quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vaccarezza apresenta PL redigido por lobbista da Monsanto

do blog Conexão Brasília Maranhão

Houve um tempo em que a missão maior do PT no parlamento era servir de ponte entre as demandas populares e o poder público. O lema era algo como “um pé na rua, outro no parlamento”.
Hoje, boa parte — eu arrisco dizer que até a maioria — dos parlamentares do Partido dos Trabalhadores ainda se guia por este princípio, embora as contradições sejam muitas.
Por isso espanta muito que um parlamentar petista — e não um deputado qualquer, mas um dos principais nomes do partido — seja usado como porta-voz de uma das empresas mais condenadas judicialmente e combatidas pela sociedade civil no mundo.
Pois a Monsanto — que tem até diretoria de direitos humanos, acredite se quiser! — usou seu lobby para tentar aprovar, através de um PL do deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), o uso das sementes “Terminator” no Brasil.
Óbvio que Vaccarezza nega, mas o nome de uma advogada da Monsanto consta como autora do documento em PDF do PL que ele apresentou com proposta que favorece diretamente a multinacional. Ou seja, a naturalidade da relação é tão grande que ninguém se preocupou em corrigir o erro, evitando que se constatasse que o arquivo saiu do computador da advogada da Monsanto.
Por conta de sua proximidade com os ruralistas, Vaccarezza foi alvo de protesto do Greeenpeace na Câmara, há poucos dias.
As sementes “Terminator”, também chamadas de “suicidas”, não se reproduzem mais de ume vez e, na prática, tornam o agricultor escravo da Monsanto, de forma ainda mais aguda do que ocorre com as sementes transgênicas tradicionais e os herbicidas equivalentes. Mais informações sobre a Terminator: www.aspta.org.br

Para saber mais sobre as condenações judiciaisi por conta de práticas muito “éticas” e “socialmente responsáveis” da  Monsanto, assista ao excelente documentário “O mundo segundo a Monsanto”http://www.mefeedia.com/watch/26253257

Leia a matéria do Congresso em Foco que explica em detalhes o caso.

O Jejum durante o mês de Ramadã (Saum)

Do sitio Arabesq
O quarto pilar do Islã (arkan al-Islam), o Jejum (Saum) no mês de Ramadã (o nono mês do calendário lunar islâmico), foi inicialmente um ato voluntário de abnegação mas tornou-se uma obrigação para a prática do islamismo como citado no (C:2 V:185) do alcorão sagrado.
Neste mês, do nascer ao por do sol, o muçulmano se abstém de comer, beber, fumar e praticar atos sexuais. Todo muçulmano adulto tem que praticar este dever, com exceção de mulheres grávidas ou amamentando, doentes, viajantes e trabalhadores em trabalho pesado (Ex.construção). Esses podem compensar de outras formas ou realizar o jejum em outro momento mais apropriado. Portanto o jejum é obrigatório desde que não represente perigo à vida do muçulmano.
O jejum é um modo de autodisciplina física para uma purificação interna e um agradecimento a Deus pelas conquistas na vida. Durante o mês de Ramadã, os muçulmanos são unidos pelo jejum e tendem a se aproximar do seu semelhante e de seus familiares que se reúnem diariamente para o desjejum.  Ramadã é um período de renovação da fé, da prática mais intensa da caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar. Neste período pede-se ao fiel maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, freqüência à mesquita, correção pessoal e autodomínio. Além das cinco orações diárias (salá), durante este mês sagrado recita-se uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).
De acordo com ditos do profeta Maomé (Muhammad S.A.A.S.), Deus considera o jejum como o melhor das orações, porque só ele e o praticante é que sabem sobre a sua veracidade.
A 27ª noite de Ramadã chamada de “Noite do Destino” (Laylat al-qadr) é muito importante pois nela o profeta Maomé (Muhammad S.A.A.S.) recebeu a primeira revelação divina. A data é especialmente comemorada com grandes festividades religiosas e familiares e doações de presentes e alimentos aos pobres.

Su-Hoor

Para suportar o jejum de comida e bebida durante o dia, antes da alvorada, o muçulmano realiza uma refeição chamada (su-hoor) que substitui o café da manhã. Em muitas cidades árabes ainda é possível presenciar a tradição do (Messaher) um homem cuja função é andar pelas vilas e ruelas dos bairros batendo em um pequeno tambor e gritando ou cantando para acordar os fieis para o SuHoor.

