Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Louis Armstrong - First Class Jazz - 2006
01 - Louis Armstrong - Coal Cart Blues [02:57]
02 - Louis Armstrong With Gordon Jenkin's Orch [02:54]
03 - Louis Armstrong & The Allstars - New Orle [06:45]
04 - Louis Armstrong With Louis Jordan & His T [03:07]
05 - Louis Armstrong - When It's Sleepy Time D [03:16]
06 - Louis Armstrong - Introduction + Basin St [06:19]
07 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - Moonl [03:44]
08 - Louis Armstrong - Introduction + Dear Old [04:21]
09 - Louis Armstrong - And the Angels Sing [02:55]
10 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - I Won [04:47]
11 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - Bess, [05:31]
12 - Louis Armstrong & Oscar Peterson - Blues [05:16]
13 - Louis Armstrong & Oscar Peterson - What's [02:43]
14 - Louis Armstrong - Shadrack [02:47]
15 - Duke Ellington & Louis Armstrong - Solitu [04:55]
16 - Duke Ellington & Louis Armstrong - It Don [03:58]
17 - Louis Armstrong - A Kiss to Build A Dream [04:35]
Urariano Mota: Começam a justificar a tortura, perigo à vista
Do blog VIOMUNDO
por Urariano Mota, em Direto da Redação, dica de Paulo Dantas e Artur Scavone
Recife (PE) – Nesta quinta-feira, Contardo Calligaris na Folha de São Paulo deu à sua coluna o mesmo título desta agora. Diz ele:
“O saco plástico do capitão Nascimento
funciona. Os ‘interrogatórios’ brutais do agente Jack Bauer, na série
“24 Horas”, funcionam. E, de fato, como lembra ‘A Hora Mais Escura’, de
Kathryn Bigelow, que acaba de estrear, o afogamento forçado e repetido
de suspeitos detidos em Guantánamo forneceu as informações que
permitiram localizar e executar Osama bin Laden.
Nos EUA, na estreia do filme, alguns se
indignaram, acusando-o de fazer apologia da tortura. Na verdade, o filme
interroga e incomoda porque nos obriga a uma reflexão moral difícil e
incerta: a tortura, nos interrogatórios, não é infrutuosa -se quisermos
condená-la, teremos que produzir razões diferentes de sua inutilidade”.
Antes de mais nada, vale ressaltar que há muito o cinema
norte-americano naturaliza a tortura, a injustiça, a exclusão. Desde
Hollywood ele tem sido sentinela avançado do modo capitalista, na
propaganda dos valores da formação do homem norte-americano. De
passagem, lembro um filme de Ford (sim, do grande Ford) em que John
Wayne ouve a seguinte frase do empregado do hotel: “você e o cachorro
sobem, mas o índio não”. O que dizer de 007, por exemplo, em sua cruzada
contra os comunistas? O que falar dos mexicanos e índios, sempre
pintados como bandidos desde a nossa infância? O que dizer da ausência
de interioridade nos personagens negros que apareciam em seus filmes,
sempre em posição subalterna ou de pianista para o amor do casal
romântico?
O fundamental é que no fim do texto Calligaris conclui:
“Uma criança foi sequestrada e está
encarcerada em um lugar onde ela tem ar para respirar por um tempo
limitado. Você prendeu o sequestrador, o qual não diz onde está a
criança sequestrada. Infelizmente, não existe (ainda) soro da verdade
que funcione. A tortura poderia levá-lo a falar. Você faz o quê?”.
Esse é um recurso de justificativa da tortura é manjado. Seria algo como:
- Você é capaz de matar uma criança?
- Não, claro que não.
- E se a criança fosse uma terrorista?
- Crianças não são terroristas.
- E se ela estivesse domesticada, com lavagem cerebral, que a tornasse uma terrorista?
- Ainda assim, de modo algum eu a veria como uma terrorista.
- E se essa criança trouxesse o corpo cheio de bombas?
- Eu preferiria morrer a matá-la.
- E se essa criança, com o corpo de bombas, entrasse para explodir uma creche?
- Não sei.
