sábado, 4 de setembro de 2010

Os palestinos agradecem...

O comportamento da mídia e as eleições brasileiras

Georges Bourdoukan
 
Estou impressionado com o numero de artigos protestando contra o comportamento da mídia em relação às eleições.

As acusações se sucedem e vão desde a manipulação pura e simples até a desonestidade travestida de imparcialidade.

Bastaram apenas algumas semanas para que os leitores brasileiros percebessem esse vergonhoso comportamento.

Agora imaginem vocês o que têm sido esses 60 anos do jugo  israelense sobre a população palestina.

Europeus invadem e ocupam um pais asiático (Palestina), expulsam sua população e ao invés de invasores são tratados como vitimas por essa mesma mídia que agora revela sua verdadeira face.

São mais de 60 anos de opressão e massacres.

E quando os palestinos se defendem, são denominados de terroristas.

Repito, isso há mais de 60 anos.

Israel, que possui um arsenal atômico e o terceiro exercito mais poderoso do planeta, é apresentado como um Davi, enquanto os palestinos, que se defendem com paus e pedras recebem a pecha de Golias.

Por isso  está sendo muito importante a eleição brasileira, na medida em que ela também serve para desmascarar essa mídia manipuladora, que faz da desonestidade sua razão de ser.

Lorna Earnshaw- El dia que me quieras


Lorna Earnshaw (Piano e voz), Jefferson Marx (guitarra), Jorge Dorfman (baixo). El dia que me quieras (Gardel-Le Pera) www.lorna-e.com

Maputo: a revolta da fome



020910_maputo_mocambique RupturaFER - No dia 1º de Setembro, já os sms tinham circulado para convocar a greve em Maputo contra os aumentos dos preços do pão, da água e da electricidade, um representante do governo lembrou Maria Antonieta.
Em entrevista à Rádio Moçambique, no programa "Café da manhã", a ilustre personagem apelou aos ouvintes para, em substituição ao pão, comerem batata doce. Ignorância e prepotência caminham, como sabemos, muitas vezes de mãos dadas. Horas depois, a polícia e o exército do mesmo governo chefiado pela Frelimo disparavam sobre a multidão desarmada.
Eram homens, mulheres e crianças da periferia miserável da capital moçambicana, a manifestar a sua revolta contra aumentos de preços de produtos essenciais que os condenariam a passar ainda mais fome. Estradas foram cortadas, pneus e carros incendiados, barricadas erguidas, lojas pilhadas, enquanto multidões dirigiam-se, a pé, para o centro de Maputo.
O governo da Frelimo fez, em números provisórios, só no primeiro dia da rebelião, dez mortos, entre os quais crianças, mais de 200 feridos e quase 150 prisões. Durante os protestos, um homem foi filmado no primeiro andar da sede do Partido Frelimo, na Avenida de Angola, a atirar contra os manifestantes. Foi a reacção violenta de um governo corrupto e ditatorial, comandado pelo Fundo Monetário Internacional e à frente de um dos países mais pobres do mundo. Segundo as Nações Unidas, 46,8% da população moçambicana vive numa situação de pobreza extrema, superior à média do continente africano e só superada por países como Afeganistão, Serra Leoa ou Guiné. Os elevados índices de crescimento económico verificados nos últimos anos, acima às vezes dos 5%, têm beneficiado quase que exclusivamente a elite, burocrática e empresarial, ligada à Frelimo e as empresas estrangeiras que exploram a mão de obra barata e as riquezas dos país.
Um protesto legítimo
"O sentimento que hoje grassa nos bairros populares do Grande Maputo é o de uma incerteza global quanto ao futuro e à própria subsistência e, face ao poder político, a sensação de que as suas dificuldades se tornaram irrelevantes para os poderosos e de que não existem canais por onde as suas necessidades e protestos possam ser canalizadas de forma eficaz", escreveu no jornal Público o professor Paulo Granjo, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa.
"Moçambique passou, com o fim da guerra civil, de um regime socializante e paternalista para uma política ultraliberal que trouxe o aumento do desemprego e das elites económicas, coincidentes ou ligadas às elites políticas. Trouxe também a erosão do controle local da população através de instituições partidário-estatais que, se podiam cometer abusos, também podiam canalizar as necessidades e reclamações populares", analisou o artigo.
Numa outra reportagem, também do jornal Público, um participante da revolta, pedreiro de profissão e activista de organizações cívicas, explicava as suas razões: "Estamos contra o aumento do custo de vida, é um protesto legítimo. Eu vivo com menos de 50 meticais (cerca de um euro) por dia. Se a manifestação existe é porque as pessoas não estão contentes. Dói sermos explorados injustamente". E prosseguia: "Nós votámos neles [Frelimo], mas a Frelimo não é aquela pessoa que está hoje na cadeira do poder. A Frelimo sempre quis dar o melhor ao povo desde os tempos de Samora Machel. E os actuais dirigentes não sentem pena desta gente que está cada vez a sofrer mais?"
Tudo indica que não. Para o ministro do Interior do governo presidido por Armando Guebuza, o mesmo que vive a chamar o povo de "maravilhoso", a revolta teria sido uma acção de "criminosos, aventureiros, malfeitores e bandidos". Mesmo o porta-voz da Renamo, a principal força de oposição, sem deixar de criticar a violência da polícia, não se absteve de também condenar as pilhagens.
Os assassinos estão fardados
De acordo com vários testemunhos, a revolta teria começado no bairro de Benfica, uma zona periférica de Maputo, e em pouco tempo estendeu-se à Avenida de Moçambique e à de Acordos de Lusaka, as duas principais vias de entrada da capital, e para a Beira, a segunda cidade mais importante do país.
Como em 5 de Fevereiro de 2008, na rebelião contra o aumento do preço dos transportes, os "chapas", autocarros que transportam os habitantes dos subúrbios para o trabalho, não funcionaram. A adesão à greve – em Moçambique sinónimo de revolta popular – convocada na véspera por sms tinha sido de quase 100%. Os milhares de manifestantes dirigem-se, a pé, percorrendo quilómetros, para alcançar a "cidade de "cimento", onde está o poder.
De Maputo, João Vaz de Almada, relata ao Público: "O bruá da multidão é cada vez mais sonoro e a cadência dos passos intensifica-se, sinal que a turba se aproxima rapidamente da praça [Praça da Organização da Mulher Moçambicana]. Momentos antes, três veículos carregados de polícias munidos de metralhadoras AK 47 tomam posições ao longo da praça. A multidão chega ao local e a tensão aumenta à medida que crescem as palavras de ordem que clamam por justiça. Os tiros de aviso sucedem-se. O descontrolo entre os polícias é grande, e a turba, cada vez mais vociferante, entra na Avenida Vladimir Lenine, tomando a direcção da Baixa da cidade. Agora as ordens parecem claras: ninguém pode passar para o cimento. Rapidamente tudo se precipita e os disparos, exclusivamente da polícia, tomam as mais variadas direcções, com dois deles a deixar um corpo já cadáver e outro em estado grave que acaba por ser socorrido pela Cruz Vermelha. A turba, essa, recua, voltando à procedência. No alcatrão jazem dezenas de chinelos que o pânico deixou para trás."
"(...) Sob agitação e alguns tiros, corremos para o local. "Já levaram uma criança que estava ferida", revela um transeunte. "Isto é fogo real. Vocês têm de escrever que a polícia está a matar o povo inocente e indefeso". Enquanto isso, outro popular puxa-nos para o outro lado da rua, em direcção a uma criança que jaz cadáver, coberta por uma capulana. Do seu lado esquerdo repousa a pasta com os livros da escola. Do lado direito, uma enorme poça de sangue testemunha a brutalidade do disparo. "Atingiram-no aqui na cabeça", berra uma mulher indignada, enquanto levanta o improvisado sudário. "Chamava-se Hélio tinha 11 anos e regressava da escola quando foi atingido."
(...) A polícia volta a investir e o povo que estava junto ao corpo de Hélio procura refúgio entre as pequenas habitações de blocos que a falta de dinheiro não deixou concluir. A indignação cresce. "Queremos justiça! Os assassinos estão fardados! Isto não é bala perdida. Bala perdida não atinge cabeça."
"A luta continua"
No dia seguinte, 2 de Setembro, a revolta continuou, convocada mais uma vez por sms. Mais repressão, mais mortos e feridos. Novas barricadas e pneus queimados. Como gritavam mais de 100 jovens que bloquearam a Avenida Acordos de Lusaca na véspera, a enfrentar os tiros da polícia, "Um povo unido jamais será vencido".
A luta do povo moçambicano contra a opressão e os desmandos do governo totalitário da Frelimo é legítima e deve ter o apoio dos trabalhadores de todo o mundo. Ela se expressa na rebelião desses últimos dias, mas também na greve dos estudantes do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Maputo contra o aumento das propinas, realizada a 31 de Agosto, e outras manifestações de protesto.
Violenta não é a revolta, mas a fome que governos corruptos, lacaios do imperialismo, querem impor à população para manter as suas regalias.
População pobre de Moçambique, estamos convosco!

