quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Buraco Perfeito


Este tipo de mundo não tem mais condições de continuar.

Por Leonardo Boff

Ignace Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique e um dos agudos analistas da situação mundial, chamou a atual crise econômico-financeira de “a crise perfeita”. Putin, em Davos, a chamou de “a tempestade pefeita’. Eu, de minha parte, a chamaria de “o buraco perfeito”. O grupo que compõe a Iniciativa Carta da Terra (M. Gorbachev, S. Rockfeller, M.Strong e eu mesmo, entre outros) há anos advertia: “não podemos continuar pelo caminho já andado, por mais plano que se apresente, pois lá na frente ele encontra um buraco abissal”. Como um ritornello o repetia também o Fórum Social Mundial, desde a sua primeira edição em Porto Alegre em 2001. Pois chegou o momento em que o buraco apareceu. Lá para dentro caíram grandes bancos, tradicionais fábricas, imensas corporações transnacionais e US$50 trilhões de fortunas pessoais se uniram ao pó do fundo do buraco. Stephen Roach, do banco Morgan Stanley, também afetado, confessou: “Errou Wall Street. Erraram os reguladores. Erraram as Agências de Avaliação de risco. Erramos todos nós”. Mas não teve a humildade de reconhecer: “Acertou o Fórum Social Mundial. Acertaram os ambientalistas. Acertaram grandes nomes do pensamento ecológico como J. Lovelock, E. Wilson e E. Morin”.

Em outras palavras, os que se imaginavam senhores do mundo a ponto de alguns deles decretarem o fim da história, que sustentavam a impossibilidade de qualquer alternativa e que em seus concílios ecumênicos-econômicos promulgaram dogmas da perfeita autoregulação dos mercados e da única via, aquela do capitalismo globalizado, agora perderam todo o seu latim. Andam confusos e perplexos como um bêbado em beco escuro. O Fórum Social Mundial, sem orgulho, mas sinceramente pode dizer: “nosso diagnóstico estava correto. Não temos a alternativa ainda mas uma certeza se impõe: este tipo de mundo não tem mais condiçãoes de continuar e de projetar um futuro de inclusão e de esperança para a humanidade e para toda a comunidade de vida”. Se prosseguir, ele pode pôr fim a vida humana e ferir gravemente a Pacha Mama, a Mãe Terra.

Seus ideólogos talvez não creiam mais em dogmas e se contentem ainda com o catecismo neoliberal. Mas procuram um bode expiatório. Dizem: “Não é o capitalismo em si que está em crise. É o capitalismo de viés norteamericano que gasta um dinheiro que não tem em coisas que o povo não precisa”. Um de seus sacerdotes, Ken Rosen, da Universidade de Berkeley, pelo menos, reconheceu: “O modelo dos Estados Unidos está errado. Se o mundo todo utilizasse o mesmo modelo, nós não existiríamos mais”.

Há aqui palmar engano. A razão da crise não está apenas no capitalismo norte-americano como se outro capitalismo fosse o correto e humano. A razão está na lógica mesma do capitalismo. Já foi reconhecido por políticos como J. Chirac e por uma gama consideravel de cientistas que se os paises opulentos, situados no Norte, quisessem generalizar seu bem estar para toda a humanidade, precisaríamos pelo menos de três Terras iguais a atual. O capitalismo em sua natureza é voraz, acumulador, depredador da natureza, criador de desigualdades e sem sentido de solidariedade para com as gerações atuais e muito menos para com as futuras. Não se tira a ferocidade do lobo fazendo-lhe alguns afagos ou limando-lhes os dentes. Ele é feroz por natureza. Assim o capitalismo, pouco importa o lugar de sua realização, se nos EUA, na Europa, no Japão ou mesmo no Brasil, coisifica todas as coisas, a Terra, a natureza, os seres vivos e também os humanos. Tudo está no mercado e de tudo se pode fazer negócio. Esse modo de habitar o mundo regido apenas pela razão utilitarista e egocêntrica cavou o buraco perfeito. E nele caiu.

