sexta-feira, 11 de junho de 2010

Candidatos "nanicos" sem espaço para debates...

Mídia ignora candidatos que questionam ‘status quo’
  Waldemar Rossi * Correio da Cidadania 
 
Por mais que escrevam e falem em democracia, em direito de livre opinião, em liberdade de imprensa, os órgãos da comunicação "social" - escrita, televisada e falada - não conseguem esconder suas preferências eleitorais. Conseguem, com muita maestria, iludir a maioria do povo brasileiro levando-a a crer que só temos duas escolhas: Dilma ou Serra, Serra ou Dilma. Estamos sendo assaltados pelos bandos que comandam a mídia a serviço unicamente dos interesses do capital, com a farsa das eleições "democráticas". O mais grave é que contam, para isto, com a ação militante ou mercenária de milhares de cidadãos que se dispõem a ser "cabos eleitorais" dos grandes partidos ou, especialmente, dos candidatos impostos. Para milhares deles, as campanhas eleitorais são uma oportunidade de sair do sufoco financeiro causado pelo desemprego ou pelo trabalho temporário. Aliás, bem sabem eles que essa será também uma ocupação remunerada temporária apenas.
 
São raras as pessoas que se dão conta de que essas duas candidaturas vêm sendo enfiadas goelas abaixo há tempos, a ponto de raríssimas saberem que há outros postulantes ao cargo de Presidente da República (sem falar dos governos estaduais). Para disfarçar, de vez em quando dão algum espaço para uma reserva de campanha, no caso atual da simpática Marina, porque, se ao acaso uma das candidaturas estratégicas não emplacar, tem que haver uma substituição de última hora, como no caso do tão apreciado futebol. Para o capital, o jogo eleitoral não pode ter hegemonia de uma única corrente. É preciso que haja "disputa acirrada" para que os candidatos e seus partidos busquem mais favores financeiros já reservados em seus cofres, para, com isto, os terem sob seu controle total.
 
Embora tenhamos vários outros candidatos à Presidência não há espaços na mídia para eles. As tais liberdade de imprensa e igualdade de direitos, nesse caso, são jogados na lata do lixo. Inventaram normas eleitorais que, embora nossa Constituição garanta isonomia para os direitos de todos os cidadãos, procuram explicar as "razões" para essa criminosa discriminação. É comum lermos ou ouvirmos as informações de que tais candidatos têm poucos eleitores, quase não têm representação parlamentar, são mais fracos e, portanto, não podem ter os mesmos direitos. E o povo, educado na lógica do sistema, acaba acreditando que isso é justo. O político grego Sólon (640-560 a.C) ensinava: ‘As leis são como teia de aranha: quando algo leve cai nelas, fica retido, ao passo que se for algo maior consegue rompê-la e escapar’.
 
Mal sabem os leitores que tal discriminação visa realmente impedir que candidaturas alternativas às escolhidas tenham alguma chance de se tornarem conhecidas e defendidas, assim como de fazer chegar ao conhecimento popular as denúncias das enormes injustiças que pesam sobre a vida de, pelo menos, 2/3 da população, e de propor políticas públicas voltadas para atender às reais necessidades dos brasileiros. Como pode a mídia, toda ela nas mãos do grande capital, dar espaço a candidatos que ousem combater os privilégios do agronegócio, que propõem a erradicação das sementes trangênicas, a revogação da doação das terras públicas aos latifundiários grileiros, o fim do desmatamento criminoso, o fim da produção dos agrotóxicos, que estabelecem que os movimentos sociais tenham o direito ao mesmo espaço nos meios de comunicação social quando atacados pelas grandes empresas e pela própria mídia? Para os poderosos isto é inconcebível, pois, segundo sua doutrina, "todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros".
 
A farsa eleitoral visa garantir a gangorra do processo que ora coloca o candidato "A" com mais peso popular, ora coloca a candidata "B" como a preferida pelos eleitores. Essa farsa conta com os auto denominados Institutos de Pesquisa da Opinião Pública para concretizar a chantagem, promovendo o vai e vem na alta e na baixa das intenções de votos. E, assim como na palhaçada dos "BBB"s, nossos leitores ou telespectadores vão torcendo ora por uma ora por outra candidatura, não tomando conhecimento das demais alternativas, pois é e tem sido assim que o capital vai conseguindo domesticar nosso povo e lhe dizer o que ele deve querer e não o que precisa ter.
 
*Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

A Fórmula da Inteligência...

Aquecimento Global e Trapaça

Marcos Ferreira*
 
A Fórmula da Inteligência exercita hoje a avaliação do propalado aquecimento global e a sua conexão com a trapaça.


