sábado, 27 de junho de 2009

HQ das buenas...

CHE: OS ÚLTIMOS DIAS DE UM HERÓI - Oesterheld e Breccias


Download:

http://www.mediafire.com/file/xnbnlonwjmo/Che_FORUM_FARRA.rar


Para baixar Che: Uma Biografia em Quadrinhos, clique abaixo:

http://www.forum.clickgratis.com.br/farra/t-2625.html


Formato: JPG
Texto: Héctor Oesterheld
Arte: Alberto Breccia e Henrique Breccia
Páginas: 95
Tamanho: 23 MB
Servidor: Mediafire
Scans: Eudes Honorato


Creditos: F.A.R.R.A.- O cadastro é gratuito


Dentro da vasta bibliografia a respeito de Che Guevara, essa biografia em quadrinhos se destaca por sua beleza e por sua história trágica. Lançada originalmente em 1968 na Argentina, apenas três meses depois da morte do guerrilheiro nas selvas da Bolívia, teve papel essencial na popularização de Che como herói latino-americano. Sua produção reuniu os dois principais nomes da história dos quadrinhos no continente: o roteirista argentino Hector Oesterheld e o desenhista uruguaio Alberto Breccia, mais o filho deste, Enrique.

O sucesso foi estrondoso e imediato, mas deu início a uma terrível perseguição política aos autores. Poucos meses depois de lançada, a editora que a publicara foi invadida, o estoque da obra e seu originais foram sequestrados e destruídos.

Em 1973, o livro foi proibido. A perseguição culminou, em 1977, com a prisão, tortura e assassinato, pela Ditadura Argentina, de Oesterheld e suas quatro filhas. Uma história que chocou a Argentina e o mundo.

Em 1979, o jornalista italiano Alberto Ongaro fez uma reportagem sobre o caso Oesterheld e conseguiu falar com um oficial do exército argentino, que confessa: "Demos um sumiço nele, por ter feito a mais bela história de Che Guevara já escrita".

É uma obra-prima de texto e desenho. Ao ponto de levar o quadrinista norte-americano Frank Miller (de Sin City e Batman - O Cavaleiro das Trevas) a dizer que "a história em quadrinhos se divide entre antes e depois de Alberto Breccia".

Agora, pela primeira vez, esse clássico emocionante dos quadrinhos é publicado em edição de luxo no Brasil.


Saiba mais:

http://gibitecacom.blogspot.com/2008/12/che-os-ltimos-dias-do-heri.html


Screen Pages:


Contra ponto à defesa do diploma de "jornalista"...

Agora jornalismo é para quem quiser, graças a Deus


Por Marcos Zibordi - Caros Amigos

Ok, sou mais um a escrever sobre o fim da exigência do diploma para jornalistas. Relutei em fazer este artigo, mas a indignação dos profissionais me toca. Estão putíssimos, é fato. Meus alunos, preocupados. Eu adorei. Agora, jornalismo é para quem quer fazer jornalismo, não para quem teve a chance econômica de adquirir o diploma que permite exercer a profissão.

Sem dúvida, as razões de Gilmar Mendes e seus pares são equivocadas – eles pensam que o jornalismo não pode prejudicar a sociedade, opinião realmente inacreditável. Contudo, assusto igualmente com os argumentos dos jornalistas, especialmente um: o diploma garante, no mínimo subsidia, a qualidade do exercício profissional. Será preciso lembrar quantos casos para demonstrar o contrário? Escola Base? A edição do debate Lula-Collor? A sanha de abutres na morte de Isabella Nardoni? Ou o assassinato de “garota Eloá”, promovido por diplomados?

Aliás, menos: é só ler jornais, revistas; acompanhar rádio e televisão; ler os famigerados releases das assessorias de imprensa. Em geral, o jornalismo praticado no Brasil é tecnicamente medíocre, a repetição de si mesmo, quem viu um viu todos. Não falo de ética, compromisso social, não sonho tanto. Penso na proclamação do textozinho padrão, o verbo “disse” após a citação, a malandragem da isenção, da imparcialidade, a incapacidade narrativa, a capacidade de aliciar sem ser sexy. O jornalismo brasileiro ainda não decidiu se pronuncia “risco de vida” ou “risco de morte” e chama o PCC de “quadrilha que age dentro e fora dos presídios”, evidenciando-os com a expressão pomposa que pretendia ocultá-los.

Os jornalistas também esperneiam pela possibilidade de perderem conquistas históricas. Ora, por séculos existimos sem diploma, coisa que imperou no Brasil por somente 40 anos. Não estou negando os nacos arrancados a duras penas das montanhas de dinheiro desse bando de Tio Patinhas, empresários da comunicação. Porém grandes conquistas dos trabalhadores em jornalismo são anteriores à ditadura e à exigência do diploma, tipo a instituição do primeiro piso salarial e da jornada de cinco horas, resultado da greve de 1961, organizada pelo sindicato dos jornalistas de São Paulo - mas quando foi mesmo a última greve dos jornalistas, a mobilização que deu notícia?

