quinta-feira, 31 de maio de 2007

Velho Raul Seixas!!!!

Maluco Beleza

Os governos...

Govender

Emir Sader

Governar já foi definido como “fazer estradas”. Mais recentemente, governar parece ser “vender”. Essa compreensão teve Woodrow Wilson quando afirmava, na véspera da decidir pela entrada dos EUA na primeira guerra, que a “democracia de empresa” deveria ser um instrumento para “estabelecer um novo padrão de comércio que resultasse atraente para os consumidores”. Desenhava-se o projeto de hegemonia estadunidense no mundo, casando a arte de governar com a arte de vender. Paralelamente se gestava o fordismo, com suas modalidades de produção em massa, homogenizando os gostos:

“Deixem que vossas mentes e vossa imaginação percorram o mundo inteiro e, inspirados pela idéia de que são americanos e estão destinados a levar a liberdade e a justiça e os princípios da humanidade onde quer que viajem, vão e vendam aqueles produtos que farão do mundo um lugar mais cômodo e mais feliz e convertê-lo aos princípios da América.”

Não poderia haver um enunciado mais típico da modalidade imperial estadunidense, juntando o chamado “destino manifesto” com a “sociedade do consumo”. Apoiava-se nisso também a visão dos EUA segundo a qual a democracia repousaria em hábitos comuns. Estender a democracia pelo mundo afora representaria estender os estilos estadunidenses de vida e de consumo, fazendo deles o modelo universal de “progresso”, de “bem estar”, de “tecnologia”.

Ao abordar a o triunfo da sociedade de consumo estadunidense sobre a civilização européia, a ensaísta Victoria de Grazia, em seu último livro, “O império irresistível”, fala da ascensão do novo império como o de um “grande empório”, característico do império do mercado. Cujas fronteiras só estão limitadas pela ambição insaciável das grandes corporações, cuja expansão promove a conversão de tantos lugares tão diversos ao estilo de vida estadunidense. Não havia apenas uma vocação imperial e opressora do ponto de vista econômico, político e militar, mas também no dos estilos de vida. “Eficiência”, “progresso”, “serviço” – passaram a ser o seu léxico fundamental.

A derrota do Japão - que incluiu duas bombas atômicas e a ocupação militar do país por vários anos – confirmou para os estadunidenses sua “vocação” universal, conquistando um aliado fundamental, originário de cultura absolutamente distinta da sua.

Uma convergência estratégica entre o produtor de cinema de Hollywood, o vendedor de automóveis e os agregados comerciais do Departamento de Estado ou do Departamento de Comércio dos EUA foi a base do projeto ideológico dos EUA. Liberdade passava a ser identificada com liberdade de consumo, privilegiando o mercado e o egoísmo como valores essenciais. O sistema de criação de estrelas de Hollywood, as marcas, a publicidade, o super-mercado e o shopping center – foram elos do novo modelo hegemônico. A visão de sua hegemonia como consenso dos consumidores passou a comandar o expansionismo estadunidense e fortalecer-lhe os motivos do destino manifesto. Para isso o cidadão teve que ser redefinido como consumidor, o Estado substituído pelo mercado, os direitos pela competição, a igualdade pelo sucesso.

O triunfo do campo ocidental na guera fria trouxe consigo a vitória de uma determinada concepção do mundo, a que considera a liberdade como a possibilidade de escolher entre estilos de vida diferentes. O consumidor passou a ocupar o lugar do cidadão, o governo passou a representar a arte de vender: vender uma imagem do governo, vender o país, vender ilusões.

Democratizar, em oposição, significa desmercantilizar, subtrair da esfera mercantil para incluir na esfera pública, universalizar direitos. Reconhecer direitos iguais para todos, promover os que têm menos possibilidade de acesso a eles, exatamente o contrário do mercado, da venda e da compra, do custo/benefício.


Rock Balboa, o pesadelo americano

Decadência do ex-garoto propaganda do imperialismo dos EUA transforma despedida do "Garanhão Italiano" num show deprimente

É chocante testemunhar nas telas a decadência, tanto física quanto artística, do canastrão Sylvester Stallone. O brutamontes, que outrora foi um dos mais orgulhosos garotos-propaganda das políticas imperialistas de extrema-direita dos EUA nos cinemas, transformou-se hoje em um sessentão perdido e esquecido até mesmo por aqueles cuja ideologia fascista ajudou a vender mundo afora com filmes execráveis como Rambo II e III ou Cobra.

Sem muitas opções para tentar recuperar o velho prestígio e os milhões de dólares que já deve ter torrado, resolveu ressuscitar o personagem do boxeador Rocky Balboa, que lhe rendeu um inacreditável Oscar de melhor filme em 1976 (para ver como devemos levar a sério esse tipo de premiação da indústria cinematográfica estadunidense), dividendos generosos e uma série com cinco filmes progressivamente piores.

Nessa suposta despedida do "Garanhão Italiano" (nunca diga nunca em Hollywood, que ninguém fique surpreso se amanhã aparecer um Rocky no Espaço), Stallone não tem muito o que fazer, exceto passar metade do filme repetindo o mote do bobo-bonzinho que deu o tom aos dois primeiros filmes da série. Isso antes de Rocky virar o "Rambo dos Ringues" na parte IV, no qual chega a desbancar, sempre enrolado na bandeira dos EUA, um monstruoso boxeador soviético - quanta gente até hoje tem ódio de comunistas e acredita no "sonho americano" (que para o próprio Stallone já virou pesadelo) por causa de filmes-panfletos ridículos como aquele?

Já na parte final, repete as manjadas seqüências de treinamento e da luta propriamente dita, agora contra o atual campeão mundial de boxe (30 anos mais jovem), interpretado por um sujeito franzino e sem graça que de peso-pesado não tem nada. De tão inverossímil, tudo acaba ficando até desfrutável. Ao menos a música do veterano Bill Conti continua empolgante, embora reciclada. Afinal, Stallone sabe como manipular sua platéia, injetando altas doses de sacarose (nas lamentações à esposa morta e no seu indefectível olhar de peixe-morto) e de frases feitas dignas do que existe de pior na literatura de auto-ajuda (principalmente no relacionamento entre pai e filho) que seriam intragáveis, não fosse a sua sinceridade macarrônica - o ator/diretor/roteirista realmente tem fé naquilo tudo, coitado!

Mas acima de qualquer outra coisa, impressiona e deprime a presença física do ator completamente deformado e inchado (provavelmente pelo excesso de anabolizantes ingeridos durante sua vida), o que acaba transformando "Rocky Balboa" num show triste e melancólico, de fim de carreira mesmo - no pior sentido que o termo possa significar. Chegou a me provocar lágrimas, confesso. Afinal, em tempos de adolescente alienação e ignorância, eu também torcia todo empolgado pela vitória dos Rambos e Rockys da vida em favor do "american way of life"... Felizmente, hoje em dia, essa ladainha não convence mais ninguém. Ou será que convence?

Sem dúvida, um triste fim que vai ficar ainda mais lamentável depois que o "astro" lançar o quarto capítulo da saga do Rambo que já está sendo filmando - outro personagem que ele vai ressuscitar, mas que teria ficado melhor morto e enterrado para o bem da humanidade.

André Lux, jornalista e crítico de cinema (http://tudo-em-cima.blogspot.com/)

Excelente para enxadristas...


Chessmaster sempre foi um excelente jogo de xadrex, consagrado pela centena de recursos que traz aliados a belos gráficos. Em sua décima edição as coisas ficaram melhor ainda, tanto no que diz respeito à jogabilidade, com dicas animadas para as jogadas, possibilidade de assistir a uma aula ou ensinar outras pessoas online, como no tocante aos gráficos, que agora trazem até partidas animadas, com peças que lutam em pleno tabuleiro.

Estilo: Games
Fabricante: Ionstorm
Tamanho: 200 Mb
Formato: Rar
Idioma: Inglês

RapidShare RapidShare

Elis Inesquecível!!!


