quarta-feira, 13 de junho de 2007

The Beatles Yellow Submarine

Povos indígenas decidem lutar por nova lei de radiodifusão
Representantes de povos e entidades indígenas, reunidos na Oficina de Áudio para os Povos Indígenas, decidiram lutar por uma nova lei de radiodifusão comunitária que respeite suas características. O evento foi realizado entre os dias 3 e 6 de junho, na aldeia Caramuru do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, no sul da Bahia. Segundo o documento final do encontro, a interação da comunidade com os diversos meios de comunicação se torna cada vez mais importante para o fortalecimento da luta pela terra, educação, saúde e lazer. "Sentimos a necessidade de nos qualificar e conhecer melhor estes diversos meios para utilizá-los da maneira que traga benefícios para os nossos povos", acrescenta o documento.

Entre os diferentes assuntos abordados na oficina, estava a Lei 9612/98, que trata da radiodifusão comunitária no Brasil. De acordo com o documento, "esta Lei é prejudicial às comunidades indígenas, pois não respeita os nossos direitos constitucionais, não leva em conta as nossas formas tradicionais de organização, nos impondo uma integração forçada na Sociedade Nacional".

"Toda sua concepção visa atender a populações urbanas e não leva em conta as comunidades tradicionais. O seu processo de legalização é altamente burocrático e não contempla os interesses das comunidades indígenas", afirma o documento. Os povos e as entidades pretendem reivindicar a criação de uma lei específica de radiodifusão que respeite seus direitos constitucionais, conferindo maior importância a suas organizações sociais e necessidades. Além disso, querem a imediata aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas proposto pelas comunidades indígenas.

Para fortalecer a luta, está previsto uma articulação com outras comunidades tradicionais e movimentos (Quilombolas, MST, MAB) para garantir sistemas de comunicação viáveis e que respeitem as especificidades das comunidades. O encontro também serviu para a definição de uma agenda. Está previsto um seminário sobre comunicação em áreas indígenas a ser realizado na área de atuação da APOINME, no qual se possa discutir e viabilizar diversas formas para garantir uma comunicação que atenda as demandas dos povos indígenas. Eles também pretendem se reunir com representantes do Governo Federal (Ministério das Comunicações, Funasa, Ministério da Cultura), APOINME, COAIB, Rede Índios on-line, Cimi, para discutir e apresentar as reivindicações dos Povos Indígenas em relação ao sistema de comunicação.

O movimento dos povos indígenas se mostra solidário com a questão das rádios comunitárias. "Acreditamos que para avançar nesta luta e enfrentarmos estes novos desafios apresentados às nossas comunidades é preciso unir forças não só entre nós povos indígenas, mas com outros oprimidos pela mídia dominante. Nos solidarizamos com o movimento de rádios comunitárias na necessidade de uma completa revisão da legislação sobre comunicação comunitária, que hoje dificulta a existência de veículos comunitários no País", finaliza o documento.

Os povos indígenas que estiveram presentes no evento foram: Truká, Pankararu e Xukuru de Ororubá (Pernambuco) Potiguara (Paraíba), Pataxó Hã-Hã-Hãe e Pataxó (Bahia), além das entidades Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Rádio Netherlands.

Fonte: Adital

Isso é Muito Grave...

Infância roubada

36% das meninas e 29% dos meninos com menos de 14 anos já foram molestados sexualmente. O tempo médio de abuso é de três anos. No Brasil, 168 crianças ou adolescentes sofrem abuso sexual por dia.

Neste exato momento milhares de crianças, adolescentes – e até bebês – ao redor do planeta estão sendo usurpados de um dos seus bens mais preciosos. Outros já passaram por isso em algum momento da vida. Não se trata do brinquedo preferido, do tênis da moda ou de qualquer coisa do gênero, e sim de sua infância, sua privacidade e sua integridade, algo que não tem preço, não se recupera e no máximo se repara com muito esforço.
São ‘pessoinhas’ que sofrem um ataque aos seus sentimentos mais íntimos – muitas vezes ainda nem desenvolvidos – à sua sexualidade. São molestadas por abusadores sexuais, homens e mulheres que encontram nesses seres indefesos sua fonte de prazer.

