonte importante de acumulação de capital.
A biomassa é apresentada falsamente como nova matriz energética, cujo princípio é a energia renovável. Sabemos que a biomassa não poderá realmente substituir os combustíveis fósseis e que tampouco é renovável.
Algumas características inerentes da indústria da cana são a destruição do meio ambiente e a superexploração do trabalho. Utiliza-se principalmente da mão-de-obra migrante. Portanto, estimula processos de migração, tornando os trabalhadores mais vulneráveis e dificultando ainda mais sua organização. O duro trabalho no corte da cana tem causado a morte de centenas de trabalhadores.
As mulheres trabalhadoras no corte da cana são ainda mais exploradas, pois recebem salários mais baixos ou, em alguns países, como na Costa Rica, não recebem seu salário diretamente. O pagamento é feito ao marido ou companheiro. É comum também a prática do trabalho infantil em toda a América Latina, assim como a exploração de jovens como principal mão-de-obra no estafante corte da cana.
Os trabalhadores não têm nenhum controle sobre a pesagem de sua produção e consequentemente de seu salário, pois são remunerados por quantidade de cana cortada e não por horas trabalhadas. Esta situação tem sérios efeitos para a saúde e causa até mesmo a morte de muitos trabalhadores por fadiga, pelo trabalho excessivo que demanda o corte de até 20 toneladas de cana por dia. A maioria das contratações é terceirizada por intermediários ou “gatos”. Isso dificulta a possibilidade de reivindicação dos direitos trabalhistas, pois não existe um contrato formal de trabalho. A figura do empregador é escondida nesse processo, que nega a própria relação de trabalho.
O Estado brasileiro estimula a utilização de terras dos assentamentos de reforma agrária e de pequenos agricultores, que atualmente são responsáveis por 70% da produção de alimentos, para produzir biocombustíveis, comprometendo a soberania alimentar.
Portanto, assumimos o compromisso de:
Ampliar e fortalecer as lutas dos movimentos sociais na América Latina e no Caribe, por meio de uma articulação entre as organizações dos trabalhadores existentes e as entidades de apoio.
Denunciar e combater o modelo agrícola baseado no monocultivo concentrador de terra e renda, destruidor do meio ambiente, responsável pelo trabalho escravo e a superexploração da mão-de-obra. A superação do atual modelo agrícola passa pela realização da Reforma Agrária ampla que elimine o latifúndio.
Fortalecer as organizações de trabalhadores rurais, assalariados e camponeses para construir um novo modelo alicerçado na agricultura camponesa e na agroecologia, com produção diversificada, priorizando o consumo interno. É preciso lutar por políticas de subsídios para a produção de alimentos. Nosso principal objetivo é garantir a soberania alimentar, pois a expansão da produção de biocombustíveis agrava a situação de fome no mundo. Não podemos manter os tanques cheios e as barrigas vazias.
São Paulo, 28 de fevereiro de 2007.

De novo Abel erra!

O treinador Abel Braga do Sport Clube Internacional mais uma vez decepciona. Num jogo dificílimo contra o Velez da Argentina pela taça Libertadores das Américas, edição de 2007, escala mal o seu time. Ao colocar Michel e Adriano gabirú na equipe, nos lugares de Welintom Monteiro e Alex demonstrou sua teimosia em insistir com dois jogadores que na verdade, desde que foram contratados não mostraram a que vieram, com alguns jogos de excessão. Deixou Perdigão na reserva. este jogador apesar de suas deficiências ténicas tem demonstrado ao longo do campeonato gaúcho boas atuações, inclusive com marcação de gol e boas assistências. Mas a maior crueldade de Abelão foi deixar o Pato e o Cristian na reserva. No segundo tempo, quando deveria colocar apenas um deles, colocou os dois ao mesmo tempo e o que se viu foi um fracasso total, pior do que no primeiro tempo, não tendo o Inter sequer uma conclusão a gol. Abel mais uma vez mostra para todos sua incapacidade e sua teimosia em escalar "seus protegidos" em detrimento da equipe e dos jogadores que ficam de fora, podendo estar em campo contribuindo para as vitórias coloradas tão escassas esse ano. Ou o Abel muda sua forma de agir ou o colorado vai cair fora na primeira fase do campeonato gaúcho e da libertadores, o que seria um fracasso total dessa nova diretoria que ao nosso ver está deixando a desejar. Estamos todos com saudades de Fernando Carvalho.

Relação Neurônios e Estresse

Estresse
O estrese extremo pode contribuir para a depressão
Um único episódio de estresse extremo pode ser o suficiente para destruir novas células nervosas no cérebro, de acordo com uma pesquisa.

Os pesquisadores da Universidade Franklin Rosalind, nos Estados Unidos, acreditam que a perda dessas células possa ser uma das causas da depressão.

Os cientistas usaram grupos de ratos jovens e de ratos mais velhos e agressivos para o estudo, que foi publicado na revista Journal of Neuroscience.

Cada rato jovem foi colocado em uma gaiola com dois ratos mais velhos durante 20 minutos.

Os ratos velhos intimidavam e, em alguns casos, atacavam os mais novos com mordidas.

Estresse

O nível de estresse dos ratos jovens colocados nessas gaiolas chegou a ser seis vezes mais alto do que o normal.

Os cientistas descobriram que o estresse afeta as células do hipocampo, a área do cérebro responsável pelo aprendizado, memória e emoção.

O hipocampo é uma das regiões cerebrais que continua a desenvolver células nervosas durante a vida, tanto nos ratos quanto em seres humanos.

O estresse não impediu a produção de novas células, como acreditavam alguns cientistas. Mas as células tiveram mais dificuldade em sobreviver, o que significa que houve uma redução no númetro de neurônios novos para processar sentimentos e emoções.

Os pesquisadores acreditam que a perda de células nervosas pode ser uma causa de depressão.

Uma semana após o teste, apenas um terço das novas células produzidas havia sobrevivido. A sobrevivência dos neurônios em longo prazo também foi comprometida.

Os pesquisadores acreditam que o estudo possa ajudar no desenvolvimento de tratamentos para impedir que situações muito estressantes causem problemas de depressão.

Tratamentos

Como os neurônios não morrem imediatamente após o episódio de estresse, mas pelo menos 24 horas depois, o tratamento poderia ser administrado nesse intervalo para impedir a perda de células.

O coordenador da pesquisa, Daniel Peterson, disse que o próximo passo é entender como o estresse reduz a sobrevivência dos neurônios.

Para o professor David Kendall, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, apesar de o estresse extremo ser prejudicial à saúde, níveis moderados podem ser benéficos.

“A regra parece ser que um pouco de estresse é bom para você, mas o estresse severo e imprevisível é ruim”, disse.

Fonte:BBC