sábado, 19 de junho de 2010

Uma singela homenagem a Saramago...

Uma grande perda....

SARAMAGO REPRESENTA UM TRIUNFO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA

 
O escritor português José Saramago morreu nesta última sexta-feira, 18/06, aos 87 anos. Fontes da família confirmaram a agências internacionais que o escritor estava em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde morava há vários anos. Vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1998, Saramago nasceu em Azinhaga em novembro de 1922. Autodidata, publicou seu primeiro trabalho, "Terra do Pecado", em 1947. Alguns amigos de Saramago já se manifestaram, como o Eduardo Galeano, escritor uruguaio: "Era o mais jovem dos escritores. E seguirá sendo". Mia Couto, escritor moçambicano: "Éramos amigos. Ele esteve por perto em momentos da minha obra, fez a apresentação de dois dos meus livros, em 1989 e há três anos, quando já estava doente. Se nós somos [os lusófonos] uma família linguística, quem nos abriu as portas para o mundo foi Saramago. O português era uma língua periférica, ele ajudou a vencer essa barreira". E Eduardo Agualusa, escritor angolano: "O que mais admirava em Saramago era a sua vitalidade e a sua combatividade de homem que acreditava em causas. Mudou a forma como a nossa língua passou a ser percebida em todo o mundo". Confira abaixo várias fotos de momentos de Saramago:

Saramago posa para foto no dia de seu 86º aniversário, em Lisboa. (foto: Isabel Bastos/Efe)
Posando para foto com a “imortal” brasileira Nélida Piñón, durante encontro na ABL, no Rio de Janeiro (RJ). (foto: Marcelo Sayão/Efe)
Durante lançamento do livro "A Viagem do Elefante". (foto: Tuca Vieira/Folhapress)
Posando para foto antes da sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP), em 2008. (foto: Tuca vieira/Folhapress)
Chegando à cerimônia do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em Lisboa. (foto: Nacho Doce/Reuters)
Mostrando o diploma de Doutor Honoris Causa da Universidade do Uruguai, em Montevideo; à direita está o reitor Rafael Guarga. (foto: Reuters)
Durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP). (foto: Tuca Vieira/Folhapress)
Abraçando o escritor argentino Ernesto Sabato, em Getafe, Espanha. (foto: Efe/AP)
Durante entrevista onde fala sobre o seu novo lançamento, o livro "As Intermitências da Morte", em São Paulo (SP). (foto: Marlene Bergamo/Folhapress)
Ainda sobre o livro "As Intermitências da Morte", falando sobre o que ocorreria se a morte deixasse de matar. (foto: Daniel Kfouri/Folhapress)
Durante um ato comemorativo pelo décimo aniversário de seu Prêmio Nobel de Literatura, em Lisboa, em 2008. (foto: Antonio Cotrim/Efe)
Recebendo o Prêmio Nobel de Literatura de 1998 do rei Carl Gustaf, da Suécia, em Estocolmo. (foto: Peter Mueller/Reuters)
Conversando com Maria Kodama, viúva do escritor argentino Jorge Luis Borges. (foto: Rickey Rogers/Reuters)
Escritor lançando o livro "A Viagem do Elefante", em 2008, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. (foto: Jose Patricio/AE)Fernando Meirelles e Saramago promovendo o excelente filme "Ensaio Sobre a Cegueira". (foto: Susana Vera/Reuters)
+ Saramago na Literatura Clandestina:
Resenha do livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”.
Fernando Meirelles participou do projeto “Cinema de Artista”, promovido pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, e fala sobre o filme “Ensaio sobre Cegueira”.
Saramago falando sobre o “Muro da Vergonha” do Rio de Janeiro.

O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes

 Belo documentário mostrando a vida de um dos mais emblemáticos politicos de esquerda do Brasil. De lider "tenentista" à secretário geral do Partido Comunista brasileiro(PCB), o "Cavaleiro da Esperança" foi um dos personagens mais marcantes da historia política brasileira do século vinte. Os créditos pertencem ao blog AcervoNacional...