Elis Regina
A Pimentinha está cada vez mais viva
O Blog amigo http://elisdiscografia.blogspot.com/ esta disponibilizando a discografia desta que é a maior de todas,não deixem de baixar os discos pois oportunidade como essa não aparece a todo instante.
A baixinha abusada, responsável por incendiar, ou melhor, apimentar, a música popular brasileira e cativar uma legião fiel de fãs, inclusive de novas gerações, hoje brilha em outro plano. Mas ainda é uma estrela. Essa mulher de mente afiada e propósitos firmes inscreveu sua voz na história da MPB. Vinte anos depois da sua morte, Elis Regina Carvalho Costa, a Elis Regina, ainda é referência para quem está começando e sucesso garantido nas emissoras de rádio. A toda hora CDs são relançados e suas músicas regravadas por companheiros e novos talentos, até estrangeiros, que também a têm como uma estrela guia. De índole explosiva foi muitas vezes denominada de arrogante e antipática. Mas Elis tinha sempre a resposta pronta para disparar às críticas. "Cara feia para mim é bode. Sou mais ardida que pimenta". Porém, Elis era polêmica somente fora dos palcos e da intimidade. As pessoas que conhecem a dona de uma técnica e sensibilidade vocal incomparável, seja como mito ou cidadã, não poupam elogios superlativos. "É impressionante o domínio que tinha com sua voz, sabendo explorar ao máximo todas as nuances de uma melodia, fosse singela ou complicada", comentou Gê Tock, músico de Tietê. "Admiro-a pela voz cortante feito lâmina, pelo extremo bom gosto de escolha de seu repertório e, principalmente, por lançar novos compositores", acrescentou o fã José Roberto Saccon, também de Tietê.A gaúcha de um metro e meio que desembarcou em São Paulo para se aperfeiçoar imortalizou inúmeras canções. Músicas compostas por uma geração, que atualmente é celebridade. A "Pimentinha", apelido carinhoso que ganhou de Vinícius de Moraes por causa de sua personalidade forte e efusiva, apresentou ao Brasil Tom Jobim, Milton Nascimento, Gilberto Gil, João Bosco, Ivan Lins, Joyce, Guilherme Arantes e Rita Lee. Compositores que buscavam através de letras contundentes os mesmo ideais de Elis: transformar seu canto em uma mensagem conscientizadora, crítica e ao mesmo tempo otimista. "Ela trouxe o que há de bom à música popular brasileira. Primeiramente nos presenteou com seu talento, um dom que recebeu das mãos de Deus. Trouxe garra, vontade de luta. Modernizou a música com sua arte de cantar bem todos os ritmos", defendeu Jair Rodrigues, cantor e amigo, que inclui "Arrastão" no repertório do seu próximo disco.
A hélice de Elis
Ao lado de Rodrigues, Elis viveu os primeiros impactos da fama. Em 1965, no mesmo ano que venceu o 1º Festival da Música Popular Brasileira, interpretando "Arrastão" (Vinícius de Moraes e Edu Lobo), conseguiu arrastar o Brasil ao som de sua bossa. No mesmo ano, a cantora estreou o programa "O Fino na Bossa", na Rede Record. Em parceria com Jair Rodrigues, Elis comandou o musical por dois anos. Com o companheiro ainda gravou "Dois na Bossa", uma coleção de três volumes. Depois de romperem os laços profissionais, ficou a amizade que agora se transformou em saudades. Jair Rodrigues se refere à Elis Regina, a jovem que em início de carreira o procurou para pedir um autógrafo, como mito, ainda, insubstituível. "Ela continua com o título de melhor cantora do país. Já pode ter nascido alguém melhor que Elis, mas ainda não apareceu. A "Pimentinha" adquiriu uma forma única de cantar, mesmo imitando, no início de carreira, Angela Maria e Dalva de Oliveira. Até ganhou o apelido de Hélice, por causa do jeito que girava os braços ao interpretar", comentou Rodrigues acrescentando que o estilo inovador da cantora só deu certo por ser sincero. "Nada nela era falso. Só 'Falso Brilhante'", brincou.
Apesar de apontar talentos próximos ao de Elis, como Clara Nunes, Gal Costa, Alcione e Luciana Mello, Jair Rodrigues discorda do título de melhor cantora, atribuído a Cássia Eller, no final do ano passado. "Ela tinha todas as ferramentas para chegar lá, mas tinha muito que aprender", afirmou. O cantor, que recentemente teve seu maior sucesso, "Deixa que Digam", considerado o primeiro rap brasileiro, também criticou a vulnerabilidade mercadológica da música popular brasileira contemporânea. "Hoje todo mundo quer virar cantor. As pessoas saem do 'Big Brother' e 'Casa dos Artistas", dizendo que já têm contrato com gravadora e que vai lançar um disco. Gravar um disco não é brincadeira", opinou. Como cantaria Elis, "porque está cada vez mais down o high society".
Copiado de:Feijão Tropeiro

Só coisa boa...

Sites para baixar música brasileira



Nos sites abaixo vc encontrará discos completos de música brasileira para download gratuito, em alguns há música de outras partes do mundo misturado junto.

Se prepare, pois em cada site há uma seleção de discos melhor que a outra: com os principais nomes, compositores e bandas do Brasil, clássicos da música brazuca, compositores novos, música independente, albuns raros, LPs antigos, vinis digitalizados… enfim, muito de tudo quanto é tipo e fonte de música boa. Faça bom proveito:


Copiado de: VirgulaImagem

XP-atualizado

Windows XP SP2 ( Abril2007- Novos Links)

Este Windows XP em português BR é FULL, ou seja, nenhuma parte funcional do Windows foi removido para rodar mais rápido ou consumir menos CPU, é igual ao do CD da Microsoft...
Só que também inclui todos os upgrades e atualizações até ABRIL/2007, e todos os programas adicionais estão nas últimas versões [Abril de 2007].
Como tem gente que gosta de ter opção, na pasta EXTRAS foram incluídos o IE7 e o WMP11 para instalação posterior [para os que acham isso bom] e os Anti-Virus Avast Pro e NOD32 para poderem ter opção de escolha do AV.

Ele inclui também os seguintes programas instalados automaticamente:
Atualizações do Windows até Abril de 2007
Pacote com mais de 200 Drivers para CPU e periféricos
Pacotes Microsoft DOTNET 1.1, 2.0 e 3.0
Pacote Sun JAVA 6.0 Update 1
Microsoft Office Lite 2003 em português
WinRAR 3.6.2 em português
Foxit 2.0 Pro PDF Reader em português
EditPad Lite 6.0 em português
Pacote de otimizações para o Windows e internet
Incluído também três temas mais modernos - Essence, RoyalMod e Destiny

  • Programas na pasta EXTRAS:
Internet Explorer 7.0 BR
Windows Media Player 11 BR
Avast Anti-Virus PRO 4.7.986 BR
NOD32 v2.51.26 BR

  • Ítens removidos:
MSN Explorer
Windows Messenger
Netmeeting
Todos os teclados menos ABNT, ABNT2 & US INT'L
Todos os idiomas menos Português e Inglês

  • Observação:
O Pacote Anti-WGA nào precisa ser instalado nesta versão, pois o serial ouro utilizado é visto como ORIGINAL e permite fazer quaisquer atualizações no site da Microsoft. Você pode até baixar mais de um arquivo por vez!
  • Depois de muitas choradeiras que os links não estavam ok, agora você baixa com calma, 15 arquivos de 48MB, depois é só descompactar com o Winrar
  • Tam.:698Mb
Links do Programa
Copiado de: BaixeBr

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Windows XP-Dicas

Validando o Windows XP


Image Hosted by ImageShack.us

Se você não consegue atualizar o Microsoft Windows XP Profissional, ou está com uma notificação de que o Windows é falso, siga o seguinte tutorial para validação, essa é infalivel.

1. Vá em Iniciar > Executar

2. Digite regedit e clique em OK.

3. Já dentro do regedit, navegue até a chave:
HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\WindowsNT\Cu rrentVersion\WPAEvents

4. No painel à direita, clique duas vezes em OOBETimer

5. Na janela que foi aberta, apague qualquer valor e clique em OK. Feche o regedit

6. Vá novamente em Iniciar > Executar e dessa vez digite:
%systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a

7. Na janela que foi aberta, escolha a opção Sim, desejo telefonar...

8. Na próxima etapa, clique no botão Alterar chave de produto.

9. Na etapa seguinte, digite a CD-Key:

THMPV-77D6F-94376-8HGKG-VRDRQ
ou
Q6TD9-9FMQ3-FRVF4-VPF7Y-38JV3

e clique no botão Atualizar

10. Após clicar no botão Atualizar, o assistente para ativação voltará para a janela anterior, então, clique em Lembrar mais tarde e reinicie o Windows.

11. Reiniciado o Windows vá novamente em Iniciar > Executar e digite:
%systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a

12. Aparecerá a seguinte mensagem:

Ativação do Windows
O Windows já está ativado. Clique em OK para sair.:D

Depois de seguir os passos acima, voçê poderá efetuar atualizações, instalar os novos:

Windows XP Service Pack 2
Windows Media Player 11 Português e Internet Explorer 7 Português.


OBS: O tutorial acima está disponivél em muitos sites da Internet, de forma alguma incentivo a pirataria, apenas coloco matérial que servirá de aprendizado para estudantes e pessoas em cursos de informática, que a grande maioria infelizmente não podem comprar Windows XP original.:irked:

Copiado de: my opera.com

Conversor muito útil...

WinAVI Video Converter é uma solução completa para conversão de arquivos de vídeo e gravação. Suporta conversões de AVI para DVD, VCD, MPEG e WMV; DVD para AVI; e todos os formatos de vídeo para AVI, WMV e RM.

WinAVI Video Converter também suporta a gravação de VCD, SVCD e DVD.

Estilo: Conversores de Vídeo
Fabricante: ZJMedia Computing
Tamanho: 4.50 Mb
Formato: Rar
Idioma: Inglês

Easy-Share MegaUpload RapidShare

Tenores di Bitti "Mialinu Pira" in San Paolo (Brazil) 4

Amigos de Bourdoukan

Convido-os a apreciarem a música árabe-andaluz do século X (Lama Bada Ya Ta sanna). O cantor e alaudista é meu sobrinho Sami Bordokan. Canta acompanhado pelo conjunto os Tenores di Bitti "Mialinu Pira” ( Sardenha, Itália).


Como Israel se tornou um País:a verdade!