Fico me perguntando sobre a nossa situação. Pesquisas demonstram que a profissão figura entre as mais insalubres e, após quarenta anos da “categoria organizada” no Brasil, somos explorados ao extremo, recebemos miséria, trabalhamos pra cacete.

Sabe qual o salário de um jornalista na capital paulista? O piso é de R$ 1.738,25 para quem trabalha cinco horas (duvido que exista um) em jornal ou revista. No interior, rádios e televisões pagam R$ 861,85. Imagino que vários cozinheiros ganhem melhor.

Sobre os presumíveis direitos dos jornalistas, risíveis. Inúmeras redações funcionam com legiões de diplomados “contratados” temporariamente. A Editora Abril, a maior do ramo, ajusta freelancers por exatos dois meses e 29 dias, para não caracterizar vínculo empregatício aos três meses. Surgiu “no meio jornalístico” a expressão de todo escrota: “frila-fixo”. Designa o jornalista temporário que trabalha direto e reto na mesma empresa, às vezes anos, sem nenhum direito.

Para os que defendem seus canudos, duas perguntas: por que vocês aceitaram e aceitam ter aulas, talvez a maioria delas, com professores que não são nem nunca foram jornalistas, inclusive em disciplinas específicas? Não seria mais, digamos assim, lógico, receber formação de gente da área, já que, como diz a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o jornalismo é “uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética”?

Há ainda o argumento da “contratação de qualquer um” pelas empresas de comunicação. Percorri os telejornais e desde a decisão do Supremo Tribunal Federal não assisti a cena clássica, filmada do helicóptero, a fila de candidatos a emprego dobrando a esquina, hordas de bárbaros aspirantes ao jornalismo prestes a invadir as redações, suas pastinhas nervosas no sovaco, o currículo dentro.

Não haverá “invasão”, palavra que amestrados diplomados usam sempre para denegrir a legítima e última solução da gente mais explorada deste país. Amestrados: são conhecidos “no meio jornalístico” pela acrobática alcunha de “focas”. Com o fim da reserva de mercado, lo siento, os penetras com vocação e preparo, sim, concorrerão com nosotros.
Dando aulas em cursinhos populares, inclusive dentro da Universidade de São Paulo (USP), cansei de ouvir lamentações de jovens pobres que sonhavam um dia ser jornalistas, mas não podiam, não poderiam nunca concorrer à vaga na universidade pública, nem financiar a particular. Treta, né? Quanto vale um sonho impedido?

Por fim, relaxem, os cursos de jornalismo sobreviverão, e nem sei se precisarão justificar sua existência. Em geral eles prestam enorme serviço aos patrões formatando o futuro profissional, aulinhas de lide durante meses, exercícios práticos que achatam a criatividade, a sagacidade, o tesão dos alunos com asneiras do tipo “não use adjetivo”, “seja objetivo”, “seja imparcial”. Não duvido nada que permaneçam as picaretagens típicas de sala de aula, aqueles mestres que vivem de um difuso, duvidoso e remoto passado profissional, ou os chatos capazes de criar esta impossibilidade ambiental: o clima de marasmo tenso.

Continuidades à parte, torço agora pelo próximo passo evolutivo: a extinção da obrigatoriedade do diploma de Direito. É praticamente impossível, eu sei, inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil apóia a exigência para jornalismo, imagina se mexerão no deles. Mas não custa nada sonhar com o dia em que velhinhos não precisarão mais recorrer a um advogado para pedir revisão de aposentadoria, por exemplo.

Marcos Zibordi é jornalista.

Hondurenhos respaldam a Zelaya rumo ao referendo

Grande comitiva acompanhou o presidente no "resgate" de material
eleitoral com vistas a referendo para reformar a Constituição

• "A consulta do domingo não é parada por niguém", ratificou o presidente de Honduras Manuel Zelaya, em 25 de junho, na saída duma caravana popular que, chefiada por ele, irrompeu pouco depois na sede da Força Aérea para "resgatar" as urnas e cédulas que serão usadas no referendo previsto para o domingo, incautadas pelo Ministério Público.

Segundo a EFE, Zelaya chegou muito empolgado e baixo um aguaceiro. "Não querem deixar que o povo seja consultado, nem que fale, opine, tenha participação, nem que haja democracia em Honduras", enfatizou o presidente.

A AFP noticiou que o chefe de Estado e centenas de seguidores romperam os portões para entrar à base aérea Acosta Mejía, a um lado do aeroporto de Toncontín, na capital, e que ele mesmo carregou as caixas com o material para levá-las aos caminhões que aguardavam. O presidente tinha assegurado que daí retornavam ao Palácio Presidencial a preparar o referendo.