Os números são assustadores: estudos realizados em diferentes partes do mundo sugerem que 36% das meninas e 29% dos meninos com menos de 14 anos já foram molestados sexualmente pelo menos uma vez. E o tempo médio de abuso é de cerca de três anos. Segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), estima-se que no Brasil 168 crianças ou adolescentes sofrem abuso sexual por dia ou sete a cada hora. Não é só. Levantamento feito pelo Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância da região do ABCD (Crami), de São Paulo, mostrou que a primeira forma de violência sofrida em casa é a agressão física, seguida pelo abuso sexual. Talvez isso explique por que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considere a questão como um dos grandes problemas de saúde pública do planeta.

Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a violência sexual doméstica não é uma questão típica de países subdesenvolvidos. É um fenômeno mundial, que atinge proporções gravíssimas na Austrália e na Irlanda, por exemplo. E também não escolhe classe social. De acordo com dados fornecidos pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), a pobreza é apontada como causa de 16,8% dos registros de Exploração Sexual Comercial. Já nos casos notificados de abuso essa relação não existe. Talvez seja mais fácil acreditar que o abuso sexual se limite apenas às famílias desestruturadas e com poucos recursos financeiros. Afinal, sabemos que a miséria e a promiscuidade são fatores desencadeantes da violência. Mas a questão está presente em todas as classes sociais, sim, porém, nas mais altas, esse tipo de delito tende a ser encoberto e muitas vezes nem sequer é denunciado.

Por mais incrível que possa parecer, os agressores são pessoas do coração, aquelas em que todo mundo confia de olhos fechados e são referência amorosa fundamental na vida da criança – como avôs, tios, irmãos, padrastos, amigos da família e até o pai e, em alguns casos, a mãe. É duro aceitar que, nessas situações, quem está dentro de casa pode ser muito mais perigoso do que um estranho, como bem mostram os filmes "Um Casamento à Indiana", da diretora Mira Nair, ou "Festa de Família", de Thomas Vinterberg.

Denunciar é necessário


Não é preciso haver contato físico para invadir uma criança com intenções sexuais. Nessas situações, que totalizam cerca de 70% dos casos, de acordo com o "Guia escolar: métodos para identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes" (Secretaria Especial dos Direitos Humanos/MEC), o agressor se contenta em ver a criança tomar banho, pede que se dispa na sua frente, mostre o órgão genital, dance nua ou simplesmente sente no seu colo. Por outro lado, existem aqueles que não se satisfazem apenas em observar de longe e não colocam limites para a conquista do prazer. Atos como sexo oral, anal, masturbação, penetração com os genitais ou os dedos fazem parte do repertório de perversões.

O alvo preferencial são as garotas, numa extensa faixa que vai de zero a 14 anos, mas isso não quer dizer que os garotos fiquem de fora. Presas fáceis, meninos e meninas dificilmente têm como se defender. Some-se a isso o fato de o abusador se valer da submissão da vítima, seja por meio de ameaças ou de comportamentos sedutores, e o estrago está feito. O ciclo só é rompido quando a vítima de alguma maneira se dá conta do que está acontecendo. Ou ainda quando alguém percebe alterações no comportamento da criança – dificuldade para dormir, apatia, depressão, baixo rendimento escolar, conhecimento ou comportamento relacionado ao sexo incompatível com sua faixa etária, medo, problemas de fala, machucados ou sangramentos nos genitais – e parte para a denúncia.