Duração: 08:28Filmado no: 05 Dezembro 2006Local: Brasil
Video como Israel se tornou um "País"
Video que mostra como os sionistas fundaram um estado roubando o lar do povo Palestino.
Mostra imagens da imigração em massa dos judeus para Palestina.
Mostra os judeus se armando e treinando guerrilheiros.
Mostra a ofensiva israelense contra o povo palestino, inclusive atos terroristas dos grupos israelenses, pois eles começaram a usar essa técnica.
Mostra massacres de pessoas de origem palestina realizados por terroristas israelenses.
Mostra o congresso sionista e o estabelecimento do Estado de Israel no Território da Palestina, realiazado com aval da Onu, sob um grande lobby Americano.
Mostra os atuais assassinos(soldados judeus) matando e ferindo civis palestinos, inclusive crianças.
Mostra os judeus apoiando as ações militares de seu estado terrorista, inclusive mostra o ódio que existe dentro do povo judeu.
Mostra a violência sofrida pelos palestinos, causada por soldados judeus.
Mostra jornalistas sendo agredidos pelo povo judeu ao tentarem mostrar a verdadeira face dos fatos.
Mostra um soldado judeu batendo em uma criança palestina, como se não bastasse eles são covardes.
Enfim um estado forjado pela violência como Israel deve perecer, esses genocidas tem que serem punidos pelos seus crimes, liberdade para PALESTINA.
E o estado de Israel arda em chamas.




Raridade...

Genesis – Archive - Volume 1: 1967-1975




















Os dois primeiros discos são o registro ao vivo do disco The Lamb Lies Down On Broadway. Nem acho o melhor trabalho deles, mas tem "The Carpet Crawlers", "In The Cage" e muitas outras músicas memoráveis.

Mas o melhor está nos outros dois discos. O terceiro é uma espécie de best of ao vivo, incluindo metade do excelente Selling England By The Pound, que tinha ficado de fora do ao vivo oficial da fase Gabriel.

Já o quarto traz faixas bônus e out takes, muitos deles do início de carreira da banda. Entre outras curiosidades, a faixa "She Is Beautifull", cuja letra bobinha sobre uma modelo seria trocada por uma bem mais densa e se tornaria "The Serpent", uma das melhores músicas do disco de estréia da banda.

Pelo conjunto da obra, esta seleção atende tanto aos fãs quando a quem deseja um primeiro contato com o trabalho do grupo.

Pena que tudo desaguou em "Invisible Touch"...

DISCO 1

1. The Lamb Lies Down On Broadway
2. Fly On A Windshield
3. Broadway Melody of 1974
4. Cuckoo Cocoon
5. In The Cage
6. The Grand Parade of Lifeless Packaging
7. Back In N.Y.C.
8. Hairless Heart
9. Counting Out Time
10. The Carpet Crawlers
11. The Chamber Of 32 Doors

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DISCO 2

1. Lillywhite Lilith
2. The Waiting Room
3. Anyway
4. The Supernatural Anesthetist
5. The Lamia
6. Silent Sorrow In Empty Boats
7. The Colony Of Slippermen
8. Ravine
9. The Light Lies Down On Broadway
10. Riding The Scree
11. In The Rapids
12. IT

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DISCO 3

1. Dancing With The Moonlit Knight
2. Firth Of Fifth
3. More Fool Me
4. Suppers Ready
5. I Know What I Like (In Your Wardrobe)
6. Stagnation
7. Twilight Alehouse
8. Happy The Man
9. Watcher Of The Skies

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DISCO 4

1. In The Wilderness
2. Shepherd
3. Pacidy
4. Let Us Now Make Love
5. Going Out To Get You
6. Dusk
7. Build Me A Mountain
8. Image Blown Out
9. One Day
10. Where The Sour Turns To Sweet
11. In The Beginning
12. The Magic Of Time
13. Hey!
14. Hidden In The World Of Dawn
15. Sea Bee
16. The Mystery Of The Flannan Isle Lighthouse
17. Hair On The Arms And Legs
18. She Is Beautiful
19. Try A Little Sadness
20. Particia

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copiado de:Caverna do Som

terça-feira, 29 de maio de 2007

A Europa conservadora

A Europa conservadora

Emir Sader

O triunfo – mesmo que apertado – da direita nas eleições municipais espanholas confirma a tendência geral na Europa de alinhar-se à direita, somando-se à tendência predominante, entre outros países, na Inglaterra, na Alemanha, na França, em Portugal, na Suécia e na própria Itália. Aqui, uma coalizão muito ampla conseguiu arrebatar o governo a Berlusconi por muito poucos votos, mas pode-se dizer que a metade dos italianos vota por Berlusconi e uma parte não desprezivel dos que votaram contra ele podem ser catalogados como conservadores.

Na Espanha, Aznar teria eleito seu sucessor nas eleições presidenciais anteriores, não fosse sua empáfia de querer atribuir ao ETA os atentados de dois dias antes do fechamento da campanha eleitoral, o que levou a um movimento de opinião que permitiu que o PSOE - que havia estado atrás do PP durante toda a campanha eleitoral - supreendentemente triunfasse.

Zapatero tratou de consolidar aquela maioria ocasional, com iniciativas relativamente audaciosas, como a retirada das tropas espanholas do Iraque, certa limitação do financiamento das escolas religiosas, o reconhecimento do casamento dos homosexuais, avanços nos processos de autonomia – especialmente na Catalunha –, uma reivindicação dos combatentes republicanos contra a versão franquista e a tentativa – frustrada pelos novos atentados do ETA – de pacificação com este movimento basco. Agora, o PP retoma sua maioria, ainda que por pequena margem, colocando dúvidas sobre a continuidade do governo socialista nas próximas eleições presidenciais.

O fenômeno do voto de direita na Europa reflete uma tendência de fundo: nunca o continente viveu tão bem em seus níveis médios de vida, nunca esteve tão distanciado – nesse plano, mas também em interesses – dos países da periferia capitalista. A era neoliberal viu praticamente a totalidade dos governos europeus aderir ao novo modelo, somar-se à aliança com os EUA contra a periferia capitalista e unificar-se com um modelo adequado à nova hegemonia. Momento decisivo na virada foi a mudança radical de política de François Mitterrand, em 1983, depois de ter assumido como primeiro-ministro um ano antes e começado a colocar em prática a tradicional política da esquerda francesa de maior regulação estatal, nacionalização de empresas, extensão dos direitos sociais, solidariedade com a periferia capitalista.

Essa virada, somando-se às políticas que Thatcher e Reagan lideravam, representou uma ruptura total com os interesses dos países periféricos – aderindo aos globalizadores contra os globalizados -, iniciando o processo de adesão ao novo modelo por parte da social-democracia, seguido imediatamente por Felipe Gonzalez e o PSOE na Espanha.

Este novo modelo, por sua vez, aprofundou as tendências estruturais à guinada direitista da Europa, começando pela passagem do pleno emprego a taxas altíssimas de desemprego estrutural – de dois dígitos, fenômeno que encerrava os chamados “trinta anos gloriosos”, iniciados no segundo pós-guerra, que incluíam o pleno emprego. Isto, somado à chegada maciça de mão-de-obra estrangeira, ao enfraquecimento correspondente do movimento sindical e da esquerda – pelo debilitamento dos partidos comunistas, gerou as condições sociais para uma recomposição à direita da opinião pública européia.

A unificação continental não representou independência em relação aos EUA, com o eixo Londres-Washington significando uma presença norte-americana na Europa, assim como o apoio de governos conservadores no continente. Os problemas que desafiam a tranqüilidade dos europeus vêm da periferia: os imigrantes – absolutamente necessários para eles, mas que colocam dilemas ideológicos, sociais e econômicos – e atentados – reais ou temidos.

Os novos movimentos, surgidos no bojo dos foros sociais mundiais tiveram seu auge nas mobilizações contra a guerra do Iraque - as maiores que a Europa havia conhecido. No entanto, a própria concepção dominante – espontaneísta - levou a que não tivessem continuidade, fenômeno que afeta também a principal organização social do novo período – Attac – que não encontou sua expressão no plano político. A desconexão entre as mobilizações sociais – incluindo o não francês no plebiscito pela nova Constituição – e suas expressões políticas termina contribuindo para que a direita possa se impor com mais facilidade diante de uma esquerda tradicional excessivamente moderada e distante dos novos movimentos sociais e de uma extrema esquerda envelhecida e fragmentada.

Ainda a RCTV...