Iftar (Desjejum)

Ao término de cada dia, o jejum é finalizado com uma oração e uma refeição especial tomada em conjunto, chamada iftar (árabe: إفطار). O iftar é o momento para reunir os membros da família e os seus amigos numa celebração de fé e de alegria. Após esta refeição, é prática social sair com a família para visitar amigos e familiares.
Muitos praticantes de outras religiões são convidados a partilhar este momento de convívio e é cada vez mais freqüente que cristãos ofereçam e celebrem um iftar para os seus amigos muçulmanos. O iftar é um momento também disputado pelos canais de TV que produzem e exibem o melhor de seu conteúdo no período para aproveitar a presença de todos os membros da família à mesa, normalmente de frente para a TV para acompanhar o (Adan) que informa ao muçulmano que já pode desjejuar. O mês do Ramadã é o mês objetivado pelos produtores de telenovelas que guardam as superproduções para ser exibidas no decorrer desse mês.

EId al Fitr

Ocorre quando a lua nova é avistada no céu no fim do mês de Ramadã, isto quer dizer que o mês de Shawwal inicia-se, dando fim ao mês de Ramadan. No primeiro dia deste novo mês, ocorrem feriados de 3 dias consecutivos. Nesse feriado é praticada a distribuição de alimentos e presentes para os pobres e familiares, especialmente as crianças são presenteadas com roupas novas e brinquedos. O simbolismo religioso e festivo da data pode ser comparado ao Natal do cristianismo. Em muitas cidades islâmicas grandes celebrações são realizadas para o EId al Fitr.

Voz do Brasil e regulamentação da mídia


Na contra-mão dos esforços para a regulamentação, nota-se um incoerente silêncio do movimento de democracia na mídia em relação a uma iniciativa da ABERT e dos magnatas da mídia para flexibilizar a transmissão do mais antigo programa do rádio brasileiro ainda no ar, a Voz do Brasil. O programa surge de um esforço de regulação do estado sobre o campo informativo, na Era Vargas, levando informações relevantes para um público estimado em cerca de 80 milhões de ouvintes que, sem a VB, não possui praticamente outra via para ter acesso a informações sobre a atividade dos poderes públicos. O artigo é de Beto Almeida.

A regulamentação da mídia passou a fazer parte, com justiça, da agenda de debates políticos da sociedade brasileira. Após a Confecom, onde a proposta ficou entre as teses aprovadas, agora foi o próprio Governo Federal, por ação do Ministro Franklin Martins, da Secom, que, corajosamente, assumiu uma posição clara e inequívoca pela regulamentação de tal forma combater o verdadeiro exercício de tirania midiática no Brasil, um de seus maiores déficits democráticos.

Na contra-mão dos esforços para a regulamentação, nota-se um incoerente silêncio do movimento de democracia na mídia em relação a uma iniciativa da ABERT e dos magnatas da mídia para flexibilizar a transmissão do mais antigo programa do rádio brasileiro ainda no ar, a Voz do Brasil. O programa surge de um esforço de regulação do estado sobre o campo informativo, na Era Vargas, levando informações relevantes para um público estimado em cerca de 80 milhões de ouvintes que, sem a VB, não possui praticamente outra via para ter acesso a informações sobre a atividade dos poderes públicos.

Vencedor de vários prêmios de jornalismo, reconhecido como canal de acesso a informações precisas e objetivas sobre o Estado, o Governo e a Cidadania, a Voz do Brasil, se flexibilizada, resultará numa menor presença do público na vida dos brasileiros que vivem nos grotões do campo e da cidade, e que são praticamente proibidos da leitura de jornal ou revista. Menos informação sobre verbas para a saúde, sobre políticas públicas para a agricultura, a reforma agrária, a pesca, o meio-ambiente, os transportes, educação no campo etc. Por quê o silêncio?

Sem a Voz, crescerá o déficit democrático, o tempo de programação de qualidade duvidosa, que é o caracteriza grande parte do rádio no Brasil. Os que acusam o Voz do Brasil de ser “chapa-branca”, calam-se diante do fato de que o rádio comercial, predominante hoje, pode ser apresentado precisamente como “rádio chapa-mercado”. O curioso, pela incoerência que estampa, é que ao lado dos grandes empresários de mídia que patrocinam a flexibilização da Voz do Brasil - com o claro intuito de torná-lo sem audiência, facilitando sua extinção - encontram-se alinhados alguns atores do movimento de democratização da mídia.

Junto ao silêncio destes movimentos, que jamais apresentaram proposta para renovação e aperfeiçoamento do VB, há uma estranha atitude da Fenaj que mesmo tendo aprovado em seu recente Congresso a defesa da Voz, manteve a resolução na gaveta. Silêncio da Fenaj, dos sindicatos de jornalistas, dos movimentos sociais diante do risco da Voz. A Abert comemora esta paralisia de quem tanto fala em regulamentação.