Aliás, este é um grande problema quando falamos de um assunto tão delicado. Afinal, o abuso esbarra no tabu do incesto e da vergonha, fatores que inibem a comunicação dos casos aos órgãos responsáveis. Além disso, ele ocorre dentro da esfera doméstica, na surdina, longe dos olhos da maioria das pessoas e do alcance das políticas públicas. Ou seja, existe um muro de silêncio muito complicado de romper e não é difícil de entender o porquê. Além de todas as implicações de ordem pessoal, o abuso sexual doméstico também representa uma ameaça grave a um alicerce social muito caro: a família, vínculo de confiança básico entre seus membros, concebida para unir, apoiar e dar valores que guiarão meninos e meninas pela vida afora.

Por mais difícil que seja enfrentar os fatos, pois isso envolve questões bastante delicadas do ponto de vista da estrutura familiar, da jurídica e principalmente da emocional, a saída é uma só: é preciso punir o abusador pelos caminhos jurídicos competentes e ainda oferecer tratamento psicológico adequado para que ele pare de molestar pessoas próximas e indefesas.


Carla Leirner é jornalista com especialização em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. É autora do livro "Abuso sexual, pornografia - A infância é a última fronteira da violência", publicado pelas editoras Albatroz, Loqüi e Terceiro Nome.

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Joe Cocker – With A Little Help From My Friends (1969)













Este aqui é um clássico dos anos 60. Disco de estréia de Joe Cocker, trazia, como sugere o título um batalhão de convidados, entre eles Steve Windwood e um certo Jimmy Page. O disco foi um sucesso instantâneo, puxado pela faixa título, cover de uma canção dos Beatles. Aliás, cover uma ova, aquilo é uma reinvenção. O que era, que me perdoem os beatlemaníacos presentes, uma canção bobinha no fiapo de voz de Ringo tornou-se um blues rock apoteótico, com guitarras e aquela voz que parece curtida em 200 anos de uísque. Ao apresentá-la numa versão ainda mais intensa no festival de Woodstock, Cocker tornou-se um mito.

Agora, posso contar um segredo? Essa não é a minha música favorita no disco. Outras duas ficam com o título, aliás, outras duas covers. A primeira é "Just Like a Woman", uma das mais bonitas baladas de Bob Dylan que cresce horrores na voz de Cocker. Só não é a versão definitiva por conta da interpretação arrepiante de Richie Heavens no show pelos trinta anos de carreira do bardo com voz de pato.

A outra é "Don't Let Me Be Misunderstood", imortalizada por Nina Simone e trazida para o rock pelos Animals – minha banda favorita da chamada Invasão Britânica. Ao longo dos anos, esta canção já ganhou umas 432 versões, passando por Gary Moore, Yussuf Islan ("o artista anteriormente conhecido como Cat Stevens") e até (desculpem) Santa Esmeralda. Mas coube a Cocker enxergar ali uma balada perfeita para sua voz sofrida – e o arranjo com aquele típico teclado sessentista é outra jóia.

1. Feeling Alright
2. Bye Bye Blackbird
3. Change In Louise
4. Marjorine
5. Just Like A Woman
6. Do I Still Figure In Your Life?
7. Sandpaper Cadillac
8. Don't Let Me Be Misunderstood
9. With A Little Help From My Friends
10. I Shall Be Released

DOIS MILHÕES DE PALESTINOS EM SITUAÇÃO INSUSTENTÁVEL APÓS 40 ANOS DE OCUPAÇÃO.


Yasmina Jiménez, El Mundo/Rebelión

Khaled Daud Faquih, um bebê palestino de seis meses, morreu no último dia 8 de março num posto de controle israelense quando seus pais tentavam levá-lo ao hospital de Ramallah para que fosse atendido por problemas respiratórios. Morreu a dez minutos do hospital diante da impotência de seus pais e da tranqüilidade dos soldados israelenses. Perto de completar 40 anos de ocupação de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, Anistia Internacional pede às autoridades israelenses que ponham fim a esta constante violação dos direitos humanos.

Os abusos generalizados contra os direitos têm se transformado em mais uma rotina na vida diária dos palestinos. No informe de Anistia, "Suportando a ocupação, a população palestina sob estado de sítio na Cisjordânia", a organização denuncia os efeitos devastadores de quatro décadas de ocupação israelense. "Dois milhões de pessoas vivem em estado de sítio quando se completam 40 anos de ocupação", garante Estevão Beltran, diretor de Anistia Internacional na Espanha.