Atendendo a uma convocatória sua, milhares de defensores de seu governo tinham ido de diferentes pontos para reunir-se na quinta-feira, dia 25, ao meio-dia às portas da Casa Presidencial, dando-lhe seu respaldo numa manifestação cuja combatividade pôde ser percebida através de imagens televisivas. Dalí partiu o que Zelaya qualificou como "uma missão para garantir o estado de direito": a recuperação de urnas e cédulas.

Pouco antes e desafiando ao presidente, o Supremo Tribunal de Justiça tinha decidido restituir em seu cargo ao general Romeo Vázquez, chefe do Estado-Maior Conjunto, menos de 24 horas depois de sua cassação por Zelaya, que tomou a medida perante a reticência do corpo armado de distribuir material com vistas ao referendo, que consultará os hondurenhos sobre a instauração duma Assembleia Constituinte, que reforme a Carta Magna. Segundo a AFP, também o Congresso recusou a medida presidencial.

"Queremos legitimar a autoridade do poder executivo (...) O Supremo Tribunal se aliou aos grupos de poder contra o povo", denunciou Zelaya perante as pessoas reunidas no Palácio.

Na breve manifestação, onde convocou para cantar o hino nacional, o presidente também exortou a não permitir que "a democracia continue sendo duns poucos. Devemos lutar infatigavelmente por atingir a democracia superior que nos propusemos", afirmou.

A Carta Magna hondurenha data de 1982 e contém sete artigos denominados pétreos que não podem ser reformados, como os referentes à forma de governo, o território e o período presidencial, lembrou a PL.

Na opinião do presidente, com a atual Constituição é impossível realizar transformações profundas para erradicar a miséria e desigualdade no país, onde sete em cada dez pessoas vivem em condições de pobreza e pobreza extrema. O referendo projetado para o domingo determinaria a instauração duma quarta urna nas eleições gerais de novembro, para que nela os eleitores votassem se concordam com a Constituinte.

Desde a quarta-feira à noite, observadores e representantes de setores indígenas, camponeses, sindicalistas e outros estamentos sociais de Honduras denunciaram o perigo de um golpe de Estado, toda vez que a cassação de Vázquez foi seguida pela reúncia "solidária" dos chefes dos ramos naval, aéreo e do exército, assim como do ministro da Defesa, Edmundo Orellana.

Num comunicado, o Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh) denunciou a tentativa de golpe e qualificou os fatos como "reação desesperada da direita e seus aliados para frear a decisão popular de buscar vias democráticas para a transformação nacional".

O tentativa teve lugar três dias depois de que se lançasse a convocatória para a consulta, apoiada por líderes populares, camponeses, intelectuais e da esquerda política, mas recusada por setores da oligarquia, empresários e estamentos religiosos, apontou a PL. Segundo outros observadores, também querem impedir a consulta O Supremo Tribunal Eleitoral, a Procuradoria, o Supremo Tribunal de Justiça e o Parlamento, instituições cujos vínculos com os setores poderosos e oligárquicos também foram denunciados pelo presidente.

Honduras pediu à Oea analisar de urgência a situação, que será vista nesta sexta-feira, dia 26, em reunião estraordinária de seu Conselho Permanente, disse a EFE.

Declaração dos estados-membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América condenando o golpe de Estado em curso contra o presidente da República de Honduras, José Manuel Zelaya

Os estados-membros da Aliança Bolivariana para América representados perante a Organização das Nações Unidas, profundamente preocupados a respeito dos acontecimentos em curso na República de Honduras, expressamos o seguinte:

• Denunciamos perante a comunidade internacional um golpe de Estado em curso contra o presidente constitucional da República de Honduras, José Manuel Zelaya.

• Recalcamos que este golpe de Estado en curso está dirigido a obstaculizar a realização da consulta popular democrática convocada para definir se o povo concorda com a convocatória a uma Assembleia Constituinte.

• Condenamos esta ação golpista contra a genuína aspiração da cidadania hondurenha, que exige ser levada em conta mediante processos de consultas e formas de expressão democráticas.

• Convocamos à comunidade internacional a recusar tal tentativa de ruptura da ordem constitucional democrático, assim como toda ação violenta e desestabilizadora contra o povo e governo hondurenhos.

• Manifestamos nossa incondicional solidariedade com o presidente José Manuel Zelaya e o irmão povo hondurenho.

• Reiteramos nosso firme apoio à Declaração em respaldo ao processo de consulta popular em Honduras, adotada pela Reunião de Cúpula da ALBA, realizada em 24 de junho na Cidade de Maracai, República Bolivariana da Venezuela.

Antígua e Barbuda, Estado Plurinacional da Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Honduras, Nicarágua, São Vicente e as Granadinas, e a República Bolivariana da Venezuela.

Original em Granma