quarta-feira, 10 de março de 2010

e ainda falam mal de Cuba...

O acirramento do confronto ideológico em torno de Cuba
Escrito por Gabriel Brito - Correio da Cidadania  
 
Nas últimas semanas, todos os antagonismos ideológicos exaltados a partir do modo de vida cubano voltaram a ocupar grande parte do debate público. Abordada com ênfase pela grande mídia, a morte de Orlando Zapata Tamayo por conta de sua greve de fome num presídio de Havana acirrou a guerra de informações a respeito do que se passa na Ilha. Ainda mais porque se consumou exatamente no dia em que uma comitiva brasileira, comandada pelo próprio presidente Lula, chegara ao país.
 
Como se sabe, Zapata Tamayo foi apresentado à opinião pública como dissidente perseguido politicamente, o que é veementemente negado pelas fontes locais, além de nebuloso, de acordo com o que informam órgãos internacionais. Assim, puderam voltar a execrar a ‘ditadura’ que vigora há mais de 50 anos e silenciaria todo desejo de mudança ansiado pela população.
 
Como exemplo da indignação com o perecimento do preso, o implacável editorial de 27 de fevereiro da Folha de S. Paulo, cujo início lamenta que, "pela quarta vez em seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dispôs a endossar, entre sessões de fotos, tapinhas nas costas e desconversas macunaímicas, o mais ditatorial regime do hemisfério americano".
 
Para os mais desavisados, parece que a onda de violência política em Cuba atinge os mais descontrolados e alarmantes índices, sendo o povo local completamente impedido de qualquer participação e decisão em seu cotidiano. Não é bem assim. Como destacou o jornalista Breno Altman, do Opera Mundi, a população tem participação regular e constante nos processos decisórios. "A Constituição de 1976, reformada em 1992, estabeleceu o ordenamento jurídico do modelo. Um dos principais ingredientes foi a criação do Poder Popular, com suas assembléias locais, municipais, provinciais e nacional", aclara.
 
E ao contrário do que se pode pensar, não é um processo tão dessemelhante ao da nossa chamada democracia participativa, pois os representantes dessas instâncias, que não aceitam indicações de possíveis nomes por parte do PC, são escolhidos pelo voto. Aliás, o próprio regime teve sua orientação base, o socialismo, referendado pela população, como conta Altman.
 
"A Constituição prevê mecanismos de consulta popular. Dispondo desse direito, o dissidente Oswaldo Payá, líder do Movimento Cristão de Libertação, reapresentou à Assembléia Nacional do Poder Popular, em 2002, uma petição com 10 mil assinaturas para que fosse organizado referendo que modificasse o sistema político e econômico na ilha. O governo reuniu 800 mil registros para propor outro plebiscito, que tornava o socialismo cláusula pétrea da Constituição. Por causa da quantidade de assinaturas, teve preferência. Cerca de 7,5 milhões de cubanos (65% do eleitorado), apesar de o voto em referendo ser facultativo, votaram pela proposta defendida por Fidel Castro".
 
Ou seja, o povo cubano pode ter dúzias de críticas ao funcionamento de sua nação, mas não há nenhuma intenção da maioria em retornar ao capitalismo, o que é, obviamente, o cerne do debate e alvo oculto de uma mídia que, lembremos, é comercial e busca o lucro em seus negócios.
 
Humanistas
 
No entanto, as paixões que o assunto desperta de lado a lado não deixam a contenda ideológica arrefecer tão facilmente. "Nada disso se confunde com a revoltante ‘ternura’, para lembrar o célebre dito de Che Guevara, que o governo Lula ‘não perde jamais’ quando se trata de emprestar apoio a um regime decrépito, ditatorial e homicida", completa em tom histérico a Folha, não sem antes lamentar a ‘placidez’ com que o ministro das relações exteriores, Marco Aurélio Garcia, tratou dos problemas de direitos humanos na ilha.
 
