sexta-feira, 25 de setembro de 2009

“Lulocapitalismo”

“Lulocapitalismo”




Escrito por Léo Lince

"O melhor feitor é o ex-escravo". Essa máxima, nascida nas trevas da opressão escravocrata, conserva até hoje o seu conteúdo terrível. A permanência de seu prazo de validade pode ser observada em distintas eras e situações. Na vasta literatura sobre os tribunais do Santo Ofício, por exemplo, os "cristãos novos" se destacavam na linha de frente entre os inquisidores mais eficientes e cruéis.

A razão que confere substância para tão trevosa sabedoria é simples. O convertido sempre trabalha dobrado pela causa que passa a adotar. Atua com desassombro, pois conhece as secretas debilidades, as inseguranças e os grandes receios do lugar de onde saiu. Por outro lado, precisa mostrar serviço e provar lealdade aos donos do pedaço onde passa a atuar de maneira resoluta e deslumbrada. São elementos que explicam a extraordinária eficácia do convertido e, ao mesmo tempo, o lugar da cooptação na mecânica de reprodução do poder e na "circulação" das elites dominantes.

O professor Delfim Neto, figura que dispensa apresentações, produziu, em entrevista de página inteira no caderno de Economia de "O Globo" (domingo, 20/9), um rasgado elogio ao presidente Lula que, sem sombra de dúvidas, se situa no contexto das reflexões dos parágrafos acima. Ele afirma, com todas as letras estampadas na manchete que define o ponto central da entrevista, que "o Lula mudou o país de forma a salvar o capitalismo". Não se observa na frase, tampouco no seu entorno, qualquer sinal de deslocamento irônico ou sarcasmo, recursos habituais no arsenal do autor. Pelo contrário, há até um tom solene no elogio, que parece vazado nas tintas da sinceridade.

No entanto, o entusiasmo do Delfim com o "lulismo" adquire na entrevista um significado preciso. Perguntado se veria contradição em um governo eleito com as bandeiras da esquerda, que até se dizia socialista, salvar o capitalismo, responde de maneira categórica: "a última coisa que este governo fez foi opor-se ao capitalismo. E muito menos ser marxista, ou outra coisa". Ao responder sobre a relação entre as críticas que o PT lhe fizera no passado e sua atual condição de conselheiro do Lula, ele recupera o seu habitual irônico e mordaz para tripudiar: "basta olhar os meus trabalhos desde 1954, quando saí da escola: não mudaram muito. Mas a esquerda mudou. Ela demora, mas aprende".

Ao criticar a "mitologia do mercado perfeito" e dizer que "não há mercado sem Estado forte, justamente para garantir o seu funcionamento", ele sugere uma roupagem nova, distinta da estreiteza do neoliberalismo puro e duro, para garantir a reprodução dos interesses dominantes. Apóia com entusiasmo as propostas gestadas nos laboratórios do governo para o enfrentamento da crise atual, talvez por identificar nelas fortes afinidades com a restauração conservadora conduzida por ele próprio ao tempo da ditadura militar. Sempre sagaz, ele não diz isso diretamente, mas o observador atento pode deduzir. Basta observar o noticiário fragmentado sobre a inusitada movimentação no "andar de cima" da sociedade brasileira.

Fusões gigantescas, incorporações abruptas, mega-negócios, reconfigurações as mais variadas, tipo Itaú/Nacional, Perdigão/Sadia, Oi/Telemar, Friboi e tantos outros, são elementos de um processo violento que está em curso. O coral dos contentes insiste em apontar para a "marolinha" na superfície, mas se observa um abalo tectônico nas camadas profundas: uma mudança vertiginosa na morfologia do capitalismo brasileiro.

Em cada passo desta trajetória ainda subterrânea, o dedo do Estado como sócio do capital monopolista está presente. Manipulando normas, alterando legislações e direitos que possam restringir a liberdade dos capitais, financiando via BNDES, operando via fundos de pensão.

Além de outras, essas são algumas das razões do entusiasmo de Delfim Neto com o "lulocapitalismo"

Léo Lince é sociólogo.

Agronegócio,o grande vilão...

Agrotóxicos no seu estômago

Por João Pedro Stedile

Os porta-vozes da grande propriedade e das empresas transnacionais são muito bem pagos para todos os dias defender, falar e escrever de que no Brasil não há mais problema agrário. Afinal, a grande propriedade está produzindo muito mais e tendo muito lucro. Portanto, o latifúndio não é mais problema para a sociedade brasileira. Será? Nem vou abordar a injustiça social da concentração da propriedade da terra, que faz com que apenas 2%, ou seja, 50 mil fazendeiros, sejam donos de metade de toda nossa natureza, enquanto temos 4 milhões de famílias sem direito a ela.