A questão não é econômica. É moral e espiritual. Só sairemos a partir de uma outra relação para com a natureza, sentindo-nos parte dela e vivendo a inteligência do coração que nos faz amar e respeitar a vida e a cada ser. Caso contrário continuaremos no buraco a que o capitalismo nos jogou.

O regressismo da vida social no RS alcança níveis alarmantes

Do blog Diário Gauche...


Experiência exemplar é liquidada no RS

Uma experiência educacional de 12 anos e que serviu de exemplo para outros Estados pode ser encerrada no Rio Grande do Sul. O Ministério Público gaúcho e a Secretaria Estadual de Educação (SEC) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que determina o fechamento das escolas em sete acampamentos sem-terra. A informação é da Agência Chasque, através da repórter Raquel Casiraghi.

O TAC prevê que até o dia 4 de março devem ser desativadas as turmas de educação infantil, ensino fundamental e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). As crianças devem ser matriculadas na rede pública e ter transporte escolar. Caso não seja cumprido, o governo do Estado será multado em um salário mínimo por dia de atraso.

O Procurador de Justiça e integrante do Conselho Superior do Ministério Público, Gilberto Thums, argumenta que o objetivo do acordo é garantir que as crianças sem-terra tenham o mesmo ensino da rede pública, o que não estaria acontecendo.

“A gente tem um nicho de professores que são escolhidos a dedo pelo Instituto Preservar, que são afinados ideologicamente com idéias extremistas. Isso provoca um ensino completamente fora dos padrões que o Estado tem que garantir. A idéia é que tenhamos um ensino com pluralidade de idéias e inclusão social“, diz Thums.

O procurador lista uma série de irregularidades. Entre elas, a infra-estrutura das escolas é precária e o poder público não estaria conseguindo fiscalizar o conteúdo programático e nem a carga horária. Thums ainda alega que o convênio entre o Instituto Preservar e o governo é ilegal, pois repassa a uma organização não-governamental o dever da educação que é do Estado.

No entanto, a coordenadora pedagógica das escolas itinerantes, Marli Zimermann de Moraes, contesta as críticas do Ministério Público. Ela garante o cumprimento do conteúdo programático e diz que a falta de infra-estrutura reflete o sucateamento promovido pelo governo. Educadores estão com salários atrasados desde julho passado e escolas não recebem material pedagógico. Além disso, o convênio permite a contratação de apenas 13 educadores e de uma merendeira por escola para cuidar de 400 crianças.

No entanto, o principal motivo para o fechamento, denuncia Marli, é tentar enfraquecer o Movimento Sem-Terra (MST).

“Acabar com as escolas itinerantes é impedir que as famílias lutem pela terra. Porque quem vai para a luta é só quem não tem filho. Em cinco dias que a criança não vai para a escola, o Conselho Tutelar é chamado e o pai pode ir preso. A itinerante tem a especificidade de acompanhar o acampamento”, argumenta.

O fechamento das escolas itinerantes é um dos desdobramentos das Ações Civis Públicas encaminhadas pelo Ministério Público no ano passado. Nas ações, promotores determinaram medidas para conter ações do MST e até mesmo chegaram a propor a extinção do movimento, o que depois foi negado.

As escolas itinerantes foram reconhecidas no Estado pelo Conselho Estadual de Educação em 1996. Baseados nesta experiência, outros Estados adotaram o sistema, entre eles Santa Catarina, Paraná, Piauí, Alagoas e Goiás.

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Sem exagerar, temos repetido aqui que o Estado regride a olhos vistos, com o governo esquizo-tucano e a sua influência deletéria que alaga o pensamento conservador do RS.

O governo Yeda está fechando escolas no Estado. Motivo: intolerância política, espírito macabro de destruição e tentativa de eliminação do que lhe é antagônico.

Sem nada para apresentar de positividade, o páthos yedista resume-se a destruir conquistas e direitos sociais de setores que lutam pela afirmação política e autonomia cidadã.

