segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

CARNAVAL URIBISTA NA COLÔMBIA

Por Raul Fitipaldi.

“Não cabe a menor dúvida que a marcha de quatro de fevereiro é convocada pelo uribismo contra o presidente Chávez e a favor da guerra. Apenas basta reconhecer os que convocam na Colômbia e no mundo, entre eles a terrorista Associação Cubano- Americana de Miami. As consignas fomentam o ódio contra Venezuela bolivariana e contra a figura do Presidente Chávez, assim como mexem nas chagas da confrontação na Colômbia. No fundo, opõem-se à troca humanitária e favorecem os operativos militares de resgate; fomentam a militarização da vida nacional e as vias de força que auspicia o governo de Uribe Vélez e que cavalgam na “segurança democrática".

*Carlos Lozano Guillén

O corso uribista convoca. A ala do crime organizado vai desfilar em 4 de fevereiro apoiando o Plano Colômbia e todas suas reedições. As curiosas mascarinhas vão berrar e denunciar com histeria o que mais anseiam: a dependência, o sonho dourado de ser uma Miami de segunda pelos séculos dos séculos, amém. Sem terras cultiváveis, sem aparelho produtivo, com um aumento fatal da pobreza e dos desalojados. Triste máquina narcotizada a serviço da noite nova-iorquina. Perversa ladainha de acomodados aos que lhe importa uma nada a miséria, a acumulação das doenças e a dor; tudo o que se passe fora de Bogotá, Medellín, Cáli e Barranquilla. O lixo espiritual da Colômbia vai desfilar em favor da morte, do massacre, o narco-paramilitarismo terrorista, o governo colonizado, as transnacionais e os gringos do norte. As mitras adornarão a avenida. Que procuram com esse divertido espectro carnavalesco? Vejamos para o que estão convocando.

O evento se chama: Grande Marcha Nacional e Internacional contra as FARC. Pelo que se observa, as palavras “em favor”, a idéia de acordos humanitários, a tolerância, não estão na liturgia deste grêmio carnavalesco. Dizem, em uma das convocatórias que aparecem na Internet que querem mostrar sua raiva; muito cristão de sua parte. Ah, mas depois dizem que não querem mais o uso das armas para obter o poder, que querem ser ouvidos, querem ser levados em conta. Será que Álvaro Uribe Vélez não dá bola a esta boa gente que está com raiva? Mas, se são seus próprios eleitores, são os que respondem às ligações das pesquisas que só se realizam naquelas cidades onde a classe média pode dançar conforme a cúmbia comandada pela família Santos. Que ingrato!, Se nessas cidades ele tem segundo as pesquisas feitas à medida do excelentíssimo, o 80% do apoio popular. Olhem, se na convocatória escreveram “somos os melhores que não aparecemos como notícia”, mas, por quê os jornais da oligarquia colombo-ianque-espanhola não tiram uma fotinho, pelo menos, dos seus amiguinhos?

Os bonzinhos burgueses convidam a desfilar com camisetas brancas, bandeiras brancas, com flores, bom, nada que seja negro, índio, tudo branquinho e perfumado. Convidam à família, filhos e filhas, aos amigos, aos seus amigos, para que se faça “um alto no caminho para que as FARC entendam que NÃO OS QUEREMOS”. Imagino que as FARC também não os devem querer muito. Porque não dá pra querer a todos por igual num país onde, goste ou não a estes chiques, há uma guerra, e o país está dividido territorial, geopolítica e economicamente, onde há um combate entre o narcotráfico, os paramilitares, os meios de comunicação, o governo central, as multinacionais e o imperialismo de um lado, e do outro as FARC e o ELN. Finalmente, os que convocam dizem que são muitos mais os colombianos que não utilizam a violência como uma ferramenta de poder. É verdade, segundo informes independentes realizados por diversas organizações, a associação terrorista que governa o país quase ostenta a exclusividade das chacinas, as mentiras e as corrupções da Colômbia. O mais rápido possível, haveria que tirar de Uribe e seus amigos, as armas com as que estão liquidando ao povo neo-granadino e dando de presente o país ao seu amo de Washignton.

Segundo registra um artigo do jornal El Espectador de Bogotá, assinado pelo advogado Ivan Cepeda, “em menos de duas semanas os grupos paramilitares – agora mimetizados na imprecisa definição de bandas emergentes – assassinaram 12 pessoas, desapareceram a 9 e desalojaram a outras 120, no território de El Palmar, Nariño, assassinaram 4 adultos e um menor. O ex-governador desse departamento, Eduardo Zúñiga, atribui o massacre a paramilitares. Esse mesmo dia em Medellín, foi desaparecido o advogado Victor Hugo Gallego, da Corporação para a Paz e o Desenvolvimento Social, Corpades.” “Em 11 de janeiro de 2008, enquanto se realizava uma festa familiar no bairro ‘Once de Noviembre’, vários homens armados chegaram disparando, assassinaram 5 pessoas e feriram mais 3. As vítimas eram líderes comunitários. Em 14 de janeiro, a Promotoria do Povo informou que um grupo paramilitar ingressou em Santa Mônica, departamento del Chocó, assassinou duas pessoas, levou-se outras 8 e desalojou perto de 120 habitantes da população.