- E se nessa creche estivessem os seus filhos e as pessoas que você ama?
- Neste caso…
E neste caso estariam justificados os fuzilamentos de meninos que
atiram pedras em tanques de Israel. E neste caso, num desenvolvimento
natural, estaria justificado até o assassinato dos que lutam contra a
opressão, porque mais cedo ou mais tarde se tornarão terroristas. E para
que não vejam nisto um exagero, citamos as palavras de Kenneth Roth,
da Human Rights Watch: `Os defensores da tortura sempre citam o cenário
da bomba-relógio. O problema é que tal situação é infinitamente
elástica. Você começa aplicando a tortura em um suspeito de terrorismo, e
logo estará aplicando-a em um vizinho dele` “.
É monstruoso, é um atestado absoluto do desprezo pela pessoa, que na
mídia se discuta hoje não a moralidade da tortura, mas a sua eficiência.
Esse deslocamento de humanidade – que sai da moral para descer no mais
útil - é sintomático de que não basta mais ser brutais em segredo, na
privacidade, escondido. Não. Há de se proclamar que princípios
fundamentais da barbárie sejam fundamentos de cidadania. Assim como os
defensores da ditadura têm a petulância de vir a público dizer que
apenas se matavam terroristas, portanto, nada de mais; assim como o cão
hidrófobo que leva o nome de Bolsonaro – e nesse particular, ele é da
mesma raça e doença dos fascistas em geral – zomba sobre os cadáveres de
socialistas, agora nas tevês, no cinema, passam à justificação moral da
tortura.
Perigo à vista. Nós, os humanistas, temos adotado até aqui uma
atitude passiva, ordeira, o que é um claro suicídio. Esse ar de
bons-moços que andam pela violência como Cristo sobre as águas, além de
suicídio, porque nos afundaremos todos, é, antes do desastre, um
recolhimento da ética para os fundos que defecam.
Entendam. Longe está este colunista da valentia e poderosas forças.
Mas nós que não sabemos atirar balas ou socos, temos que agir com as
armas que a dura vida nos ensinou: escrevendo. E como temos sido
omissos.
CADA UM TEM A BLOGUEIRA CUBANA QUE MERECE
Do blog CLOACA NEWS
Norelys no BlogProgRS, em mesa mediada por Carla Kunze (Café & Aspirinas) CLIQUE PARA AMPLIAR Foto: Cris Rodrigues |
.
Enquanto nossa imprensa golpista e pestilenta regozija-se com a tourneé internacional da Rapunzel do Caribe, a blogosfera suja comemora a primazia de ter trazido uma blogueira cubana
ao Brasil antes de qualquer um. Aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de maio
de 2011, no 1º Encontro de Blogueir@s e Tuiteir@s do Rio Grande do Sul (BlogProgRS), realizado na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Convidada de honra do evento, Norelys Morales Aguilera, titular do blog IslaMía,
veio diretamente de Havana, sem escolta policial, contar suas
experiências e falar do ativismo digital n'A Ilha dos comedores de
criancinhas. Para conferir as terríveis privações a que Norelys é
submetida diariamente, visite também El Blog de Norelys, integrante da rede Blogueros y Corresponsales de la Revolución.
O titular deste Cloaca News
orgulha-se de ter integrado a comissão organizadora do 1º BlogProgRS e
de ter protagonizado a cerimônia de abertura do evento. E, com a alma
jubilosa, reproduz, abaixo, postagem de Roni Chira, do blog O que será que me dá.
.
Yoani Sánchez, a onça de papel
.
Depois
do derretimento da teoria da globalização e da consolidação de vários
governos de centro-esquerda, as oposições sul-americanas e suas mídias
(sempre à tira-colo) buscam causas e personagens para manterem-se
minimamente palpáveis no cenário. Nem que seja com um figurino
ultrapassado…
Yoani Sánchez faz parte deste script. O objetivo central da “turnê” mundial desta ativista anti-castrista vai muito além da “luta pela liberdade” na ilha onde nasceu. É um ataque preventivo do PiG sul-americano contra os movimentos que exigem mais democracia e pluralidade nas comunicações que, aos poucos, vão adquirindo consistência em vários países do nosso continente.