Que o Brasil saiba: o Rio Grande do Sul está cada vez mais irreconhecível, retrocede a um estado de natureza e anomia social, como aquele que havia antes da Constituição castilhista de 1891.
Bem-vindos ao século 19!

Enquanto isso na Venezuela...

Chávez: vitória revolucionária, democracia em excesso.



A décima quarta vitória eleitoral do presidente Chávez em 10 anos - perdeu apenas uma em 10 anos - tem um alcance muito maior que eleitoral: pavimenta condições políticas para aprofundamento do processo de transformação com ruptura gradual.
Embora o fundamental seja analisar o efeito acelerador do voto das massas venezuelanas sobre a Revolução Bolivariana, também é importante analisar o lado simbólico desta nova vitória de Chávez. Ela permite , uma vez mais , a derrubada de mitos que o imperialismo e a oligarquia nativa , via manipulação midiiática sem limites, despejaram sobre a consciência dos venezuelanos e espalharam mundialmente. A vitória do SIM , na Venezuela, significa que a nacionalização dos recursos nacionais, petróleo e ferro sobretudo, terá novo aprofundamento, tendo recebido agora novo impulso eleitoral para avançar sobre o sistema financeiro, dando continuidade à nacionalização do Banco Santander adotada há poucos meses. A reforma agrária, se analisada pelo período de 10 anos de Chávez, pode sim ser muito mais acelerada, sobretudo com as parcerias feitas com a Embrapa, tendo em vista preencher a ausência de economia agrícola na Venezuela, em função da chamada “Maldição do Petróleo”, único ramo que interessava ao imperialismo.
Aqui no Brasil a vitória do SIM significa a derrota dos tucanos, da TV Globo, da Veja, da mídia golpista em geral, dos Arnaldo Jabor da vida e tantos outros jornalistas pré-pagos. Mas nos obriga a refletir, uma vez mais, sobre as formas inteligentes que as massas pobres têm, na Venezuela ou Brasil, para não sucumbir ao dilúvio de ofensas, preconceitos, desinformações, condenações levianas e ataques pessoais atirados diuturnamente tanto contra Chávez como contra Lula pela mídia. Com mais de 80 por cento da mídia em suas mãos, a oligarquia venezuelana não consegue mais que confundir a alguns segmentos da classe média, mas não ao povão.
Todo este processo de transformações na Venezuela, hoje o país que paga o mais elevado salário mínimo da América Latina, que cresce a uma média de 8 por cento ao ano, que já não mais importa fertilizantes (o Brasil importa cada vez este produto, encarecendo a produção e o alimento), que está caminhando em direção à soberania alimentar em poucos anos e que ,segundo a CEPAL, foi o país que mais fortemente reduziu a pobreza no continente e que melhor cumpre as tarefas dos Objetivos do Milênio da ONU, tudo isto foi feito com excesso de democracia. Aliás, a frase é de Lula e deve ser relembrada porque o caráter democrático não retórico, não formal das mudanças, é um patrimônio da Revolução Bolivariana, que nem por isso deixa de ser armada. “Pacífica, porém armada”, repete Chávez diante das várias tentativas de golpe, de sabotagem e até mesmo de magnicídio.
É a Venezuela o único país hoje no mundo a possuir o mecanismo de revogabilidade dos mandatos eletivos. Mesmo assim, com todo cinismo o partido mundial do golpismo midiático espalha que “Chávez está construindo uma ditadura pelo voto”, com o que apenas confessa sua esquizofrenia e sua própria derrota ideológica, uma vez mais. Um povo cada vez mais politizado, consciente e educado - “Venezuela já é território livre do analfabetismo, diz a UNESCO - vai tomando seu destino em suas próprias mãos.
Isso mostra uma vez mais que a humanidade inventa revoluções por absoluta necessidade histórica. E as revoluções podem começar com várias formas ou protagonistas, seja um militar ou um aiatolá, mas se definem e se comprovam como revolução quando recebem o apoio popular amplo e generalizado e quando seus objetivos programáticos são destinados a criar a maior taxa de felicidade do povo. Na Venezuela começou com um levante militar, em 4 de fevereiro de 1992 e o seu objetivo, comandado por Chávez, era , entre outros tantos, o de convocar uma Constituinte. Pois mesmo derrotada aquela rebelião, as massas entenderam rapidamente, na sua mensagem televisiva anunciando a rendição momentânea, “por ahora”, de que aquele era o seu comandante, com cara de negro e índio, falando claramente de seu projeto.
O referendo agora vencido pelo presidente Chávez, atribuindo ao povo o direito de eleger quantas vezes queira os seus dirigentes nacionais, estaduais ou municipais, sem limites formais que se desmancham no ar diante da magnitude de uma revolução social que começou com um levante armado, institucionalizou-se pelo voto direto e popular e, sem ter a ingenuidade de desarmar-se, até porque os inimigos não se desarmaram, continua sendo uma alavanca importante para mudar o mapa político da América Latina. Quinze dos 27 países da Comunidade Européia também permite a reeleição ilimitada, mas a apenas a Venezuela no mundo tem a revogabilidade de mandado na Constituição.
Venezuela, em parceria com Cuba, assumiu o compromisso de operar de cataratas em 10 anos a 6 milhões de latinoamericanos salvando-os da cegueira. Com o SIM, este projeto vai continuar. Venezuela está trocando todas as lâmpadas de Honduras, substituindo-as por outras que economizam 70 por cento de energia. Isto vai continuar. Venezuela está enviando óleo combustível para as comunidades pobres dos EUA normalmente vítimas do frio. Este processo vai continuar.Tudo isso está contido no voto SIM escolhido pela maioria dos eleitores venezuelanos.
Agora, com democracia em excesso, com pobreza reduzida, a Venezuela poderá seguir fortalecendo o seu pleito de ingresso no Mercosur, dando seguimento ao curso de integração latinoamericana. Como disse uma dona-de-casa de Petare, bairro pobre de Caracas: “agora sei o que é integração , sei quem é Lula, pois antes não comíamos carne, e agora comemos sempre frango do Brasil e é barato.” Tudo isto, está no SIM que sai das urnas eletrônicas democráticas, e com impressão de voto que permite a auditoria, se alguém tivesse topete para reclamar.

