segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A verdade sobre as deformações dos bebês nascidos no Iraque

Fonte: uruknet
Tradução de Guadalupe Magalhães
Créditos: blogdovelhocomunista

Um médico iraquiano disse à Sky News que o número de bebês que nasce com deformações está constantemente a aumentar na cidade de Fallujah, fortemente bombardeada durante a guerra. Há quinze meses uma investigação levada a cabo pela Sky News revelou um número crescente de crianças que nascem com deformidades em Fallujah. A preocupação é que o aumento das deformidades deve estar ligado à utilização de armas químicas pelas forças dos EUA.

Recentemente voltamos ao Iraque para nos inteirarmos da situação e saber o que tinha acontecido a algumas das crianças identificadas. Em Maio do ano passado contamos a história de Fátima Ahmed, uma menina de três anos, que nasceu com duas cabeças. Quando nós a filmamos ela parecia um feixe, absolutamente apática, mal conseguindo respirar e não se conseguia mexer. Mesmo agora, depois de ter visto as fotografias vezes sem conta, ainda sinto um grande choque e uma enorme tristeza quando olho para ela. Mas os prognósticos para Fátima nunca foram bons e como eu temia, ela não completou o seu 4.º aniversário. A sua mãe, Shukriya, falou-nos sobre a noite em que a filha morreu. Limpando as lágrimas e com a voz embargada, Shukriya disse que tinha deitado a filha como habitualmente, mas acordou com a horrível sensação de que algo estava errado. Ela disse-nos que ela sentiu o momento da morte da filha, mas que isso não tornava a dor mais leve. O pai de Fátima agarrou na mãozinha da filha mas já estava fria. “Já se foi” disse para a sua mulher inconsolável.

Uma outra menina que encontramos o ano passado foi Tiba Aftan que nasceu com um enorme tumor na face. Agora está a tatear o futuro, esperando que tudo corra melhor pois foi para a vizinha Jordânia para lhe ser removido o tumor. O tumor cobria metade da fronte de Tiba, estava a invadir um dos seus olhos e continuava a crescer à medida que a menina também crescia. Embora a operação tenha sido um sucesso, Tiba precisará de mais cirurgias e a última viagem custou todo o dinheiro que a família tinha.

Mas desde a nossa última investigação, fizemos novos dossiês com casos de crianças com deformações, nascidas em Fallujah nos últimos oito meses.

Há uma grande variedade de problemas, desde anormalidades do abdômen ou dos membros, até as deformações do rosto. Também vimos fotos de fetos com toda a espécie de deformações e que não sobreviveram. Não há uma explicação precisa sobre o que terá causado as anormalidades e não há números para comparar estes casos com os de uma década atrás, uma vez que não foram guardados registros durante o tempo de Sadam Hussein. As nossas provas são factuais, mas as pessoas afirmam repetidamente que acreditam que as deformidades estarão relacionadas com os fortes bombardeamentos sobre Fallujah perpetrados pelos EUA, em 2004.

As pessoas exigem uma investigação independente sobre o impacto dos vários tipos de armas usadas pelos norte-americanos, incluindo o controverso fósforo branco. Contudo, desde que começamos a dar voz aos pedidos de ajuda do povo de Fallujah, as coisas começaram a ficar piores. O Dr. Ahmed Uraibi especialista em pediatria em Fallujah, disse-nos que o número de deformidades com que ele tinha de lidar aumentou no último ano.

O povo de Fallujah quer saber quantos mais bebês deficientes serão precisos para que alguém repare neles e comece a agir.
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Liberdade e justiça social







Frei Betto - Correio da Cidadania

Na década de 1980 visitei, com freqüência, países socialistas: União Soviética, China, Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia e Cuba. Estive também na Nicarágua sandinista. As viagens decorreram de convites dos governos daqueles países, interessados no diálogo entre Estado e Igreja.

