|
Adital
Logo após o anúncio feito pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de que Funes vencia por 51,2% dos votos contra 48,7% do candidato governista Rodrigo Ávila, com 92,02% de urnas apuradas, partidários da FMLN saíram às ruas para comemorar a vitória esperada desde 1992. Durante 12 anos (1980-1992), El Salvador viveu uma guerra civil que deixou cerca de 75 mil mortos e que chegou ao fim com os acordos de paz de Chapultepec.
Caso o triunfo da esquerda seja confirmado pelo TSE, Funes assumirá a presidência no dia 1º de junho deste ano. No encerramento das votações, o presidente do TSE, Walter Araujo, afirmou que o processo eleitoral tinha sido transparente, tranquilo, pacífico e maciço. Dados preliminares revelam que a participação popular ficou em 60% dos 4,2 milhões que estavam aptos a votar, o que significa 6% a mais do que nas eleições legislativas e municipais de 18 de janeiro deste ano. Observadores internacionais afirmaram que o processo eleitoral transcorreu sem maiores incidentes, embora o observatório e centro de monitoramento da FMLN tenha recebido milhares de denúncias sobre irregularidades ocorridas no domingo. Cerca de 100 mensagens por hora chegavam na instituição, muitas das quais a entidade conseguiu comprovar e documentar. O candidato arenista reconheceu a vitória de Funes. Ávila afirmou que a eleição foi apertada e a mais dura enfrentada pela Arena. Por sua vez, o futuro presidente salvadorenho, Maurício Funes, disse que queria ser o "verdadeiro presidente da verdadeira reconstrução do país". Declarou ainda o desejo em ser "o presidente da justiça social e a mudança na segurança". O país centro-americano é economicamente bastante dependente dos Estados Unidos e tem uma taxa de pobreza de 35% e 40% de desempregados e empregos precários. Além dos 7 milhões de cidadãos salvadorenhos residentes, existem outros 2,5 milhões de salvadorenhos vivendo atualmente nos EUA. O presidente Barack Obama já adiantou que pretende trabalhar com qualquer um dos eleitos.