Mídia chora pela RTCV venezuelana
Altamiro Borges*
Os “donos da mídia” no Brasil estão desconsolados com a decisão do governo venezuelano de não renovar a concessão pública da emissora Rádio Caracas de Televisão (RCTV), que se encerra em 27 de maio. Na semana passada, durante a II Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), que congregam os magnatas da mídia brasileira, lançaram um documento criticando “a interferência do Estado no livre fluxo de informações e opiniões”, citando explicitamente os governos da Venezuela e de Cuba – e também dando um recado velado ao presidente Lula, que acaba de bancar a proposta da criação da TV pública nacional.
Nas emissoras de televisão, em especial na TV Globo, a medida do governo Hugo Chávez é sempre taxada de “autoritária”. Em vários editorais e artigos da imprensa, ela é adjetivada como “censura”, “ato ditatorial” e “um atentado à liberdade de expressão”. Segundo revelou o jornal direitista Zero Hora, a ABERT inclusive contratou artistas brasileiros para aparecerem nas redes privadas venezuelanas criticando a ação soberana do governo daquele país. “Convidados pela ABERT, os atores gravarão depoimentos em que protestam contra a ameaça de fechamento da RTCV pelo governo de Hugo Chávez. Ao fechar a rede, Chávez, que já flerta com o autoritarismo, desferirá um golpe contundente contra a imprensa”, choraminga o periódico gaúcho.
SONEGAÇÃO, PROSTITUIÇÃO E FRAUDES
No seu luto de autopreservação, a mídia hegemônica brasileira difunde versões das mais falsas e cínicas. A RCTV, que é hoje o principal “partido golpista da direita” da Venezuela, é apresentada como uma televisão neutra. “É uma emissora que há 53 anos transmite informações e entretenimento ao povo”, despista Daniel Slaviero, presidente da ABERT, tentando limpar a barra de sua irmã. De forma hipócrita, os mesmos patrões que demitem e perseguem jornalistas no Brasil – como ocorreu há poucos dias na TV Globo – lamentam que “o fechamento da emissora acarretará a demissão de três mil funcionários”, o que não é automático, já que estes postos de trabalho foram garantidos na nova emissora pública que irá ao ar logo em 28 de maio.
Além de nada falar sobre sua postura golpista, a mídia nativa também esconde outras graves irregularidades da RCTV. Fundada em 15 de novembro de 1953, esta emissora, que foi a primeira a ter programas ao vivo, a transmitir em cores, a produzir telenovelas e a introduzir os deprimentes “reality shows”, e que pertence ao poderoso Grupo 1BC, já enfrentou vários processos. Em 2004, ela foi condenada pelo Juizado Superior de Tributos por sonegar quase um milhão de dólares de impostos. O Instituto Venezuelano de Seguros Sociais também denuncia a emissora por reter 224 milhões de bolivares de seus funcionários. Em maio de 2006, o Tribunal Superior de Justiça proibiu a transmissão de serviços de prostituição e de pornografia na RCTV.
“NÃO HÁ CENSURA DE NENHUMA ESPÉCIE”
Outra mentira muito divulgada é que há um processo de regressão autoritária na Venezuela. Fala-se até em censura e “prisão de jornalistas”. Esta manipulação grotesca é negada pela jornalista Elaine Tavares. “Quem já esteve na Venezuela sabe muito bem: a liberdade de opinião é tudo o que há. Nas rádios e emissoras de televisão comerciais, o presidente Hugo Chávez é xingado, humilhado, destratado e desmoralizado. As palavras usadas pelos jornalistas são de uma violência sem par… Não há censura de nenhuma espécie. É um negócio inimaginável em qualquer outro país do mundo. Se isso acontecesse nos EUA, por exemplo, duvido que os jornalistas não fossem presos ou banidos. Pois na Venezuela, eles estão livres para falar.”
Ela revela que 78% das estações de TV do país estão nas mãos do setor privado. “Seis grupos tomam conta de quase tudo o que o venezuelano vê e ouve, e isso mesmo depois da promulgação da nova lei que regula os meios de comunicação, buscando mais participação comunitária. Os mais poderosos são os da RCTV e o da Venevisión. Juntos, controlam 85% das verbas publicitárias e têm 66% do poder de transmissão.” Desde sua fundação, a RCTV esteve ligada aos interesses dos EUA e ela hoje tem entre os seus acionistas a Coral Pictures, de Miami. Isto explica por que 67% da programação é estrangeira. “Os programas de auditório, as telenovelas e outras produções representam a Venezuela branca e rica. A massa de trabalhadores indígenas e negros só aparece em programas policiais. Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência.”
RABO PRESO DOS GOLPISTAS
Na verdade, o que a mídia hegemônica brasileira procura ocultar, talvez por ter o rabo preso, é que a RCTV é atualmente o principal “partido da direita” na Venezuela. Enquanto outras redes privadas até abrandaram a sua postura golpista, temendo a revolta popular ou por simples oportunismo, a RCTV nunca recuou um milímetro. Ela participou freneticamente da frustrada tentativa golpista em abril de 2002; usou a concessão pública para convocar o locaute petroleiro do final de 2002, que minou a economia do país; fez campanha ostensiva pela revogação do mandato do presidente Hugo Chávez no plebiscito de agosto de 2004; e ainda hoje utiliza seus telejornais, seus programas de humorismo e até suas novelas para desestabilizar o governo.
Para refrescar a memória da mídia brasileira, vale reproduzir trechos da excelente reportagem de Maurice Lemoine no Le Monde Diplomatique. Intitulada “Laboratórios da mentira”, ela se inicia com a escandalosa declaração de um militar golpista, o vice-almirante Victor Ramires – “tivemos uma arma de importância capital: a mídia. Aproveito para felicitá-la por isso” – e revela todo o envolvimento da RCTV e de outras emissoras no golpe de 12 de abril de 2002. Vamos à longa e elucidativa reprise desta histórica reportagem:
“Desde sua chegada ao poder em 98, os cinco principais canais de televisão privados – Venevisión, RCTV, Globovision, Televen e CMT – e nove dos dez grandes jornais nacionais substituíram os partidos políticos tradicionais, relegados ao vazio pelas vitórias do presidente. Com o monopólio absoluto da informação, eles apóiam todas as ações da oposição, divulgando apenas muito raramente declarações governamentais, não falando jamais da ampla maioria que, no entanto, fora confirmada nas urnas. Desde sempre, eles falam dos bairros populares como ‘zona vermelha’ povoada de ‘classes perigosas’, de ‘ignorantes’, de ‘delinqüentes’ e, achando-os talvez pouco fotogênicos, ignoram com desdém os líderes populares e suas organizações.”
MULTIDÕES APEDREJAM A RCTV
“Em 11 de abril, uma série vertiginosa de coletivas de imprensa de militares e de civis pedindo a renúncia do presidente pontua a batalha da mídia. A RCTV conclama a oposição a marchar sobre o Miraflores. Durante esse tempo, os conspiradores reuniam-se na sede da Venevisión. Permaneciam ali até as duas horas da manhã para preparar a ‘seqüência dos acontecimentos’, em companhia de Rafael Poleo, proprietário do jornal El Nuevo País, e de Gustavo Cisneiros, homem-chave do golpe de Estado [dono da Venevisión e de um império da mídia presente em 39 países]. Naquela noite, o secretário de Estado norte-americano para Assuntos Interamericanos, Otto Reich, admitiria ter ‘falado duas ou três vezes’ com Cisneiros.”
Logo após o golpe, “na embriagues da revanche, abateu-se a repressão. A RCTV lança ‘caçadas humanas’, publicando uma lista de personalidades mais procuradas e retransmitindo ao vivo, no ritmo ofegante dos programas norte-americanos, as perseguições mais brutais. No dia 13 de abril, rebenta a onda avassaladora dos partidários de Chávez e os oficiais leais retomam o controle da situação. À liberdade de informação tão intensamente reivindicada sucedeu a lei do silêncio. Filmes de ação, receitas de culinária, telenovelas, desenhos animados e jogos de beisebol passaram a ocupar a telinha da RCTV. No final da tarde, multidões se aglomeram diante da RTCV, atirando pedras e obrigando os jornalistas a divulgarem uma mensagem exigindo o retorno do ‘seu’ presidente”. O golpe midiático havia sido derrotado pelo povo nas ruas!
“CONSPIRAÇÃO INTERNACIONAL”
Como se observa, não dá para vacilar diante da RCTV. Mas a não-renovação de sua concessão está sendo usada pela direita venezuelana, com apoio ostensivo de ONGs financiadas pelos EUA, como a Repórteres Sem Fronteira, para criar novamente o clima de histeria golpista. “Está se montando toda uma conspiração internacional contra o governo para que ocorram ações desestabilizadoras. Agudizam-se de novo as contradições na Venezuela e o imperialismo está atuando”, alerta Gabriel Gil, dirigente da televisão comunitária Catia TV, que ganhou renome mundial por sua corajosa ação contra o golpe de abril de 2002. Só os ingênuos não percebem que os “donos da mídia” no Brasil fazem parte desta conspiração mundial!
Preocupado, Gil pede a solidariedade internacionalista ao abaixo-assinado elaborado pela mídia comunitária e pelos movimentos sociais: “O espectro radioelétrico é um bem de domínio e de interesse público. Mas, ao largo da história da maioria de nossos países, ele tem sido ocupado por empresas privadas, pertencentes a grupos oligárquicos e transnacionais – é o latifúndio do espectro radioelétrico. A democratização da mídia não é uma necessidade somente da Venezuela, é uma necessidade internacional. Respaldamos a medida de não renovar a concessão da RCTV e de democratizar o espaço que ela ocupava, que agora ficará nas mãos da sociedade, através das organizações sociais. A liberdade de expressão não se confunde com a liberdade de empresa e, como a comunicação é um direito humano, ela não pode ficar sob domínio do mercado”.
* Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “Venezuela: Originalidade e ousadia” (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição).

Curso de Hacker




FARC-EP

Comunicado do 43º Aniversário das FARC-EP

Em 1964, há 43 anos, o Governo conservador de Guillermo Leon Valencia lançou 16.000 soldados em sua “ofensiva final” contra 42 camponeses do Sul de Tolima, prometendo a pronta liquidação da que chamaram no parlamento “República Independente de Marquetalia”.