Do que observei, concluí que socialismo e capitalismo não lograram vencer a dicotomia entre justiça e liberdade. Ao socializar o acesso aos bens materiais básicos e aos direitos elementares (alimentação, saúde, educação, trabalho, moradia e lazer), o socialismo implantara, contudo, um sistema mais justo à maioria da população que o capitalismo.

Ainda que incapaz de evitar a desigualdade social e, portanto, estruturas injustas, o capitalismo instaurou, aparentemente, uma liberdade – de expressão, reunião, locomoção, crença etc. – que não se via em todos os países socialistas governados por um partido único (o comunista), cujos filiados estavam sujeitos ao "centralismo democrático".

Residiria o ideal num sistema capaz de reunir a justiça social, predominante no socialismo, com a liberdade individual vigente no capitalismo? Essa questão me foi colocada por amigos durante anos. Opinei que a dicotomia é inerente ao capitalismo. A prática de liberdade que nele predomina não condiz com os princípios de justiça. Basta lembrar que seus pressupostos paradigmáticos – competitividade, apropriação privada da riqueza e soberania do mercado – são antagônicos aos princípios socialistas (e evangélicos) de solidariedade, partilha, defesa dos direitos dos pobres e da soberania da vida sobre os bens materiais.

No capitalismo, a apropriação individual e ilimitada da riqueza é direito protegido por lei. E a aritmética e o bom-senso ensinam que quando um se apropria muitos são desapropriados. A opulência de uns poucos decorre da carência de muitos.

A história da riqueza no capitalismo é uma seqüência de guerras, opressão colonialista, saques, roubos, invasões, anexações, especulações etc. Basta verificar o que sucedeu na América Latina, na África e na Ásia entre os séculos XVI e a primeira metade do século XX.

Hoje, a riqueza da maioria das nações desenvolvidas decorre da pobreza dos países ditos emergentes. Ainda agora os parâmetros que regem a OMC são claramente favoráveis às nações metropolitanas e desfavoráveis aos países exportadores de matérias-primas e mão-de-obra barata.

Um país capitalista que agisse segundo os princípios da justiça cometeria um suicídio sistêmico; deixaria de ser capitalista. Nos anos 80, ao integrar a Comissão Sueca de Direitos Humanos, fui questionado, em Uppsala, por que o Brasil, com tanta fartura, não conseguia erradicar a miséria, como fizera a pequena Suécia. Perguntei-lhes: "Quantas empresas brasileiras estão instaladas na Suécia?". Fez-se prolongado silêncio.

Naquela época, nenhuma empresa brasileira operava na Suécia. Em seguida, indaguei: "Quantas empresas suecas estão presentes no Brasil?". Todos sabiam que havia marcas suecas em quase toda a América Latina, como Volvo, Scania, Ericsson e a SKF, mas não precisamente quantas no Brasil. "Vinte e seis", esclareci. (Hoje são 180). Como falar em justiça quando um dos pratos da balança comercial é obviamente favorável ao país exportador em detrimento do importador?

Sim, a injustiça social é inerente ao capitalismo, poderia alguém admitir. E logo objetar: mas não é verdade que, no capitalismo, o que falta em justiça sobra em liberdade? Nos países capitalistas não predominam o pluripartidarismo, a democracia, o sufrágio universal, e cidadãos e cidadãs não manifestam com liberdade suas críticas, crenças e opiniões? Não podem viajar livremente e até mesmo escolher viver em outro país, sem precisar imitar os "balseros" cubanos?

De fato, nos países capitalistas a liberdade existe apenas para uma minoria, a casta dos que têm riqueza e poder. Para os demais, vigora o regime de liberdade consentida e virtual. Como falar de liberdade de expressão da faxineira, do pequeno agricultor, do operário? É uma liberdade virtual, pois não dispõem de meios para exercitá-la. E se criticam o governo, isso soa como um pingo de água submergido pela onda avassaladora dos meios de comunicação – TV, rádio, internet, jornais, revistas – em mãos da elite, que trata de infundir na opinião pública sua visão de mundo e seu critério de valores. Inclusive a idéia de que miseráveis e pobres são livres...