Não queria escrever sobre Yoani Sánchez – essa mulher que a “Imprensa Cachoeira” e as redes sociais evidenciam exageradamente (como planejado por sua trupe, aliás…). Mas é inevitável. Em cartaz há uma semana na mídia, não dá pra não falar.
Desde que surgiu, ecoada por aí, na mídia, Sánchez tenta se encaixar na “programação”. O problema é que o tempo passa e ela continua sendo uma sucata enferrujada, sobra da guerra fria. Só compra quem nutre o velho ódio tolo a Cuba e vê comedores de criancinhas nos governos de centro-esquerda da América sdo Sul.
Yoani é tão patriota quanto uma mosca. Ainda mocinha, vislumbrou um mercado potencial (se opor ao governo cubano), vendeu seu peixe e se deu bem. Financeiramente, é claro. O resto é folclore: mártir, perseguida por Fidel, blogueira de sucesso, milhões de fãs e seguidores no Twitter, tudo fraudado. É uma onça de papel.
De onde vêm os recursos que a “estrela” do PiG usa para viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc?
Yoani ganha muita grana da SIP (Sociedade Inter-americana de Imprensa – que é a máfia que reúne os donos dos meios de comunicação do nosso continente – além de organizações de ultra-direita espalhadas por vários países do mundo, inclusive no Brasil (Millenium) e escreve alguns artigos para as publicações mais reacionárias do planeta como o El País – aquele jornal que publicou foto falsa de Hugo Chaves como se estivesse com o pé na cova. A cubana inda tem dois guarda-costas: CIA e FBI. (Muito antes de Obama sonhar em ser presidente…)
A “VIP” foi fotografada, gravada, filmada e impressa. Vai servir como bandeira, embora já meio desbotada, da causa da libertinagem de imprensa. Mas não engana muita gente. Me faz lembrar daqueles coitados, popstars de terceira categoria, que vez por outra aparecem em pequenas turnês no Brasil para levantar um troco – já que em seus países não faturam nada. No caso de Yoani, além de financeiro, o troco é político. Sempre contra seu país.
Durante um evento em Feira de Santana, foi-lhe oferecida uma chance de conquistar um bocadinho de credibilidade: Que assinasse um manifesto contra os 50 ANOS de bloqueio econômico dos EUA a Cuba e libertação de 5 conterrâneos seus, presos nos EUA. Previsível e patriota fajuta que é, recusou-se a assinar!
Enquanto Yoani Sánchez e o PiG continuam agarrados ao cadáver da guerra fria, Cuba segue pioneira: acaba de patentear uma vacina contra o câncer de pulmão. Fico pensando… Se essa ilha minúscula, com uma população 100% alfabetizada, sem miséria, com uma das melhores taxas de mortalidade infantil de todo o continente, com a qualidade indiscutível do esporte, da saúde e da educação, promovesse eleições diretas também para presidente, onde certamente a direita seria fragorosamente derrotada, Yoani ficaria satisfeita? Ou teríamos aquele sorriso amarelo de quem perdeu todos os “clientes” que financiavam suas mordomias?
Deixo uma sugestão para a popstar de araque, elevada a “mártir” pela nossa imprensa: por que não continua a greve de não cortar o cabelão enquanto o bisneto de Fulgêncio Batista não for eleito vereador em Havana? Seria engraçado ver como arrastaria a longa cabeleira branca pelo chão antes de virar o pó da história ao qual esta condenada a ser…
Yoani Sánchez faz parte deste script. O objetivo central da “turnê” mundial desta ativista anti-castrista vai muito além da “luta pela liberdade” na ilha onde nasceu. É um ataque preventivo do PiG sul-americano contra os movimentos que exigem mais democracia e pluralidade nas comunicações que, aos poucos, vão adquirindo consistência em vários países do nosso continente.