Cabe acrescentar a estes graves fatos que recentemente em Bucaramanga apareceram em lugares públicos mensagens ameaçadoras do grupo ‘Águias Negras’. O prefeito da cidade desestimou as ameaças dizendo que estes grupos não têm presença ali. No entanto, num informe de 2007, a Promotoria do Povo advertia que no departamento de Santander se registra a existência de tais agrupações. Isto significa que em quatro departamentos do país e em menos de 15 dias, os paramilitares cometeram duas chacinas, várias desaparições forçadas, e provocaram o translado forçoso massivo depois de una intromissão armada.”

Cepeda se dirige a Uribe nestes termos: Que se pode esperar desses funcionários e instituições quando a atitude do Governo Nacional está marcada pelo silêncio e a negação? Em lugar de condenar essas atrocidades, o Senhor Presidente, empenha-se em tentar convencer ao país e o mundo que os grupos paramilitares já não existem na Colômbia; uma afirmação que desmentem irrefutavelmente os fatos. Quando se pronunciará o Senhor sobre os crimes contra a humanidade que seguem cometendo os grupos paramilitares? Quando haverá uma alocução solene para condenar as desaparições forçadas massivas que levaram milhares de compatriotas a fossas comuns e cemitérios clandestinos? Quando o Governo Nacional se pronunciará oficialmente contra o desalojamento forçado praticado pelos paramilitares que lhe arrebataram a terra a milhões de compatriotas?

É verdade que o seqüestro é uma prática criminal que a sociedade colombiana não deve tolerar sob nenhum conceito. Mas, na Colômbia não só existem centos de seqüestrados pelas guerrilhas. Há milhares de desaparecidos, assassinados e desalojados por agentes estatais e pelos grupos paramilitares que, como o Senhor lembrará, foram auspiciados faz mais de uma década através das empresas de segurança Convivir. Essa realidade não se esvairá com a teimosa insistência do Governo numa concepção unidimensional do terrorismo”.

Iván Cepeda é advogado especialista em direitos humanos, diretor da Fundação “Manuel Cepeda Vargas” e membro do Movimento Nacional de Vítimas de Crimes do Estado. Junto com outros defensores/defensoras dos direitos humanos, colaborou na documentação de aproximadamente 40.000 casos de sérias violações aos direitos humanos, cometidas na Colômbia desde 1996, noticia El Espectador.Não deveriam os colombianos ocupar a rua, as praças de toda Colômbia pedindo uma resposta imediata às perguntas de Cepeda, em lugar de juntar uma tropa de marionetes para desfilar pela paz dos ricos e de uma classe média que se espelha na Globovisão e dela se alimenta para opinar, pular, rir e chorar como uma banda de bobos, que relembra às senhoras e senhoritas chiquérrimas que faziam panelaços nos bairros acomodados de Santiago de Chile contra Allende. Essa barulheira igualzinha de atordoada à que em Caracas, cada tanto invade as ruas para que derrubem o “negro nojento” que lhes tirou PDVSA.

O senador Petro do partido Pólo Democrático Alternativo colombiano declarou à União Rádio da Venezuela: “A crise humanitária colombiana, tal e como se está apresentando perante o mundo pareceria que se reduz à situação das pessoas nas mãos das FARC. Mas, isto é só uma parte, a ponta do iceberg da enorme crise humanitária na qual se encontra Colômbia. A outra parte, submergida, é a dos 4 milhões de desalojados, despossuídos de todas suas propriedades por um sistema que diz oferecer ante todo a “sagrada propriedade privada”, - quase o 10% da população total do país! – que tem originado a política agrária de concentração de terras e a guerra, conscientemente planejada e aprovada pelo governo por via de leis ditadas ah hoc, terras que foram parar a mãos de paramilitares e narcotraficantes, convertidos em terratenentes da noite para a manhã, e às empresas agroindustriais, mineiras, petroleiras, turísticas, etc.”

Tem razão o senador do Pólo Democrático Alternativo. Mas, além disso, deixa em claro que há outra verdade na Colômbia, fora da verdade cristalizada na mídia multinacional, cantada em verso e prosa por Uribe e seus sócios. Essa verdade não tem espaço no sistema de descomunicação dominante. Como também ficou evidente durante os diversos governos colombianos e em cada uma das tentativas para a paz iniciadas, que o governo neo-granadino tem medo da paz. Se Colômbia tivesse acesso um dia à paz verdadeira, democrática e soberana, a sorte de Uribe não seria diferente da que tiveram personagens tenebrosos da América Latina como Alberto Fujimori e Manuel Noriega. Uribe precisa cumprir suas obrigações com os Estados Unidos para seguir livre embora forme parte da lista de 82 imputados por seus próprios patrões gringos por corrupto. Se não se comporta bem, já sabe: a Noriega lhe custou 17 anos de cana. Tornou-se velho na prisão ianque quando não lhe serviu mais ao patrão.