Nem ele, nem os gingos que dirigiram essa operação militar contra o povo enfeitada com o nome de “Plan Laso”, se notificaram do contra producente de sua decisão em um país como o nosso, onde a dignidade e a rebelia contra a injustiça correm no nosso sangue desde sempre. Preferiram a aventura de uma guerra de extermínio a uma solução das reivindicações econômicas, sociais e política questionadas pela população da região.

43 anos depois, o confronto militar gerado por essa agressão abarca a totalidade do território nacional, ao passo que os abismos sociais que se denunciavam cresciam e que a opulência imperial dos Estados Unidos da América do Norte oprime com maior violência aos povos cujos governos não tiveram dignidade para fazer respeitar nem sua soberania, nem seus interesses, nem sua bandeira como ocorre especialmente com este de Álvaro Uribe.

Como se não bastasse, o paramilitarismo criado muitos anos antes não para enfrentar a guerrilha revolucionária, mas para fazer a guerra suja da oligarquia contra o povo, continua desenvolvendo sua atividade criminal, acobertado pelo Estado e os diferentes governos, e convertido em um projeto político que lidera Álvaro Uribe.

Como a ofensiva antipopular não se detém em nenhum terreno, para estes dias foi incrementado com a aprovação no Congresso do Plano de Desenvolvimento uribista que aponta a estratégia neoliberal e intensifica a privação do patrimônio público, com o recorte das regalias às regiões e com um TLC que apenas beneficia aos gringos e a uns poucos ricos do país.

Em meio a tal situação, 43 anos depois de nos estabelecermos como organização revolucionária realizamos nossa Nona Conferência “pela Nova Colômbia, a Pátria Grande e o Socialismo” que convoca aos colombianos a lutar por um novo governo capaz de reconciliar a família colombiana, de fortalecer a unidade Latino Americana e Caribenha no espírito bolivariano da Pátria Grande com a qual sonhou o Libertador e com o objetivo estratégico de construir o Socialismo nesta parte do mundo, conforme nossa realidade, idiossincrasias e história e colocarmos a nós como pólo de referência mundial.

Apesar da manipulação da grande imprensa, foi possível ao governo estancar o crescimento das FARC. Lutamos e continuamos crescendo em meio ao apoio popular, porque um Estado paramilitar e mafioso de características fascistas como o de Uribe, além da violência social e econômica que arrasta, de perseguir, assassinar, torturar, desaparecer, continua fechando as opções legais al qualificar como terroristas seus opositores.

Propomos à plataforma bolivariana pela nova Colômbia, como espaço de convergência e unidade de todos aqueles que buscamos a independência e a democracia. E como o fizemos há 43 anos, reafirmamos nossa convicção sobre uma solução política à problemática nacional, assim como também a plena disposição que mantemos para concretizar o mais rápido possível um Exército de Prisioneiros de Guerra, para que se torna necessário um encontro como governo nacional, com os municípios de Pradera e Florida no Vale do Cauca, desmilitarizado.

As lutas do povo colombiano pela soberania, contra as injustiças e pelo bem-estar geral crescem ao mesmo tempo em que aumentam as evidências da corrupção que invadem o governo Uribe e o Estado e seus profundos nexos com o paramilitarismo se Uribe não tem a ética de renunciar para esclarecer seu retorno paramilitar e a origem fraudulenta de boa parte de sua votação e pelo contrário, valendo-se de todos os recursos oficiais para ocultá-lo, temos que exigir com a ampliação e intensificação da luta popular.

Porque assim e somente assim, esta oligarquia compreenderá que a Colômbia não requer a paz dos sepulcros mas reclama um horizonte de paz nascido do exército pleno de sua soberania, da democracia e da justiça social.

Pela Nova Colômbia, a Pátria Grande e o Socialismo!
Secretariado do Estado Maior Central FARC-EP

Montanhas da Colômbia, 25 de maio de 2007.

Bush - o belicoso

Os mercenários de Bush no Iraq

Altamiro Borges *

O jornal Folha de S.Paulo publicou neste domingo uma aterrorizante reportagem do seu correspondente em Washington, Sérgio Dávila, sobre os mercenários dos EUA que atuam na carnificina do Iraque. "Há hoje entre 100 mil e 130 mil ‘soldados privados’, termo preferido pelas companhias que os empregam, em ação na guerra, a maioria em atividades ligadas à segurança e à defesa. O total é quase o equivalente aos 145 mil soldados norte-americanos atualmente no país. Estima-se que US$ 0,40 de cada dólar destinado ao Iraque pelo contribuinte americano pare nas mãos de uma empresa de segurança privada", relata.

A criminosa atuação destes grupos para-militares só ganhou destaque na mídia em decorrência da vitória do Partido Democrata nas eleições legislativas do final de 2006. Desde o início deste ano, a Câmara dos Representantes, agora sob o controle da oposição, investiga a sinistra atividade das empresas de segurança privada. "Nas audiências, um dos nomes mais ouvidos é o da companhia Blackwater. Desconhecida do grande público até 2004, a companhia criada pelo ex-militar e religioso conservador Erik Prince surgiu no noticiário ao ter quatro contratados carbonizados por insurgentes em Fallujah, em março daquele ano".

Vínculos com a família Bush

Numa convenção militar na Califórnia, em 2006, Erik Prince se jactou pelos serviços prestados por sua empresa, batizando-a de "Fedex dos Exércitos". "Quando você tem presa, não usa o correio normal, mas o Fedex. Nossa meta é ser o equivalente para o aparato de segurança nacional". A companhia tem sólidos vínculos com a família Bush. Segundo o Wall Street Journal, foi uma das maiores doadoras da campanha presidencial de George W. Bus e atualmente tem perto de US$ 800 milhões em contratos com o governo. Outra empresa de segurança, a USIS, subsidiária da Carlyle Group, já teve Bush-pai na sua diretoria.

Segundo Sérgio Dávila, estes assassinos profissionais agem totalmente sem regras. "Diferentemente dos soldados, que respondem ao código de conduta do Pentágono, os ‘privados’ se encontram numa zona juridicamente cinzenta. Até 2007, eram regulados pela Ordem 17, assinada por Paul Bremer em junho de 2004, uma semana antes de deixar o comando provisório do Iraque. Pela disposição, nunca revogada, ‘os privados devem ser imunes ao processo legal iraquiano em relação às ações realizadas por eles enquanto a serviço de empresas’... Com quatro anos de guerra, só dois mercenários em ação no Iraque foram levados à Justiça dos EUA, um condenado por matar um civil e outro por ter pornografia infantil no computador".

A "terceirização" da violência

O inusitado destaque da mídia hegemônica mundial e nacional para a ação criminosa das firmas privadas de segurança só confirma o desastre da invasão imperialista no Iraque - já comparado ao fiasco no Vietnã - e o desgaste do presidente-terrorista George W. Bush. Há muito que jornalistas independentes e meios alternativos de comunicação já denunciavam a "terceirização da violência", envolvendo uma "indústria da morte" que movimenta mais de US$ 100 bilhões. No excelente "dossiê dos mercenários", publicado pelo jornal Le Monde Diplomatique de novembro de 2004, o jornalista Philippe Leymarie deu detalhes da ação desta "nova geração de cães de guerra", numa alusão do título do bestseller de Frederick Forsyth.

Após citar o escândalo do envolvimento de Mark Thatcher, filho da ex-dama de ferro da Inglaterra, com um grupo mercenário no Zimbábue, em março de 2004, a reportagem concluía que estes bandos estavam mais ativos do que nunca. No passado, foram "manipulados por serviços de inteligência e multinacionais" e ficaram conhecidos pela "imagem de selvageria e rapina". Já hoje, eles são mais profissionais e servem diretamente às ambições imperialistas. "Passou-se de um mercenarismo ‘romântico’, com predominância ideológica, para um mercenarismo empresarial, com motivação financeira, que oferece amplo leque de ‘serviços’, desde o aconselhamento até a vigilância de minas e de poços de petróleo e ações de guerra".

"Cães de guerra corporativos"

Outra reportagem elucidativa sobre a ação destas "empresas de segurança" foi publicada na revista Carta Capital, em julho de 2003. Assinada por Walter Fanganiello e intitulada "os cães de guerra corporativos", ela denunciava que "essas multinacionais contam nos seus quadros com generais reformados, plenos de experiências adquiridas em diversos campos de batalha e carregados de medalhas por bravura. Essas sociedades comerciais são chamadas de Private Military Companies (PMC). Não fossem as formalidades e as cláusulas dos contratos sociais de constituição - que as colocam na legalidade como pessoas jurídicas -, elas poderiam ser confundidas e passar por associações hierarquizadas de mercenários".

"As PMC são muito requisitadas pelos grupos econômicos que exploram, pelo Terceiro Mundo, rendosas atividades extrativas. Os mencionados grupos sentem a necessidade de proteger a posse de áreas e os seus prepostos". Entre outros casos de empresas de violentos mercenários, o autor cita a Military Professional Resources Inc (MPRI), que treinou e monitorou os bandos armados de separatistas da ex-Iugoslávia e que atua até hoje no combate à guerrilha na Colômbia. No final, o jornalista ainda alerta: "Muitas dessas PMC ambicionam prestar serviços nos morros do Rio de Janeiro, na Tríplice Fronteira e na região amazônica".