Vou falar das consequências para você que mora na cidade, da adoção do modelo agrícola do agronegócio.

O agronegócio é a produção de larga escala, em monocultivo, empregando muito agrotóxicos e máquinas.

Usam venenos para eliminar as outras plantas e não contratar mão de obra. Com isso, destroem a biodiversidade, alteram o clima e expulsam cada vez mais famílias de trabalhadores do interior.

Na safra passada, as empresas transnacionais, e são poucas (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell química...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa. Esses venenos são de origem química e permanecem na natureza. Degradam o solo. Contaminam a água. E, sobretudo, se acumulam nos alimentos.

As lavouras que mais usam venenos são: cana, soja, arroz, milho, fumo, tomate, batata, uva, moranguinho e hortaliças. Tudo isso deixará resíduos para seu estômago.

E no seu organismo afetam as células e algum dia podem se transformar em câncer.

Perguntem aos cientistas aí do Instituto Nacional do Câncer, referência de pesquisa nacional, qual é a principal origem do câncer, depois do tabaco? A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) denunciou que existem no mercado mais de vinte produtos agrícolas não recomendáveis para a saúde humana. Mas ninguém avisa no rótulo, nem retira da prateleira. Antigamente, era permitido ter na soja e no óleo de soja apenas 0,2 mg/kg de resíduo do veneno glifosato, para não afetar a saúde. De repente, a Anvisa autorizou os produtos derivados de soja terem até 10,0 mg/kg de glifosato, 50 vezes mais. Isso aconteceu certamente por pressão da Monsanto, pois o resíduo de glifosato aumentou com a soja transgênica, de sua propriedade.

Esse mesmo movimento estão fazendo agora com os derivados do milho.

Depois que foi aprovado o milho transgênico, que aumenta o uso de veneno, querem aumentar a possibilidade de resíduos de 0,1 mg/kg permitido para 1,0 mg/kg.

Há muitos outros exemplos de suas consequências. O doutor Vanderley Pignati, pesquisador da UFMT, revelou em suas pesquisas que nos municípios que têm grande produção de soja e uso intensivo de venenos os índices de abortos e má formação de fetos são quatro vezes maiores do que a média do estado.

Nós temos defendido que é preciso valorizar a agricultura familiar, camponesa, que é a única que pode produzir sem venenos e de maneira diversificada. O agronegócio, para ter escala e grandes lucros, só consegue produzir com venenos e expulsando os trabalhadores para a cidade.

E você paga a conta, com o aumento do êxodo rural, das favelas e com o aumento da incidência de venenos em seu alimento.

Por isso, defender a agricultura familiar e a reforma agrária, que é uma forma de produzir alimentos sadios, é uma questão nacional, de toda sociedade.

Não é mais um problema apenas dos sem-terra. E é por isso que cada vez que o MST e a Via Campesina se mobilizam contra o agronegócio, as empresas transnacionais, seus veículos de comunicação e seus parlamentares, nos atacam tanto.

Porque estão em disputa dois modelos de produção. Está em disputa a que interesses deve atender a produção agrícola: apenas o lucro ou a saúde e o bem-estar da população? Os ricos sabem disso e tratam de consumir apenas produtos orgânicos.

E você precisa se decidir. De que lado você está?

(Texto publicado originalmente no jornal O Globo)

A midia de esgoto ataca novamente...

SENHORAS E SENHORES O SHOW DA GLOBO - A MENTIRA COM JEITO DE "PATRIOTISMO"

Laerte Braga

O fato de se ter opinião contra ou a favor de determinado assunto não implica em desqualificar ninguém. Mas mentir, forjar, ou mudar de opinião por conta de uma "remuneração", digamos assim, conta.

Alexandre Garcia e Miriam Leitão são mais que mentirosos. São canalhas lato senso. Alexandre Garcia era funcionário do Banco do Brasil, privilegiado por ter sido dedo duro e por isso mesmo secretário de imprensa do gabinete militar do governo Figueiredo, demitido por assédio sexual e por ter posado só de gravata, deitado numa cama, para a revista ELE E ELA. Saiu do governo para a extinta REDE MANCHETE. ELE E ELA e a rede pertenciam ao mesmo grupo, Bloch.

Miriam Leitão integrava o Partido Comunista do Brasil e mudou de idéia quando o marido virou dono de faculdades - concessões do governo tucano - e ligado a GLOBO. É cunhada de Edmar Moreira, o deputado do castelo e pior que isso, torturador à época da ditadura.

