“Ninguém ganha de nós no grito”, diz pastor do PSC sobre CDHM
Da Redação do SUL21
Em entrevista ao jornal O Globo, o principal articulador da eleição
de Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da
Câmara Federal, o presidente executivo do PSC, pastor Everaldo Dias
Pereira disse que a disputa foi “para ganhar ou perder”. Alegando que o
espaço foi uma das opções dadas pela base aliada do governo Dilma, o
pastor afirmou que os protestos populares não vão mudar a decisão da
eleição. “Ninguém ganha de nós no grito. Ele não vai abandonar em
hipótese alguma”, falou.
Na opinião do presidente executivo do PSC, os protestos em
contrariedade ao nome de Marco Feliciano são descabidos e carregados de
intolerância. “Aquele protesto dos ativistas gays na comissão… Se fossem
evangélicos, seríamos massacrados. Com todo o respeito, se quiséssemos,
colocaríamos ali, fácil, duzentas, quinhentas mil pessoas para fazer
barulho”, falou.
Sobre as acusações de homofobia e racismo contra Feliciano, ele
reafirma “que o princípio cristão é que casamento se dá entre homem e
mulher. Não abrimos mão disso. Se a pessoa quer ser homossexual,
problema dela. É o livre-arbítrio. Mas respeitem o que pensamos”.
Governo concedeu a Comissão de Direitos Humanos ao PSC, afirma pastor
A presidência da Comissão de Direitos Humanos foi parar nas mãos do
PSC, após votação secreta e não comunicada à Mesa Diretora, por
desacordo com o PT, afirma o presidente do PSC, Everaldo Dias Pereira.
“Essa comissão veio parar em nossas mãos porque não cumpriram acordo
conosco. Era para continuarmos na presidência da Comissão de
Fiscalização e Controle, como foi em 2011 e 2012. Não cumpriram e, no
final, sobrou Direitos Humanos ou Comissão de Participação Legislativa.
Escolhemos a primeira”, disse.
Apesar de conceder a CDHM ao PSC, o governo não estaria interessado
no nome de Marco Feliciano e, segundo o pastor, a ministra dos Direitos
Humanos, Maria do Rosário teria manifestado isso ao líder do PSC, André
Moura, por telefone. “Não conseguimos indicar um garçom sequer no
governo. Somos da base aliada, mas nunca nos convidaram para o
banquete”, falou.
Informações do O Globo