sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Paulinho da Viola


01 - E a vida continua
(Madeira - Zorba Devagar)
02 - Argumento
(Paulinho da Viola)
03 - Vida
(Élton Medeiros - Paulinho da Viola)
04 - Nova alegria
(Élton Medeiros - Paulinho da Viola)
05 - Amor à natureza
(Paulinho da Viola)
06 - Jaqueira da Portela
(Zé Keti)
07 - Mensagem de adeus
(Paulinho da Viola)
08 - Cavaco emprestado
(Padeirinho)
09 - Chuva
(Paulinho da Viola)
10 - Nada se perdeu
(Paulinho da Viola)
11 - Deixa rolar
(Sidney Miller)
12 - Pecado Capital
(Paulinho da Viola)(bônus)

Copiado de: CapsulaDaCultura


Os Mutantes é uma banda brasileira formada no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Foram um dos grupos mais dinâmicos, talentosos e radicais da era psicodélica. Um trio de experimentalistas musicais, a banda inovou no uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos. Os Mutantes se consagraram como um grupo musicalmente criativo e com uma postura de deboche e irreverência.
COPIADO DE: SucoDePregos

Os Mutantes – 1968

1. Panis Et Circenis
2. A Minha Menina
3. O Relógio
4. Adeus Maria Fulô
5. Baby
6. Senhor F
7. Bat Macumba
8. Le Premier Bonheur Du Jour
9. "Trem Fantasma
10. Tempo No Tempo
11. Ave Genghis Khan


Mutantes -1969


1. Dom Quixote
2. Não Vá Se Perder Por Ai
3. Dia 36
4. Dois Mil E Um
5. Algo Mais
6. Fuga N°2 dos Mutantes
7. Banho De Lua (Tintarella di Luna)
8. Rita Lee
9. Mágica
10. Qualquer Bobagem
11. Caminhante Noturno

Link do CD – http://lix.in/0eb490


A Divina Comedia ou ando meio desligado – 1970



1. Ando meio desligado 2. Quem tem medo de brincar de amor
3. Ave Lúcifer
4. Desculpe, baby
5. Meu refrigerador não funciona
6. Hey boy
7. Preciso urgentemente encontrar um amigo
8. Chão de estrelas
9. Jogo de calçada
10. Haleluia
11. Oh! Mulher infiel



Tecnicolor – 1970


1. Panis Et Circenses 2. Bat Macumba
3. Virginia
4. She My Shoo Shoo ( A Minha Menina )
5. I Feel A Little Spaced Out ( Ando Meio Desligado)
6. Baby
7. Tecnicolor
8. El Justiceiro
9. I m Sorry Baby ( Desculpe, Babe )
10. Adeus , Maria Fulô
11. Le Premier Banheur Du Jour
12. Saravah



Jardim Elétrico - 1971



1 - Top top
2 - Benvinda
3 - Tecnicolor
4 - El justiciero
5 - It's very nice pra xuxu
6 - Portugal de navio
7 - Virgínia
8 - Jardim elétrico
9 - Lady, Lady
10 - Saravá
11 - Baby - (em Inglês)



Mutantes E Seus Cometas No Pais Dos Baurets - 1972




1. Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha o Rock and Roll 2. Vida de Cachorro
3. Dune Buggy
4. Cantor de Mambo
5. Beijo Exagerado/ Todo Mundo Pastou
6. Balada do Louco
7. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer
8. Rua Augusta
9. Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets
10. Todo Mundo Pastou II




A e o Z – 1973

1 "A" e o "Z" 2 Rolling Stones
3 Você sabe
4 Hey Joe
5 Uma pessoa só
6 Ainda vou transar com você



Tudo Foi Feito pelo Sol – 1974


1 - Deixe entrar um pouco d'agua no quintal
2 - Pitágoras
3 - Desanuviar
4 - Eu só penso em te ajudar
5 - Cidadão da terra
6 - O Contrário de nada é nada
7 - Tudo foi feito pelo sol

Mutantes Ao Vivo – 1976



1 - Anjos do sul
2 - Benvindos
3 - Mistérios
4 - Trem
5 - Dança dos ventos
6 - Sagitárius
7 - Esquizofrenia
8 - Rio de Janeiro
9 - Loucura pouca é bobagem
10 - Hey tu
11 - Rock'n'Roll City
12 - Tudo explodindo
13 - Gran finale
14 - Anjos do sul



Mutantes Ao Vivo, Barbican Theatre Londres – 2006



CD 1
1. Dom Quixote
2. Caminhante Noturno
3. Ave Gengis Khan
4. Tecnicolor
5. Virginia
6. Cantor de Mambo
7. El Justiciero
8. Baby
9. I'm Sorry Baby (Desculpe, Babe)
10. Top Top
11. Dia 36

CD 2
1. Fuga nº II
2. Le Premier Bonheur du Jour
3. Dois Mil e Um
4. Ave Lúcifer
5. Balada do Louco
6. I Feel a Little Spaced Out (Ando Meio Desligado)
7. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (Cabeludo Patriota)
8. A Minha Menina
9. Bat Macumba
10. Panis et Circenses



Condenação de padre argentino abre precedente para A. Latina


O coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta quinta-feira (11) que a condenação do padre argentino Christian Federico von Wernich ''abre um precedente também para toda a América Latina e até para o mundo''.