A edição do BOM DIA BRASIL, primeira ordem do dia de Wall Street, de quarta-feira, foi um primor de desfaçatez, mau caratismo, mentira e tudo muito bem remunerado, com parceria do tal Renato não sei das quantas que apresenta o que chamam de jornal.

Em bom português, o casal Garcia/Leitão com ares de virgens imaculadas de uma corte angelical qualquer, mostrou a que ponto a GLOBO e seus miquinhos são capazes de chegar para defender os interesses estrangeiros em relação ao Brasil.

Não mostram o povo hondurenho, é exatamente o que temem

Num script bem montado, lógico, descendem de Goebells, afirmaram que o Brasil se meteu numa "camisa de onze varas" ao abrigar Zelaya em sua embaixada em Honduras. Que Lula referiu-se ao governo daquele país como golpista (uai, não é não? Então o que?) e que tudo foi tramado por Chávez.

a embaixada do Brasil cercada por bestas/feras assessorados por agentes norte-americanos e de Israel. As armas químicas e biológicas usadas contra o povo são de fabricação israelense, ou seja, da turma do IV REICH. Garcia e Miriam não estão preocupados com isso, são agentes estrangeiros, apátridas. Pertencem a quem paga mais

As perguntas iam sendo feitas assim tipo passe perfeito para o chute em gol, tudo montadinho, no espírito Homer Simpson, como encaram o telespectador, o distinto público.

A tal sensatez dos bandidos da GLOBO ignora isso, a barbárie dos militares

A questão não é informar é vender o peixe.

E tem quem chame isso de sensatez.

Segundo Miriam Leitão o governo hondurenho vai realizar eleições para normalizar a situação. Então a situação é anormal? Isso ela não falou nada.

Já Alexandre Garcia falou em decisão da suprema corte de Honduras para afastar Zelaya e ao referendo que Zelaya queria realizar (ouvir o povo) acrescentou o epíteto corrupção.

Crápula lato senso.

Por que não teve a mesma coragem quando FHC comprou o segundo mandato presidencial a peso de ouro sem ouvir o povo?

Estava no bolso, participou da "divisão dos lucros".

Tem gente que tira a roupa e fica de gravata numa cama por qualquer dinheiro.

Tem gente que muda de idéia quando vê o contracheque do adversário.

A suprema corte foi lá, decretou o afastamento, no dia seguinte militares bestas feras prenderam Zelaya e pronto. E se a suprema corte lá for só de gente como Gilmar Mendes?

Uai, e o direito de defesa, o processo normal de impedimento?

São serviçais, Garcia, Míriam, o tal Renato, não estão nem aí para a verdade, mas para aquela cédula, aquele monte de cédulas de dólares postas e exibidas pela câmara para a qual olham e falam quando mentem. Assim que nem cenoura na ponta de um pedaço de pau amarrado ao coelho e a frente do bichinho. Com a diferença que o coelho é ludibriado e eles não, no final embolsam a grana.

Agentes de interesses estrangeiros no Brasil.

Em 2002 Miriam Leitão passou uma semana na Venezuela e na volta produziu a mentira da insatisfação popular contra Chávez, exibida em série no jornal de outro crápula, William Bonner.

Chávez foi deposto na quinta-feira seguinte e voltou ao poder domingo pelas mãos do povo, isso em abril, em agosto venceu por larga margem um referendo sobre seu governo. Miriam Leitão foi lá na condição de funcionária de uma agência estrangeira no Brasil, a GLOBO, dentro de um contexto montado em Washington, no governo Bush.

Falta absoluta de caráter. De vestígios de dignidade.

Pilantras em tempo integral.

Quando o deputado Ciro Gomes disse que o Brasil não pode voltar às mãos "do bando de FHC", estava falando de José Serra e dessa gente.

Se preciso e se o dinheiro for bom vendem a mãe.

E ainda arranjaram um jeito de enfiar o MST na história.

O que se viu no BOM DIA BRASIL nem foi opinião e nem foi sensatez. Foi jogo de cena de notórios bandidos que não têm o menor compromisso com o Brasil, pois são de quem paga mais.

Bomba sonora de fabricação do estado terrorista de Israel à frente da embaixada do Brasil em Honduras. Os sensatos Alexandre Garcia e Miriam Leitão, não falam que esse tipo de arma viola o direito internacional. Só falam o que o lhes é pago pelo dono. Vai ver a culpa é de Chávez.

E vem aí na GLOBO, a campanha pela entrega do pré-sal é só abaixar a poeira de Honduras.

Vai dar um bom extra para eles. Breve vão estar tomando cerveja na Cervejaria Casa Branca.