sábado, 3 de julho de 2010

Tráfico de seres humanos...

Espanha adere à Campanha Coração Azul contra o tráfico de pessoas

 
A Espanha é o primeiro país europeu a aderir à Campanha Coração Azul contra o tráfico de seres humanos, no momento em que um novo relatório do UNODC mostra que o tráfico de pessoas é um dos negócios ilegais mais lucrativos na Europa. Segundo o relatório, os grupos criminosos estão lucrando em torno de € 2,5 bilhões por ano com a exploração sexual e o trabalho forçado.

O UNODC apresentou o relatório Tráfico de Pessoas para a Europa para fins de Exploração Sexual, nesta terça-feira (29 de junho). O lançamento contou com a participação do Diretor Executivo do UNODC, Antonio Maria Costa, da ministra espanhola da Igualdade, Bibiana Aído, da Embaixadora da Boa Vontade do UNODC contra tráfico de seres humanos Mira Sorvino, da atriz espanhola Belén Rueda e da autora e jornalista mexicana Lydia Cacho.

A Campanha Coração Azul pretende conscientizar políticos, organizações da sociedade civil, a mídia e o público em geral sobre o tráfico de seres humanos, a fim de angariar apoio para o combate a esse crime.

"Os europeus acreditam que a escravidão foi abolida há séculos. Mas olhe em volta: os escravos estão em nosso meio. Devemos fazer mais para reduzir a demanda pela exploração e por produtos feitos por escravos", disse Costa. Ele instou os europeus a aderir à Campanha Coração Azul.

Atualmente, mais de 140.000 vítimas estão presas em um ciclo vicioso de violência, abuso e degradação, em toda a Europa. Não há qualquer sinal claro de que o número total de vítimas esteja diminuindo. Adicionalmente, outras 70 mil vítimas são exploradas na Europa a cada ano.

Na Europa, 84% das vítimas são traficadas para fins de exploração sexual. Uma em cada sete trabalhadoras do sexo na Europa é escravizada pelo tráfico para a prostituição. As vítimas geralmente são enganadas ou forçadas a trabalhar por grupos criminosos que dominam e coagem suas vitimas, prendendo-as em uma "redoma" de opressão e de abusos da qual é difícil escapar.

A grande maioria das vítimas é de mulheres jovens. Eles são vítimas de violência, inclusive de estupro, ou de ameaça da violência. São drogadas à força, presas e sofrem chantagem. São obrigas a pagar dívidas que lhe foram impostas, têm seus passaportes confiscados e são atraídas por falsas promessas de emprego.

Na Europa, mais da metade das vítimas vem dos Bálcãs (32%) e dos países da antiga União Soviética (19%). Além disso, 13% vêm da América do Sul, 7% da Europa Central, 5% da África e 3% do Leste Asiático. As vítimas originárias do Leste Europeu tendem a ser encontradas em todo o continente, enquanto as sul-americanas tendem a se concentrar apenas em alguns países. Vítimas do Leste Asiático já são o grupo mais explorado em alguns países.

Na Europa, a maior parte dos traficantes que foram condenados é de homens. No entanto, as infratoras mulheres têm maior participação no crime do tráfico de pessoas do que a média em outros crimes. Alguns grupos consideram que as mulheres sejam mais eficazes em envolver as vítimas. Em outros casos, ser "promovida" a aliciadora é uma maneira de escapar da armadilha do tráfico. Essas mulheres são a ponte entre membros de grupos criminosos organizados e as forças policiais - o que, muitas vezes, evita que as redes de tráfico sejam desmanteladas. Em muitos casos, as vítimas e os traficantes têm a mesma nacionalidade.

Relativamente ao número total de vítimas, poucas pessoas foram processadas por tráfico de seres humanos na Europa Ocidental.

Informações adicionais

Press release (em inglês ou espanhol)
Campanha Coração Azul (em inglês ou espanhol)
Relatório: Tráfico de Pessoas para a Europa para fins de Exploração Sexual (em inglês ou espanhol)

Genocidio em Gaza...

O retrato de uma monstruosidade


Em janeiro deste ano, a BBC divulgou uma matéria onde o governo israelense admitia  que dois de seus oficiais a punição disciplinar por terem autorizado a utilização de fósforo branco no bombardeio de um bairro residencial na cidade de Gaza, há um ano. É evidente que os dois oficiais só usaram armas porque as tinham, embora o fósforo branco seja um armamento proibido pelas leis internacionais, a começar pela Convenção de Genebra.
Os Estados Unidos admitiram, em 2005, ter usado armas deste tipo, mas rejeitaram a acusação de o tenham feito sobre civis.
A substância voltou a ser  usada  para bombardear o bairro de Tel El Hawa, no dia 15 de janeiro de 2009, durante a ofensiva israelense à Faixa de Gaza.
Ontem, o importante jornal médico The Lancet, da Inglaterra, fundado em 1823, publicou um artigo científico sobre os ferimentos provocados pelas vítimas do fósforo branco na ofensiva israelense. As imagens são muito fortes e eu não quis estampá-las no blog, para que pessoas se vejam abrupta e inesperadamente frende a imagens monstruosas.
Mas são imagens  verdadeiras, e também não posso deixar que as pessoas não vejam a realidade chocante do que faz este tipo de arma, porque o horror ao que elas produzem é a melhor forma de bani-las.
Por favor, só clique na imagem deste post, que  mostra o lançamento de projéteis com fósforo branco sobre Gaza – a foto é do site da  BBC -  se desejarem, voluntariamente, ver o que esse tipo de arma causa sobre o ser humano.
É muito feio e repugnante, eu aviso a todos.