O padre Wernich tem 69 anos e foi condenado à prisão perpétua por participar de 42 detenções ilegais, 32 casos de tortura, 7 homicídios e violar o sigilo de confissão. ''Nós esperamos também que o Brasil também comece a seguir essa mesma linha'', disse Alves.


O coordenador disse que o padre Wernich só foi condenado porque o crime dele foi considerado imprescritível. Ou seja, é um crime que não tem prazo legal para ser julgado e ele poderia ser condenado a qualquer momento. Segundo Alves a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos já emitiu um informe, em 1992, em que considera execuções sumárias, torturas, seqüestros e desaparecimento de pessoas como crimes contra a humanidade. ''E o entendimento geral mundial é que são crimes imprescritíveis'', disse Alves.


Alves disse também que é muito importante para o Brasil rever as anistias e os indultos para os que cometeram crimes políticos. Segundo ele, a anistia foi exatamente de acordo com a reabertura política para beneficiar os perseguidos políticos, as pessoas que lutaram pela democracia no Brasil.


''Aquelas pessoas que cometeram torturas, que cometeram desaparecimentos, que fizeram perseguições política e assassinatos, essas não deveriam ter sido atingidas pela Lei de Anistia'', disse Alves.


Leia a íntegra da entrevista com Ariel de Castro Alves:


A primeira coisa que eu lhe pediria, Ariel, é se você poderia nos dar uma visão da perspectiva do que significa a condenação de um padre.
Nós entendemos que é uma decisão extremamente importante e abre um precedente também para toda a América Latina e até para o mundo. E tem total previsão nas convenções internacionais de direitos humanos, no caso da América Latina, na própria Convenção Americana Sobre Direitos Humanos. Inclusive a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos até já emitiu um informe no ano de 1992, tratando de que execuções sumárias, torturas, seqüestros e desaparecimento de pessoas são casos de crimes contra a humanidade e o entendimento geral mundial é que são crimes imprescritíveis. Então, aquelas pessoas que cometem (esses crimes), podem responder em qualquer momento. E nós esperamos também que o Brasil também comece a seguir essa mesma linha. Nós temos alguns juristas brasileiros, como o Fábio Konder Comparato, como o Dalmo de Abreu Dallari, que já têm esse entendimento. No caso da Argentina, tem um ministro da Corte Suprema, Eugenio Raúl Zaffaroni, que tem tido um trabalho muito importante lá naquele país. E essa condenação do padre vem exatamente de acordo com isso. Agora, geralmente, nós vemos na Igreja Católicas os padres – principalmente no Brasil – como pessoas que estão do lado dos direitos humanos. Inclusive no Brasil nós tivemos um excelente trabalho da Igreja Católica, principalmente do dom Paulo Evaristo Arns e tantos outros nessas questões de direitos humanos e no próprio período da ditadura militar. E agora nós vemos no caso da Argentina um padre que na prática fazia parte do regime totalitário, que colaborava bastante para as mortes, os genocídios, os desaparecimentos de pessoas. E por isso que ele foi condenado e exatamente com esse entendimento, que os crimes que ele teria praticado são imprescritíveis.


No caso da revisão das anistias e dos indultos, talvez valesse à pena você falar sobre a questão específica do Brasil. Na Argentina, durante o regime militar, houve 30 mil mortos ou desaparecidos. No Brasil, aparentemente 300, 350. Aqui no Brasil não há nenhum caso de alguém que tenha sido julgado por tortura por assassinato durante o regime militar. Você acha que essa revisão vai depender de quem? Vai depender do Executivo, do Legislativo, do Judiciário? Se é que vai haver.
Olha, Paulo Henrique, essa revisão é extremamente pertinente. Nós inclusive realizamos um seminário agora em setembro, do Movimento Nacional de Direitos Humanos e com representantes da Comissão de Anistia em Brasília exatamente para discutir o direito à memória e à verdade e discutir a própria revisão da Lei da Anistia. A anistia foi exatamente de acordo com a reabertura política para o retorno de aqueles que estavam exilados, também para que todas as pessoas que estavam respondendo a processos, que estavam presos, para que fossem soltas, no caso dos perseguidos políticos, no caso das pessoas que lutaram pela democracia no Brasil e pela abertura política. Agora, aquelas pessoas que cometeram torturas, que cometeram desaparecimentos, que fizeram perseguições política e assassinatos, essas não deveriam ter sido atingidas pela Lei de Anistia. Mesmo que o Brasil tenha feito essa Lei de Anistia que, na prática, fez também com que essas pessoas ficassem impunes, o Brasil está subordinado a um regime jurídico internacional. Existem tratados, existem convenções internacionais, tanto no âmbito da Organização das Nações Unidas como na Organização dos Estados Americanos, que o Brasil reconheceu, ratificou, é signatário. E também há entendimento de cortes internacionais, tanto do Tribunal Penal Internacional como da própria Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e da própria Corte Interamericana de que esses crimes são imprescritíveis. Portanto, nós precisamos urgente de uma revisão da Lei de Anistia para que essas pessoas respondam. Nós temos um caso atualmente na Justiça brasileira, mas não é no âmbito criminal, que é o caso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, uma ação movida pela família de Maria Amélia Telles, que foi uma perseguida política, torturada, inclusive participa do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, mas é na Justiça civil, na prática, uma reparação de danos.