Já falamos das trapaças do mundo científico. Já falamos da importância de detectar sinais de trapaça para a perfeita aplicação da Fórmula da Inteligência. Na Fórmula da Inteligência precisamos excluir as hipóteses falsas, se queremos identificar a Verdade. A trapaça transpassa o mundo. As pessoas ingênuas caem em armadilhas, porque acreditam em tudo que escutam, leem ou foram ensinadas por alguma "autoridade" . Pois as autoridades são humanas e falíveis. Possuem interesses mundanos que contaminam a sua credibilidade. Sem a aplicação da exclusão da trapaça, nenhuma linha de raciocínio é isenta de equívocos e erros de escolha.


Tanto se fala no aquecimento global. O que sempre me chamou a atenção é que os USA nunca se empenharam nesse assunto( não assinaram o Protocolo de Kyoto, para redução da emissão global de gás carbônico na atmosfera). Nunca entendi isso completamente?


Recentemente um grupo de hackers interceptou 1000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia. As mensagens mostraram que os cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta está em processo de superaquecimento global. Os cientistas que discordam desse posicionamento têm as suas ideias boicotadas, seus dados de pesquisa bloqueados nas publicações científicas, tachados de "Céticos ".


Os "catastrofistas" , liderados pelo climatologista Phil Jones, diretor do Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, que enviou muitos e-mails comprometedores, admitiu que manipulou dados. Desde 1995 o mundo não apresenta aquecimento algum, como admitiu ele , depois que vazaram as informações comprometedoras. Uma das previsões catastróficas é o desaparecimento das geleiras do Himalaia até 2035. Mas essa previsão não tem o menor suporte científico. Há interesses pessoais de pesquisadores envolvidos nessa pseudopublicação. O IPCC( Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas-ONU) é composto por 3000 cientistas do mundo inteiro. Deixar que o interesse psicopático de alguns( 20 %) engane o mundo é inadmissível.


Quero lembrá-los que a exclusão da trapaça é vital para ficar mais inteligente. Em Wall Street, os investidores que não aplicaram a Fórmula da Inteligência( eles não leem o meu humilde blog, risos) , colocaram o seus bilhões de dólares na mão do vigarista Bernard Madoff, que foi condenado a 150 anos de prisão por lesar os clientes num regime de pirâmide financeira. Muitas pessoas perderam as economias de uma vida inteira. Os eleitores de Brasília também não aplicaram a Fórmula da Inteligência e colocaram a raposa no galinheiro. E assim segue o mundo, tanto em nível regional como global.


Lembrem-se de excluir a trapaça. Sempre há mais coisas acontecendo do que aparentemente conseguimos perceber sem a aplicação da Fórmula da Inteligência. Investigue, exclua hipóteses falsas, examine por si mesmo as evidências, recuse-se a ingerir informações de segunda mão, baseadas em alguma "autoridade infalível ". Pense por si mesmo! Investigue por si mesmo! Aplique a Fórmula da Inteligência todos os dias em diferentes assuntos do seu interesse. Quanto mais você aplicá-la, mais inteligente se tornará!

*Médico psiquiatra( CREMERS 22604), com larga experiência em psicofarmacologia e psicoterapia . Formado há 13 anos, trabalha na especialidade Psiquiatria há 11 anos. Autor de dois livros ( "Wake up,Live the Life you Love" e " Vestibular- A Maratona pelo primeiro Lugar-"). Possui formação em Coaching Integrado ( ICI-São Paulo) e ministra cursos de autodesenvolvimento nas área empresarial, utilizando técnicas de mudança acelerada. Atende no consultório privado, abordando doenças mentais com medicamentos e terapia cognitivo-comportamental. Membro Oficial da INTERNATIONAL HIGHIQSOCIETY(EUA) desde 2006= QI-158( percentil 99)/ Membro Oficial da SIGMA SOCIETY(Brazil) desde 2006- QI > 132( percentil 98 ) Consultório: Santa Maria Shopping- Torre GBOEX(calçadão) Dr. Bozano, 1259/ sala 503 Tel:(55) 3027 2777.
 

Imposto sobre grandes fortunas saindo do papel...

Imposto sobre grandes fortunas avança na Câmara



Passou meio despercebida ontem uma notícia muito importante. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o Projeto de Lei Complementar 277/08, da deputada Luciana Genro (Psol-RS), que institui o Imposto sobre Grandes Fortunas para todo patrimônio superior a R$ 2 milhões.
É um primeiro passo para uma tributação mais justa no país, que atinja o alto da pirâmide e gere mais caixa para investimentos em saúde, educação e moradia, entre outros setores de responsabilidade primordial do Estado. O projeto ainda precisa passar pelo Plenário, e se aprovado seguirá para o Senado.
Esta é uma batalha dura. Empresários e parlamentares vivem cobrando uma reforma tributária no país, mas evitam debater o Imposto sobre Grandes Fortunas, cuja criação foi prevista na Constituição de 1988. Imposto semelhante existe na Alemanha, França e Suíça, enquanto na Inglaterra e Estados Unidos existem impostos elevados sobre heranças.
Pelo projeto aprovado, a alíquota do imposto varia de acordo com o tamanho da fortuna. Para o patrimônio de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões, a taxação será de 1%. Entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, de 2%. De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, de 3%. De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões, de 4%; e de 5% para fortunas superiores a R$ 50 milhões.
Para os que vão se levantar contra a medida, é importante ressaltar que um trabalhador que ganha R$ 5 mil por mês, paga anualmente de Imposto de Renda 13,66% de seu ganho anual. E estamos falando de imposto sobre a renda gerada pelo seu trabalho. Diante disso, o que significa pagar 1% para quem tem um patrimônio de mais de R$ 2 milhões?
O número de brasileiros milionários não é preciso, mas tomando por base levantamento após a crise de 2008, publicado por O Globo em junho do ano passado, são 131 mil indivíduos que tem mais de US$ 1 milhão em investimentos financeiros.
 

