segunda-feira, 23 de junho de 2008

Persona - Ingmar Bergman


Persona
(Persona)
Persona.Ingmar.Bergman.DVDRip.XviD.MakingOff.Org

Inédito em vídeo e DVD no Brasil, Persona é simplesmente um dos maiores filmes da história do cinema, e uma das obras centrais do mestre Ingmar Bergman, apresentada aqui em versão integral restaurada e remasterizada.
Uma atriz teatral de sucesso sofre uma crise emocional e emudece. Para se recuperar, parte para uma casa de campo, sob os cuidados de uma enfermeira, que a admira e tenta compreender a razão de seu silêncio. Isoladas, as duas mulheres desenvolvem uma relação de forte intensidade emocional.
A impressionante seqüência inicial, as atuações viscerais de Bibi Andersson e Liv Ullman, a brilhante direção de Bergman fazem de Persona uma experiência cinematográfica fascinante e inesquecível.


Gênero: Drama
Diretor: Ingmar Bergman
Duração: 83 minutos
Ano de Lançamento: 1966
País de Origem: Suécia
Idioma do Áudio: Sueco
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0060827/

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Vídeo Codec: XviD
Vídeo Bitrate: 1058 Kbps
Áudio Codec: MP3
Áudio Bitrate: 121
Resolução: 544 x 400
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 700 Mb
Legendas: No torrent


- Indicado ao Bafta de Melhor Atriz (Bibi Andersson)

- Vencedor dos Prêmios Guldbagge de Melhor Atriz (Bibi Andersson) e Melhor Filme

- Vencedor dos Prêmios da Sociedade Nacional dos Críticos de Filmes (NFSC), EUA, de Melhor Atriz (Bibi Andersson), Melhor Diretor (Ingmar Bergman) e Melhor Filme


Esta edição deixa de lado, o titulo brasileiro original que sempre foi considerado ridículo, "Quando Duas Mulheres Pecam". É um dos grandes filmes do mestre Ingmar Bergman, notável em vários aspectos, inclusive por ter sido o primeiro trabalho com sua então nova mulher, a atriz norueguesa Liv Ullman, que seria sua parceira em algumas outras obras primas e com quem trabalha até hoje.
Começa de forma inesquecível (e original na época) mostrando o processo de projeção de um filme com um velho cartão queimando, o fotograma, o desenho animado, o filme antigo e mudo, a morte da ovelha (meio Buñuel), a mão pregada na cruz como Cristo. Deixando claro que é cinema. A seguir, as primeiras imagens são cadáveres. Mas um menino magro (o mesmo ator de "O Silencio") acorda e coloca o óculos para ler um livro, depois vê a câmera, que se torna o rosto de uma mulher (provavelmente seria o filho dela no útero, esperando para nascer). Entram os letreiros todos vanguardistas, predominando o branco, repetindo imagens que já vimos.
A historia começa com uma porta se abrindo e entrando a enfermeira Alma (Bibi Andersson). Bergman disse que concebeu o filme depois de perceber que a semelhança entre as atrizes Bibi (que também havia sido sua namorada) e Liv. É bem descrito pelo trailer original americano que diz que "Persona" "é o reconhecimento da nossa terrível solidão, nossa singularidade, nossa inabilidade de se comunicar com os outros. É uma confissão de nossos medos, do homem,do fracasso, da morte. É o drama do desespero, o silencio, o terror indescritível da vida em todos os aspectos. É um drama da sensibilidade da pele, de rostos e palavras não entendidas. Persona é uma ilusão estiçalhada,uma vitória sobre o silencio".
Popularizou o termo Persona que é o nome da máscara teatral greco-romana e, por extensão, também as mascaras que usamos na vida profissional ou pessoal. Um dueto para as duas atrizes emolduradas pela fotografia genial de Sven Nykvist. Rodado na própria casa e ilha do diretor, em Faro. Bibi fala o tempo todo e Liv diz apenas uma única palavra, "nada".

por Rubens Ewald Filho

Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.


Arquivo(s) anexado(s)
Arquivo anexado Persona.Ingmar.Bergman.DVDRip.XviD.MakingOff.Org.torrent(filme)
Arquivo anexado persona._1966_.pob.1cd._3093086_.zip(legendas)

Piratas do mundo inteiro, uni-vos!


