segunda-feira, 13 de junho de 2011

Contra “Pacotarso”, Cpers cogita ter urnas de eleição em frente à Assembleia


Vivian Virissimo no Sul21

Educadores estaduais paralisam atividades em todo o estado nesta terça-feira para questionar o pacote encaminhado ao plenário da Assembleia Legislativa pelo governador Tarso Genro. Com a possibilidade de o “pacotarso” ser votado no mesmo dia da eleição do Cpers, a presidente da entidade cogita até instalar urnas em frente à Assembleia Legislativa.
Além da paralisação desta terça, os professores já têm marcada uma assembleia geral no próximo dia 22 para deliberar sobre a paralisação da categoria nos dias em que os projetos de Tarso forem à votação no Legislativo. O primeiro dia de votação está previsto para o dia 28, exatamente no dia agendado para a votação da nova diretoria do Cpers. “Estaremos muito atentos a votação do pacote e esperamos que o governador respeite o dia de votação do Cpers. Estaremos mobilizados nem que tenhamos que colocar mesas para votação na Praça da Matriz”, comenta a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. Como o pacote foi encaminhado em regime de urgência, ele tranca a pauta a partir do dia 26.
“Estamos exigindo a retirada do projeto da Assembleia, pois este pacote apresenta uma reforma da previdência, que não só aumenta a contribuição dos servidores, como também cria um fundo de capitalização que significa a privatização de nossas aposentarias. Além disso, ele também cria regras para pagamentos dos RPVs, inviabilizando que nossa categoria receba indenização da justiça, ou seja, o terceiro calote de nossos direitos”, critica.
A mobilização dos trabalhadores da educação também reivindica o cumprimento da lei do piso nacional, um dos principais eixos da luta dos professores. “A lei não é feita apenas para o povo cumprir, os governantes também devem cumprir a lei. O governador tem dito pela imprensa que vai cumprir em quatro anos, eu tenho dito que a nossa mobilização vai garantir o cumprimento da lei antes disso”, diz Rejane.
A moblização do Cpers terá manifestações regionais, organizadas pelos 42 núcleos do sindicato. Em Porto Alegre, a concentração será das 10h às 17h, na Praça da Matriz. As atividades, em todas as regiões, serão reforçadas com a participação de servidores de outras categorias do funcionalismo.
Além da paralisação, o Cpers e outras 20 entidades assinam outdoors que exigem a retirada da Assembleia Legislativa do projeto encaminhado pelo governador. Segundo Rejane, a intenção do Cpers com esta ação é de pressionar ainda mais a retirada do projeto da pauta de votação. “Nós estamos em uma campanha unitária dos servidores públicos. No momento em que o governador insiste em criar este projeto que ataca o direito dos trabalhadores, ele tem consciência de que ele ingressa numa zona de conflito”, completa.

Fogo sobre o Mármara: A história de um covarde ataque israelense

Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador

O documentário, em espanhol, foi traduzido e legendado ao português por Jair, que nos envia esse importante registro. Agora, disponível aqui no Escrevinhador.

Com a palavra, Jair de Souza.


Estimado Rodrigo Vianna


Acaba de ser lançado via Telesur o documentário Fuego sobre el Mármara (Fogo sobre o Mármara) de David Segarra.


Este documentário trata do ataque efetuado em águas internacionais pelos comandos militares do Estado de Israel contra a frota humanitária que pretendia dirigir-se a Gaza para entregar ajuda com bens de primeira necessidade aos cerca de um milhão e meio de pessoas que sobrevivem há vários anos a um ferrenho bloqueio imposto pelas forças de ocupação sionistas.


Neste ataque aos pacifistas desarmados, os comandos israelenses conseguiram assassinar a nove deles e ferir gravemente a quase uma centena de outros.


Como este mês haverá uma nova tentativa das organizações pacifistas de chegar até Gaza com ajuda humanitária, estão pedindo ao mundo que apoie estas ações para tentar impedir que um novo ataque seja desfechado contra eles pelo Estado de Israel. Portanto, a divulgação deste documentário é uma forma de chamar a atenção do mundo para o drama do povo palestino de Gaza e para a necessidade de pôr-se fim ao selvagem bloqueio..


Fiz a tradução ao português, legendei e disponibilizei o vídeo em diversas redes sociais. Gostaria de te pedir que visse o documentário e que ajudasse em sua divulgação. Seria de grande valor.


Mais uma vez, conto com sua atenção e solidariedade ao povo palestino.


Obrigado.

Jair de Souza









Emir Mourad: pelo Estado da Palestina já!


A questão fundamental para a solução do conflito entre palestinos e israelenses é reconhecer que os países-membros da ONU possuem direitos e deveres que regulam a convivência civilizada entre nações, Estados, governos e povos. Israel, dentre diversas resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral, acatou, até hoje, uma só resolução: a que aceitou Israel como membro da ONU!


Por Emir Mourad, na Folha de S.Paulo

A Palestina existe de fato antes de Israel ser criado em maio de 1948: uma cultura milenar, um povo organizado na cidade e no campo, em maioria árabe muçulmana e cristã, com minoria judaica, todos pertencentes à sociedade palestina, com instituições sociais, industriais, educacionais, faltando só o reconhecimento de direito para estabelecer seu Estado independente. O estabelecimento do Estado da Palestina é questão de direito!

Vez ou outra nos deparamos com opiniões "desinformadas" sobre a demografia da época do mandato britânico sobre a Palestina, tais como "o território que a ONU destinou aos judeus já continha maciça maioria judaica". Nos dados da ONU, consta que, em dez dos 16 subdistritos administrativos, a população palestina perfazia mais de 82% do total da população. A Comissão de Inquérito Britânico-Americana, em 1945 e 1946, apresentou relatório com os dados de 1,269 milhão (67,6%) de árabes palestinos e 608 mil judeus residentes dentro das fronteiras do mandato da Palestina.