E esse patrão não só vigia de perto, como que ocupa o território colombiano e quando alguma coisa não sai como desejam, por exemplo: a concretização da entrega unilateral de Clara Rojas, Consuelo González e o menino Emmanuel, feita pelas FARC em desagravo ao Presidente Chávez e à senadora negra colombiana Piedad Córdoba, descem até os infernos da Colômbia o subsecretário de Estado para Assuntos Hemisféricos imperialista, Thomas Shannon, o czar “antidrogas” John Walter e a dita cuja Condoleezza Rice. E não têm a menor vergonha de falar inclusive com os que são chefes de verdade, como anunciam os meios do sistema (EFE/El Tiempo) sem o menor pudor:

“Um grupo de paramilitares supostamente desmobilizados reuniu-se nesta sexta-feira (25/1/08) com Rice num parque de ciência e tecnologia de Medellín.

Na cita, os supostos ex - paramilitares aproveitaram para contar-lhe à funcionária suas experiências na vida civil e os programas de reincorporação que empreendeu o Governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, cuja eficácia foi colocada em xeque por diversos porta-vozes dentro e fora de Colômbia.

Incluso o ex-chefe das Autodefesas Unidas de Colômbia (AUC), Salvatore Mancuso, afirmou publicamente que grupos dessa agrupação de extrema direita estiveram se rearmando.

Em fevereiro de 2007, Mancuso assegurou que aproximadamente uns 5 mil combatentes paramilitares que supostamente tinham se desmobilizado se tinham organizado novamente.

Antes Mancuso, em dezembro de 2006 o porta-voz e ex - comandante das AUC Ernesto Báez advertiu também acerca de um rearme de paramilitares desmobilizados, trás a ruptura de um diálogo de paz que mantinha o Governo colombiano e esse grupo de ultra-direita.

Báez asseverou que o programa oficial de re-inclusão de paramilitares “fracassou” e que atualmente existem 31 mil paramilitares que, segundo o Governo colombiano, foram desmobilizados e não receberam nenhum dos benefícios oferecidos pelo Executivo ao início do acordo de paz.”

Os próprios delinqüentes demonstram que o governo não quer a paz. Há uma associação terrorista conduzindo Colômbia que não procura, nem lhe interessa, nem tenta a paz. Porque a paz significaria um desastre para seus negócios, e para os negócios do patrão. Há que seguir fabricando drogas na Colômbia para que os Estados Unidos possam seguir consumindo. Há que seguir matando para que se possa calar a verdade de décadas de desmembramento social e que os responsáveis, antes e durante o governo de Uribe, não paguem nem por um só dos seus delitos. Há que seguir esvaziando o campo para que as multinacionais norte-americanas e européias os usem como melhor lhes aproveite. Há que seguir ocultando as contas do endividamento do Estado colombiano e os benefícios imensuráveis que obtêm todos os dias os bancos espanhóis e os meios de descomunicação multinacionais que ditam a mentira que deve ser anunciada a cada hora na Colômbia. Há que seguir recebendo e vendendo armas.

Pois, todos os habitantes desta América Latina, seja qual for nossa nacionalidade, temos que estar atentos a isto, porque simplesmente Colômbia a mercê dos gringos significa o Império em nossa Pátria Grande. É a Lei Patriótica por inteiro nas terras latino-americanas. É o tráfico de drogas, a morte e o desalojamento humano arregimentado, como acontece na Palestina. É a desestabilização de todos e cada um dos governos populares da região. O governo Uribe significa isso e nada mais do que isso. Portanto, é necessário responder-lhe a esse desfile carnavalesco da burguesia e da oligarquia colombiana com todo tipo de expressões que exijam a paz imediata na Colômbia, a troca humanitária que libere os retidos da guerrilha e os presos políticos que lotam as prisões colombianas, a derrota deste governo lacaio do Império, seu julgamento por uma justiça independente e a integração do povo colombiano à Nova Época política e social que vive América Latina. Uma marcha verdadeira a caminho da paz é indispensável.

* Carlos Lozano Guillén é Diretor do Semanário La Voz e dirigente do Partido Comunista Colombiano.

RACISMO, SEGREGAÇÃO E O DEBATE SOBRE COTAS EM UNIVERSIDADES

Por Conca D. Maçaneiro.

