segunda-feira, 17 de setembro de 2007


Pink Floyd c barret 1970 (RARIDADE)




Para não esquecer da DITADURA MILITAR...


Os corpos de Lamarca (acima) e barreto, exibidos p ela ditadura
1971 - Dia do Lamarca
Após dias de caçada humana no sertão baiano, a repressão encurrala e executa a sangue-frio em Ipupiara o capitão-guerrilheiro Carlos Lamarca. Abatido na mesma ocasião José Campos Barreto, também militante do MR-8.
Eleições na Guatemala são marco histórico para povo Maia



Mateus Alves

Pesquisas de opinião já indicavam que Rigoberta Menchú, fundadora do movimento indígena Winaq e concorrente pela coalizão Encontro por Guatemala (EG), teria um número de votos pouco expressivos na eleição ocorrida no dia 09 de setembro na Guatemala. Seu desempenho modesto nas urnas, com um total de 3,03% dos votos, pouco exprime a importância real de sua participação no processo eleitoral como um marco no avanço da democracia no país centro-americano.

Premiada com o Nobel da Paz em 1992 devido a sua luta pelos direitos humanos e indígenas durante a guerra civil que durou 35 anos, sendo findada apenas em 1996 e deixando um saldo de mortos de mais de 200 mil, Menchú representou nas urnas a faceta esquecida da sociedade guatemalteca: a população maia, que totaliza 40% dos habitantes do país.

Historicamente, a política da Guatemala sempre foi controlada por grupos criollos (euro-descendentes), os mesmos responsáveis pela marginalização dos maias desde os tempos da conquista da América Central pelos espanhóis.

Após a guerra civil, a aparente calmaria pouco agregou a uma efetivação da democracia no país; segundo Menchú, a Guatemala de hoje ainda é "machista, racista e excludente".

Prova disto é a violência registrada no período pré-eleitoral na Guatemala, quando 50 pessoas - entre candidatos e militantes - foram assassinados devido a desavenças políticas. Trata-se de um saldo elevado, mas típico do engatinhamento da democracia na América Latina, onde a força bruta ainda tenta se sobrepor às liberdades políticas.

Não seria exagero classificar a candidatura de Rigoberta Menchú, simbólica tanto por sua ligação com o povo indígena como pelo fato de ser a única mulher entre os concorrentes ao posto presidencial, de heróica. Além de sofrer com a truculência de seus concorrentes - em especial nas regiões interioranas da Guatemala -, seus recursos foram escassos, sendo praticamente auto-financiada. No entanto, transformou-se em um divisor de águas na história política do país, e Menchú deve ganhar força nos próximos anos e se apresentar como uma das principais concorrentes no pleito de 2012.

Com propostas, mas sem projetos

A ida às urnas na Guatemala, cuja população ainda tentava normalizar suas vidas após a recente passagem do furacão Félix, teve como principal debate a violência e a pobreza no país. O escrutínio acabou por determinar a realização de um segundo turno de votações, a ser realizado no dia 04 de novembro e que será disputado pelos candidatos Otto Pérez Molina, do Partido Patriota (PP), e Alvaro Colom, da Unidade Nacional da Esperança (UNE).

Molina, ex-militar, representará a direita guatemalteca no segundo turno. Os 28,37% dos votos válidos que obteve nas urnas através de promessas de controlar a violência no país centro-americano por meio do fortalecimento das forças de segurança do país e pela promessa de trazer de volta o debate sobre a pena de morte foram, principalmente, oriundos da população urbana do país, tradicionalmente mais conservadora.

Já Alvaro Colom, que obteve 23,97% do total dos votos, promete uma reforma nas forças de seguranças e no Judiciário guatemalteco, considerado por ele ineficiente. Seu partido, a UNE, tem como característica a implementação de políticas e ideais de centro-esquerda e a busca do estabelecimento de um Estado de bem-estar social, seguindo a lógica de partidos filiados à Internacional Socialista.

Os eleitores de Colom, principalmente aqueles de classe baixa, são os que mais se preocupam com a miséria na Guatemala, país onde 51% da população vive abaixo da linha pobreza - dados extra-oficiais, inclusive, elevam esses números a 80%.

Apesar de promessas que tocam os problemas fundamentais da Guatemala, os cidadãos do país percebem nos candidatos que chegaram ao segundo turno uma certa falta de projetos adequados para conseguir erradicar a pobreza e a violência.

Segundo Gustavo Estrada, artista plástico e morador da Cidade da Guatemala, "os candidatos parecem viver em um conto de fadas". Para ele, ninguém tem idéia de como combater os problemas sociais do país e suas propostas servem apenas como maneira de angariar mais votos entre a população.

As campanhas de ambos os candidatos que estão no segundo turno excederam o teto de US$ 6 milhões de gastos impostos pelo Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala e foram alvos de denúncias de corrupção e desvio de verbas. Colom, de centro-esquerda, já esteve envolvido em polêmicas desde as eleições anteriores, quando foi acusado de receber dinheiro de campanha ilegalmente.

Para o futuro

Embora ambos os candidatos não correspondam plenamente aos anseios da população pobre e indígena da Guatemala, o resultado das eleições traz um novo ânimo para as classes historicamente exploradas e esquecidas.