A história de Khaled não é um caso isolado. Complicações médicas, partos e mortes nos postos de controle, horas de espera para ir ao trabalho ou ao colégio, demolições de casas e lojas são algumas das situações vivenciadas pelos palestinos "pelo fato de serem palestinos". Todos os dias, centenas de controles e bloqueios forçam a população árabe a dar longas voltas em nome da segurança israelense. Contudo, a finalidade destas medidas é somente a de "restringir ou impedir a circulação de palestinos entre cidades e povoados, dividir e isolar as comunidades palestinas, porque os controles estão no interior da Cisjordânia, não entre Israel e a Cisjordânia", explica Anistia.

O texto da organização documenta a expansão incessante dos assentamentos ilegais dos colonos israelenses nos territórios ocupados que priva a população palestina de recursos essenciais, como a água. "A ocupação israelense é militar e civil porque se trata de uma ocupação permanente e não provisória, como foi o caso do Kuwait ou do Iraque, agora, por parte dos EUA", explica Lucia Pizarro, coordenadora internacional do Comitê Israelense contra as Demolições de Casas (ICAHD, pela sigla em inglês).

Impunidade para os colonos israelenses.

"As restrições sofridas pelos árabes são ilegais, desproporcionadas, discriminatórias e violam o direito à liberdade de circulação", afirma o informe. As proibições nos territórios palestinos só beneficiam os colonos israelenses que contam com suas próprias estradas, ajudas econômicas e todos os benefícios proporcionados pelo governo para garantir a permanência de civis entre o "inimigo".

Cerca de 450.000 colonos israelenses vivem em assentamentos ilegais violando resoluções da ONU e demonstrando que a ocupação de Israel na Palestina será permanente. Além disso, os colonos contam com uma vantagem atroz: podem atacar e destruir impunemente as propriedades dos palestinos, sem temer a ação da justiça que, acima de tudo, os protege.

Mas, o dano maior imposto ao povo palestino é a construção de um muro de 700 quilômetros que deixará mais de 60.000 palestinos à mercê de uma cerca construída dentro de suas terras com o propósito de separar cidades, povoados, comunidades e famílias palestinas. Haverá agricultores que não poderão ter acesso a suas roças, nem estudantes a seus colégios, nem doentes aos hospitais.

O afastamento do muro é garantido por mensagens, em hebraico, árabe e inglês, colocadas ao longo de toda a cerca e onde se adverte: "Perigo de morte Zona militar: qualquer pessoa que tente pular ou provocar danos ao muro colocará sua vida em perigo". A prova de que esta advertência é real a teve a família de uma adolescente palestina de 14 anos que foi abatida a tiros por soldados israelenses quando brincava perto do muro com uma amiga de 12 em dezembro passado.

Um organismo internacional.

Clara Cordero, especialista em Israel e territórios ocupados de Anistia Internacional, expôs as demandas da organização para melhorar o quanto antes esta situação que tem colocado os palestinos em seu pior momento desde 1967. Os árabes dependem de uma ajuda internacional que também está sujeita a restrições, a economia tem sido profundamente atingida e os estragos das proibições começam a se materializar em forma de desnutrição crônica ou anemia, entre outras enfermidades.

Cordero tem reivindicado ao Governo de Israel que "ponha fim ao impedimento da liberdade de circulação de pessoas e mercadorias, que interrompa a construção do muro e os assentamentos ilegais de colonos, a destruição de casas palestinas e garanta a proteção dos civis".

Anistia tem insistido, sobretudo, num pedido que, há anos, vem apresentando à comunidade internacional: "O estabelecimento de um organismo internacional que vigie o cumprimento dos direitos humanos em Israel e nos territórios ocupados". A organização se pergunta se os palestinos terão que esperar outros 40 anos antes que o mundo reaja e dirija o olhar aos territórios ocupados.