Os equívocos das sanções ao Irã...

Sanções ao Irã tornam os EUA "perdedores morais", diz Garcia

O assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia citou nesta quinta-feira (10) declarações do presidente Barack Obama, segundo o qual a força moral dos Estados Unidos é importante componente de sua presença internacional, ao lado do poderio militar e econômico do país. Para Marco Aurélio, desde quarta (9), os Estados Unidos perderam essa força, com o peso do país no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) influenciando na aplicação de sanções ao Irã.

"No passado, quando valia a política do 'sim, senhor', achava-se que tudo tinha que ser resolvido em comum acordo com os Estados Unidos. E agora eles fizeram o que estavam acostumados a fazer", afirmou o assessor. Em visita à capital argentina, onde fez palestra a convite da Fundação Jean Jauès, Marco Aurélio disse acreditar que os americanos vão pagar um preço por isso. "Não é o Brasil que saiu ganhador moral dessa briga. Os Estados Unidos é que são os perdedores morais."

Com as sanções, perdeu-se uma grande oportunidade de negociação, afirmou Garcia. "Mais do que isso, deu-se um mau exemplo de como se enfrenta o problema." Para ele, as restrições ao Irã podem ser ineficazes e solidificar as forças políticas no país, uma vez que pressões externas tendem a ampliar o apelo à nacionalidade. Ele descarta, porém, consequências nas relações do Brasil com as potências do Conselho de Segurança da ONU por causa de tais divergências.

Segundo ele, o Brasil tem relações muito boas com alguns países e alianças estratégicas com outros. "Não concordamos com as sanções ao Irã, mas isso demonstra o que são as relações internacionais hoje. Não há mais alinhamento incondicional. Queremos debater. No caso do Irã, queríamos o debate, porque senão pareceria uma posição irresponsável da Turquia e do Brasil fazer um enorme sacrifício, deslocar o presidente [Lula] até o país, empenhar nosso prestígio internacional, fazer uma mobilização que teve grande visibilidade internacional para, em seguida, deixar de defender o acordo com o Irã."

De acordo com Garcia, o acordo sobre o programa nuclear iraniano teve um aspecto importante: "Nós criamos uma coisa que em política internacional é fundamental, que é constituir confiança com um país que estava desacreditado. Se alguém acha que para o Irã foi fácil tomar a decisão que tomou [assinar o acordo com o Brasil e a Turquia], não foi. Foi muito difícil", lembrou o assessor presidencial. Segundo ele, foram dois dias de muitas reuniões e discussões com os líderes iranianos. "Era visível que eles tinham problemas internos que não estavam conseguindo aplainar."

Não foi por um acesso de megalomania que o Brasil não participou do acordo com o Irã, disse ele. "Foi porque existe um componente universalista em nossa política externa que queremos levar à prática. Se não fizermos isso, a política externa é apenas um exercício retórico. Política internacional é isso: tem de ter credibilidade e estar apoiada em iniciativas concretas".

Ele classificou de "retórica" a declaração do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de que jogará "no lixo" a decisão da ONU de impor sanções ao país. "Acho que a expressão disso é a seguinte: se o objetivo das sanções era frear o programa nuclear iraniano — para fins pacíficos, bélicos ou quaisquer outros — vai dar exatamente o
contrário. Anotem: exatamente o contrário."

Garcia acrescentou que a política externa brasileira continua a mesma, porque não se resume ao Irã. "Temos uma agenda global amplíssima. Temos a reunião do G20, onde o presidente Lula vai vocalizar uma série de posições sobre a crise internacional e os caminhos para sair dela. Tem muita coisa pela frente."

Sobre a situação em Honduras, ele disse que o Brasil continua apoiando o ex-presidente Manuel Zelaya, deposto no ano passado. "Nós dissemos claramente o seguinte: se o presidente Porfirio Lobo reintegrar Zelaya plenamente na vida política e anistiá-lo, não teremos nenhum problema para que Honduras volte a integrar a Organização dos Estados Americanos (OEA)".

Fonte: Agência Brasil