O documento “satisfaz os interesses russos, incluindo a necessidade de instalar estacoes do sistema de localização por satélite Glonass”, declarou a assessoria de imprensa do Kremlin nesta quarta-feira (18). A lei também define os parâmetros das relações bilaterais em atividades no espaço e proteção dos direitos de propriedade intelectual.
Instalar satélites em três órbitas e estações de monitoramento são medidas necessárias para manter a operação, receber sinais e fazer medições na Rússia. A constelação do Glonass é composta por 24 satélites em operação de rotina e quatro satélites em apoio orbital.
Até 2020, a precisão do sinal do sistema russo será elevada em 60 centímetros em vez dos atuais 2,8 metros. A instalação de uma estação do Glonass em Cuba deve compensar, em parte, o prejuízo causado pela relutância dos EUA em implantar estações do gênero em seu território.
“As capacidades do Glonass serão aumentadas graças aos seus componentes terrestres e espaciais”, disse o diretor da JSC Russian Space Systems, Gennádi Raikunov à Itar-Tass. “No entanto, para um posicionamento global mais preciso, deve haver estações do Glonass em todo o mundo. Se conseguirmos criar um recurso de navegação comum, a precisão de posicionamento aumentará vários milímetros.”
Rússia e Cuba já haviam assinado um acordo-quadro de cooperação intergovernamental para o espaço durante a visita do primeiro-ministro Dmítri Medvedev a Havana, em fevereiro passado.
Agora, o país tem planos imediatos de implantar estações do no Brasil e na China, juntamente com Cuba, e negociar a implantação dessas estruturas nos Estados Unidos até 31 de agosto.

Publicado originalmente pela agência Itar-Tass