domingo, 9 de setembro de 2007

Até breve, mestre!!!!

Luciano Pavarotti

Luciano Pavarotti nasceu em Módena, na Itália, em outubro de 1935 era filho de padeiro e de uma operária de tecelagem de Módena. Torcedor fanático do Juventus, chegou, por um tempo, a pensar na carreira de jogador profissional; mas acabou optando pela de professor, e chegou a obter o diploma elementar. Cantava juntamente com Fernando Pavarotti, o seu pai, no coral Gioachino Rossini, de sua cidade, com o qual viajou para o País de Gales, onde ganharam o primeiro prêmio do Concurso Internacional de Corais de Llangollen. Entusiasmado com esse resultado, Luciano começou, ao voltar para casa, a estudar canto com Arrigo Pola.

Sua estréia se deu em abril de 1961 na ópera popular "La Bohème", de Puccini, no teatro de ópera de Reggio Emilia. Esse sucesso levou a convites para apresentar-se em toda a Itália e várias partes do mundo. Ele conquistou o público de Amsterdã, Viena, Zurique e Londres. Sua grande chance aconteceu em Londres, graças a outro grande tenor lírico italiano, Giuseppe di Stefano, que precisou faltar a uma apresentação de "La Bohème" em 1963. Sua estréia nos EUA aconteceu em fevereiro de 1965 numa produção feita em Miami de uma ópera de Gaetano Donizetti, "Lucia di Lammermoor", com Joan Sutherland. Foi o início de uma parceria que se tornaria histórica.Em 1972, numa apresentação de "La Fille du Regiment", de Donizetti, Pavarotti cantou uma ária contendo nove dós altos, sem nenhum esforço. O público explodiu numa ovação frenética, e a fama do jovem tenor espalhou-se para além dos limites da ópera e da música erudita. Em 1990 Pavarotti uniu-se aos tenores espanhóis Plácido Domingo e José Carreras na Copa do Mundo de Futebol, apresentando clássicos da ópera a milhões de torcedores de futebol em todo o mundo. As vendas de álbuns de ópera cresceram vertiginosamente depois de um concerto de gala nas Termas de Caracalla, em Roma, ter sido transmitido para 800 milhões de pessoas, e trechos de "Nessun Dorma", da ópera "Turandot", de Puccini, passaram a ser uma parte tão integral da futebolmania quanto são os cantos geralmente mais barulhentos.

A ascensão para o estrelato vinha acompanhada de um cortejo de problemas: as exigências cada vez maiores, como a de transportar para a China toda a cozinha de seu restaurante predileto. Em 1989, tinha causado grandes repercussões a decisão de Ardis Krainik, diretor do Lyric Opera de Chicago, de romper com ele um contrato que se estendera por 15 anos porque, nos oito últimos desses anos, Pavarotti cancelara 26 das 41 apresentações previstas. Ao lado disso, o cantor envolveu-se em inúmeras causas beneficentes e humanitárias. Criou a Pavarotti International Voice Competition, destinada a revelar cantores jovens, na década de 80. As séries de shows intitulados Pavarotti And Friends, reunindo intérpretes clássicos e populares, levantaram fundos para ajudar refugiados e crianças carentes na Bósnia e na Guatemala, em Kossovo e no Iraque. Amigo da princesa Diana, uniu seus esforços aos dela na campanha para a eliminação das minas de solo. E recusou-se a cantar no serviço fúnebre da princesa, em Westminster, pois "não conseguiria fazê-lo com um nó na garganta". Ter-se tornado, em dezembro de 1998, o primeiro (e único) cantor de ópera a se apresentar no programa Saturday Night Live, da televisão americana, ao lado da cantora pop Vanessa Williams, projetou de forma astronômica o prestígio do artista que, naquele mesmo ano, recebera o Grammy Legend Award, raríssimas vezes concedido.