Sobre as guerras ocorridas em 1948, 1967 e 1973, todas as resoluções da ONU se referem às ações da "potência ocupante", Israel, e à ilegalidade de ocupar, colonizar e anexar territórios pela força militar. Além da responsabilidade histórica de Israel pela expulsão dos refugiados palestinos.

Quanto aos judeus que foram expulsos de países árabes, eles obtiveram a cidadania israelense e deixaram de ostentar o direito de reivindicar qualquer status de refugiados, diferentemente dos refugiados palestinos, que hoje somam quase 5 milhões e são reconhecidos como refugiados segundo o estatuto da ONU e o direito internacional.

O conflito tem proporções internacionais, já que foi criado pela própria ONU e pelas intervenções de várias potências, em decorrência de seus interesses econômicos na região do Oriente Médio. O fato de Israel ter vencido guerras não o faz regulador de normas e leis internacionais nem o exime de infrações cometidas perante a lei!

Em julho de 2004, a Corte Internacional de Justiça proferiu uma sentença, por 14 votos a um, declarando ilegal e pedindo a demolição do muro que Israel construiu nos territórios ocupados. A representante do Brasil na ONU, embaixadora Maria Viotti, em seu relato sobre a questão palestina, declarou, em 21 de abril de 2011: "as atividades de assentamento na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental são ilegais e um obstáculo à paz".

Os palestinos, em setembro próximo, vão pedir que o Estado da Palestina seja reconhecido como membro das Nações Unidas, tal como Israel o foi em 1949. Se Israel continuar negando esse direito aos palestinos, estará negando a razão de sua própria existência!

* Emir Mourad é diretor da Federação Árabe Palestina do Brasil

Cinzas de vulcão voltam a causar transtorno em seis países


Passageiro sob monitor que mostra cancelamentos de voos na Argentina (Foto: AFP)
Vulcão chileno tem causado transtornos em todo o Cone Sul
As cinzas do vulcão Puyehue, no Chile, voltaram a afetar o espaço aéreo sul-americano e agora já afetam pelo menos seis países, incluindo os dois principais da Oceania, Austrália e Nova Zelândia.
No domingo, as companhias aéreas que operam voos para os aeroportos da capital argentina, Ezeiza e Jorge Newbery (Aeroparque) - entre elas a TAM, a GOL, a LAN e a Aerolíneas Argentinas - suspenderem voos entre a noite de domingo e até pelo menos 14h desta segunda-feira.
Os cancelamentos foram efetuados depois que a Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu comunicado limitando as operações aéreas na Argentina, a partir de informações do Serviço de Meteorologia Nacional (SMN) sobre as condições meteorológicas no centro do país.
Os tormentos causados pela erupção do vulcão chileno não se limitaram ao Cone Sul. No domingo, a empresa australiana Qantas cancelou todos os seus voos tendo como origem ou destino a cidade de Melbourne, afirmando que as cinzas do Puyehue cruzaram o Oceano Pacífico e chegaram à Oceania.
Outras companhias aéreas, como Virgin Atlantic e Jetstar, também interromperam pousos e decolagens na região, deixando milhares de passageiros sem alternativas para viajar. Oito mil pessoas foram afetadas pelo cancelamento, inclusive passageiros para a Nova Zelândia.
O Chile está a mais de 9 mil quilômetros dos dois países afetados.

Transtorno

Na Argentina, muitos passageiros foram pegos de surpresa pela notícia do cancelamento dos voos, pois já estavam no aeroporto quando surgiu a informação do retorno dos resíduos vulcânicos e de suas consequências sobre o setor aéreo.
"Eu viajaria para visitar minha namorada que faz aniversário hoje", disse um argentino que estava no Aeroparque e foi entrevistado por TVs locais.
O vulcão do complexo Puyehue-Cordón Caulle, no sul do Chile, entrou em erupção no dia 4 de junho e afetou, na semana passada, as operações nos principais aeroportos da Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil.
Voos da Qantas
Qantas cancelou todos os voos de Melbourne neste domingo

Os voos para as principais cidades da Patagônia argentina continuam suspensos, por orientação da Anac. Cidades da Patagônia, como Bariloche, na província de Rio Negro, e Villa Angostura, na província de Neuquén, são algumas das mais afetadas pelo fenômeno natural.
O governo de Neuquén declarou emergência agropecuária, já que gado, cavalos e ovelhas não podem se alimentar porque as cinzas cobriram o pasto. Com a emergência, é mantida a ajuda federal na região.
De acordo com o secretário executivo de Emergência e Desastre agropecuário da Argentina, Haroldo Lebed, o governo deve declarar nesta segunda-feira emergência nacional para que os produtores rurais de toda a Patagônia afetados pelo desastre natural sejam socorridos com recursos federais.
No fim de semana, uma avalanche de cinzas interrompeu o trânsito num dos principais acessos à fronteira entre Argentina e Chile, conhecida como Cardenal Samoré.
Geólogos chilenos afirmaram ao jornal La Tercera que o vulcão Puyehue continua em erupção e é imprevisível dizer quando vai parar de emitir cinzas.
Na sexta-feira, o SMN da Argentina informou que as cinzas tinham deixado o Cone Sul e estavam sendo levadas por ventos para o Oceano Atlântico. As decolagens e aterrissagens voltaram a ser realizadas no sábado e no domingo até o fim da tarde.
A previsão dos especialistas argentinos era que os ventos mantivessem as cinzas afastadas da região até quarta-feira.