"Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular". É com esse lema - acompanhado do mote permanente "Vida em primeiro lugar" - que o Grito dos Excluídos chega, neste ano, a sua 16ª edição. Realizada durante o período da Semana da Pátria desde 1995, a manifestação popular tem o objetivo de promover a reflexão sobre a exclusão social no país. Neste ano, o Grito dos Excluídos acontece junto com o Plebiscito Popular Pelo Limite da Propriedade de Terra.
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De acordo com Ari Alberti, membro da coordenação nacional do Grito, o lema deste ano busca incentivar a população a lutar pelos direitos que não são respeitados. "O lema quer chamar atenção para a questão dos direitos sociais colocados na Constituição, mas que não acontecem. Precisamos ir à luta, nos organizar [para garantir o cumprimento desses direitos]", afirma.
Direito à moradia digna e acesso à saúde e educação de qualidade são apenas algumas demandas que estarão em pauta durante as atividades do Grito. Alberti ressalta que, apesar de ser um evento nacional, cada local têm suas particularidades. Assim, as atividades, os dias em que acontecem e as demandas podem variar. "O lema serve para garantir uma unidade, mas a intenção é que cada um leve a tona seu grito local para, juntos, produzir um grito com eco nacional", comenta.
Para ele, o importante é mostrar para a sociedade que o país cresce, mas não se desenvolve se não é capaz de reduzir as desigualdades. "Dignidade não é ser só consumidor, para ter dignidade, precisa ser cidadão com direitos e acesso à justiça", esclarece, acrescentando que a mudança só é conseguida "de baixo para cima".
O integrante da coordenação nacional do Grito acredita que, após 15 edições, a mobilização conseguiu ser referência para a população de uma atividade realizada no mês de setembro. "O Grito está no imaginário das pessoas. Elas já sabem que vai ter manifestação", afirma. Alberti alegra-se com esse fato, visto que o Grito não faz parte das atividades oficiais do dia 7 de setembro, como os desfiles de armas e cavalarias. "Mesmo os incrédulos [os que não acreditam no Grito] sabem que, na Semana da Pátria, tem eventos oficiais e manifestações", lembra.
Essa, na opinião dele, é uma das vitórias que o Grito já conseguiu ao longo dos anos. Para ele, a manifestação, além de chamar atenção para as pessoas excluídas, ainda promove a reflexão sobre a Independência do País. De acordo com Alberti, várias pesquisas e debates em escolas, ao discutirem o Grito dos Excluídos, "mudam a forma de ver a Semana da Pátria" e o significado da independência do Brasil.
Plebiscito
Outra contribuição dada pelo Grito dos Excluídos é a realização em conjunto com Plebiscitos Populares. Neste ano, acontece o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra. A consulta ocorre até a próxima terça-feira (7) em todos os estados do país. Antes desse, foram realizados - também durante a Semana da Pátria - plebiscitos populares: sobre Dívida Externa (em 2000); a respeito da Área de Livre Comércio das Américas - Alca (2002); e pela anulação do leilão de privatização da Vale (2007).
"A sociedade não se sente mais representada nessa democracia. Ela deve ser participativa e direta", destaca Alberti, quem acredita que a população deveria ser consultada em diversos projetos, como no da Transposição do Rio São Francisco e no da construção da Usina de Belo Monte. "Os movimentos dizem às autoridades que a gente quer participar disso", afirma.
Fonte: Adital
De acordo com Ari Alberti, membro da coordenação nacional do Grito, o lema deste ano busca incentivar a população a lutar pelos direitos que não são respeitados. "O lema quer chamar atenção para a questão dos direitos sociais colocados na Constituição, mas que não acontecem. Precisamos ir à luta, nos organizar [para garantir o cumprimento desses direitos]", afirma.
Direito à moradia digna e acesso à saúde e educação de qualidade são apenas algumas demandas que estarão em pauta durante as atividades do Grito. Alberti ressalta que, apesar de ser um evento nacional, cada local têm suas particularidades. Assim, as atividades, os dias em que acontecem e as demandas podem variar. "O lema serve para garantir uma unidade, mas a intenção é que cada um leve a tona seu grito local para, juntos, produzir um grito com eco nacional", comenta.
Para ele, o importante é mostrar para a sociedade que o país cresce, mas não se desenvolve se não é capaz de reduzir as desigualdades. "Dignidade não é ser só consumidor, para ter dignidade, precisa ser cidadão com direitos e acesso à justiça", esclarece, acrescentando que a mudança só é conseguida "de baixo para cima".
O integrante da coordenação nacional do Grito acredita que, após 15 edições, a mobilização conseguiu ser referência para a população de uma atividade realizada no mês de setembro. "O Grito está no imaginário das pessoas. Elas já sabem que vai ter manifestação", afirma. Alberti alegra-se com esse fato, visto que o Grito não faz parte das atividades oficiais do dia 7 de setembro, como os desfiles de armas e cavalarias. "Mesmo os incrédulos [os que não acreditam no Grito] sabem que, na Semana da Pátria, tem eventos oficiais e manifestações", lembra.
Essa, na opinião dele, é uma das vitórias que o Grito já conseguiu ao longo dos anos. Para ele, a manifestação, além de chamar atenção para as pessoas excluídas, ainda promove a reflexão sobre a Independência do País. De acordo com Alberti, várias pesquisas e debates em escolas, ao discutirem o Grito dos Excluídos, "mudam a forma de ver a Semana da Pátria" e o significado da independência do Brasil.
Plebiscito
Outra contribuição dada pelo Grito dos Excluídos é a realização em conjunto com Plebiscitos Populares. Neste ano, acontece o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra. A consulta ocorre até a próxima terça-feira (7) em todos os estados do país. Antes desse, foram realizados - também durante a Semana da Pátria - plebiscitos populares: sobre Dívida Externa (em 2000); a respeito da Área de Livre Comércio das Américas - Alca (2002); e pela anulação do leilão de privatização da Vale (2007).
"A sociedade não se sente mais representada nessa democracia. Ela deve ser participativa e direta", destaca Alberti, quem acredita que a população deveria ser consultada em diversos projetos, como no da Transposição do Rio São Francisco e no da construção da Usina de Belo Monte. "Os movimentos dizem às autoridades que a gente quer participar disso", afirma.
Fonte: Adital