sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ex-guerrilheiro tupamaro é nomeado ministro da Defesa do Uruguai

Da Redação do Sul21

O presidente do Uruguai, José Mujica, nomeou o ex-senador Eleuterio Fernández Huidobro, ex-guerrilheiro do movimento Tupamaros, do qual ele mesmo participou, como novo ministro da Defesa. Mujica confirmou nesta quinta-feira (15) que o titular da pasta, Luis Rosadilla, vai se afastar do cargo por motivos de saúde e que Huidobro assumirá o ministério já na próxima semana.
Mujica disse que não tinha “mais remédio que apelar a algum quadro da velha guarda, porque necessito confiança política e capacidade”. No entanto, Huidobro admitiu que ainda não estava informado mas estava disposto a aceitar o convite.
Mujica afirmou que o afastamento do atual ministro é “uma grande perda” para o governo e que precisava de alguém experiente para substitui-lo. Huidobro, de 69 anos, é um dos “históricos” guerrilheiros do Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros (MLN-T), sobre o qual escreveu diversos livros e participou de vários documentários nacionais e internacionais. Junto com Mujica, outro dos fundadores do grupo, o novo ministro passou 13 anos na prisão durante a ditadura no país.
O futuro titular da Defesa é um dos maiores conhecedores de temas militares dentro da Frente Ampla, coalizão governista de esquerda. Em abril, por disciplina partidária, ele votou no Senado a favor de um projeto de lei que previa a anulação da Lei da Caducidade, que daria impunidade a militares que violaram os direitos humanos durante o regime militar. Como estava contra a posição da Frente Ampla, Huidobro acabou renunciando à cadeira que ocupava desde 2000. O projeto acabou não sendo aprovado no Congresso e a Lei da Caducidade continua em vigor.

Com informações do Opera Mundi e El País

Palestina: ONU pede para Israel derrubar barreira


Sete anos após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) concluir que a construção, por Israel, de uma barreira no território ocupado na Palestina era ilegal, um novo relatório das Nações Unidas reafirma a ilegalidade e pede que parte do muro seja derrubado.

“Só então comunidades palestinas cortadas pela barreira poderão ser capazes de exercer os seus direitos à liberdade de locomoção, trabalho, saúde, educação e desfrutar de um padrão de vida adequado”, afirma o relatório “Situação humanitária na Faixa de Gaza“.

Os palestinos são forçados a atravessar portões, abertos apenas em horários específicos, para acessar aos serviços de educação e saúde, ou mesmo para fazer suas compras. Membros de uma mesma família divididos pela barreira precisam pedir autorização para entrar em Jerusalém e fazer uma visita.

O relatório também destaca o impacto da barreira entre os agricultores palestinos. Muitos só podem acessar suas terras com licenças emitidas por Israel. “Esta política tem devastado a subsistência agrícola em toda a Cisjordânia”, afirma o documento.

Ao longo dos últimos cinco anos, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) tem publicado relatórios sobre os prejuízos da barreira no aniversário do parecer consultivo da CIJ, comemorado na última segunda-feira (11/07).

Fonte: Comitê de Campanha pelo Estado da Palestina Já!

“Nacionalização na Bolívia nos dignifica”, afirma Evo


   Redação CORREIO DO BRASIL, com agências internacionais - de Mocomoco, Bolívia

Evo foi o primeiro presidente socialista eleito após séculos de exploração por parte dos países capitalistas
Evo foi o primeiro presidente socialista eleito após séculos de exploração por parte dos países capitalistas
O presidente de Bolívia, Evo Morales, destacou nesta quarta que a nacionalização dos recursos naturais, desde 2006, permitiu dignificar a nação sul-americana. Em um ato no município de Mocomoco (altiplano de La Paz), onde inaugurou o sistema de eletrificação, Morales assinalou que, desde o início de sua gestão, o Estado recuperou milionários rendimentos pela exploração de petróleo, gás natural e minerais, entre outras matérias primas.
Durante a atividade, na qual entregou recursos a produtores agropecuários, o dignitário disse que se antes 82% dos ganhos oriundos da energia iam às transnacionais e às potências estrangeiras, desde maio de 2006 se consegue reverter essa situação e os rendimentos pertencem a setores historicamente marginalizados.
Morales assinalou que entre esses benefícios estão as ajudas econômicas que são distribuídas entre grávidas, estudantes e idosos, algo inédito na história nacional.
Recordou ainda que a Bolívia tem atualmente maior quantidade de reservas internacionais e seus governantes, graças à estabilidade e crescimento da economia, não têm que ir aos Estados Unidos ou à Europa para pedir dinheiro para pagar salários, como ocorria nos governos neoliberais.
O estadista anunciou novidades, como a implementação em vários municípios do programa Minha Água, com ênfase nas zonas rurais, para sistema de irrigação e acesso à água potável , o que permitirá segurança alimentar com soberania.
Na celebração de Mocomoco, o governador de La Paz, César Cocarico, ressaltou que a eletrificação chega agora a cerca de 20 comunidades dessa localidade da província Camacho, sobretudo as do altiplano e com maiores índices de pobreza.
Desde 2007, o governo de Evo Morales impulsiona um programa nacional de eletrificação denominado Eletricidade para Viver com Dignidade, com o qual se espera atingir a cobertura total em várias etapas.