"Máquina de destruição e morte"

Por último, vale citar a recente reportagem de Juan Carlos Guerrero, da agência Prensa Latina, que trata especificamente da ação destas gangues no Iraque. Com base em dados do próprio governo fantoche deste país, ele informa que já existem 236 companhias de segurança privada, estrangeiras e iraquianas, atuando nesta devastada nação. "Destas, cerca de 200 são consideradas ilegais, por carecerem de registro e terem ‘funções’ desconhecidas. A maioria está implicada em ações terroristas que são colocadas na conta da resistência iraquiana". Os mercenários são contratados em várias partes do mundo - inclusive no Brasil.

"Não importa sua origem; são mais de 100 mil homens bem adestrados no ofício de matar por dinheiro... Suas obrigações laborais estão focadas na seguridade pessoal de políticos iraquianos e estadunidenses e de homens de negocio e na segurança de instalações petroleiras e militares. Muitos destes serviços, de que pouco se fala, estão ligados à construção de bases, interrogatórios e combates diretos. Eles são acusados de intervir em operações secretas dos organismos de inteligência dos EUA e em outros trabalhos sujos destinados a promover o terror, o medo, as diferenças religiosas e, inclusive, a organização de esquadrões da morte para semear o caos... São elementos especializados nas tenebrosas artes da subversão".

"Um negócio vantajoso"

O uso destes "serviços" cresceu a partir das dificuldades encontradas pelos militares dos EUA no Iraque. O número de mercenários quadruplicou em quatro anos, pulando de 48 mil ‘soldados privados’, em 2003, para mais de 100 mil nos dias atuais, segundo dados da própria Oficina Geral de Contabilidade (GAO). A utilização destes grupos serve ainda para reduzir as estatísticas oficiais de baixas desde a invasão do país em março de 2003. O Departamento do Trabalho dos EUA estima que mais de 650 "funcionários" foram mortos pela resistência iraquiana. "Para o Exército e o governo dos EUA o negócio é muito vantajoso. Os mercenários são simples assalariados em busca de fortuna, quando morrem não engrossam a lista oficial de baixas na guerra, não estão envoltos em discussões legais e nem são alvo da pressão pública".

Guerrero também destaca a ação da Blackwater, "empresa especializada em contraterrorismo e combates urbanos, uma das maiores em operação no Iraque. Ela tem um exercito multinacional de 3 mil membros e é considerada a maior base militar privada no mundo, com campos de treinamento sofisticados, dezenas de aviões e vínculos estreitos com as altas esferas do Pentágono e da Casa Branca". Além da contratação de treinamento de mercenários, a Blackwater também vende equipamentos bélicos para os EUA e ajuda na "reconstrução" do Iraque, prestando serviços para corporações como a Lockheed, General Dynamics e a famosa Halliburton - empresa de petróleo e armamentos vinculada ao vice-presidente Dick Cheyne.

Todas estas "empresas privadas" são teleguiadas pela sinistra agência de inteligência dos EUA. Em 2005, oficiais da CIA revelaram ao Washington Post que 50% do orçamento da agência, quase US$ 20 bilhões, foram destinados para pagar os ‘contratistas’. A própria CIA estima que as despesas com estes serviços dobrem até 2010. Estes recursos, provenientes dos tributos dos estadunidenses, são usados para financiar "uma máquina de destruição e morte". Guerrero encerra seu excelente artigo lembrando que, "embora o fenômeno do mercenarismo não seja novo, ele cresceu com a chegada de Bush a Casa Branca".


(Autor do livro "Venezuela: originalidade e ousadia" (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição).


* Jornalista, editor da revista Debate Sindical

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Meninos do tráfico





Titulo: Falcão - Meninos do Tráfico
Ano de Lançamento: 2006
Distribuidora: Som Livre
Idioma: Português - BR
Direção: Mv Bill
Gênero: Documentário
Qualidade: TVRip
Tamanho: 242Mb

Sinopse
A discussão criada com o documentário Falcão - Meninos do Tráfico continua no ar. Agora, em DVD, mostra fôlego e recria o universo que causou grande impacto na televisão. A linguagem segue em padrão típico do que se espera de um documentário, mas o conteúdo serve para abrir os olhos da sociedade para a nossa realidade chocante; Além do documentário o DVD traz ainda uma entrevista inédita com MV BILL e três videoclipes; Falcão - Meninos do Tráfico é um filme sem precedentes. Uma obra viva para ser assistida, analisada e guardada entre as grandes produções cinematográficas de nosso tempo.

Download: AQUI!!!
copiado de: hyperdonwload

domingo, 27 de maio de 2007

Bush à espera de um estrondo

Fidel Castro

Era a palavra que me vinha à mente. Procurei num dicionário e ali estava de origem onomatopéica e de conotação trágica: estrondo. Talvez jamais a tenha usado na minha vida.

Bush é uma pessoa apocalíptica. Observo seus olhos, seu rosto e sua obsessiva preocupação por simular que tudo aquilo que vê nas "telas invisíveis" são raciocínios espontâneos. Percebi que sua voz se quebrava quando respondeu as críticas de seu próprio pai à política que põe em prática no Iraque. Apenas expressa emoções e sempre finge racionalidade. Contudo, conhece o valor de cada frase e de cada palavra no público ao qual se dirige.

O dramático é que aquilo que ele espera que aconteça custe muitas vidas ao povo norte-americano.

Jamais se pode concordar, em qualquer tipo de guerra, com fatos que sacrificam civis inocentes. Ninguém poderia justificar os ataques da aviação alemã contra as cidades britânicas durante a Segunda Guerra Mundial, nem os mil bombardeiros que no mais álgido da contenda destruíam sistematicamente cidades alemãs, nem as duas bombas atômicas que num ato de puro terrorismo contra anciãos, mulheres e crianças os Estados Unidos fizeram explodir sobre Hiroshima e Nagasaki.

Bush expressou seu ódio contra o mundo pobre quando, no dia 1º de junho de 2002, em West Point, falou de atacar preventiva e inesperadamente "60 ou mais obscuros cantos do mundo".

Quem vai acreditar agora que os milhares de armas nucleares que possuem, os sistemas de mísseis, os sistemas de direção precisos e exatos que têm desenvolvido, são para combater o terrorismo? Será que servirão para isso os submarinos sofisticados que constroem seus aliados britânicos, capazes de circunavegar a Terra sem saírem à superfície e reprogramar seus mísseis nucleares em pleno vôo? Jamais imaginei que algum dia qualquer seriam apresentadas tais justificativas. Com essas armas o imperialismo tenta institucionalizar uma tirania mundial. Com elas aponta para outras grandes nações que surgem não como adversários militares capazes de superá-lo no tocante à tecnologia de armas de destruição em massa, mas sim como potências econômicas que rivalizarão com os Estados Unidos, cujo sistema econômico e social consumista, caótico e esbanjador, é absolutamente vulnerável.

O pior do estrondo no qual agora descansam as esperanças de Bush é o antecedente de sua maneira de atuar na altura dos acontecimentos de 11 de setembro, onde, tendo conhecimento de um iminente golpe sangrento ao povo norte-americano, podendo prevê-lo e até inclusive evitá-lo, entrou de férias com seu aparelho administrativo completo. Desde o dia em que foi eleito presidente — graças à fraude que, mesmo como numa república bananeira, levaram a cabo seus amigos da máfia de Miami —, e antes da sua tomada de pose, Bush recebia informação detalhada com os mesmos dados e pela mesma via que os recebia o então presidente dos Estados Unidos. Nesse momento ainda faltavam nove meses para os trágicos acontecimentos simbolizados no derrubamento das Torres Gêmeas.

Se novamente acontecesse algo igual com material explosivo de qualquer tipo, ou de caráter nuclear, visto que existe urânio enriquecido espalhado a granel pelo mundo desde a época da guerra fria, qual o destino provável da humanidade? Tento lembrar, examino muitos momentos de sua marcha através dos milênios, e pergunto-me: por acaso são subjetivos meus pontos de vista?

Ontem mesmo Bush gabava-se de ter ganho a guerra a seus adversários no Congresso. Tem US$ 100 bilhões, todo o dinheiro que necessita para duplicar, como o deseja, o envio de soldados norte-americanos ao Iraque e continuar a matança. Os problemas na região agravam-se.

Qualquer opinião sobre as últimas proezas do presidente dos Estados Unidos vira fiambre em questão de horas. Será que o povo norte-americano também não pode apanhar pelos cornos este pequeno miúra moral?


O anarco-trotskismo da LIT-PSTU

Altamiro Borges *

O jornal Opinião Socialista, órgão oficial do PSTU, festejou recentemente a fusão da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional (LIT-QI), a qual este partido é a sua principal seção nacional, com o minúsculo Centro Internacional do Trotskismo Ortodoxo (CITO), que aparentemente inexiste no Brasil. Caso não ocorra nenhum novo racha, estas duas organizações, que se separaram há mais de uma década, deverão formalizar sua unificação no congresso mundial da LIT previsto para março de 2008. A notícia, que não teve maior impacto na luta de classes real do país, merece menção apenas porque atesta, mais uma vez, o sectarismo e o principismo que norteiam a atual política do PSTU.