Sinopse:

O fim da guerra fria e da ditadura militar tornou possível a realização de um filme inédito sobre um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil no século XX: Luiz Carlos Prestes. Um nome, por si só, carregado de estigma, aversão, entusiasmo, desconfiança ... O Velho, a história de Luis Carlos Prestes é a história de um mito, de um homem que encarnou uma causa. Um comunista convicto que carregou ideais, hoje soterrados pelos escombros do muro. O roteiro atravessa setenta anos da história contemporânea brasileira, da qual Prestes foi um dos agentes principais. O caminho de "ouro de Moscou" na insurreição comunista de 35; Olga Benário, o primeiro amor de Prestes, na verdade espiã do Exército Vermelho; a participação dos agentes estrangeiros no levante; o cruel assassinato de Elza por importantes dirigentes do PCB; o surpreendente acordo entre Vargas e Prestes em 46; a equivocada posição do Velho diante do iminente golpe de 64 ... Finalmente, estes fatos marcantes e obscuros são trazidos à tona para ajudar a entender nosso passado recente. Foram colhidos os depoimentos de políticos, historiadores, escritores, jornalistas, amigos, família e ex-membros do Comitê Central do PCB. Uma exaustiva pesquisa de filmes de época na precária memória da país revela imagens raríssimas de Luiz Carlos Prestes. O Velho é um abrangente painel sobre a história da esquerda brasileira. Sempre clandestinos ou foragidos, poucos registros visuais sobre os comunistas brasileiros resistiram à feroz perseguição policial. É a primeira iniciativa do gênero, um filme sobre a história não oficial do Brasil. O Velho carregou durante toda sua vida um projeto coletivo. Neste final de século, onde as utopias viraram pó histórico e a humanidade se encontra envolvida com seus pequenos projetos individuais, o filme nos resgata a trajetória de um Quixote que entregou sua vida a uma causa social. No índice remissivo da história, as páginas da vida de Prestes, como o destino do Brasil, estão coladas num epílogo sem fim ...

Ficha Técnica:

Direção: Toni Venturi
Roteiro e assistência de direção: Di Moretti
Fotografia: Cleumo Segond
Montagem: Cristina Amaral
Edição de som: Aritana Dantas
Música: Marcelo Goldman
Narração: Paulo José
Produção: Renato Bulcão e Toni Venturi
Co-produção: Casa de Produção (Renato Bulcão) e Olhar Imaginário Filmes (Toni Venturi) e finalizado com recursos provenientes da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Ano de produção: 1997
Duração: 105 minutos
Distribuição em cinema: Riofilme
Distribuição em vídeo: Riofilme


Download Link Direto (Avi, 698Mb)

A Carne é Fraca - 2005

 A Carne é Fraca" mostra os bastidores das fazendas industriais que quase nunca chegam ao conhecimento do grande público, assim como as conseqüências que o ato corriqueiro de comer carne tem para a saúde, para o sofrimento dos animais e para o meio ambiente. Um dos pontos fracos deste documentário é que muito dos depoimentos apresentados são repetições de lugares-comuns sentimentais e argumentos pouco sofisticados. Com algumas exceções, como é o caso dos depoimentos da filósofa Sônia Felipe, há muito amadorismo e pouco conhecimento dos argumentos apresentados na área. Mas apesar desses defeitos ainda estamos falando de um filme bastante informativo, que merece nossa atenção.Os Créditos do filme ficam a cargo do sitio Laranja Psicodélica...




SINOPSE
O documentário tenta traçar um panorama geral do consumo da carne animal nas refeições, como também suas implicações diretas e indiretas para o meio ambiente e para a nossa saúde. Para isso, eles vão aos pastos, matadouros, frigoríficos, mercados e restaurantes, tentando acompanhar o bife do momento em que ele nasce até a hora em que ele é engolido por um satisfeito esfomeado. O objetivo do vídeo não é transformar as pessoas em vegetarianos, mas sim apresentar uma faceta da realidade que a grande massa desconhece sobre a maneira como tratamos os animais com crueldade.

DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Denise Gonçalves
Áudio: Português
Duração: 54 min.
Qualidade: DVDRip (AVI)
Tamanho: 389 MB
Servidor: Uploading (4 partes)

LINKS
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Parte 4

Industria petroleira: descaso com o planeta...