Por que os votos dessa gente jamais produzem mudanças estruturais? No capitalismo, devido à abundância de ofertas no mercado e à indução publicitária ao consumo supérfluo, qualquer pessoa que disponha de um mínimo de renda é livre para escolher, nas gôndolas dos supermercados, entre diferentes marcas de sabonetes ou cervejas.

Tente-se, porém, escolher um governo voltado aos direitos dos mais pobres! Tente-se alterar o sacrossanto "direito" de propriedade (baseado na sonegação desse direito à maioria). E por que Europa e EUA fecham suas fronteiras aos imigrantes dos países pobres? Onde a liberdade de locomoção?

Sem os pressupostos da justiça social, não se pode assegurar liberdade para todos.

Frei Betto é escritor, autor de "Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira" (Rocco), entre outros livros.

Ocupação 101 - Vozes da maioria silenciada - 2006



SINOPSE

O filme trata das raízes históricas do conflito entre Israel e Palestina, abrangendo uma ampla gama de assuntos, entre os quais: a primeira onda de imigração dos judeus europeus para a região da Palestina nos anos de 1880; as tensões dos anos de 1920; as guerras de 1948 e 1967; a primeira Intifada de 1987; o processo de paz de Oslo; a expansão dos acampamentos judeus; o bloqueio econômico e a ocupação de Israel na Faixa de Gaza; o papel dos EUA no conflito; o testemunho das vítimas da ocupação israelense.

DADOS DO ARQUIVO
Gênero: Documentário
Origem/Ano: EUA/2006
Formato: rmvb
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR (embutidas)
Qualidade: DVDrip
Duração: 90 min
Tamanho: 582 MB
Servidor: Rapidshare (6 partes)