O Racismo, apesar de suposta baixa intensidade em que se entremostra no Brasil, é possível percebê-lo operando de forma massiva em todos os espaços institucionais e sociais. Você teme uma guerra entre raças por causa das cotas em universidades? Mas esta guerra já existe há muito tempo. Você não a percebe, porque ela se apresenta de forma regulamentada, perfeitamente assimilável pelos sistemas burocráticos dos Estados, pelo Direito, pela polícia, pelo governo eventual, pela historiografia e, conforme acrescenta ainda, *Langer & Cemin (2003; 244), pelos “tão propalados memoriais aos pioneiros (que sempre homenageiam o colono europeu) e os festejos municipais que enaltecem as etnias européias, são exemplos do eurocentrismo que impregnou o senso comum e a historiografia sul-brasileira”. Mas, é, sobretudo pelo “sistema de gestão diferenciada de criminalidades”, segundo **Michel Foucault, que se percebe a natureza e o objetivo implícito nas formas jurídicas – “uma forma regulamentada de promover a guerra” (Foucault, 1973 ; 56-57). Daí que, esse modelo de Estado se apresenta como uma máquina de produzir paredes de manicômio (presídios e penitenciárias) em detrimento das já putrefatas paredes de salas de aula e das pouco existentes bibliotecas públicas.

Esta guerra começa a intensificar-se à medida que se traz ao debate, o sistema de “cotas raciais”, como uma medida de caráter compensatório, como de fato deve ser entendida, pois não deixa de ser um paliativo, em que se Muda, mas não se Transforma. Porém, neste debate houve uma incrível perda de objeto (corroborado principalmente pela grande mídia e mídia local, como sentinela do poder econômico a quem serve de porta voz, à medida que depende de suas relações comerciais). O problema fundamental não está nas cotas, mas na falta de vagas, pois a Educação não é “merecimento” e sim, um direito! E se é um direito e não um merecimento, por ter atingido o percentual desejável em uma prova que somente mede “assimilação” e não “aprendizado”, conclui-se, dessa forma, que o senso comum está equivocado, haja vista, que a segregação é o produto final da exclusão e não o da inclusão. Mas, enquanto persistirem governantes construtores de penitenciárias e não de escolas e universidades públicas, ficará mesmo muito difícil, acabar com este estado de anomalia social.

Não temos que lutar contra as cotas em universidades, temos que lutar pela universalização do acesso ao ensino público, pelo fim do sistema arcaico de vestibulares que beneficiam o estudante de escola particular treinado para se dar bem em provas de “múltipla escolha” enquanto os de escolas públicas são treinados para servir o patrão, a serem submissos, obedecer as autoridades, enfim, para serem “corpos úteis” e “omissos” (Foucault, 1973) para servir a uma engrenagem e alimentar o seu círculo dominante.

Deseja opinar sobre o assunto?

Então pode enviar sua mensagem para dmanzanero@gmail.com.

NOTAS

* LANGER, Protasio Paulo; CEMIN, Valdir. Conflitos Étnicos no Oeste de Santa Catarina (Artigo). Chapecó: CEOM-ARGO, vol. 17, nº 18, 2003.

** MICHEL FOUCAULT, foi um pensador e escritor francês contemporâneo, nasceu em 1926 e morreu em 1984. Formado em Filosofia e Psicopatologia, foi discípulo de Louis Althusser. Concentrou sua inteligência na reflexão de graves problemas do ser humano e da sociedade. Notabilizou-se por obras tais como História da Loucura (1961), A Arqueologia do Saber (1969), além de A Verdade e as Formas Jurídicas (1973) e Vigiar e Punir, publicado em 1975, e que ora apresentamos.

Ilusão do Sufrágio Universal





Mikhail Bakunin


Os homens acreditavam que o estabelecimento do sufrágio universal garantia a liberdade dos povos. Mas infelizmente esta era uma grande ilusão e a compreensão da ilusão, em muitos lugares, levou à queda e à desmoralização do partido radical. Os radicais não queriam enganar o povo, pelo menos assim asseguram as obras liberais, mas neste caso eles próprios foram enganados. Eles estavam firmemente convencidos quando prometeram ao povo a liberdade através do sufrágio universal. Inspirados por essa convicção, eles puderam sublevar as massas e derrubar os governos aristocráticos estabelecidos. Hoje depois de aprender com a experiência, e com a política do poder, os radicais perderam a fé em si mesmos e em seus princípios derrotados e corruptos.

Mas tudo parecia tão natural e tão simples: uma vez que os poderes legislativo e executivo emanavam diretamente de uma eleição popular, não se tornariam a pura expressão da vontade popular e não produziriam a liberdade e o bem estar entre a população?

Toda decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular deve e pode representar a verdadeira vontade do povo. Instintiva e inevitavelmente, o povo espera duas coisas: a maior prosperidade possível combinada com a maior liberdade de movimento e de ação. Isto significa a melhor organização dos interesses econômicos populares, e a completa ausência de qualquer organização política ou de poder, já que toda organização política se destina à negação da liberdade. Estes são os desejos básicos do povo.
Os instintos dos governantes, sejam legisladores ou executores das leis, são diametricamente opostos por estarem numa posição excepcional.