O documento da fusão coloca sob suspeição os recentes "acenos" unitários do PSTU, que tenta evitar seu isolamento. Na sua obsessão pela demarcação de campos, não perdoa nem sequer outros partidos que se reivindicam herdeiros de Leon Trotsky. "Unem as duas organizações acordos básicos hoje questionados ou abandonados por grande quantidade de organizações mal denominadas revolucionárias e ‘trotskistas’, que sucumbiram ao vendaval oportunista", inicia o texto. A eterna cisão entre as correntes trotskistas já é bem conhecida pela esquerda mundial, sendo até motivo de chacota. O que importa no documento é a sua abordagem sobre a situação da América Latina, no qual fica patente que para o PSTU ninguém presta.

"Todos esses governos são burgueses"

"Somos contra todos os governos de Frente Popular, como os de Lula, Evo Morales e Tabaré Vasquez. Todos esses governos são da burguesia e aplicam os planos do imperialismo e das burguesias nacionais. Estamos igualmente contra governos nacionalistas burgueses, como o de Chávez na Venezuela, Correa no Equador e Ortega na Nicarágua, que, sob o falso disfarce de enfrentamento ao imperialismo e defesa do ‘socialismo do século XXI’, não têm outro objetivo a não ser preservar a exploração capitalista e desviar a mobilização da classe operária", afirma o texto, que menospreza os recentes avanços eleitorais das forças populares na região e subestima as ações golpistas da burguesia, como na Venezuela, Bolívia e Equador.

"Na luta contra esses governos combatemos as políticas de todas as organizações que se reivindicam do movimento operário, mas que, de fato, colocam-se ao lado da burguesia, capitulando a ela. Combatemos, portanto, as políticas da social-democracia e dos velhos partidos comunistas stalinistas que a sustentam. Combatemos igualmente as correntes que, como o lambertismo [O Trabalho] e o madelismo [Democracia Socialista], renunciaram à tradição leninista e trotskista ao se integrar ao governo burguês de Lula", ataca o arrogante texto. Na prática, com sua fraseologia esquerdista, sobram apenas os seguidores da LIT como os legítimos defensores da "revolução socialista mundial" e da "ditadura revolucionária do proletariado".

Ao se colocar frontalmente contra "todas as expressões da democracia burguesa e o seu parlamentarismo formal, que desvia os trabalhadores da luta contra o capitalismo imperialista" - o que, por pura coerência, deveria levar o PSTU e seus irmãos a não participarem mais das eleições -, o documento insiste na tese de que a revolução está caindo de madura, bem na próxima esquina. No final, ele conclama: "Chamamos os trabalhadores e os povos da Venezuela, Brasil, Bolívia, Uruguai, Equador, Nicarágua e Argentina a abandonarem toda a ilusão nos governos de seus países e a enfrentarem seus planos com a mobilização. Todos esses governos são burgueses. Devem ser derrotados para acabar com a exploração capitalista".

Sinais da "imaturidade política"

A leitura do documento da LIT faz lembrar um texto do intelectual português Miguel Urbano Rodrigues, publicado no início deste ano. Apesar de bastante crítico das políticas conciliatórias dos presidentes Lula, Kirchner, Ortega e outros, "que não honraram os compromissos assumidos", ele polemiza com os setores esquerdistas, batizados de "anarco-trotskistas", que não percebem as transformações em curso na América Latina. "Hoje, quando a humanidade enfrenta uma perigosa crise de civilização [e a vitória eleitoral do fascista Sarkosy na França nem havia ocorrido], a América Latina emerge como cenário de rejeição dos povos ao neoliberalismo globalizado que lhes é imposto por um sistema imperial monstruoso".

Ao mesmo tempo em que ataca os "marxistas arrependidos", que se "instalaram nas prateleiras do poder" e hoje negam a necessidade do socialismo, Urbano condena os esquerdistas que pregam que a região "está madura para uma revolução de proporções continentais". Tendo residido por vários anos no Brasil, ele até entende certas desilusões. "Na complexa situação existente no Brasil, o apodrecimento do PT e a covardia de Lula desencadearam uma justa vaga de indignação. Mas daí a colocar o rótulo de traidores a quantos ainda não romperam publicamente com o governo vai uma distância para mim intransponível. Desaprovo concretamente os anátemas lançados por esquerdistas contra o MST, acusado de ser colaboracionista".

"Ilusões que favorecem os inimigos"

Para ele, a maior prova da miopia sectária surge na oposição frontal a Evo Morales, Rafael Correa e Hugo Chávez. "Sobre eles chovem criticas reveladoras da imaturidade política. Evo não desiludiu até agora os que identificaram na sua vitória a esperança de libertar a Bolívia da humilhante opressão colonial... É, portanto, romântica e pouco sensata a atitude dos intelectuais que, semana após semana, criticam Evo por ele não optar por uma estratégia revolucionária orientada para a proclamação do socialismo a curto prazo. Simulam ignorar a existência de uma poderosa burguesia e de forças armadas nas quais a maioria dos altos comandos é conservadora. Com seus apelos às massas, esses esquerdistas contribuem para dividir a classe operária e o campesinato, semeando ilusões que favorecem os inimigos do povo boliviano".

Já no caso de Rafael Correa, o intelectual português lembra que as críticas começaram antes mesmo dele tomar posse no Equador. "Mas o jovem presidente iniciou o seu mandato com coragem e determinação... Correa proclama o seu respeito pela revolução cubana, expressa sua admiração pela revolução em curso na Venezuela bolivariana, responsabiliza o imperialismo norte-americano pela situação semi-colonial de seu país, condena a Alca e defende uma integração solidária dos latino-americanos... Esclareceu que não renovará o acordo que permite o funcionamento no país da gigantesca base militar dos EUA em Manta e lamentou não ter condições no momento para por fim à dolarização".

"Detentores da sabedoria universal"

"Não obstante todas as iniciativas tomadas por Rafael Correa serem positivas, já está a ser alvo de ataques insistentes de personalidades e jornalistas de esquerda que levantam dúvidas sobre a sinceridade das suas opções progressistas. Tal como a Evo Morales, pedem-lhe o impossível, como se o Equador estivesse no limiar de uma situação revolucionária. Ora, Rafael Correa enfrenta um Poder Judiciário hostil e corrupto e no Legislativo a maioria tudo fará para sabotar a execução do seus programa". Por último, Miguel Urbano critica acidamente as "atitudes irresponsáveis" de setores esquerdistas contra o governo de Hugo Chávez.

"Nos últimos meses, à medida que este processo avança, cientistas políticos, escritores e jornalistas de diferentes quadrantes ideológicos do ultra-esquerdismo tornam públicas teses, análises e exegeses que pretendem ser uma contribuição para que a revolução bolivariana passe a um patamar superior. À falta de melhor, identifico-os como anarco-trotskistas porque fundem características do moderno anarquismo e do trotskismo latino-americano... A reflexão crítica séria sobre o que se fez e não se fez na Venezuela é não apenas útil, como indispensável. Mas parece-me muito negativa a tempestade de conselhos que desaba todas as semanas sobre Chávez, vindos precisamente de esquerdistas ‘revolucionários’ que se expressam como se fossem tutores do presidente e detentores da sabedoria universal".

O desabafo do renomado intelectual português ajuda a compreender os efeitos negativos de certas leituras voluntaristas e sectárias sobre a atual correlação de forças no continente e sobre a natureza contraditória dos governos oriundos das lutas sociais. E nem havia sido editado o documento da fusão da LIT-CITO, que só confirma os estragos e as confusões causadas pelo velho-novo "anarco-trotskismo".


* Jornalista, editor da revista Debate Sindical
Fonte: Adital

sábado, 26 de maio de 2007

Repostando a não concessão da RCTV da Venezuela

As motivações de Chávez para não renovar a concessão da RCTV venezuelana


Na Venezuela, 78% das estações de televisão estão nas mãos privadas, contra 22% do setor público; seis grandes grupos tomam conta de quase tudo o que o venezuelano vê e ouve


Elaine Tavares

Quem já esteve na Venezuela sabe muito bem: liberdade de opinião é tudo o que há. Nas rádios e emissoras de televisão comerciais, o presidente Hugo Chávez é xingado, humilhado, destratado e desmoralizado. As palavras usadas pelos jornalistas são de uma violência sem par. E ainda assim, ali estão, eles e elas, a disseminar suas diatribes, sem que ninguém lhes impeça. Não há censura de nenhuma espécie. Também os grandes jornais fazem oposição ao governo, ou melhor, a Chávez, usando argumentos que muito mais ofendem a pessoa do presidente do que ao governo em si. É um negócio inimaginável em qualquer outro país do mundo. Se isso acontecesse nos Estados Unidos, por exemplo, duvido que os jornalistas não fossem presos ou banidos para sempre. Pois na Venezuela eles estão livres para falar.

Agora, o governo decidiu uma coisa que também acontece no chamado “mundo livre”, todos os dias. Não vai mais renovar a concessão de uma rede de televisão do país, a Radio Caracas Televisión, alegando que a mesma não cumpre a lei. E o que diz a lei? Que as redes de televisão, assim como as de rádio, são um serviço público e como tal, devem servir à população com informações de interesse de todos e não só de alguns. É uma lei muito parecida com as leis dos demais países do mundo, inclusive do Brasil. Pois a RCTV é uma rede de televisão que existe há mais de 50 anos, sempre na linha da desinformação, tal e qual qualquer outra emissora de TV alinhada com os interesses do grande capital. A RCTV, assim como a Venevisión, é uma rede que muito mais funciona como uma corrente de transmissão da ideologia do “american way of life” do que qualquer outra coisa. Uma máquina de propaganda, como muito bem já analisou o teórico Noam Chomski. Aqui no Brasil poderíamos colocar como análoga, a rede Globo, por exemplo.