Links:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6

Créditos: Sra. Bukowski - Laranja Psicodelica

Le Monde: Obama constrangido a repensar estratégia afegã


Obama em Pittsburgh: problemas na volta para casa


Por Corine Lesnes, enviada especial do Le Monde a Pittsburgh (EUA)*








Em Pittsburgh, como em Nova York, o grande ausente desta semana foi o Afeganistão. E no entanto é o problema mais espinhoso entre os que aguardam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em seu retorno da cúpula do G20, após uma jornada diplomática que ele julgou frutífera e concl;uiu com uma imagem de endurecimento contra o Irã.
O presidente dos EUA terá que decidir sobre uma nova remessa de tropas ao Afeganistão, depois que o comandante das forças da Otan, o general Stanley McChrystal, emviou ao Pentágono sua requisição formal de recursos adicionais, em homens e dinheiro.
O clima degradou-se a tal ponto em Washington que surgiram graves divergências entre civis e militares. Estes providenciaram o vazamento, para a imprensa, em 22 de setembro, de um documento confidencial – nada menos do que um relatório do própriio general McChrystal. Foi o primeiro vazamento em uma administração conhecida por não gostar de tagarelices.
Neste documentode 66 páginas, o general se queixa da falta de recursos e anuncia que a coalizão marcha para o "fracasso". Quase tão impactante como a palavra "fracasso" é o fato de que o relatório foi obtido por Bob Woodward, o jornalista que é a vedete do Washington Post, com muito boas fontes na administração Bush, o que causa arrepios na capital. Desde então, os meios políticos tentam identificar o autor do vazamento.
Alguns se inclinam para a hipótese de militares inquietos ao ver a relutância dos democratas no Congresso em enviar reforços. Outros apontam que o próprio governo está dividido. O vice-presidente, Joe Biden, seria a favor de um reforço da missão antiterrorismo, sem tentar proteger as populações locais.
A agitação começou em agosto, cinco meses depois de Obama apresentar a estratégia do novo governo, que Obama resume sistematicamente com uma aliteração:"Defeat, disrupt, dismantle" ("Derrotar, quebrar, desmantelar") a Al Qaeda. Uma mistura de operações contraguerrilha e também de reconstrução ("construção de uma nação").
O Congresso americano já tinha algumas dúvidas sobre o método. As eleições eleições vieram perturbar tudo. Mas para Bruce Riedel, que conduziu a reforma da doutrina de março, a abordagem atual ainda é a melhor: proteger a população, construindo instituições sólidas. Isso vai levar tempo, avalia ele, "e talvez mais recursos".
Segundo a imprensa, o general McChrystal previu um pedido de 10 mil a 30 mil soldados adicionais, agregados aos reforços dtemporários de 21 mil homens, decididos em março por Obama. Mas, agosto foi um mês mortífero e o apoio da opinião pública despencou. No lançamento da nova estratégia, em abril, 56% dos americanos tinham confiança na política afegã de Obama. Hoje, são apenas 43%, segundo uma sondagem CBS-New York Times. Quanto ao que fazer, 32% pensam que se deve reduzir as tropas, 29% aumentar e 27%, nada mudar.
Os democratas no Congresso pedem uma pausa. Carl Levin, senadoe de Michigan e presidente da Comissão de Defesa do Senado, pediu que os afegãos proporcionem um adestramento melhor antes de enviar tropas aocombate. Alguns aspectos do debate lembram o Iraque. A Casa Branca desenvolveu critérios para avaliar os progressos no país. Estes critérios foram enviadas ao Congresso. Entre eles estava a transparência nas eleições... As reticências dos democratas são embaraçosas para a Casa Branca no momento em que ela quer que seus parceiros da Otan aumentem sua contribuição.
Obama, que planejara ganha tempo tempo, à espera de que o imbróglio das eleições afegãs se resolvesse, pode ser forçado a decidir rapidamente uma nova estratégia, menos de seis meses depois da anterior. Domingo, McChrystal, um veterano comandante das Forças Especiais do Exército, especialista em operações militares e contras-insurgência, será oi entrevistado do programa Sixty Minutes. Nos trechos da entrevista já divulgados, ele disse que a situação é "pior" do que ele esperava encontrar quando chegou em Cabul.
Na sexta-feira, uma reunião nada usual teve lugar na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha. O general Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto, convocou McChrystal e o general Petraeus, comandante do flanco sul, "para ter uma melhor compreensão sobre a solicitação de novas tropas", apresentada pelo comandante no Afeganistão.
Os republicanos não perderam tempo em tirar partido de um debate que divide os seus opositores. Eles acusam Obama de colocar o seu projeto de Reforma da Saúde na frente de qualquer coisa, até da segurança dos soldados americanos. Eles tentaram convidar o general McChrystal para falar no Congresso, mas os democratas se recusaram a realizar audiências enquanto o presidente Obama e o secretário da Defesa, Robert Gates, não decidirem o que vão fazer.
Fonte: Le Monde
Créditos: Patria Latina

"capitalismo de desastre" no pós-crise...

Naomi desmonta o 'capitalismo de desastre' no pós-crise

Circula na rede um texto de Naomi Klein que analisa como os norte-americanos e o mundo ocidental fazem o rescaldo pós-crise da financeirização da economia global. Algo que coloca em cheque – e de uma vez por todas – o que a autora já definiu como “capitalismo de desastre” e a própria hegemonia neoliberal, de há muito sem sustentação popular e sem legitimidade, a não ser pela mídia impressa e eletrônica dos patrões, ou Síndrome de CNN. Márcia Denser, do Congresso em Foco, convida a ler o que diz a "garota" Naomi.

Naomi Klein, a garota que cutuca o big business

O que não sabemos é como o público irá reagir. Vamos considerar que, na América do Norte, todos com idade abaixo dos 40 anos cresceram ouvindo que o governo não pode intervir para melhorar nossas vidas, que o governo é o problema, não a solução, que o laissez faire é a única opção. Agora, de repente, estamos vendo um governo extremamente ativo, intensamente intervencionista, que parece estar disposto a fazer qualquer coisa para salvar os investidores deles mesmos.