É de se reconhecer neste ponto um paradoxo monumental na mídia brasileira (destacando que outros como Globo e Estadão engrossaram as críticas no mesmo tom). Os mesmos veículos indignados com dita tirania do governo de Raul Castro promoveram enorme grita contra o Plano Nacional de Direitos Humanos, que visa criar instrumentos de aprofundamento de nossa democracia (como controle social na mídia), mas que foi tratado pelos mesmos como stalinista, totalitário e por aí afora.
 
De quebra, a Folha e seus articulistas aproveitam o ensejo para minimizar conhecidas atrocidades do que entendem por democracia nos EUA, quando esta também foi questionada por Garcia ("Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro"), apontando para as mundialmente famosas violências e ilegalidades em Guantánamo.
 
"É o clássico expediente de voltar contra outro país as acusações que se referem, especificamente, à tirania que se quer apoiar. É inegável que Bush maculou as tradições democráticas de seu país a pretexto da ‘guerra contra o terror’. É também evidente que nunca faltou, nos EUA, liberdade para protestos contra o governo - coisa impensável sob o sistema castrista". Além de ser questionável o fato de haver espaço para contestações num país cujos sindicatos são nulos, não há margem alguma para comparações do que também parecem ataques aos direitos humanos por parte dos EUA.
 
A própria imprensa comercial vive noticiando mortes de civis em ofensivas do exército norte-americano em localidades como Paquistão, Afeganistão e Iraque, sendo, aliás, os dois últimos países ocupados militarmente. A unilateralidade da potência também se viu em Copenhagen, quando sua delegação simplesmente se recusou a quaisquer conversas prévias acerca de diminuição de emissões de gases estufa, quando o mundo clama por mudanças de paradigma em favor do meio-ambiente.
 
São muito fortes as evidências que levam a crer que Zapata Tamayo não era um ‘preso de consciência’, como se difunde incessantemente. De acordo com o pesquisador e ensaísta Enrique Ubieta Gomez (diretor da revista La Calle Del Medio), por exemplo, "era um preso comum, cujos problemas com a justiça começaram em 1988, ou seja, quinze anos antes da confecção da lista (de presos políticos da Anistia Internacional, de 2003). Em sua larga carreira delitiva foi processado por "violação de domicílio", ‘lesões menos graves’, ‘furto’, ‘lesões e porte de arma branca’, ‘perturbação da ordem’ e ‘desordens públicas’", informa. Muito contrastante com o que escreveu Janio de Freitas, tratando Tamayo como "um operário que aderiu à militância política contra o regime".
 
Tal informação, mesmo tendo aparência contundente, pode ser, de fato, contestável, ainda mais sabida a considerável impenetrabilidade da vida cotidiana na ilha. Mas ainda assim há elementos de sobra, como a ausência de seu nome nas listas internacionais, que ao menos podiam fazer tal versão de sua vasta folha corrida ser investigada a fundo.
 
Até porque qualquer analista sério sabe que existe, e sempre existiu, sabotagem política liderada pelos Estados Unidos, cujos planos de destruição da Revolução local sempre foram famosos, além de até hoje manterem o embargo e a declaração de guerra contra os cubanos.
 
Como escreveu no Observatório da Imprensa o advogado Fabio de Oliveira Ribeiro, é impossível não tratar a abordagem do episódio como ‘propaganda política’ por parte dos detratores e inimigos do regime cubano, o que é o caso da grande mídia nacional e internacional e seus governos volúveis na compreensão de atentados aos direitos humanos.
 
1 vale mais do que 2000?
 
E para comprovar o interesse político, e possíveis ardis, em torno do desfecho da vida de Tamayo, é necessário comparar a repercussão e indignação nos meios de comunicação com a revelação de que na Colômbia se encontrou uma fossa comum com 2000 corpos, enterrados por paramilitares e soldados do exército local nos últimos cinco anos.
 
Trata-se de um fato infinita e indiscutivelmente mais brutal. Nessa década, cerca de 14 mil pessoas foram assassinadas pelas forças oficiais e os ‘paras’. E quase todos por serem líderes comunitários, sindicais ou representantes populares. De quebra, relatório recente da Coalizão Colombiana Contra a Tortura apontou que o Estado é o responsável pela maior quantidade dos casos de torturas e outras violações aos direitos humanos que correm a solta por lá. E nunca se viu a nossa mídia denunciar o regime de Uribe - muito menos a potência do hemisfério norte - de ‘homicida’ ou algo que o valha.
 