Texto: Editorial do Jornal Brasil de Fato
Créditos: PatriaLatina

Yeda Crusius está imersa nas trevas

Hupper

Katarina Peixoto escreve: "A governadora do estado do Rio Grande do Sul vive nas trevas. É difícil não se constranger com um simples cumprimento que ela tenta comunicar, tamanha incapacidade de dizer alguma coisa a respeito de algo que não seja ela mesma. E ela mesma não consegue nem dar bom dia com clareza. No emaranhado de uma espécie bizarra de egotrip, ela consegue dizer alguma verdade, porém. Um escritor já disse certa feita que o louco perde tudo, menos a razão. E a razão, mesmo nas trevas, impõe-se, contra a governadora. Isto é, contra as trevas.

Imagine que alguém na rua pára e diz: “Bom dia! E que lindo dia, o primeiro sem horário de verão deste ano. Amo o horário de verão, o dia mais longo, a noite mais curta, o calor. Amo tanta coisa...Acordei com a garganta meio ‘pegada’, o corpo me indicando que ainda não consegui ‘pegar leve’”. Ou, que abra uma carta onde esse conjunto de frases estão dispostas assim, simplesmente, numa espécie de denúncia do próprio estado mental. Um adolescente que tenha estudado a regra básica para qualquer discurso, que é o Princípio de Não-Contradição teria entendido o quê, diante desse conjunto de enunciados calamitosamente reunidos?

A única coisa verdadeira é o que diz como que “por acidente”: a governadora não consegue “pegar leve”, isto é, não consegue descansar. Nas trevas não deve haver descanso, mesmo. Quando dizer bom dia se torna um fardo para o entendimento, a “garganta” sofre. Vai ver é isso.