Cortina de fumaça, manchas de petróleo

Essa válvula, em Kegbara Dere, foi mais uma a vazar. Vê-se como é "bem cuidada"
Enquanto o óleo jorra sem parar do  furo no fundo do mar  deixado pela plataforma “Deepwater Horizon”, na maior catástrofe ambiental que os Estados Unidos, o New York Times publica uma matéria intitulada “Longe do Golfo, vazamento de petróleo na Nigéria dura 50 anos”.
Confesso que em um primeiro momento, pensei se tratar de uma “cortina de fumaça”, já que os dados técnicos contidos na matéria datam de 2006, e me pareceram “convenientemente requentados” para dizer algo como:  “É, aqui no Golfo está ruim… mas lá está  pior!”  Ou seja , uma matéria para amenizar a irresponsabilidade da British Petroleum no episódio . Sabem como é, de tantas que a nossa mídia faz, a gente fica assim
Mas  a reportagem  é chocante, sobretudo pela postura “Pôncio Pilatos”  assumida pelas multinacionais que operam na região justificam a catástrofe. Com uma população majoritariamente miserável, reservas gigantes de petróleo, e uma economia que depende quase que exclusivamente de sua extração, fica fácil descobrir quem manda realmente na Nigéria.
O sistema de concessões, tão elogiadopor nossos privatistas, é o que vigora na Nigéria. Nas licitações, claro que todos os projetos de perfuração e exploração são “limpos e seguros” . Na realidade, como mostram as fotos, a coisa é diferente. Segundo a reportagem  até  “546 milhões de galões de petróleo foram derramados no Delta do (Rio) Níger nas últimas cinco décadas, ou quase 11 milhões de galões por ano, concluiu um relatório de 2006 feito por uma equipe de especialistas do governo da Nigéria e de grupos ambientalistas locais e internacionais”
O incrível é que o óleo derramado, segundo a matéria, não é unicamented oriundo de problemas nos poços, mas também dos oleodutos e árvores de natal (aquela válvula que “tampa” os poços terrestres) abandonadas.  Ou seja, pela pura falta de manutenção e monitoramento. O óleo invade manguezais próximos ao delta do rio Níger, expulsando pescadores, forçando os moradores a buscar água para beber, banhar-se e cozinhar, cada vez mais longe de suas casas. “Há petróleo Shell no meu corpo” – resume Hannah Baage, moradora do entorno da região afetada.
Segundo Ms. Wittgenstein, da Shell, a culpa por esse pântano estar assim é dos nigerianos
Segundo os moradores, quando recauchutam um cano, logo outro estoura, e não parece haver muita vontade do governo em melindrar seus principais patrocinadores, que preferem culpar a população.  Veja a inacreditável declaração de Caroline Wittgenstein, porta-voz da Shell no país:
“Nós não discutimos vazamento individuais” – “a vasta maioria é causada por sabotagem ou roubo, com apenas 2% devido à falha de equipamento ou erro humano. Nós não acreditamos que nos comportamos de forma irresponsável, mas operamos em um ambiente único onde a segurança e a ilegalidade são os maiores problemas”.
O que ela quer dizer é que o derrame é culpa dos nigerianos miseráveis que furam os oleodutos para obter combustível e de movimentos políticos que estariam sabotando os dutos. Os ambientalistas, porém, apontam a falta de manutenção como o vilão ecológico.
Boa parte dos “ladrões” de petróleo, aliás, são as pessoas que ali moram há séculos, milênios, e que nas últimas décadas já nem conseguem mais o que pescar para seu próprio sustento.
A mancha de óleo no Golfo do México é um  notícia , e tem que ser mesmo um  escândalo. A mancha de óleo na Nigéria é um escândalo, mas não é notícia.
Amanhã vou publica um vídeo muito interessante, de uma escritora nigeriana, Chimamanda Adichie, que mostra como o Ocidente “civilizado” “entende”  os africanos. Não deixe de assistir, é uma luz que se abre em nossas cabeças sobre o quanto somos incapazes de entendermos que somos uma só humanidade.