"A Anistia Internacional não menciona em nenhum momento as supostas atividades políticas que o levaram a prisão. A razão é relativamente simples: Zapata nunca realizou atividades anti-governamentais antes de seu encarceramento. Pelo contrário, a organização reconhece que foi condenado em maio de 2004 a três anos de prisão por ‘desacato, alteração da ordem pública e resistência’. Essa sanção é relativamente leve se comparada com a dos 75 opositores condenados em março de 2003 a penas que vão até 28 anos de cadeia ‘por terem recebido fundos ou materiais do governo estadunidense para realizar atividades que as autoridades consideram subversivas e prejudiciais a Cuba’, como reconhece a AI, o que constitui um grave delito em Cuba – e também em qualquer país do mundo", escreveu Salim Lamrani, do Le Monde Diplomatique.
 
"Aqui, a AI não pode escapar de uma evidente contradição: por um lado qualifica essas pessoas de ‘prisioneiras de consciência’, e por outro admite que cometeram um grave delito de aceitar ‘fundos ou materiais do governo estadunidense’", completa.
 
Outros que não desfrutaram da mesma sensibilidade da opinião pública foram os hondurenhos. Recém assaltados em sua democracia pelo golpe de Estado comandado pelas oligarquias locais, mais de cem daqueles que poderiam também ser qualificados de ‘dissidentes’ foram executados. No entanto, não tiveram a mesma visibilidade. Além disso, o pleito que ‘legitimou’ Porfírio Lobo como novo presidente foi assistido por escassos 13% de eleitores, outra ignorada evidência de desaprovação ao golpe.
 
"Na França em 2010, até 24 de fevereiro, houve 22 suicídios nas cadeias; em 2009, foram 122 suicídios nas prisões francesas; em 2008, 115", conta Lamrani, conformando outro exemplo que não causa a mesma comoção.
 
Em tempos de crise, divergência ideológica acirrada
 
Enfim, como diz o ministro Marco Aurélio Garcia, há problemas de direitos humanos em todo o mundo. Cuba não escapa a tal lógica, por certo. Porém, como citado por diversos de seus defensores, "não mantém centros de tortura ou realiza prisões e execuções extrajudiciais", não está em guerra alguma e oferece condições de emancipação individual - através, por exemplo, de sua saúde e ensino reconhecidamente qualificados e universalizados - em níveis bem maiores do que praticamente todas as ditas democracias.
 
Debater os processos cubanos é importante, até porque a crise do capital faz o mundo indagar se o atual modelo de economia e desenvolvimento se sustenta; e nisso os cubanos oferecem um ótimo elemento de reflexão, que é o questionamento ao sistema que tem exaurido as riquezas do planeta e comprometido de forma cada vez mais temerária seu ambiente.
 
Cuba, com todos os seus defeitos e lentidões para promover mudanças e evoluir o regime, oferece uma outra visão de mundo e sugere outra partilha de riquezas. É isso que causa ojeriza nas potências que afundaram Copenhagen, lideradas pelo seu mais inacessível interlocutor (EUA), precisando sufocar e denegrir ao máximo a pequena ilha que não abre mão de sua opção anticapitalista.
 
Só assim para começar a compreender porque num mundo de 6 bilhões de habitantes e 4 bilhões de miseráveis as polêmicas e o cotidiano de apenas 13 milhões de pessoas centralizam tantas atenções e ‘indignações’.
 
Gabriel Brito é jornalista.