E então, como se respondendo a uma pergunta imaginada, presta um depoimento a respeito da iniciativa de ser governadora do estado. Depoimento em que associa motivações a reações, como se as manifestações críticas ao seu governo fossem ataques a uma idéia ou a um projeto, abstratamente. Aliás, não deixa de ser sintomática a descrição do “projeto” de governo por ela reiterado: “Como você tanto acompanha, o projeto tem cara sim, é bonito, coletivo, construtivo, respeitoso, doador”.

Mais uma vez, a razão cobra seu preço: só mesmo a inversão completa do significado de um governo pode tornar inaceitável que seja atacado. Quando o que é racional está escondido num universo de trevas e confusão, coisas mais fundamentais estão em falta. A vergonha, por exemplo. O Estado é o que não se definiu ao nascer, nas palavras de Yeda, e o povo é o que ela ama, não o que odeia, ela que é "meio caudilha", como fosse esse perfil algo virtuoso.

É diante desse universalismo todo que cartazes de sindicatos dos servidores públicos estaduais se tornam dantescos. Quando se está nas trevas, só se pode contar com o dantesco, diz a razão obnubilada pelo governo da governadora.

Um mandatário fazer-se de vítima de manifestações políticas e usar a própria família para tanto não pode ser levado a sério. Ainda mais quando essa utilização serve para priorizar, sobre gente da família e servidores públicos, isto é, serviços públicos investidos em cidadãos habilitados via concurso, idéias. Ou melhor: “intensa necessidade de comunicação, pela vida como ela é para cada um, por fazer política, que é bom fazer quando se tem ética, responsabilidade, sem medo da mudança, de estar à frente do batalhão, porque confio em cada dia, e vivo sem ficar na janela vendo a banda passar esperando a sorte, esperando a morte... como diz a música”. Que constrangimento deve ser ler isto tudo, para alguém que tem seriedade e faz parte deste governo ou desta gestão no estado. Não é possível que esse discurso venha de alguém que é arrolada como testemunha de Flávio Vaz Neto. Não é razoável tamanho desprezo pela realidade. Trevas.

Depois a governadora informa que já tem provas, dadas pelo MP estadual, de que pode morar onde mora. Agora que, rastreados todos os cheques, “a casa é limpa!”. Assim sendo, cabe perguntar: por que será que foi preciso o MP informasse que ela podia morar onde está morando, tendo comprado uma casa depois da eleição? Será que é só porque o governo é lindo, bonito, coletivo e doador?

Como a realidade está lá fora das trevas mentais da governadora, ela finalmente assume sua vida – e mandato – como fosse um filme. Um, não, dois, vividos, nas palavras da governadora, “mesmo com o alucinante caráter deste nosso governo”. Injuriando dois bons filmes, Yeda os usa para se pôr em respectivos papéis de vítimas que supostamente seriam correlatos do seu filme pessoal ou governamental – a distinção não foi precisada.

A injúria ao O Escafandro e a Borboleta é mais grave e ardilosa. Não apenas porque também ali a governadora se põe num papel de vítima do destino – o personagem do filme sofre um derrame. O caráter ardiloso, não necessariamente alucinante da comparação, vem diante do fato que teria posto a governadora no “escafandro”: a “famigerada Operação Rodin”.

Nenhum derrame cerebral torna uma investigação da Polícia Federal famigerada. E não é preciso derreter o cérebro para tomar polícia como adversário. É preciso ser criminoso, e convicto.

Com efeito, só muito republicanismo, austeridade, universalismo e espírito público, afinal de contas, pode se referir no cinema a fim de dizer coisa tão fina e elegante como: “ Mas não desisto, não vou entregar prus ôme de jeito nenhum, amigo e cumpanhêro".

Uma palavra, ainda, sobre a enganação da carta ser pública e não privada, e publicada: Insulto. A única coisa verdadeira que se diz, mais uma vez, como que “por acidente”, não vascular cerebral. Um acidente investigativo, famigerado. Constrangedor".