A preservação das tartarugas na Costa Rica


Este vídeo sensacional é o melhor antídoto para neutralizar o veneno contido na insuportável arribada — ou chegada em massa — de e-mails mentirosos sobre o falso roubo de ovos de tartarugas nas praias da Costa Rica ou na margem esquerda do rio Solimões por membros do MST.
Você vai ver o esforço das fêmeas durante a desova na praia de Ostional, o engajamento dos habitantes locais na preservação dos ninhos e a luta dos filhotes para alcançar o mar. Apesar do perigo sempre iminente de ataque das aves de rapina e outros predadores, este filme tem um final feliz.
Preservação de tartarugas na Costa Rica
Realizado pela produtora costarriquenha Oliva Films e dirigido por Roy Prendas, o documentário conta a história de uma pequenina tartaruga oliva e nos recorda que “a conservação não é um ato de caridade com a Natureza, mas acima de tudo um ato de responsabilidade com a nossa própria sobrevivência”.
O audiovisual chegou a causar “comoção” quando foi apresentado pela primeira vez no 29º Simpósio de Biologia e Conservação das Tartarugas Marinhas, realizado em Brisbane, Austrália, de acordo com relato de membros do WWF, o Fundo Mundial para a Vida Selvagem e a Natureza.
Embora narrado em espanhol, sua compreensão é muito fácil para nós, brasileiros. Foi disponibilizado em junho no YouTube, em imagens espetaculares de alta definição.
Desova de tartarugas marinhas em praia da Costa Rica
Procure se informar corretamente sobre essa manipulação grosseira e não faça papel de bobo repassando o hoax. Seguem abaixo alguns links de utilidade para ajudar na sua pesquisa.
Na Matéria Incógnita:
A GRANDE MENTIRA: MST ROUBA OVOS DE TARTARUGAS NO RIO SOLIMÕES
Na Cachaça Araci:
A VERDADE SOBRE O MASSACRE DAS TARTARUGAS NA COSTA RICA
DEPUTADO AJUDA A ESPALHAR BOATO SOBRE ROUBO DE OVOS DE TARTARUGAS NA MARGEM ESQUERDA DO RIO SOLIMÕES