Os atos terroristas da Mossad

O alcance assassino da Mossad:
As maiores questões políticas

James Petras*
James 
Petras 
A invasão do Afeganistão e do Iraque tiveram como justificação (falsa, como a vida já demonstrou) o combate ao terrorismo. Há dias, o líder palestino Mahmoud al Mabhouh foi assassinado por um comando terrorista israelense numa evidência de terrorismo de Estado e de um Estado terrorista, useiro e vezeiro neste tipo de crimes. A imprensa israelense rejubilou com o crime, a imprensa do mundo alcunhado de livre não condenou, os EUA guardam silêncio, a servil União Europeia e o presidente da Comissão, Durão Barroso, assobiam para o lado…
No dia 19 de Janeiro, a polícia secreta internacional de Israel. Mossad, enviou um esquadrão da morte de dezoito membros a Dubai com passaportes europeus, supostamente «roubados» a cidadãos de Israel com dupla nacionalidade e alterados com retratos falsos e assinaturas falsas, a fim de assassinar o líder palestiniano Mahmoud al Mabhouh.
As provas são esmagadoras. A apresentação pela polícia de Dubai de vídeos pormenorizados de segurança dos assassinos foi corroborada pelo testemunho de peritos em segurança israelitas e aplaudida pelos principais órgãos de informação de Israel e por colunistas. A Mossad, declarou abertamente que Mabhouh era um alvo prioritário que tinha sobrevivido a três tentativas prévias de assassínio. Israel nem mesmo se incomodou a negar o crime. Para além disso, o sofisticado sistema de comunicação utilizado pelos assassinos, a logística e o planeamento à volta das suas entradas e saídas de Dubai e a dimensão e escala da operação, possuíam todas as características duma operação nacional de alto nível. Ademais, só a Mossad teria acesso aos passaportes europeus dos seus cidadãos de dupla nacionalidade. Só a Mossad teria a capacidade, motivação, intenção declarada e vontade expressa para provocar uma questão diplomática com os seus aliados europeus, sabendo muito bem que a irritação dos governos ocidentais europeus se apagaria devido às suas ligações profundas com Israel. Depois de uma investigação meticulosa e a interrogação de dois colaboradores palestinianos da Mossad capturados, o chefe da polícia do Dubai declarou que tinha a certeza que a Mossad estava por detrás do crime.
AS MAIORES QUESTÕES POLÍTICAS

A política de Israel de assassínios fora do seu território levanta questões profundas que ameaçam a essência de um estado moderno: soberania, regra legal e segurança nacional e pessoal.
Israel tem um política publicamente declarada de violar a soberania de qualquer ou de todos os países, para matar ou raptar os seus oponentes. Em ambas, proclamação e prática real, a lei de Israel decreta e as actuações no estrangeiro ultrapassam as leis e as agências de cumprimento das leis de qualquer outro país. Se a ordem política de Israel se converte em prática normal em todo o mundo, entraríamos numa selva hobbesiana*, onde os indivíduos ficariam sujeitos às intenções criminosas de esquadrões estrangeiros de assassinos, impunes a qualquer lei ou à prestação de contas a qualquer autoridade nacional. Todos os países poderiam impor as suas próprias leis e atravessar fronteiras nacionais para matar, com toda a impunidade, cidadãos ou residentes desses países. Os assassínios extra-territoriais de Israel fazem troça da noção de soberania nacional. A eliminação extra-territorial de oponentes pela polícia secreta era uma prática comum da Gestapo nazi, da GPU estalinista e da DINA de Pinochet e tornou-se agora prática sancionada das “Forças Especiais” dos EUA e da divisão clandestina da CIA. Tais políticas são a marca de estados totalitários, ditatoriais e imperialistas que, sistematicamente, pisam os direitos de soberania dos povos
A prática de Israel pelos crimes extra-julgamentos, extra-territoriais, exemplificada pelo recente assassínio de Mahmoud al Mabhouh num quarto de hotel de Mubai, viola todos os preceitos fundamentais da lei. Matanças extra-judiciais ordenadas por um estado, significam que a sua própria polícia secreta é juiz, júri, acusador e executor, irreprimível pela soberania, lei e do dever das nações de proteger os seus cidadãos e visitantes. Provas, procedimentos legais, defesa e interrogatórios são retirados do processo. Assassínios extra-judiciais protegidos pelo estado destroem completamente o processo devido. A liquidação de oponentes no estrangeiro é o próximo passo lógico depois dos espectáculos dos julgamentos nacionais, baseados na aplicação das suas leis racistas e decretos de detenção administrativos, que desalojaram o povo palestiniano e violaram as leis internacionais.
Os esquadrões da morte da Mossad operam directamente às ordens do Primeiro Ministro (que aprovou pessoalmente o assassínio recente). A grande maioria dos israelitas apoia orgulhosamente estes assassínios, especialmente quando os assassinos escapam detenção e captura. A operação livre dos esquadrões da morte estrangeiros apoiados pelo estado, praticando assassínios extra-judiciais com impunidade, é uma grave ameaça para qualquer crítico, escritor, líder político e activista cívico que se atreva criticar Israel.

