Mais de um milhão de nova-iorquinos não se alimenta adequadamente, denunciou uma coalizão de grupos de lutas contra a pobreza que criticou o governo americano por cortar a ajuda alimentar de emergência.
A Coalizão contra a Fome de Nova York afirmou que mais de 1,3 milhão de habitantes vivem em lugares onde a comida é escassa. Segundo estes dados, uma em cada seis pessoas sofre com a fome.
"Este estudo anual dos restaurantes populares mostra que há cada vez mais famílias de trabalhadores, crianças e idosos obrigados a recorrerem à alimentação de urgência", disse Joel Berg, diretor executivo do grupo.
"A fome continua crescendo na cidade apesar de, no ano passado, a economia ainda ser sido sólida. Agora que a economia está se debilitando, as filas nos restaurantes populares só fazem crescer", disse.
A coalizão, que representa 1.200 restaurantes populares, denunciou o corte por parte do governo de 5,4 milhões de kg de alimentos. "Estes programas, mantidos principalmente por voluntários, simplesmente não podem sobreviver" sem aajuda federal, disse.
Enquanto isso, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos, aprovou um texto de lei, que libera uma verba de US$ 50 bilhões para as operações militares no Iraque e no Afeganistão, mas condicionada a uma retirada das tropas.
A aprovação da Câmara por 218 votos contra 203 é, no entanto, grandemente simbólica, uma vez que o projeto certamente irá fracassar no Senado, onde precisa obter 60 votos. O texto fala de um financiamento das operações limitado a quatro meses, enquanto o presidente George W. Bush pediu ao Congresso a aprovação de um orçamento de US$ 196 bilhões para as operações militares no Iraque e no Afeganistão.
A votação na Câmara de Representantes estipula que os US$ 50 bilhões serviriram para financiar o início de uma retirada das tropas do Iraque, que deveria começar 30 dias após a aprovação da lei, "esta legislação encoraja nossos inimigos", reagiu imediatamente a Casa Branca, reforçando que se o projeto "chegar ao escritório do presidente, ele aplicará seu veto".
O presidente Bush, vetou nesta terça-feira um projeto de lei destinado aos setores de saúde, trabalho e serviços e assinou uma legislação de gastos para Defesa.