Ao mesmo tempo em que a fama de Pavarotti nos palcos foi diminuindo quando ele chegou à casa dos 60 anos, ele renovou sua vida pessoal, deixando a esposa com quem esteve casado por 37 anos para casar-se com uma assistente 34 anos mais jovem que ele e ainda com menos idade que suas três filhas. O tenor de barba negra casou-se com Nicoletta Mantovani após um divórcio marcado por desavenças. Um timbre privilegiado, com grande riqueza de coloridos - a sua mais notável qualidade, ele a recebeu como uma dádiva da natureza: nasceu tenor. Ao contrário de cantores como Carlos Bergonzi ou Plácido Domingo, que iniciaram a carreira como barítonos e, depois, reiniciaram os estudos para colocar a voz no registro mais agudo, Luciano Pavarotti era um tenor natural. Dotado, além disso, da mais preciosa das características: um timbre absolutamente inconfundível, que permitia à sua legião de admiradores reconhecê-lo, bastando, para isso, ouvi-lo cantar dois ou três compassos.

O maior tenor de todos os tempos esteve no Brasil várias vezes. A primeira foi em 1979, no Teatro Municipal do Rio, quando foi ovacionado pelo público logo após interpretar Una furtiva lagrima, de Donizetti, Partir c'est mourrir Un peu, de Tosti, e E lucevan le estelle, de Puccini. Dias depois da apresentação no Rio, ele cantou para um público composto em grande parte por jovens no Anhembi, em São Paulo. Ao final, gritos de "Bravo" ecoavam no complexo.
Doze anos depois, em dezembro de 1991, o tenor italiano voltou à capital paulista para mais uma apresentação de sucesso. Mas o que realmente marcou sua segunda passagem por São Paulo foi o tratamento dispensado pelo hotel onde ficou hospedado, o Cà D'Oro. O tenor recebeu tratamento digno de reis, como guardanapos "suaves", toalhas e toucas de banho extras, ingredientes finos para a cozinha (o tenor adorava comer e cozinhar a própria comida), além de um piano afinado e um afinador de plantão. Sua excentricidade marcou também o menu do restaurante do hotel. Atendido e servido, o tenor não deixou que o garçom colocasse queijo ralado. Apanhando um saquinho pendurado à cintura, disse: "Scusa, il formaggio è mio." E com a mão aspergiu o queijo por cima do penne com peperoncino. O prato, então, foi batizado de penne à Pavarotti.

Os problemas de saúde se sucederam muito rapidamente. Uma cirurgia nas vértebras do pescoço, em março de 2005, prejudicou os planos para a turnê de despedida anunciada no ano anterior. A infecção hospitalar que se seguiu a uma operação da coluna, em janeiro de 2006, forçou o cancelamento de vários concertos. O câncer no pâncreas foi diagnosticado em junho de 2006. Pavarotti emagreceu 30 quilos desde então e usava uma cadeira de rodas para se locomover.

Nessun dorma
Nessun dorma! Nessun dorma!
Tu pure, o, Principessa,
nella tua fredda stanza,
guardi le stelle
che tremano d'amoree di speranza.
Ma il mio mistero e chiuso in me,
il nome mio nessun saprá!
No, no, sulla tua bocca lo diró
quando la luce splenderá!
Ed il mio bacio sciogliera il silenzio
che ti fa mia!
(Il nome suo nessun saprá!...e noi dovrem, ahimé, morir!)
Dilegua, o notte!Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle!
All'alba vinceró!
vinceró, vinceró!

Ninguém durma! ninguém durma!
Tu também, ó princesa,
na tua fria alcova olhas as
Estrelas que tremulam de amor e de esperança!
Mas o meu mistério está fechado comigo,
O meu nome ninguém saberá!
Não, não, sobre a tua boca o direi,
Quando a luz resplandescer!
E o meu beijo destruirá o silêncio que te faz minha!
O seu nome ninguém saberá ...
E nós deveremos, ai de nós, morrer!
Morrer!
Desvaneça, ó noite!
Desapareçam, estrelas!
Desapareçam, estrelas!
Pela manhã vencerei!
Vencerei! vencerei!
Giácomo Puccini

A estabilidade mata a paixão?


