Por Leonardo Sakamoto, em seu blog: via BLOG DO MIRO
De acordo com o sempre alerta Opera Mundi,
o padre norte-americano Bernard Groeschel escreveu um artigo para a
revista católica National Catholic Register relativizando a culpa dos
companheiros de batina que caem em pecado. Afirmou que, quando se pensa
em um pedófilo, “as pessoas normalmente imaginam uma pessoa que planejou
seus atos, um psicopata. (…) Mas não é o caso. Imaginem um homem que se
encontra em plena depressão nervosa e um jovem chega para consolá-lo.
Em muitos desses casos, o jovem é que é o sedutor”. Bernard defendeu que
os padres católicos não deveriam ser presos caso fossem descobertos,
desde que não repetissem seus atos, “porque a intenção deles não era de
cometer um crime”. A revista retirou o artigo do ar, pediu desculpas e
exigiu a retratação do padre – o que veio a acontecer.
Alguns consideraram a declaração do franciscano, mais do que uma apologia à pedofilia, uma tentativa de culpar as vítimas pelo ocorrido. Pode ser. Mas, comparando o discurso a outros que apareceram por aí, gostaria de propor que, ao invés de ser repreendido, Bernard se candidate a uma cadeira de vereador do município de São Paulo. Chances de ganhar ele tem.
Há cinco anos, o cantor e vereador Agnaldo Timóteo fez um discurso na Câmara dos Vereadores a favor da exploração sexual juvenil. Disse que o visitante que vem ao país atrás de sexo não pode ser considerado criminoso. “Ninguém nega a beleza da mulher brasileira. Hoje as meninas de 16 anos botam silicone, ficam popozudas, põem uma saia curta e provocam. Aí vem o cara, se encanta, vai ao motel, transa e vai preso? Ninguém foi lá à força. A moça tem consciência do que faz”, declarou. “O cara [turista] não sabe por que ela está lá. Ele não é criminoso, tem bom gosto.”
Foi reeleito.
O que é compreensível.
Afinal de contas, se tem peito e bunda, se tem corpo de mulher, está pronta para o sexo, não é mesmo?
E se está pronta para o sexo, por que não ganhar uns trocados para ajudar no orçamento familiar?
O cara que transa com essas meninas não tem culpa, elas é que estavam pedindo. Elas sempre pedem.
Pois “mulher honesta” – como minha mãe, minha esposa e minha filha – ficam em casa e não na rua, vadiando.
Mulher não se veste “daquele jeito” se não quer alguma coisa, não?
Enfim, tendo em vista a quantidade de vezes que ouvimos essas aberrações por aí, creio que há espaço para um segundo vereador que, ignorando os limites da razão e da lei, defenda que pedófilo não é criminoso.
Talvez dê para formar uma bancada.
Alguns consideraram a declaração do franciscano, mais do que uma apologia à pedofilia, uma tentativa de culpar as vítimas pelo ocorrido. Pode ser. Mas, comparando o discurso a outros que apareceram por aí, gostaria de propor que, ao invés de ser repreendido, Bernard se candidate a uma cadeira de vereador do município de São Paulo. Chances de ganhar ele tem.
Há cinco anos, o cantor e vereador Agnaldo Timóteo fez um discurso na Câmara dos Vereadores a favor da exploração sexual juvenil. Disse que o visitante que vem ao país atrás de sexo não pode ser considerado criminoso. “Ninguém nega a beleza da mulher brasileira. Hoje as meninas de 16 anos botam silicone, ficam popozudas, põem uma saia curta e provocam. Aí vem o cara, se encanta, vai ao motel, transa e vai preso? Ninguém foi lá à força. A moça tem consciência do que faz”, declarou. “O cara [turista] não sabe por que ela está lá. Ele não é criminoso, tem bom gosto.”
Foi reeleito.
O que é compreensível.
Afinal de contas, se tem peito e bunda, se tem corpo de mulher, está pronta para o sexo, não é mesmo?
E se está pronta para o sexo, por que não ganhar uns trocados para ajudar no orçamento familiar?
O cara que transa com essas meninas não tem culpa, elas é que estavam pedindo. Elas sempre pedem.
Pois “mulher honesta” – como minha mãe, minha esposa e minha filha – ficam em casa e não na rua, vadiando.
Mulher não se veste “daquele jeito” se não quer alguma coisa, não?
Enfim, tendo em vista a quantidade de vezes que ouvimos essas aberrações por aí, creio que há espaço para um segundo vereador que, ignorando os limites da razão e da lei, defenda que pedófilo não é criminoso.
Talvez dê para formar uma bancada.