Não queria escrever sobre Yoani Sánchez – essa mulher que a “Imprensa Cachoeira” e as redes sociais evidenciam exageradamente (como planejado por sua trupe, aliás…). Mas é inevitável. Em cartaz há uma semana na mídia, não dá pra não falar.
Desde que surgiu, ecoada por aí, na mídia, Sánchez tenta se encaixar na “programação”. O problema é que o tempo passa e ela continua sendo uma sucata enferrujada, sobra da guerra fria. Só compra quem nutre o velho ódio tolo a Cuba e vê comedores de criancinhas nos governos de centro-esquerda da América sdo Sul.
Yoani é tão patriota quanto uma mosca. Ainda mocinha, vislumbrou um mercado potencial (se opor ao governo cubano), vendeu seu peixe e se deu bem. Financeiramente, é claro. O resto é folclore: mártir, perseguida por Fidel, blogueira de sucesso, milhões de fãs e seguidores no Twitter, tudo fraudado. É uma onça de papel.
De onde vêm os recursos que a “estrela” do PiG usa para viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc?
Yoani ganha muita grana da SIP (Sociedade Inter-americana de Imprensa – que é a máfia que reúne os donos dos meios de comunicação do nosso continente – além de organizações de ultra-direita espalhadas por vários países do mundo, inclusive no Brasil (Millenium) e escreve alguns artigos para as publicações mais reacionárias do planeta como o El País – aquele jornal que publicou foto falsa de Hugo Chaves como se estivesse com o pé na cova. A cubana inda tem dois guarda-costas: CIA e FBI. (Muito antes de Obama sonhar em ser presidente…)
A “VIP” foi fotografada, gravada, filmada e impressa. Vai servir como bandeira, embora já meio desbotada, da causa da libertinagem de imprensa. Mas não engana muita gente. Me faz lembrar daqueles coitados, popstars de terceira categoria, que vez por outra aparecem em pequenas turnês no Brasil para levantar um troco – já que em seus países não faturam nada. No caso de Yoani, além de financeiro, o troco é político. Sempre contra seu país.
Durante um evento em Feira de Santana, foi-lhe oferecida uma chance de conquistar um bocadinho de credibilidade: Que assinasse um manifesto contra os 50 ANOS de bloqueio econômico dos EUA a Cuba e libertação de 5 conterrâneos seus, presos nos EUA. Previsível e patriota fajuta que é, recusou-se a assinar!
Enquanto Yoani Sánchez e o PiG continuam agarrados ao cadáver da guerra fria, Cuba segue pioneira: acaba de patentear uma vacina contra o câncer de pulmão. Fico pensando… Se essa ilha minúscula, com uma população 100% alfabetizada, sem miséria, com uma das melhores taxas de mortalidade infantil de todo o continente, com a qualidade indiscutível do esporte, da saúde e da educação, promovesse eleições diretas também para presidente, onde certamente a direita seria fragorosamente derrotada, Yoani ficaria satisfeita? Ou teríamos aquele sorriso amarelo de quem perdeu todos os “clientes” que financiavam suas mordomias?
Deixo uma sugestão para a popstar de araque, elevada a “mártir” pela nossa imprensa: por que não continua a greve de não cortar o cabelão enquanto o bisneto de Fulgêncio Batista não for eleito vereador em Havana? Seria engraçado ver como arrastaria a longa cabeleira branca pelo chão antes de virar o pó da história ao qual esta condenada a ser…
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A louca cavalgada da Globo contra os venezuelanos
Paulo Nogueira
O que está por trás da maneira como as Organizações Globo cobrem o caso Chávez.
Noto, nas redes sociais, revolta contra a maneira como a Globo vem cobrindo o caso Chávez.
Estaria havendo um golpe na Venezuela, segundo a Globo.
Não existe razão para surpresa. Inimaginável seria a Globo apoiar
qualquer tipo de causa popular. Acaba de sair uma pesquisa segundo a
qual quase 70% dos venezuelanos aprovam a postergação do juramento de
Chávez, e mais de 60% estão satisfeitos com o grau de informação oficial
sobre seu estado clínico.