Por mais democráticos que sejam seus sentimentos e suas intenções, atingida uma certa elevação de posto, vêem a sociedade da mesma forma que um professor vê seus alunos, e entre o professor e os alunos não há igualdade. De um lado, há o sentimento de superioridade, inevitavelmente provocado pela posição de superioridade que decorre da superioridade do professor, exercite ele o poder legislativo ou executivo. Quem fala de poder político, fala de dominação. Quando existe dominação, uma grande parcela da sociedade é dominada e os que são dominados geralmente detestam os que dominam, enquanto estes não têm outra escolha, a não ser subjugar e oprimir aqueles que dominam.

Esta é a eterna história do saber, desde que o poder surgiu no mundo. Isto é, o que também explica como e porque os democratas mais radicais, os rebeldes mais violentos se tornam os conservadores mais cautelosos assim que obtêm o poder. Tais retratações são geralmente consideradas atos de traição, mas isto é um erro. A causa principal é apenas a mudança de posição e, portanto, de perspectiva.

Na suíça, assim como em outros lugares, a classe governante é completamente diferente e separada da massa dos governados. Aqui, apesar da constituição política ser igualitária, é a burguesia que governa, e é o povo, operários e camponeses, que obedecem suas leis. O povo não tem tempo livre ou educação necessária para se ocupar do governo. Já que a burguesia tem ambos, ela tem de ato, se não por direito, privilégio exclusivo. Portanto, na Suíça, como em outros países a igualdade política é apenas uma ficção pueril, uma mentira.

Separada como está do povo, por circunstâncias sociais e econômicas, como pode a burguesia expressar, nas leis e no governo, os sentimentos, as idéias, e a vontade do povo? É possível, e a experiência diária prova isto. Na legislação e no governo, a burguesia é dirigida principalmente por seus próprios interesses e preconceitos, sem levar em conta os interesses do povo.

É verdade que todos os nossos legisladores, assim como todos os membros dos governos cantonais são eleitos, direta ou indiretamente, pelo povo. É verdade que, em dia de eleição, mesmo a burguesia mais orgulhosa, se tiver ambição política, deve curvar-se diante de sua Majestade, a Soberania Popular. Mas, terminada a eleição, o povo volta ao trabalho, e a burguesia, a seus lucrativos negócios e às intrigas políticas. Não se encontram e não se reconhecem mais. Como se pode esperar que o povo, oprimido pelo trabalho e ignorante da maioria dos problemas, supervisione as ações de seus representantes? Na realidade, o controle exercido pelos eleitores aos seus representantes eleitos é pura ficção, já que no sistema representativo, o controle popular é apenas uma garantia da liberdade do povo, é evidente que tal liberdade não é mais do que ficção.
ABORTO, UM CONVITE À DISCUSSÃO


Tão vivas em 2007 por conta da visita do Papa ao Brasil e dos posicionamentos públicos do ministro da saúde José Gomes Temporão, a polêmica ao redor da prática do aborto aparentemente promete voltar aos noticiários nos próximos meses. A sociedade brasileira, após ter ensaiado um princípio de reflexão, muito primário devido ao machismo e à alienação que a caracterizam, será novamente convidada a se questionar sobre a descriminalização, sobre a legalização e sobre a suposta imoralidade da prática – três discussões que podem ser tomadas como distintas.

O lançamento da Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e Defesa da Vida”, no dia 6 de fevereiro, é parte da ofensiva da Igreja Católica contra o aborto, batalha que ficou clara ao tematizar o primeiro pronunciamento do pontífice Bento XVI em terras brasileiras, em maio do ano passado. Entretanto, os grupos pró-aborto já estão se organizando contra a ofensiva, e o Dia Internacional das Mulheres, em 8 de março, deve ser marcado pela batalha em prol da legalização da prática.

O Rio de Janeiro já conta, desde agosto de 2007, com um Comitê pela legalização, composto por cerca de 25 entidades e organizações. Na reunião do último dia 17 de janeiro, o comitê decidiu que vai propor às outras organizações que tradicionalmente organizam o 8 de março a marcar as manifestações pela luta por legalização. Eles também planejam organizar manifestações pró-aborto todos os meses, no dia 28.

Talvez seja por razões religiosas que grande parte da sociedade se nega a discutir o assunto, permanecendo numa postura de condenação radical. Mas se propusessem a analisar a polêmica sobre o aborto a partir do que o assunto tem de inquestionável – os dados – é provável que muitas pessoas, mesmo que permaneçam condenando a prática, reconheçam a necessidade da legalização.

Basta dizer que a legislação anti-abortiva não impede a realização do aborto. Os países onde o aborto é permitido têm índice semelhante de cirurgias aos que o proíbem. Aproximadamente um terço das gestações termina em aborto em todos os países. A diferença é que em paises onde se proíbe, como o Brasil, as cirurgias causam seqüelas mais freqüentes e sérias nas mulheres.