Mas os motivos que levam o presidente Hugo Chávez a não renovar a concessão vão muito além do que uma possível represália, como dizem os parceiros da mídia-irmã, como o Jornal Nacional, da Globo, ou a CNN, braço armado da informação estadunidense. Num extenso documento chamado ‘Libro Blanco sobre RCTV”, o Ministério do Poder Popular para a Comunicação e Informação da Venezuela explica em detalhes os porquês da não-renovação da concessão. Além de mostrar como se conforma o sistema comunicacional no país, monopólico, anti-democrático, concentrador, o documento esmiúça todas as ilegalidades que a RCTV vem cometendo desde há tempos.

Na Venezuela, 78% das estações de televisão estão nas mãos privadas, contra 22% do setor público. Na banda de UHF, o número sobe para 82% no setor privado, 11% no comunitário e 7% no setor público. Seis grandes grupos tomam conta de quase tudo o que o venezuelano vê e ouve, e isso mesmo depois da promulgação da nova lei que regula os meios de comunicação, buscando mais participação comunitária. Os mais poderosos são os da RCTV e o da Venevisión. Juntos, controlam 85% das verbas publicitárias e têm 66% do poder de transmissão. O grupo que controla a RCTV é o das empresas 1BC, nascida em 1920 e incrementada em 1930 com verbas e tecnologia da RCA. A TV existe desde o início dos anos 50 e tem, hoje, entre seus acionistas, uma empresa com sede em Miami, EUA, a Coral Pictures. Não é sem razão que, segundo estudos do Instituto Nacional del Menor, 67% dos programas transmitidos sejam de produção estrangeira e que a metade da programação – cerca de 52% - seja de anúncios publicitários. Da programação local, muito pouco representa a vida real do país. Os programas de auditório, as telenovelas e outras produções representam, no mais das vezes, a Venezuela branca e rica. A massa de trabalhadores, os indígenas, os negros, geralmente só aparecem em programas policiais. Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência.

As concessões

A idéia de concessões públicas começa a ganhar corpo na Venezuela no final de 1875, quando o governo se viu diante da necessidade de controlar as riquezas naturais, mais particularmente o petróleo. Depois, essas concessões foram se espraiando para o campo da mineração e das comunicações. Quando nasce a primeira rádio, em 1923, é o estado quem outorga a permissão. Desde então, o governo vem ditando leis para regular o setor. A última delas, antes da lei RESORTE, promulgada no governo Chávez, datava de 1941 e dizia que uma concessão não podia durar mais que um ano, sendo renovada apenas se o interessado cumprisse com todas as leis. Essa lei só veio a ser atualizada em 1986, através de um decreto presidencial que esticou para 20 anos o tempo da concessão. Passado esse tempo, o estado pode então revisar o contrato e decidir se a emissora continua com a permissão.

Com a Lei Orgânica de Telecomunicações, aprovada em 2000, já no governo Chávez, nasce um novo regime de concessões. Mas, essa nova lei garantiu que as autorizações estabelecidas pelo decreto de 1986 e suas respectivas regras fossem mantidas, com os prazos sendo respeitados. Isso significa que todas as emissoras que tiveram concessão naqueles dias puderam continuar operando, contando, a partir dali, o prazo de 20 anos. Agora, em 2007, este prazo está esgotado, daí a revisão de cada uma delas, já dentro dos critérios da nova lei. Até aí, nada de ilegal ou de falta de liberdade de expressão. Apenas a correta adequação a uma nova situação, fruto de uma mudança significativa no conteúdo do que seja um serviço público, capaz de “permitir o acesso universal da informação”.

O dono da empresa não é o dono da informação

Na nova lógica da lei das comunicações venezuelanas, aquele que detém o controle da empresa não é o dono da mensagem. Ele tem, por obrigação, garantir a pluralidade das vozes, a democratização das idéias e a participação popular. Portanto, na avaliação do governo da Venezuela, a RCTV, terminado o seu prazo de concessão, não atende aos requisitos básicos para continuar gerindo um bem público. E por quê? Porque desde sempre a emissora manteve a política de informar apenas um lado da questão: o que interessa ao grande capital. Segundo o relatório governamental – disponível na Internet – a RCTV, durante o golpe que tentou tirar Hugo Chávez do poder, difundiu notícias falsas, impediu a fala de pessoas do governo, fomentou a violência, negou-se a divulgar as opiniões que eram favoráveis ao governo e não mostrou qualquer ato de mobilização dos partidários de Chávez.

Também no episódio da paralisação dos petroleiros, organizada pela Fédecamara (instituição empresarial) e a Confederación de Trabajadores de Venezuela, a RCTV usou atores profissionais e fabricou imagens visando falsear a realidade e incitar o terror. Naqueles dias, a emissora foi alvo de investigações por parte do governo e todas estas questões foram comprovadas. Não bastasse isso, também foi detectada a evasão de tributos por parte da rede, débitos com funcionários e o uso de imagens de crianças para disseminar o ódio ao governo de Chávez. Todo o dossiê com essas informações está disponível na rede mundial de computadores (clique aqui).

E por que o mundo não grita por liberdade?...

O fato é que todos esses argumentos não estão sendo divulgados nas reportagens que são feitas sobre a não-renovação da concessão. Tudo o que se diz é que o governo Chávez está censurando, reprimindo e impedindo a livre expressão. Estes fatos citados acima mostram que a coisa não é bem assim. Há que observar todos os pesos da balança.

O pensador estadunidense Noam Chomski há muito tempo prega que as pessoas do chamado “mundo livre” deveriam ter à disposição um curso de autodefesa intelectual. E ele não diz isso à toa. É porque é um estudioso sistemático do modelo de comunicação estadunidense, o maior criador de ilusões que já se viu e que, não por acaso, estende seus tentáculos por toda a América Latina. Segundo Chomski, quando o governo dos Estados Unidos fala em democratização da comunicação, esse discurso está totalmente desprovido de significado, porque, lá, o cidadão comum não tem qualquer possibilidade de controle sobre o que é divulgado. Os únicos interesses que importam são os do governo e o das grandes corporações. Eles controlam tudo. Quando, por algum motivo, as redes de TV ou jornais, principiam a falar de algum tema que seja contra as políticas governamentais, esses meios são “censurados” pelo imediato corte de verbas. E, ao que parece, não há ninguém na CNN ou na Globo gritando contra isso.

Nos Estados Unidos, denuncia Chomski, os interesses das maiorias sempre foram considerados uma “ameaça à democracia” e quem os divulga está marcado para sempre. Na “terra da liberdade” só têm curso livre as informações que dizem respeito aos interesses nacionais, e aí leia-se: dos bancos, das grandes empresas, do governo. Nada a ver com o povo. A desinformação é o prato do dia, servido sem que nenhum organismo de imprensa se levante em repúdio. Mentiras são divulgadas à exaustão, como a das armas químicas no Iraque, e ninguém pede provas. Pelo contrário. A notícia é disseminada por todos os países e as redes de imprensa reproduzem como se fosse a verdade absoluta. “Para os EUA, quando as grandes empresas perdem o controle da comunicação, então aí está uma violação da democracia”, diz o teórico estadunidense. E conta ainda sobre uma rede de TV daquele país que, por ter divulgado uma reportagem sobre a compra de terras por transnacionais nos países do terceiro mundo, teve toda a verba publicitária cortada. Motivo: a notícia era anti-estadunidense, o que mostra muito bem que as transnacionais têm pátria sim. Mas, estas informações não chegam ao grande público e ninguém parece enquadrá-las como anti-democráticas ou como uma barreira à liberdade de expressão.

Os novos tempos

O certo é que aquilo que ameaça ter um cheiro de povo, de participação protagônica das gentes, acaba tornando-se altamente incomodativo. As grandes redes na Venezuela, acostumadas a colonizar as mentes da população com um mundo alienígena, começam a perceber que os ventos estão soprando de outra direção. Enquanto os apoiadores da RCTV aparecem nas telas da CNN clamando pelo direito de verem suas novelas e programas de entretenimento, os que ajudaram a escrever a nova lei de comunicação querem ver brotar uma nova televisão. Que seja capaz de dar conta da pluralidade das gentes venezuelanas, que abrigue produções nacionais, comunitárias, que informe com o maior número de lados da verdade, que forme, que traga os aspectos culturais do seu povo, que assegure a participação popular.

De qualquer modo, essa é só mais uma batalha da luta de classe que se explicita no processo bolivariano. O poder de “los de abajo” contra as grandes corporações. Um capítulo paradigmático, visto que serve de exemplo para as demais emissoras com concessão a vencer. Na Venezuela, a iniciativa privada pode expressar-se e viver em paz, desde que cumprindo com o que diz a lei soberana, fruto da vontade do povo, pois como se sabe, lá, qualquer lei pode ser alterada pelo poder popular. Assim, o que se vê nas telas das televisões dos países amigos dos EUA nada mais é do que a velha jogada ideológica de tirar por diabo toda e qualquer pessoa que não diga amém ao capital. Mas, quem pensa por si mesmo, pode chegar a outras conclusões...

O OLA é um projeto de observação e análise das lutas populares na América Latina.