Jornal do Vaticano atira pedras no escritor José Saramago
Saramago não tinha o direito de incriminar a um Deus ao qual jamais acreditou, diz a Santa Sé
O diário do Vaticano, L'Osservatore Romano, atacou ontem (19) o
recém falecido escritor português José Saramago, dedicando-lhe um artigo
no qual o define como "um populista extremista de ideologia
antirreligiosa ancorado no marxismo".
Um dia depois da morte do escritor, o vespertino da Santa Sé publica um duro obituário sob o título A onipotência (presumida) do narrador assinado por Claudio Toscani, no qual repassa a vida do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, que foi muito crítico com o catolicismo.
"Foi um homem e um intelectual de nenhuma transigência metafísica, até o final ancorado numa confiança no materialismo histórico, aliás o marxismo", dispara o artigo.
O texto repassa a produção literária do português, analisando também sua novela O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), uma obra "irreverente" que supõe um "desafio à memória do Cristianismo, do qual não sabe o que salvar".
"Com respeito à religião, sua mente fixada como sempre por uma desestabilizadora intenção de banalizar o sagrado e por um materialismo libertário que quanto mais avançava nos anos mais se radicalizava, Saramago nunca se abandonou à simplicidade teológica", afirma o artigo.
"Um populista extremista como ele, que se havia encarregado de examinar os males do mundo, deveria ter abordado em primeiro lugar o problema das falhas estruturais humanas, desde as histórico-políticas até as sócio-econômicas, em vez de atacar logo o plano metafísico", prossegue.
O artigo do L'Osservatore Romano assegura que Saramago não deveria "incriminar, inclusive demasiado comodamente e longe de qualquer consideração, a um Deus no qual jamais acreditou, pela via de sua onipotência, de sua onisciência, e de sua onividência".
..............................
Só vou lembrar uma das tantas frases geniais de Saramago, a propósito desse blablablá reativo e de argumentos indigentes da Santa Sé, escrito pelo sub do sub do sub Claudio Toscani:
"Eu não escrevo para agradar ou para desagradar, escrevo para perturbar".
Um dia depois da morte do escritor, o vespertino da Santa Sé publica um duro obituário sob o título A onipotência (presumida) do narrador assinado por Claudio Toscani, no qual repassa a vida do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, que foi muito crítico com o catolicismo.
"Foi um homem e um intelectual de nenhuma transigência metafísica, até o final ancorado numa confiança no materialismo histórico, aliás o marxismo", dispara o artigo.
O texto repassa a produção literária do português, analisando também sua novela O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), uma obra "irreverente" que supõe um "desafio à memória do Cristianismo, do qual não sabe o que salvar".
"Com respeito à religião, sua mente fixada como sempre por uma desestabilizadora intenção de banalizar o sagrado e por um materialismo libertário que quanto mais avançava nos anos mais se radicalizava, Saramago nunca se abandonou à simplicidade teológica", afirma o artigo.
"Um populista extremista como ele, que se havia encarregado de examinar os males do mundo, deveria ter abordado em primeiro lugar o problema das falhas estruturais humanas, desde as histórico-políticas até as sócio-econômicas, em vez de atacar logo o plano metafísico", prossegue.
O artigo do L'Osservatore Romano assegura que Saramago não deveria "incriminar, inclusive demasiado comodamente e longe de qualquer consideração, a um Deus no qual jamais acreditou, pela via de sua onipotência, de sua onisciência, e de sua onividência".
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Só vou lembrar uma das tantas frases geniais de Saramago, a propósito desse blablablá reativo e de argumentos indigentes da Santa Sé, escrito pelo sub do sub do sub Claudio Toscani:
"Eu não escrevo para agradar ou para desagradar, escrevo para perturbar".