Cid Andrade


Hakim Bey é o pseudônimo de Peter Lamborn Wilson, americano, escritor, poeta e anarquista radical. Dos anos 70 pra cá lançou uma série de ensaios e livros avassaladores, tendo se tornado ícone da contracultura, admirado por jovens esquerdistas e libertários em todo o mundo; tendo inclusive influenciado personagens célebres contemporâneos (e eles já o admitiram publicamente) como Michael Moore e Marilyn Manson. Diz-se que Bey também foi uma importante influência para os ideais e métodos guerrilheiros do sub-comandante Marcos. O depoimento de seus leitores e admiradores é sempre muito parecido: "Ler Hakim Bey foi um soco no estômago, me fez ver coisas que estavam ali diante do meu nariz e me alertou para outras sobre as quais nem desconfiava". Já Hakim Bey, enquanto persona, é envolto em mistério: não dá entrevistas, não se deixa filmar, não revela seu endereço. Dá aula em uma universidade de Nova York e sabe-se que mora numa cidadezinha a 200 km de Manhattan. E só. Não tem computador, muito menos e-mail. E segundo algumas poucas entrevistas, não esperava que fosse tornar-se um ídolo da atual juventude guerrilheira. Sua obra-prima é o livro T.A.Z, sigla para Temporary Autonomous Zone, que segundo ele são a chave e o método para o bem sucedimento da revolução que está em curso. Hakim prevê o choque, cada vez mais intenso, entre o atual modelo de sociedade baseado em grandes corporações, capitalismo selvagem, exclusão social e ausência de privacidade, e a parcela da população que visa a interrupção deste processo e a retomada de antigos (ou a tentativa de novos) sistemas sociais. Em seus ensaios, desenvolve o conceito das utopias piratas, como exemplo recente de sociedades justas e calcadas na mais extrema das democracias. Explica que, ao contrário do que a Igreja e a história moderna contam, os piratas não devem ser confundidos com meros ladrões marítimos e, sim, vistos como renegados, expulsos de seus países, invariavelmente por terem ideais que batiam de frente com a ordem. Partiam em barcos e aportavam em algum cantão do mundo para criarem sociedades alternativas. A mais célebre, e teoricamente mais bem sucedida, foi Libertatia, na ilha de Madagascar, costa leste da África. Hakim também transcorre sobre o conceito da jihad, normalmente traduzida pelos ocidentais como "guerra santa" e usada para dar nome ao radicalismo islâmico, mas que na verdade quer dizer "revolução permanente e onipresente, em cada ato, em cada momento". Diz que após a Terceira Guerra Mundial, estamos vivendo a Quarta, entre as corporações e qualquer coisa que possa dificultar suas ações rumo ao crescimento e lucro cada vez maior. E é justamente por ocasião desta Quarta Guerra Mundial ­ que prevê a conquista de territórios em áreas como genética, nanotecnologia e cyberespaço, ou seja, aspectos que podem mudar o destino da humanidade ­ que Hakim defende o uso das TAZ, guerrilha, arte e música como principais mecanismos de resistência. Pesquise sobre esse cara e suas obras e você vai descobrir indícios do tamanho da resistência jovem existente hoje no mundo (que é menor do que deveria ser e bem maior do que imaginamos). Bey é referência de grupos democratas nos EUA, de ecologistas radicais, defensores das liberdades individuais, músicos e piratas contemporâneos como os que lotam todo ano a Defcon, ou ainda os dinamarqueses dos BlackBlocks, que tocam o rebu em qualquer manifestação anti-corporativa. Pesquise sobre este cara e você vai descobrir que tudo isto que eu citei aqui, aparentemente sem muito pé nem cabeça, é apenas a pontinha do iceberg que ele criou ao longo dos últimos 30 anos.

Louis Armstrong - First Class Jazz - 2006

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01 - Louis Armstrong - Coal Cart Blues [02:57]
02 - Louis Armstrong With Gordon Jenkin's Orch [02:54]
03 - Louis Armstrong & The Allstars - New Orle [06:45]
04 - Louis Armstrong With Louis Jordan & His T [03:07]
05 - Louis Armstrong - When It's Sleepy Time D [03:16]
06 - Louis Armstrong - Introduction + Basin St [06:19]
07 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - Moonl [03:44]
08 - Louis Armstrong - Introduction + Dear Old [04:21]
09 - Louis Armstrong - And the Angels Sing [02:55]
10 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - I Won [04:47]
11 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - Bess, [05:31]
12 - Louis Armstrong & Oscar Peterson - Blues [05:16]
13 - Louis Armstrong & Oscar Peterson - What's [02:43]
14 - Louis Armstrong - Shadrack [02:47]
15 - Duke Ellington & Louis Armstrong - Solitu [04:55]
16 - Duke Ellington & Louis Armstrong - It Don [03:58]
17 - Louis Armstrong - A Kiss to Build A Dream [04:35]
Alimentos, artigos de luxo






Quem de nós imaginou entrar numa butique para comprar arroz, feijão, verduras e carne? Talvez não estejamos longe disso. O preço médio dos alimentos triplicou nos últimos doze meses.

