quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cuba - El Son es lo mas sublime @ 320

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Cuba - El Son es lo mas sublime @ 320

01. Compay Segundo - Chanchan
02. Septeto Nacional - Suavecito
03. Conjunto Típico Cubano - Nieves
04. Trio Matamoros y Maria Teresa Vera - Lágrimas negras
05. Grupo Changüi de Guantanamo - Arsenio nino y Pachín
06. Septeto Nacional - Échale salsita
07. Compay Segundo - El cuarto de tula
08. Septeto Típico Habanero - Cómo está Miguel
09. Grupo Changüi de Guantanamo - En el barrio hay una mora
10. El Guayabero - Como baila Marieta
11. Conjunto Típico Cubano - Dulce Habanera
12. Septeto Típico Habanero - La loma de Belén
13. Conjunto de Sones Orientales - La mora
14. Miguel Matamoros y su Cuarteto Maisi - Veneración
15. Conjunto de Sones Orientales - Madrina mi pollo
16. Miguel Matamoros y su Cuarteto Maisi - Canto a la sombra

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Parte 1
Parte 2
Ofensivas e defensivas




Wladimir Pomar

No final do século 19, o desenvolvimento desigual do capitalismo levou ao surgimento de algumas grandes potências industriais e financeiras. Elas passaram a concorrer pelas antigas fontes de matérias-primas, assim como pelas novas fontes de energia (em especial o petróleo), novos materiais (eletrotécnicos e químicos), rotas de transporte marítimo e mercados.

Todas se lançaram numa frenética ofensiva estratégica, seja para consolidar seus antigos territórios coloniais e conquistar novos - como a Grã-Bretanha, França e Rússia -, seja para obter "um lugar ao Sol" - como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália.

Os choques e guerras localizadas dessas potências contra povos ainda livres, assim como entre si, multiplicaram-se durante todo o final do século 19 e início do século 20. As guerras russo-turca de 1877-78, ítalo-abissínia de 1894-96, hispano-americana de 1898, russo-japonesa de 1904-05 e as sucessivas guerras contra a China são o prelúdio da 1ª. Guerra Mundial, por uma nova repartição econômica e política do mundo.

Paralelamente, esse final e início de séculos também foram marcados por uma extraordinária ascensão da luta de classes, acompanhando as disputas intercapitalistas, que desbordaram em disputas interimperialistas. Na Europa e Estados Unidos surgiram fortes movimentos sindicais, de cunho anarquista, socialista, liberal, cristão e "amarelo", que reivindicavam melhorias salariais e laborais e utilizavam tanto a resistência passiva quanto as greves e os atentados.

As tentativas de consolidação dos interesses e laços mundiais da classe operária, através das I (1864) e II (1889) Internacionais, foram frustradas. A repressão patronal e estatal derrotou a primeira e fugaz experiência de tomada do poder pelos operários, a Comuna de Paris, em 1871. As divisões ideológicas e políticas criaram obstáculos à formação e construção de partidos operários de classe. E a influência dos interesses nacionais burgueses, evidenciados nos momentos que precederam a I Guerra Mundial, levaram muitas correntes operárias a apoiar a guerra imperialista.

Portanto, houve uma certa combinação entre a ofensiva estratégica externa dos capitalismos nacionais dominantes e a ofensiva interna dos movimentos operários, suplantada pela guerra mundial. Esta, por um lado, firmou a ofensiva estratégica imperialista, mas deu surgimento a uma contra-ofensiva estratégica, operária e popular em países da periferia do capitalismo, principalmente Rússia e China.

A revolução russa, de 1905, e a derrubada da dinastia Qing, em 1911, foram os primeiros sinais dessa mudança de centro da luta de classes. As revoluções russas de 1917 e as guerras revolucionárias na China, iniciadas em 1924, são marcos de uma retomada da ofensiva estratégica, tanto das camadas populares dos países coloniais quanto dos movimentos operários da Europa e Estados Unidos.