OS ASSASSÍNIOS DA MOSSAD – FOGO SIONISTA
O precedente de Israel matar os seus adversários no estrangeiro, estabelece as fronteiras exteriores da repressão pelos seus apoiantes no estrangeiro nas organizações sionistas, a maioria das quais têm no presente como no passado apoiado a violação da soberania nacional por Israel através de mortes extra-judiciais. Se Israel elimina fisicamente os seus oponentes e críticos, as 51 mais importantes organizações americanas-judaicas reprimem os críticos de Israel nos EUA. Pressionam activamente patrões, presidentes de universidades e dirigentes públicos para despedir empregados, professores e funcionários públicos que se atrevem a falar ou a escrever contra a tortura em Israel, assassínios e a despovoação sistemática de palestinianos.
Até agora, os comentários mais críticos, em Israel e noutras partes do mundo, do assassínio recente da Mossad no Dubai assinala a “incompetência” dos agentes, que inclui terem permitido que os seus rostos fossem apanhados por numerosas câmaras de segurança quando, desastradamente, retiraram as suas perucas e fatos sob os olhares da câmaras. Outros críticos queixam-se de que fazer mal a Israel é “manchar a imagem de Israel” como estado democrático e fornecer munições aos anti-semitas. Nenhum destes criticismos superficiais têm sido repetidos pelo Congresso dos EUA, pela Casa Branca ou pelos Presidentes das principais organizações amercanas-judaicas, onde a regra mafiosa do Omerga, ou silêncio, reina, e a cumplicidade criminosa é a lei

CONCLUSÃO
Enquanto os críticos lastimam o desastrado trabalho da Mossad, tornando mais difícil às potências ocidentais conceder cobertura diplomática para as suas operações no estrangeiro, a questão fundamental não é tratada. A aquisição pela Mossad, e a alteração de passaportes oficiais britânicos, franceses, alemães e irlandeses de cidadãos israelitas com dupla nacionalidade, sublinha a natureza cínica e sinistra da exploração por Israel dos seus cidadãos com dupla nacionalidade na procura dos seus próprios objectivos sangrentos de política estrangeira. A utilização pela Mossad de passaportes genuínos emitidos por quatro nações europeias soberanas em nome dos seus cidadãos, para matar um palestiniano num quarto de hotel em Dubai, levanta a questão de quais cidadãos israelitas, com dupla nacionalidade, realmente obrigam à sua fidelidade, e até que ponto estão dispostos a ir em defesa ou na promoção dos assassínios de Israel no estrangeiro.
Graças à utilização de passaportes britânicos por Israel para entrar em Dubai e assassinar um adversário, qualquer homem de negócios britânico ou turista que viage pelo Médio Oriente será suspeito de ter ligações aos esquadrões da morte israelitas. Com eleições este ano, e os Partidos Trabalhista e Conservador a contarem fortemente nos sionistas milionários para a campanha de fundos, ficamos para ver se o Primeiro Ministro Gordon Brown fará mais do que lamuriar-se e rebaixar-se..

NOTA DO TRADUTOR:
 
“hobbesiana” de Thomas Hobbes (1588-1679) filósofo inglês, autor de Leviatã, onde defendia uma sociedade humana dirigida por um poder absoluto e centralizado)
* James Petras, Professor da Universidade de Nova Iorque, é amigo e colaborador de odiario.info.
Tradução de João Manuel Pinheiro