Funcionários se unem para comandar empresa em SP.
A fábrica localizada no interior de São Paulo é comandada pelos funcionários desde 2003.
Tropas de choque na capital
egípcia, Cairo, entraram em confronto nesta terça-feira com milhares de
manifestantes que exigem reformas políticas no país em um evento
batizado na internet pelos participantes de “dia da revolta”.
A manifestação foi inspiradada pela onda de
protestos populares que vem sacudindo a Tunísia desde dezembro e que
levaram neste mês à renúncia do presidente Zine Al-Abidine Ben Ali.
A polícia usou canhões de água e bombas de gás de efeito moral para dispersar a multidão que se reuniu no centro do Cairo.
Aglomerações e manifestações populares são proibidas há décadas no Egito, governado desde 1981 por Hosni Mubarak.
Oposição dividida
Um correspondente da BBC na cidade diz que
ocorrem manifestações em diversos pontos do Cairo e que o alto
comparecimento parece ter surpreendido até os organizadores.
Os protestos começaram pacíficos, mas à medida em que cresciam, surgiram os primeiros episódios de violência.
Ocorreram protestos também em outras cidades, como Alexandria, no norte do país.
Os manifestantes têm três reivindicações
principais: a suspensão da lei de emergência que vigora permanentemente
no país (e que restringe liberdades civis), a saída do ministro do
Interior e a adoção de um limite de tempo ao mandato presidencial – o
que poderia levar ao fim do governo de Mubarak.
O Egito compartilha muitos dos problemas que
geraram os problemas na vizinha Tunísia, como o aumento de preços de
alimentos, alto índice de desemprego e revolta contra o que percebem ser
a corrupção do governo.
Mas a oposição egípcia se dividiu em relação ao protesto.
Um de seus líderes, Mohamed El Baradei, pediu
para que a população participasse, mas o maior movimento oposicionista
do país, a Irmandade Muçulmana, assumiu uma posição mais ambivalente.
A organização disse que não iria aderir
oficialmente aos protestos, mas também não iria pedir que seus membros
não participassem deles.
A população egípcia tem um nível educacional
muito mais baixo do que a tunisiana, com alta taxa de analfabetismo e
pouco acesso à internet.