Fonte: Conversa Afiada

24 de outubro: marcha pelos direitos da classe trabalhadora



Fernando Silva

No próximo dia 24 de outubro milhares de trabalhadores, trabalhadoras, estudantes e militantes de movimentos sociais estarão em Brasília para realizar uma grande marcha de protesto.


Motivos não faltam.

Por trás dos números do crescimento econômico, cantados em verso e prosa pelo governo Lula, esconde-se uma brutal ofensiva sobre os direitos sociais e trabalhistas, um aumento da superexploração do trabalho e da precarização do emprego, amparados em um crescente processo de repressão e criminalização dos movimentos sociais das classes trabalhadoras.


Também será uma oportunidade de protestarmos contra a corrupção sistêmica nos podres poderes da república, com especial relevância na conjuntura atual para o alastramento da corrupção no Senado, não apenas restrita ao governista Renan Calheiros, mas agora com fortes evidências de que o “valerioduto” começou com o “tucanoduto”, na figura do senador Eduardo Azeredo.


Aliados na corrupção, aliados na ofensiva contra os direitos dos trabalhadores.


Um projeto que visa limitar o direito de greve foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (isso mesmo, do Senado, que não deveria ter mais legitimidade para aprovar nada, menos ainda em se tratando de direitos sociais).


Vale destacar que esse projeto anti-direito de greve vem sendo costurado pelo governo Lula desde o primeiro semestre e contou, nessa primeira fase do Senado, com o apoio entusiasmado, entre outros, de Eduardo Azeredo...


O segundo objetivo deste projeto contra as greves é facilitar a implantação de reformas neoliberais, especialmente a (terceira) da Previdência Social, que está no forno e que vem para tentar acabar com o direito da aposentadoria e com o aumento da idade mínima para homens e mulheres, entre outras medidas.


Enquanto isso, o governo tucano de José Serra em São Paulo incrementa a criminalização e a repressão. Foram 66 metroviários afastados ou demitidos desde o final do primeiro semestre; nesse momento, há 100 militantes do MST indiciados em inquérito policial após a jornada de lutas pela educação e a violenta desocupação pela tropa de choque da PM na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Há sete estudantes da Unicamp indiciados após a greve e ocupação nesta Universidade.

E sobre as condições de trabalho no governo Lula?

Para este assunto, ficamos em apenas em um exemplo: o devastador estudo feito pela socióloga da Unesp Maria Aparecida de Moraes e Silva*, sobre a condição de trabalho dos cortadores de cana no estado de São Paulo.

Segundo essa pesquisa, o tempo de vida útil de um cortador de cana na região de Ribeirão Preto não chega a 15 anos de trabalho, comprovadamente inferior, segundo a socióloga, ao tempo de vida útil dos negros em alguns períodos da escravidão no Brasil!

Este padrão de exploração do trabalho é o mesmo padrão que o capitalismo busca implantar em todo o planeta. Para conseguir impor esse “modelo asiático” de exploração será necessária a combinação de repressão com limitação do direito de greve, embora seja parte do arsenal do governo e do capital a cooptação de setores do movimento para legitimar ou esconder essa situação.

Portanto, o próximo dia 24 em Brasília é uma nova oportunidade para denunciar ampla e claramente ao país a sórdida unidade, sob o manto da manutenção da política econômica neoliberal, entre governo Lula e tucanos quando se trata de afrontar os direitos dos trabalhadores.

Será nova oportunidade para potencializar a necessária unidade de todos os setores e segmentos combativos da classe trabalhadora, que não se limitam em lutar contra os governos tucanos e esconder ou proteger o governo Lula.

Na defesa dos direitos da classe trabalhadora, contra a reforma da Previdência, contra a criminalização dos movimentos sociais e na defesa do direito de greve, contra a corrupção e todos os corruptos, o movimento social e estudantil combativos têm um encontro marcado dia 24 de outubro em Brasília.

*Atrás das cortinas no teatro do etanol, publicado na Folha de S.Paulo em 02/10/2007

Fernando Silva é jornalista, membro do Diretório Nacional do PSOL e do conselho editorial da revista Debate Socialista.