No Brasil, cerca de 1,1 milhão de abortos são realizados anualmente. 220 a 270 mil mulheres são internadas anualmente no Sistema Único de Saúde com complicações decorrentes das cirurgias. Mais de duzentas morrem por ano, e milhares permanecem com seqüelas. O abortamento inseguro é a quarta causa de morte materna no país, e a curetagem pós-aborto o segundo procedimento obstétrico mais realizado na rede pública.

No mundo, são realizados cerca de 20 milhões de abortos inseguros. 67 mil mulheres morrem em decorrência do aborto. Está claro que a lei não é um bloqueio para a prática. Portanto, aqueles que pretendem lutar contra o aborto, gastariam suas energias de forma mais eficiente brigando por compromissos governamentais com educação sexual do que querendo garantir bloqueios pela lei.

Além disso, a proibição e a criminalização transformam o aborto, em países de enorme desigualdade como o Brasil, em problema social. No Brasil, garotas de classe média ou alta encontram facilmente clínicas clandestinas que, na faixa de dois a cinco mil reais, promovem cirurgias de maior qualidade. Essas mulheres raramente manifestam seqüelas, exceto psicológicas.

A grande massa de mulheres negras e pobres, sem acesso a instrumentos anticoncepcionais ou formação de educação sexual, e muitas vezes abusada sexualmente até pelo marido, é que acaba com efeitos danosos em seu corpo. “Nossa luta, na verdade, é pela universalização do direito ao aborto”, afirma Liliana Maiques, membro do comitê do Rio de Janeiro. “Hoje, no Brasil, quem tem dinheiro faz o aborto, tudo limpinho, na clínica, a hora que quiser. Quem não tem não consegue fazer nem mesmo nos casos garantidos por lei.”, continua.

Mas não são apenas esses os argumentos do comitê, e dos defensores da legalização. Também afirmam que, sendo laico, o estado brasileiro não poderia legislar tomando por base valores religiosos. Defendem também que o aborto deve ser tratado como questão de saúde pública – como sugere a Organização Mundial de Saúde – e que seria um direito das mulheres tomar decisões sobre seus próprios corpos, como os têm os homens. Reivindicam a permissão da prática, por decisão da mulher, até a 12ª semana de gestação, até a 20ª em caso de estupro, e em qualquer momento caso haja má formação do feto.

Estão sintonizadas com o que disse o ministro Temporão, embora discordem em alguns pontos, como o da possibilidade de se fazer um plebiscito para que a sociedade brasileira decida. “Nós não defendemos o plebiscito. Não é uma sociedade machista que vai definir o que a mulher vai fazer com seu corpo”, acusa Liliana.

Após tomar posse, em março de 2007, a postura do ministro foi a de submeter o assunto a debate desde o início – embora nem sempre marcasse claramente seus posicionamentos. Temporão faz questão, inclusive, de frisar que o debate tem que se dar a partir de uma perspectiva de saúde pública. Trata-se, até o momento, do último capítulo da postura flexível do governo Lula no que se refere ao aborto, e de seu constante embate com a Igreja Católica.

Logo que assumiu o poder em 2003, o presidente criou a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, pasta ocupada pela carioca Nilcea Freire. O principal projeto da secretaria era transformar o projeto de lei de descriminalização do aborto 1135/91, que já tramitava há doze anos na câmara, em um PL pela legalização e aprová-lo.

Bastou começarem a brotar os primeiros escândalos de corrupção em 2004, e a CNBB ameaçar firmar uma forte oposição ao governo, pra que Lula recuasse da intenção e esvaziasse politicamente a secretaria. O projeto foi abandonado. Hoje ele se encontra na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, cujo presidente e também relator é o deputado evangélico Jorge Tadeu Mudalen (ex-PFL/SP), radicalmente contrário ao aborto. “Esse é o momento mais desfavorável pela votação do projeto”, avisa Liliana.

A ameaça da CNBB não é única relacionada às lutas pró-aborto. O próprio Papa ameaçou excomungar os políticos católicos que votassem a favor do PL. Em sua vinda ao Brasil, em meio a uma série de requisições que beiravam a insanidade – como o retorno da obrigatoriedade do ensino de religião nas escolas públicas, e o bloqueio a ações trabalhistas contra a Igreja Católica – Bento XVI pretendeu negociar a revisão inclusive dos pontos em que a legislação permite o aborto. O governo, é claro, não cedeu.

A ofensiva católica permanecerá com a Campanha da Fraternidade 2008 – de tema “Fraternidade e Defesa da Vida” e lema “Escolhe, pois, a vida”. Está marcado para 6 de fevereiro, paralelamente à abertura de campanha, do I Congresso Internacional em Defesa da Vida. Na carta de divulgação da C.F., Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, escreveu: “É impressionante o número de abortos clandestinos realizados todos os anos no Brasil. São seres humanos inocentes e indefesos rejeitados, aos quais é negada a participação no banquete da vida”.