Isso mostra como a luta de classes interfere, historicamente, no desenvolvimento capitalista e como ofensivas e defensivas estratégicas fazem parte dessa luta objetivamente. Isto é, sem que os pensadores e partidos tenham poder para modificá-las por sua própria vontade.

Wladimir Pomar é analista político e escritor.

Tráfico de pessoas não tem freio


Por Mona Alam


Israel continua sendo um dos destinos favoritos para o tráfico de mulheres destinadas ao comércio sexual e para a exploração de trabalhadores imigrantes de países em desenvolvimento, uma forma moderna de escravidão. O Departamento de Estado dos Estados Unidos, em seu informe 2007 sobre tráfico de pessoas, qualificou Israel como nação de nível 2 nesta matéria, isto é, que procura erradicar essa prática mas não atinge os padrões necessários. Os países de nível 1 são os que aplicaram com êxito medidas para controlar o tráfico de pessoas – a maioria das nações ocidentais está nessa categoria – e o nível 3 está reservado para os Estados que não encaram o assunto nem mesmo em seus aspectos mais básicos. Em 2006, Israel figurou na lista de vigilância do Departamento de Estado por tráfico de pessoas. “Essa posição está entre os níveis 2 e 3. os Estados Unidos aplicam sanções econômicas às nações que figuram no último nível, mas, como temos uma estreita relação com Washington, Israel apenas recebeu uma advertência”, disse à IPS Romm Lewkowicz, porta-voz do Hotline, um grupo que defende os direitos dos trabalhadores imigrantes. O governo israelense também foi severamente criticado nos Estados Unidos por sua política de vistos de trabalho, que na prática forçam os imigrantes dos países em desenvolvimento a permanecerem “atados” ao empregador que figura nesse documento. Se não for respeitada essa condição, o trabalhador é considerado imigrante ilegal e pode ser deportado sem mesmo seu caso passar por um tribunal. Isto incentivou alguns empresários a reter o salário dos empregados e inclusive extorqui-los, sabendo que sempre podem substituí-los sem serem castigados. Um dos casos mais notórios foi o chamado “turco por tanques”, em 2002. Israel recondicionou 200 tanques de guerra para a Turquia, uma transação no valor de US$ 687 milhões que representou uma das maiores exportações de armas deste país. Com parte do acordo, 800 cidadãos turcos receberam autorizações para trabalharem em Israel no setor da construção. A agência de emprego turca Yilmazlar participou da contratação. Um desses imigrantes, Shaheen Yelmaz, chegou a Israel em 2006 com a esperança de ajudar seu pai a pagar suas dividas. Haviam prometido a ele um bom emprego com salário de US$ 1.400 por mês, uma pequena fortuna pelos padrões da Turquia, onde o desemprego é alto. Seu sonho se transformou em pesadelo. Os patrões retiraram seu passaporte e o celular. Junto com outros compatriotas foi alojado em um local de condições lamentáveis. “Não podíamos sair à noite, apenas o fazíamos em nosso dia livre, e não nos pagaram durante três meses”, contou Yelmaz à IPS. A embaixada turca não interveio, por causa do acordo para a modernização dos tanques. Os imigrantes, em sua maioria com baixa instrução, foram forçados a assinar documentos em branco antes de deixar a Turquia, assegurando dessa forma sua total dependência a respeito da Yilmazlar. “Nosso empregador israelense nos disse que se não estávamos de acordo podíamos ir embora, mas que a polícia nos prenderia como imigrantes ilegais e nos deportaria”, acrescentou. Organizações de direitos humanos israelenses recorreram à justiça. A Suprema Corte determinou em 2006 que a política de vistos de trabalho era ilegal e ordenou ao Estado estabelecer uma alternativa, algo que ainda não ocorreu. Por fim, Yelmaz foi deportado para a Turquia, com uma dívida de US$ 1.500, e o contrato entre Israel e Yilmazlar foi renovado. “Embora a situação dos trabalhadores imigrantes continue sendo grave, houve alguns avanços a respeito do tráfico de mulheres para sua exploração sexual”, desde que os Estados Unidos colocaram Israel em sua lista de vigilância em 2006, disse Lewcowicz. Mas, surgiram novos problemas. “Israel já não é apenas um importador de prostituas, mas se converteu em exportador. No ano passado descobrimos que mulheres israelenses eram traficadas para a Grã-Bretanha e Irlanda para trabalharem na indústria do sexo”, acrescentou. Segundo a Força de Tarefas sobre Tráfico Humano, com sede em Jerusalém, cerca de mil das aproximadamente 10 mil prostitutas que há em Israel são menores de idade. Imigrantes da extinta União Soviética e de outros países que estavam em sua órbita, vinculados à máfia russa, manejam 20% do tráfico, disse Lewcowicz. O resto está em mãos de israelenses. A Fundação Jamestown, com sede em Washington, disse em um informe que muitas mulheres vítimas do tráfico são levadas através da península do Sinai por beduínos também envolvidos no contrabando de armas. Cada mulher vendida em Israel representa para os traficantes entre US$ 50 mil e 100 mil. Hotline disse que o Estado também ganha em conseqüência desta atividade. Os taxistas que transportam as prostitutas, os advogados que representam seus clientes, os donos de imóveis que alugam como bordeis, pagam imposto sobre os ganhos e esse dinheiro acaba nos cofres do Estado. Deve-se acrescentar os casos de corrupção de policiais, que aceitam subornos para permitir que esta atividade aconteça. (IPS/Envolverde)

