segunda-feira, 6 de julho de 2015

Altamiro Borges: Maju Coutinho: Não há racismo no Brasil

Maju Coutinho: Não há racismo no Brasil


Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Como todos sabemos, não há racismo no Brasil.



Ou exploração sexual de crianças e adolescentes.



O machismo? Uma mentira.



E a homofobia, uma invenção.



Não há genocídio de jovens pobres e negros das periferias.



Ao me relacionar com as outras pessoas, não faço isso
só, mas me acompanham séculos de acomodação cultural, de preconceitos e
medos dos que vieram antes de mim. Não só a genealogia pesa sobre os
ombros, mas também a história e as condições sociais do país. De certa
forma, na fala do “agora” está presente toda a história humana.



Se uma criança nasce com a pele mais escura que sua família sofre
preconceito da sociedade mesmo que seus pais não tenham sofrido. Se for
pobre, pior ainda. Tomando como referência a média salarial, os valores
pagos para uma mesma função na sociedade coloca, em ordem decrescente:
homem branco rico de um lado e mulher negra pobre do outro.



Para muita gente, basta saber que a outra é negra.



A Justiça que se pretende ao tentar reconstruir a sociedade por um novo
viés não é apenas a de saldar a dívida de uma escravidão mal abolida,
mas sim a tentativa de mudar o pensamento e a ação de uma sociedade que
trata as pessoas de forma desigual por conta da cor de pele.



Ir contra a programação que tivemos a vida inteira, através da família,
de amigos, da escola, da mídia e até de algumas igrejas em que pastores
pregam que “africanos são amaldiçoados por Deus'' é um processo longo
pelo qual todos nós temos que passar. Mas necessário.



Todos nós, nascidos neste caldo social somos potencialmente idiotas a
menos que tenhamos sido devidamente educados para o contrário. Pois os
que ofendem uma jornalista de forma tão aberta, como foi o caso da
apresentadora Maria Júlia Coutinho, da TV Globo, só fazem isso por
estarem à vontade com o anonimato (Hanna Arendt explica) e se sentirem
respaldados por parte da sociedade.



Toda a vez que trato da questão da desigualdade social e do preconceito
que os negros e negras sofrem no Brasil (herança cotidianamente
reafirmada de um 13 de maio de 1888 que significou mais uma mudança na
metodologia de exploração da força de trabalho, pois não garantiu as
bases para a autonomia real dos ex-escravos e seus descendentes), sou
linchado.



Pois, como todos sabemos, não há racismo no Brasil. “Isso é coisa de negro recalcado.''



Ou exploração sexual de crianças e adolescentes. “As meninas é que pedem e depois a culpa é dos homens?''



O machismo? Uma mentira “criada por feminazis para roubar nossos direitos''.



E a homofobia, uma invenção “daquela bicha do Jean Wyllys''.



Não há genocídio de jovens pobres e negros das periferias. “Eles é que
estão no lugar errado e na hora errada, pois os 'homens de bem' seguem a
lei e nada acontece com eles.''

Minha Casa, Minha Vida 3 terá nova faixa de renda - Portal Vermelho

Minha Casa, Minha Vida 3 terá nova faixa de renda

A terceira
etapa do Minha Casa Minha Vida, prevista para ser lançada no segundo
semestre, deverá facilitar a vida de famílias com renda entre R$ 1,2 mil
e R$ 2,4 mil. A secretária Nacional de Habitação do Ministério das
Cidades, Inês Magalhães, afirmou que será criada a Faixa 1- FGTS, na
qual a família interessada poderá comprometer até 27,5% de sua renda com
o financiamento da casa própria.






Nova etapa do programa será lançada no segundo semestre deste ano e cria facilidades para famílias com renda entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil
Nova
etapa do programa será lançada no segundo semestre deste ano e cria
facilidades para famílias com renda entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil



Nesta nova modalidade, a contrapartida dos governos estadual ou
municipal ou da poupança será de 20% do valor do imóvel. “Se uma família
com renda mensal de R$ 1,6 mil comprar um imóvel de R$ 135 mil, por
exemplo, necessitará de um subsídio de R$ 45 mil”, disse.



Atualmente, o Minha Casa Minha Vida tem três faixas de renda. Na
primeira, para famílias que recebem até R$ 1,6 mil, o subsídio pode
chegar a R$ 95% do valor do imóvel. Na segunda (até R$ 3.275 mensais),
esse subsídio tem um teto de R$ 25 mil.



O ajuste se explica pela forte demanda na faixa 1, que acaba
concentrando as contratações em famílias que recebem entre R$ 800 e R$
900. Na prática, a nova faixa intermediária reduzirá as prestações
destas famílias.



O governo também estuda adotar uma agenda sustentável para o programa.
Algumas das medidas são ampliar a eficiência enérgica, reduzir o consumo
de água e criar um sistema integrado de cadastramento de beneficiários.
“Esse sistema traria transparência para os municípios”, observou Inês
Magalhães no evento em Campinas (SP).



Financiamento



O vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Teotonio
Rezende, disse que, apesar da atual conjuntura econômica, as famílias
brasileiras continuam procurando casas para comprar. Prova disso é que
seis milhões de pessoas fizeram simulação de financiamentos imobiliários
no site da Caixa apenas no mês de maio, sendo 40% para imóveis do Minha
Casa Minha Vida.



“Notamos que as simulações de financiamento foram feitas para unidades
de até R$ 150 mil reais e por famílias com idade entre 25 e 35 anos”,
disse Rezende, lembrando que o banco reponde por 68% do crédito
imobiliário do país. “[A Caixa] não trabalha com redução de investimento
em habitação de interesse social”, acrescentou.



Anunciada pela presidenta Dilma Rousseff em julho do ano passado, a meta
da terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida é construir mais de
3 milhões de unidades até 2018. Trata-se de um número expressivo se
comparado às 3,75 milhões de moradias contratadas desde a criação do
programa em 2009.



Essa etapa consta de uma série de medidas do governo federal para
retomada do crescimento da economia. Em junho, foram anunciados o
Programa de Investimento em Logística (PIl) e o Plano Nacional de
Exportações (PNE).





Fonte: Portal Brasil e Caixa Econômica Federal.