Dom Odilo era o secretário-geral da CNBB quando essas resoluções foram tomadas. Em novembro do ano passado, Bento XVI o nomeou cardeal, numa prova de que o chefe-de-estado do Vaticano, como seu colega brasileiro, também tem o hábito de trocar cargos políticos por favores.

Entretanto, é preciso que se registre que, embora o Papa seja conservador, a guerra anti-aborto não pode ser considerada retrato de seu conservadorismo. A ala progressista da Igreja também costuma se mobilizar contra as práticas abortivas. Mas é curioso ver uma instituição religiosa recorrendo a métodos como chantagem e negociatas para defender uma suposta moralidade.

Enfim, a polêmica em torno do aborto será novamente colocada em discussão nos próximos meses. Oxalá a sociedade brasileira esteja melhor preparada para a reflexão, e a grande imprensa saiba estimular o debate com alguma grandeza. Pois é a impopularidade das medidas pró-aborto que impedem o Estado de adotá-las, de forma a se manter fiel a acordos internacionais de que já é signatário, como a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994) e a IV Conferencia Internacional de Mulheres (Pequim, 1995).

Reunião de Organização do 8 de março: 29 de janeiro (terça-feira)


Local: Sindpetro – Av. Passos 34, Centro. Rio de Janeiro – RJ

George Habash - o Herói da resistência Palestina


Herói da Resistência

Ali El-Khatib, da Palestina*

A Palestina está entristecida, os povos árabes e os amantes da justiça e da paz também.
Lá se foi mais um herói da resistência contra o sionismo e o imperialismo estadunidense. George Habash, médico pediatra, marxista-leninista, fundador da frente Popular de Libertação da Palestina e do Movimento Nacionalista Árabe, não se encontra mais entre os grandes lutadores, mas suas idéias, seus princípios a sua garra e visão estratégica continuarão e prevalecerão ante o inimigo.

Com a catastrófica situação em Gaza, os ideais de AL HAKIM se fortalecem.
A grande manifestação ocorrida em Eretz, foi amplamente divulgada para todo o mundo.
Os palestinos, israelenses progressistas tendo a frente Uri Avneri mandaram suas mensagens em árabe, hebraico e inglês para a população de Gaza pela viva voz do celular onde eram reproduzidas por possantes alto-falantes. O mesmo ocorria do lado palestino.

A senhora Murkus, mãe de Amal Murkus, a cantora palestina que esteve duas vezes no Brasil, dirigente do Partido Comunista, uma das lideranças palestinas que recebiam a solidariedade de Uri Avneri, disse-me ontem em sua casa em Kufr Yassuf, próximo a Akka, que os palestinos se sentem cada dia mais fortacelcidos e esperançosos, sabendo que terão muito tempo pela frente, mas que a vitória é uma grande certeza.

Amal Murkus me levou a Akka onde na manhã realizaram um ato de solidariedade.
Em Ramallah tendo a frente o Dr.Mustafa Bargouti, uma manifestação percorreu o trajeto do Instituto Ortodoxo até o centro da cidade, onde os lemas eram: saudações ao Dr.George e fora o Apartheid.

As manifestações correm em toda a Palestina que está de luto oficial por três dias, alias o mundo progressista está de luto.
Hoje durante seus funerais ocorrerão novos atos de solidariedade, apreço e condolências para a família e dirigente da FPLP.

Que a luta incansável do Dr. George Habash, continue por muito tempo servindo de exemplo para todos nós.

Viva a Palestina.
Viava Jerusalém.
Viva os Palestinos.
George Habash, Al Hakim, vive!

*Ali El-Khatib é diretor do Instituto Jerusalém do Brasil

Bikur Ha-Tizmoret



O primeiro filme do israelense Eran Kolirin conta a história de uma banda musical da polícia do Egito que por engano se perde em um deserto em Israel à procura do lugar em que deve se apresentar: o novo Centro de Cultura Árabe. Como não há vestígio de Centro Cultural algum, os músicos, cansados, com fome e com pouco dinheiro, terminam “prisioneiros” num pequeno vilarejo. Sem opção, começam a se relacionar com os (poucos) moradores do lugar, e se desabrocha aí um interessante filme humanista, repleto de melancolia e carinho, que pode ser encarado como uma 'comédia dramática' ou um 'drama divertido'.

Em 'A BANDA' não existe a mínima referência direta a tensões religiosas ou políticas entre os dois povos, que estiveram em guerra por um longo período até 1979. E este contexto lustra a humanidade do filme. Pessoas com fundamentos, aparentemente, tão distintos podem ser muito parecidas. Mesmas esperanças e aspirações, mesmos medos e frustrações. E que podem muito bem ajudarem uns aos outros.