Mas esse tipo de coisa você não saberá em nenhum veículo da Globo, e muito menos em seus colunistas.
Chávez e Globo têm um história de beligerância explícita. Ambos
defendem interesses antagônicos com paixão, com ênfase, com clareza.
Se estivéssemos na França de 1789, a Globo defenderia a Bastilha e
Chávez seria um jacobino. Em vez de recitar Bolívar, ele repetiria
Rousseau.
Chávez cometeu um crime mortal para a Globo: não renovou a concessão
de uma emissora que tramara sua queda. Veja: um grupo empresarial usara
algo que ganhara do Estado — a concessão para um canal de tevê — para
tentar derrubar o presidente que o povo elegera. Chávez fez o que tinha
que fazer. E o que ele fez é o maior pesadelo das Organizações Globo: a
ruptura da concessão.
Há uma cena clássica que registra a hostilidade entre Chávez e a
Globo. Foi, felizmente, registrada pelas câmaras. É um documento
histórico. Você pode vê-la no pé deste artigo.
Chávez está dando uma coletiva, e um repórter ganha a palavra para
uma pergunta. É um brasileiro, e trabalha na Globo. Fala num espanhol
decente, e depois de se apresentar interroga Chávez sobre supostas
agressões à liberdade de expressão.
Toca, especificamente, numa multa aplicada a um jornalista pela justiça venezuelana.
Chávez ouve pacientemente. No meio da longa questão, ele indaga se o
jornalista já concluiu a pergunta. E depois diz: “Sei que você veio aqui
com uma missão e, se não a cumprir, vai ser demitido. Não adianta eu
sugerir a você que visite determinados lugares ou fale com certas
pessoas, porque você vai ter que fazer o que esperam que você faça.”
Quem conhece os bastidores do jornalismo sabe que quando um repórter
da Globo, vai para a Venezuela a pauta já está pronta. É só preencher os
brancos. Não existe uma genuína investigação. A condenação da
reportagem já está estabelecida antes que a pauta seja passada ao
repórter.
Lamento se isso desilude os ingênuos que acreditam em objetividade
jornalística brasileira, mas a vida é o que é. Na BBC, o repórter
poderia de fato narrar o que viu. Na Globo, vai confirmar o que o seu
chefe lhe disse. É uma viagem, a rigor, inútil: serve apenas para
chancelar, aspas, a paulada que será dada.
“Como cidadão latino-americano, você é bem-vindo”, diz Chávez ao repórter da Globo. “Como representante da Globo, não.”
Chávez lembrou coisas óbvias: o quanto a Globo esteve envolvida em
coisas nocivas ao povo brasileiro, como a derrubada de João Goulart e a
instalação de uma ditadura militar em 1964.
Essa ditadura, patrocinada pela Globo, tornou o Brasil um dos
campeões mundiais em iniquidade social. Conquistas trabalhistas foram
pilhadas, como a estabilidade no emprego, e os trabalhadores ficaram
impedidos de reagir porque foi proibida pelos ditadores sua única arma –
a greve.
Não vou falar na destruição do ensino público de qualidade pela
ditadura, uma obra que ceifou uma das mais eficientes escadas de
mobilidade social. Também não vou falar nas torturas e assassinatos dos
que se insurgiram contra o golpe.
Chávez, na coletiva, acusou a Globo de servir aos interesses americanos.
Aí tenho para mim que ele errou parcialmente.
A Globo, ao longo de sua história, colocou sempre à frente não os
interesses americanos – mas os seus próprios, confundidos, na retórica,
com o interesse público, aspas.
Tem sido bem sucedida nisso.
O Brasil tem milhões de favelados, milhões de pessoas atiradas na
pobreza porque lhes foi negado ensino digno, milhões de crianças
nascidas e crescidas sem coisas como água encanada.
Mas a família Marinho, antes com Roberto Marinho e agora com seus três filhos, está no topo da lista de bilionários do Brasil.
Roberto Marinho se dizia “condenado ao sucesso”. O que ele não disse é
que para que isso ocorresse uma quantidade vergonhosa de brasileiros
seria condenada à miséria.
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