No ano passado, os donos do mundo investiram na indústria da morte - a fabricação de armamentos - US$ 1,34 trilhão, 45% a mais do que há dez anos, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz. Em gastos militares, os governos aplicaram 2,5% do PIB mundial. Por cada habitante do planeta, US$ 202 foram destinados a alimentar as bestas do Apocalipse com mísseis, bombas, minas e artefatos nucleares. Em resumo: segundo a FAO, comparado com os gastos em alimentos, o valor consumido pelos armamentos superou-os 191 vezes!

Os EUA faturaram, em 2007, 45% da venda de armas no mundo. Este mercado é, hoje, dominado por 41 empresas estadunidenses e 34 da Europa Ocidental. Nos últimos dez anos, os gastos militares dos EUA aumentaram 65%, ultrapassando o que se investiu na Segunda Guerra Mundial. É o preço das intervenções no Iraque e no Afeganistão.

Além dessa desproporção brutal entre o que se investe na morte (armas) e o que se aplica na vida (alimentos), a crise do petróleo, com o barril acima de US$ 130, eleva assustadoramente o valor dos alimentos. Nos últimos 50 anos, industrializou-se a agricultura, o que aumentou em 250% a colheita mundial de cereais. Isso não significa que se tornaram mais baratos e chegaram à boca dos famintos.

A agricultura passou a consumir petróleo na forma de fertilizantes (eles representam 1/3 do consumo de energia na lavoura e tiveram aumento, nos últimos doze meses, de 130%), pesticidas, máquinas agrícolas, sistemas de irrigação e transporte - dos caminhões que fazem chegar o alimento no mercado ao motoqueiro entregador de pizza.

A agricultura industrializada consome 50 vezes mais energia que a agricultura tradicional, pois 95% de todos os nossos produtos alimentícios exigem utilização de petróleo. Apenas para criar uma única vaca e entregá-la no mercado se esvaziam seis barris de petróleo, cada um contendo 158,9 litros.

A elevação do preço do petróleo abre um novo e vasto mercado para os produtos agrícolas. Antes, eles eram destinados ao consumo humano. Agora, são também voltados a nutrir máquinas e veículos. O preço do petróleo tabela o de alimentos simplesmente porque se o valor do combustível de uma mercadoria exceder o seu valor como alimento, ela será convertida em agrocombustível.

Quem vai investir na produção de açúcar se com a mesma cana se obtém mais lucro gerando etanol? É óbvio, o açúcar não desaparecerá da prateleira dos supermercados. Apenas será oferecido como artigo de luxo, para compensar os investimentos de quem deixou de produzir agrocombustível.

Não se trata de ser contra o etanol, e sim de ser a favor da produção de alimentos, de modo que sejam acessíveis à renda média mensal do brasileiro, que é de R$ 873. E ninguém ignora o regime de trabalho escravo e semi-escravo que predomina nos canaviais do Brasil, conforme recente denúncia da Anistia Internacional. Aliás, é urgente que o Congresso Nacional aprove a PEC 438/2001 contra o trabalho escravo. Infelizmente o Planalto acaba de editar a Medida Provisória que desobriga o registro em carteira até três meses de trabalho. Quantos bóias-frias não ficarão, agora, condenados ao regime perpétuo - e legal - de trimestralidade laboral sem direitos trabalhistas?

Algumas empresas de produção de etanol obrigam os trabalhadores a colher até 15 toneladas de cana por dia e pagam o salário, não por horas trabalhadas, e sim por quantidade colhida. Segundo especialistas, tal esforço causa sérios problemas de coluna, câimbras, tendinites, doenças nas vias respiratórias devido à fuligem da cana, deformações nos pés em razão do uso dos "sapatões", e encurtamento das cordas vocais por força do pescoço curvado durante o trabalho.

Na colheita, os trabalhadores são acometidos de sudorese em virtude das altas temperaturas e do excessivo esforço. Para cada tonelada de cana é preciso desferir mil golpes de facão. Os salários pagos por produção são insuficientes para lhes garantir alimentação adequada, pois, além dos gastos com aluguéis e transporte dos locais de origem até o interior de São Paulo e de Minas, remetem parte do que recebem às famílias.

O regime atual de trabalho reduz o tempo de vida útil dos cortadores para cerca de 12 anos. Em 1850, quando o tráfico de escravos era livre e a oferta de mão-de-obra abundante, a vida útil desses trabalhadores era também de 10 a 12 anos. A partir da proibição de importar negros, o melhor tratamento dispensado aos escravos ampliou sua vida útil de 15 a 20 anos.

Se o governo federal deseja promover o crescimento econômico com desenvolvimento sustentável, sem antagonizar essas duas metas de nosso processo civilizatório, é preciso evitar os males apontados acima e fazer a reforma agrária, de modo a multiplicar as áreas destinadas à produção de alimentos, contrabalançando com as que, hoje, são ocupadas pelo agrocombustível.


[Autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros].


* Frei dominicano. Escritor.