Legenda produzida sem grandes problemas e acredito que ficou a contento.

- Curiosidades:
- Exibido em Cannes 2007 e até saiu de lá premiado.

- Pra quem mora em São Paulo ou no Rio, o filme está ou esteve na seleção das respectivas mostras internacionais de cinema deste ano.

- Supostamente seria a escolha de Israel para competir no Oscar 2008. Mas foi negado por ter relativamente poucos diálogos falados na língua do país. No filme encontramos na verdade muito inglês e bastante árabe também.


Créditos: postmaster-br

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Timor Leste - O Massacre Que O Mundo Não Viu

Documentário sobre a história recente do Timor Leste, ex-colônia portuguesa na Ásia. Após se livrar do domínio português, em 1975, o país foi invadido pela vizinha Indonésia, que durante os 25 anos seguintes promoveu o massacre de cerca de um terço da população local. O drama do povo timorense nunca recebeu a devida atenção da comunidade internacional. Em 1999, após um plebiscito supervisionado pela ONU, foi confirmada a autonomia da região. Ao deixarem o novo Estado, as tropas indonésias vandalizaram 99% do território. A diretora e sua equipe chegaram ao Timor Leste um ano depois e registraram por um mês a nova realidade.

O primeiro contato de Lucélia com a barbárie que acontecia no outro lado do mundo foi em 1995 com a visita do embaixador da causa timorense José Ramos Horta ao Brasil. Ela ficou chocada como aquilo poderia estar acontecendo em plena década de 90.

Quando o professor Ramos Horta e o bispo Belo foram laureados com o Nobel da Paz em 1996, Lucélia foi a Oslo como convidada de honra para a solenidade de entrega do prêmio. Foi lá que surgiu a idéia de se fazer um filme que divulgasse a causa timorense ao mundo, e principalmente no Brasil, que mal ouvira falar em Timor até então.

O projeto foi amadurecendo e só então em 2000, com o apoio do governador Mario Covas (a quem o filme é também dedicado), que alavancou o patrocínio das companhias elétricas Bandeirante Energia S.A. e EDP Brasil, que pôde sair do papel.

Lucélia foi à Timor com um equipe reduzida e durante um mês registrou a trágica situação em que se encontra o povo maubere.

Enquanto a violência explode de uma forma cada vez mais assustadora pelo mundo, o filme trata de um dos mais tristes e cruéis episódios da história do século XX.

Timor Leste é uma pequena ilha localizada entre a Austrália e a Indonésia que foi colonizada pelos portugueses. Desde 1974 quando começou a lutar por sua independência, foi invadida pela Indonésia (maior nação mulçumana do mundo) e teve quase um terço de sua população dizimada.

Quando em 1999 o povo maubere pode finalmente escolher democraticamente entre a independência ou a integração à Indonésia, o país foi barbaramente queimado como marca de despedida.

Lucélia Santos chegou com sua equipe ao país um ano após esse trágico acontecimento e registrou com seu olhar sensível a situação do povo maubere. Sua vida, suas crenças, sua luta, sua esperança, sua tragédia...

Somando a isso um impressionate material de arquivo inédito no Brasil o resultado é um filme que conta toda essa história de uma forma nunca feita antes.

Um filme triste e sensível que mostra de forma forte como a realidade é infelizmente mais cruel e assustadora do que a ficção.
Créditos:makingoff - parkyns
Gênero: Documentário
Diretor: Lucélia Santos
Duração: 75 minutos
Ano de Lançamento: 2001
País de Origem: Brasil
Idioma do Áudio: Português
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0298183/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: DivX
Vídeo Bitrate: 1161 Kbps
Áudio Codec: MP3
Áudio Bitrate: 128
Resolução: 656 x 384
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 29.970 FPS
Tamanho: 1,01 Gb
Legendas: No torrent



- Ganhou o prêmio de Melhor Filme - Documentário, pelo Júri Popular, no Festival de Recife.

- Ganhou o Prêmio Especial Lusofonia, no Cine-Eco 2001.

- Ganhou o ET de Ouro de Melhor Roteiro, no Festival de Cinema de Varginha.

- Recebeu uma indicação ao Prêmio Adoro Cinema 2002, na categoria de Melhor Banner de Promoção.

- Timor Lorosae é a estréia de Lucélia Santos como diretora de um longa-metragem para o cinema.

- Foi exibido no Festival do Rio 2001.

Extras:

- Sérgio Vieira de Mello - Mensageiro da Paz - Curta-Metragem em homenagem à Sérgio Vieira de Mello, com depoimentos de sua mãe, Gilda Vieira de Mello;

- Entrevista com Xanana Gusmão, slíder da resistência timorense e posterior presidente do Timor;

- Entrevista com José Ramos Horta, Ministro das Re3lações Exteriores do Timor, ganhador do Prémio Nobel da Paz;


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