A expressão estabilidade está associada à idéia de permanência em um determinado estado por um determinado ente. Explicar o amor não é tarefa fácil, porque nós o definimos por sua manifestação e cada pessoa expressa de maneira diferente. Mas na tentativa de conceituá-lo, os estudiosos estão inclinados a concordar com Robert Heinhein: "amor é a condição na qual a felicidade de outra pessoa é essencial para a sua própria felicidade". Mas na verdade o que se quer, é que o amor aconteça e permaneça pronto por toda a vida, de maneira incondicional e eterna – como nos contos de fadas. Deseja-se que o ser amado seja capaz de realizar todos os nosso desejos e que seja o nosso porto seguro para onde possamos fugir do mundo. Acredita-se que o amor seja capaz de tudo transformar pelo próprio poder. Este é o amor romântico
...O amor e a paixão são sentimentos que podem ser negligenciados, pois não tem o selo da garantia eterna. Quando trocamos paixão por estabilidade não estamos simplesmente trocando uma fantasia por outra?
...Desejamos nas relações constância, trabalhamos para tê-la, mas ela nunca está garantida. Quando amamos, nos relacionamos e sempre estaremos correndo o risco da perda, independente do esforço que se faça.
...Entendo que a diminuição da paixão está mais relacionada com os limites da familiaridade, da intimidade, do peso da realidade e da rotina do que com o medo. Afinal de contas amor e sexo e amor e desejo, nem sempre andam juntos.
...O medo da perda faz com que busquemos o familiar, a rotina, a segurança do aconchego da estabilidade, do sexo confortável, dos aspectos cotidianos da vida que nos mantêm amarrados à realidade e seguros.
...Por maior que seja o amor afetivo entre os casais é necessário que haja instinto, impulso natural para que o prazer sexual aconteça. A sensualidade adormecida pelo excesso de preocupação, atividades, ressentimentos, mágoas e lembranças não favorece o aparecimento de fantasias e desejos e isso leva o casal a entender que o amor acabou ou que existe alguma disfunção erétil ou de frigidez, restando apenas ao casal as cansativas atividades diárias e cotidianas com a casa, os filhos, despesas e contas ...
...E esquecemos que o erotismo gosta do imprevisível. O desejo entra em conflito com o hábito e a repetição! Então o que fazer? Como reacender ou mesmo manter a chama? Quebrar a rotina, surpreender, realizar fantasias, permitir-se ao novo!
...Fantasiar sobre sexo nada mais é do que um recurso natural para alcançar o prazer sexual combinando, corpo, mente e sentimentos.

Kátia Horpaczky - Psicóloga Clinica
Copiado de:AmigosDoFreud

Protestos contra Bush na Austrália

Anunciam grande marcha para o sábado. Dispersam forças especiais para vigiar a cúpula da APEC

CAMBERRA, Austrália. — Os protestos pela presença de George W. Bush na Austrália continuam tendo lugar em Sidney, e crescerão ainda mais na medida em que se aproximar a data de realização do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), a se efetuar nessa cidade, no fim de semana próximo.


Pelo segundo dia consecutivo, os australianos marcharam em Sidney contra Bush (AP)

A organização ecologista Geeenpeace marchou na quarta-feira, 5 de setembro, e colocou gigantescas estátuas de gelo de Bush e John Howard, primeiro-ministro australiano, com o objetivo de que se derretam como protesto pelo descaso da Austrália e dos Estados Unidos no tema do aquecimento global, informou a AFP.

Os ecologistas criticam a utilização excessiva por parte dos países industrializados de energias fósseis, enquanto Sidney e Washington se recusam a ratificar o Protocolo de Kyoto sobre a redução de gases que provocam o efeito estufa.

Além disso, vai se fazer outro protesto na sexta-feira, dia 7, que reunirá cerca de 2 mil pessoas num parque de Sidney, perto de onde se reunirão os dirigentes da APEC para dizerem verdadeiramente a Bush o que pensam de sua visita.

O ponto culminante das demonstrações de repúdio unânime, pela presença do chefe da Casa Branca em território australiano, será uma grande marcha no sábado, dia 8, da qual participarão dezenas de milhares de pessoas.

Fonte:Granma