A derrota de Menchú é pouco relevante frente ao fato histórico de esta estar concorrendo ao posto maior da nação centro-americana, provando que indígenas não apenas estão lutando por seus direitos de eleger como também o direito de liderar.

Buscando dar continuidade à busca pela democracia no país, o Winaq, movimento criado por Rigoberta Menchú, já anuncia a intenção de se transformar em um partido político e disputar as eleições de 2012 com força ampliada.

"Queremos que a população indígena aumente sua participação na vida política guatemalteca", disse à imprensa Otilia Lux, candidata a um posto legislativo nas eleições e membro do Winaq. Será um novo avanço histórico para o país, que lentamente busca se recuperar das turbulências pós-guerra civil que ainda se mostram presentes no cotidiano de sua sociedade.

Copiado de:CorreioDaCidadania

Apimente seu relacionamento


Preocupações ligadas ao sexo não rodeiam somente a cabeça da ala masculina que passou da meia idade. Depois dos 50, é mais comum surgirem problemas que afetam a qualidade das relações sexuais nas mulheres, também. Eles, eventualmente, enfrentam a disfunção erétil. Já elas, passam pelas transformações hormonais típicas do fim da fertilidade e podem acabar vítimas até mesmo da falta de desejo.
"A diminuição da libido pode ser causada por um conjunto de fatores", afirma a ginecologista da Unifesp, Carolina Carvalho. Na menopausa especificamente, ocorre uma queda gradual nos níveis de testosterona - hormônio responsável pelo desejo sexual. Outro hormônio em baixa nesse período é o estrogênio - responsável pela lubrificação natural da vagina. Sua diminuição faz com que o órgão genital feminino fique ressecado, podendo ocasionar dores durante o ato sexual.
Aliados a essas causas, encontram-se os transtornos psicológicos, muito comuns nessa fase de mudanças físicas e sociais. "Ao perder o poder de reprodução, a mulher tem a sensação de envelhecimento e pode sofrer com a baixa auto-estima", explica a ginecologista da Unifesp.
Muito antes da menopausa Os fatores psicológicos, porém, independem das transformações hormonais da menopausa. Ou seja, uma moça de 20 anos passando por problemas emocionais pode apresentar falta de libido. Opinião compartilhada pela orientadora sexual e autora do livro O lado obscuro e tentador do sexo, Patrícia Espírito Santo. "A esposa sente prazer com o toque do marido porque gosta dele. Há uma série de sentimentos envolvidos que tornam o sexo especial. Se a relação está desgastada, por exemplo, é óbvio que o desejo diminui."
Carolina ainda cita outras causas que podem levar à falta de desejo sexual: "alguns anticoncepcionais a base de hormônios inibem a produção de testosterona no ovário, levando à diminuição da libido em algumas mulheres". Estes casos são comuns em mulheres que usam os hormônios orais há mais de um ano. Mas não há uma regra, exatamente. "Assim como existem mulheres que não sofrem com a falta de desejo sexual durante a menopausa, há mulheres que não sofrem com os efeitos colaterais das pílulas anticoncepcionais", ressalta.
Durante o período de amamentação, a mulher também pode notar certa falta de interesse pelo sexo. Isso porque a prolactina (hormônio responsável pela produção de leite) inibe a atuação da testosterona. A ginecologista explica que é uma espécie de mensagem que o cérebro envia à mamãe recente. Para não ter uma gravidez seguida da outra, o organismo feminino se defende com a falta de desejo sexual.
Antes de resolver o problema, a questão é obter um diagnóstico preciso do que está acontecendo, a partir de exames que verificam as taxas hormonais e de conversas do especialista com a paciente, a fim de desvendar eventuais transtornos psicológicos. Em alguns casos, o tratamento deve ser multidisciplinar, com dosagens de hormônios e acompanhamento terapêutico.
Mas algumas dicas simples podem apimentar o relacionamento. "Comprar uma lingerie nova, se preparar para o sexo imaginando como será a noite, sair para comer fora ou preparar um jantar com muito romantismo são ótimas opções para fugir da rotina e retomar o desejo", aconselha Carolina. Já a orientadora sexual Patrícia lembra que, antes de sentir prazer, a mulher precisa se auto-conhecer e aprender a conversar com o companheiro. "As mulheres ainda têm problemas com a masturbação, mas é um dos principais meios para conhecer a si mesma e saber onde sente prazer", conclui.

A imortalidade da alma


"Conhece-te a ti mesmo e serás imortal"
Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates. A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia. Aos setenta e tantos anos foi condenado à morte, embora inocente. Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte. O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranqüilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.
Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por que? - perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!
- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...
Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:
- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim.
"Eu sou a minha alma. Ninguém pode matar Sócrates! "...
E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:
- Sócrates, onde queres que te enterremos?
Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:
- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... Eu sou a minha alma...
E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da Felicidade, que nem a morte lhe pôde roubar.
"Conhecia-se a si mesmo, o seu verdadeiro Eu divino. Eterno imortal..."
Assim somos todos nós seres Imortais, pois somos Alma, Luz, Divinos, Eternos...
Nós só morremos, quando somos simplesmente esquecidos...

Uberto Rhodes
Copiado de:AmigosDoFreud