Cartola - Documento Inédito (1982)




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Créditos: UmQueTenha

Que governo é esse?

Policiais civis paralisam amanhã e denunciam condições de trabalho na Expointer


Policiais civis do interior do Estado paralisam suas atividades nos próximos dois dias, quarta e quinta-feira. Neste período, só serão registradas ocorrências (inclusive flagrantes) de crimes mais graves. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) informa que apresentou as reivindicações ao secretário Edson Goularte, mas não houve, por parte da Secretaria de Segurança Pública, manifestação sobre o atendimento das demandas da categoria.

Segundo o Ugeirm, os policiais gaúchos estão entre os mais mal pagos do país. “Com nível superior para ingresso, o salário inicial bruto é de 1,4 mil reais. Há mais de uma década, os agentes experimentam perda real no poder de compra de seus salários. O governo não negocia política salarial, pois diz estar combatendo o déficit. A governadora teve reajuste de 143% e nós não temos nada. Não existem nem interlocutores autorizados a negociar. A categoria cobra ainda direitos de aposentadoria, conforme previsão constitucional, pagamento de horas-extras, fim do sobreaviso (sem previsão legal) e plano de carreira” afirma o sindicato.

O Ugeirm também denuncia as condições de trabalho dos policiais na Expointer. "Para se ter uma idéia de como Yeda Crusius, em seu vestido de xantung, trata os policiais civis, basta verificar a situação dos colegas do interior que cumprem reforço na Expointer, em Esteio. São cerca de 25 agentes, que deslocaram de diversas partes do Estado", afirma nota da entidade. “Minhas diárias não foram depositadas e também não tem dinheiro para reembolsar a passagem que paguei do meu bolso. A delegacia tem três colchões em péssimo estado, não tem um café para quem está no plantão. Na alimentação, só nos é dado almoço, porque o jantar é a gente que paga mesmo”, relata um policial civil. A Secretaria de Segurança Pública foi procurada para se manifestar sobre a situação dos agentes que cumprem reforço em Esteio. Até às 18 horas desta terça-feira, não tinha dado nenhum retorno.

Nos dias 1º e 2 de outubro, a paralisação será feita na capital e região metropolitana. Nos dias de protesto, serão registrados os crimes de latrocínio, homicídio, lesão corporal grave, estupro, atentado violento ao pudor e todos as ocorrências que tiverem menores e/ou idosos entre as vítimas. “Nós não descartamos uma greve, porque nossa base está muito indignada, imensamente insatisfeita. Yeda cortou 50% das horas-extras em março e, em julho e agosto, não pagou nada”, diz o presidente do sindicato, Isaac Ortiz.

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