Esse espetáculo levanta, necessariamente, uma questão: se o Estado pode intervir para salvar corporações que assumiram riscos impensados nos mercados imobiliários, por que não pode intervir para evitar que milhões de americanos sofram a execução de suas hipotecas?

Seguindo o mesmo raciocínio, se US$ 170 bilhões podem ser instantaneamente disponibilizados para compra da gigante dos seguros AIG, por que o seguro de saúde individual – que protegeria os cidadãos das práticas predatórias das empresas de seguro-saúde – parece ser um sonho inatingível? E se cada vez mais corporações precisam dos fundos dos contribuintes para se manter, por que os contribuintes não podem reivindicar algo em troca, como limites de juros em pagamentos executivos ou uma garantia contra mais perdas de empregos?

Agora que ficou claro que os governos podem realmente agir em tempos de crise, será muito mais difícil alegar a impossibilidade de agir no futuro. Outra mudança potencial tem a ver com as esperanças do mercado em relação a futuras privatizações. Por anos, os bancos de investimento global têm feito lobby entre os políticos para a exploração de dois novos mercados: um que viria da privatização de aposentadorias públicas e outro que surgiria de uma nova onda de estradas, pontes e sistemas hídricos privatizados ou parcialmente privatizados. Esses dois sonhos acabaram de se tornar muito mais difíceis de vender: os americanos não mais estão dispostos a confiar seus ativos coletivos e individuais a apostadores imprudentes em Wall Street, especialmente porque parece muito provável que os contribuintes tenham que pagar para comprar seus próprios ativos de volta quando a próxima bolha estourar.

Esta crise também poderia ser um catalisador para uma abordagem radicalmente alternativa à regulação de mercados mundiais e sistemas financeiros. Já estamos vendo uma movimentação em direção à ‘soberania alimentar’ no mundo em desenvolvimento, ao invés de deixar o acesso aos alimentos aos caprichos dos negociantes de matérias-primas. Finalmente chegou a hora de considerar idéias como a tributação de negociações, que reduziria a velocidade do investimento especulativo, assim como outros controles do capital global. Hoje, a nacionalização não é mais um palavrão, e as empresas de gás e petróleo devem ficar atentas: alguém precisa pagar pela mudança em direção a um futuro mais verde, e faz mais sentido que a maior parte dos fundos venha do setor altamente lucrativo que é o maior responsável por nossa crise climática. Isso certamente faz mais sentido do que criar outra bolha perigosa resultante da comercialização de carbono.

Contudo, a crise que estamos presenciando demanda mudanças ainda mais profundas do que essa. O motivo pelo qual esses empréstimos podres puderam se proliferar não foi apenas porque os reguladores não entenderam o risco. Foi porque temos um sistema econômico que mede nossa saúde coletiva somente com base no crescimento do Produto Interno Bruto. Enquanto os empréstimos podres estavam estimulando o crescimento econômico, nossos governos os apoiavam ativamente. Assim, o que realmente foi colocado em questão pela crise é o comprometimento inquestionável com o crescimento a qualquer custo [grifo meu]. Na verdade, essa crise deveria nos levar a encontrar uma forma radicalmente diferente através da qual nossas sociedades pudessem medir saúde e progresso. Nada disso, no entanto, acontecerá sem uma enorme pressão pública sobre os políticos neste período-chave. Não o lobby educado, mas um retorno às ruas e o tipo de ação direta que mostrou o caminho durante o New Deal na década de 1930. Sem isso, teremos mudanças superficiais e um retorno, assim que possível, à velha forma de fazer negócios.”

E a velha forma de fazer negócios é, no limite, aquela na qual, ao fim e ao cabo, todos perdem.