sábado, 28 de maio de 2011

G8: internet, mundo árabe, África e energia na agenda


Os chefes de Estado e de governos dos oito países mais poderosos do mundo – G8 – e que concentram três quartos das despesas militares planetárias reúnem-se em Deauville, França, para discutirem os seus interesses comuns, entendidos como interesses de todos. Altos responsáveis de impérios da internet como o Facebook e a Amazon serão recebidos pelo G8 no âmbito de uma previsível tentativa de controle do funcionamento da rede, neste caso à luz do argumento da proteção dos direitos de autor. O relançamento da energia nuclear depois da tragédia de Fukushima é outra preocupação do encontro.


Controle dos direitos autorais na internet, definição e gestão dos sistemas econômicos dos regimes saídos da “Primavera Árabe”, aposta a fundo no desenvolvimento e exploração do mercado africano, relançamento da energia nuclear e apropriação das questões ambientais como barreira às estratégias com base em energias alternativas e poupança de energia são os pontos essenciais da agenda.

Todos os habitantes das zonas residenciais de Deauville incluídas no “perímetro de segurança” da cimeira do G8 foram identificados, fichados e as suas privacidades passadas a pente fino para proteção de Nicolas Sarkozy e hóspedes chegados dos Estados Unidos da América, Canadá, Japão, Reino Unido, Alemanha, Itália, Rússia e também em representação da União Europeia.

Uma consulta do site oficial da cúpula de Deauville reflete a grande preocupação das principais potências econômicas e militares mundiais (onde ainda não figura a China) com o controle da evolução das preocupações ambientais no mundo e com o enriquecimento do grande mercado mundial agora através do desenvolvimento do mercado africano. “O desenvolvimento do setor privado é o motor do crescimento na África”, sublinha a agenda da cúpula.

As questões ambientais, uma das grandes preocupações gerais no mundo, mobilizam os dirigentes do G8 nesta reunião no sentido de reforçarem o controle sobre o modelo em que tais assuntos devem ser inseridos. Os materiais da cúpula permitem perceber a marginalização das estratégias relacionadas com as energias alternativas e a poupança de consumo em contraste com a aposta nas energias convencionais.

O relançamento da energia nuclear depois da tragédia de Fukushima é uma das preocupações da cúpula dentro do quadro da apresentação desta fonte energética como segura, a mais limpa e a mais importante das “alternativas”. Numa reunião que se realiza no país que é o maior produtor mundial de energia nuclear o relatório sobre segurança nuclear será apresentado pela Rússia 25 anos depois da tragédia de Tchernobyl, central então sob controle de Moscou.

A “Primavera Árabe” está na agenda do G8, encarada numa perspectiva de evitar que os regimes em formação optem por modelos econômicos que não sejam compatíveis com a “economia de mercado” tal como é entendida pelos membros do G8. O exemplo é dado pela presença em Deauville de 21 economistas de renome mundial que irão apresentar as bases de desenvolvimento da economia da Tunísia.

Os chefes do G8 farão igualmente um balanço das guerras do Afeganistão, do Iraque e da Líbia, esta desencadeada pelo próprio grupo durante a sua reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros realizada em março. Na ordem do dia estarão os meios econômicos e militares para sustentar o regime de Benghazi depois de a senhora Ashton, alta comissária da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, ter declarado o “apoio incondicional” a essa facção da luta interna pelo poder.

Altos responsáveis de impérios da internet como o Facebook e a Amazon serão recebidos pelo G8 no âmbito de uma previsível tentativa de controle do funcionamento da rede, neste caso à luz do argumento da proteção dos direitos de autor.

Apesar de alguns analistas citados na comunicação social francesa considerarem que Sarkozy dará grande importância à reunião do G20 em novembro no âmbito da sua campanha de recandidatura à presidência, a reunião do G8 é, de fato, a que marca a agenda e toma as decisões estratégicas para a ordem mundial.

(*) Artigo publicado originalmente no portal do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu

Colômbia: Mais de 4 mil cadáveres dos 10 mil desaparecidos identificados eram menores de idade





280511_menores-colombiaÓpera Mundi - Mais de 4 mil dos 10 mil corpos de vítimas da violência, enterrados como indigentes nos cemitérios da Colômbia eram de menores de idade, segundo informou o ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, nesta sexta-feira (27/05).

"Diante destes números e diante da dor ainda maior que os números no podem refletir, a identificação dos corpos deve ser uma prioridade do Estado colombiano", disse durante uma prestação de contas do processo de identificação de quase 10 mil desaparecidos no país.
Segundo o ministro, em pouco tempo o governo colombiano conseguui indentificar 9.968 pessoas que foram enterradas como indigentes, algumas delas que inclusive apareciam nos registros oficiais como desaparecidos.
Os 12.724 corpos restantes, qualificados como "não nomeados", não puderam ser identificados. Em sua maioria, a impossibilidade para a identificação se deu por que a impressão digital da vítima estava detriorada e com isso não foi aceita pelo cartão identificador. Em outros casos, as vítimas não possuiam registro ou poderiam ser imigrantes ilegais.
A representante da Oficina do Alto Comissariado das Nações Unidas pelos Direitos Humanos, Christian Salazar, enalteceu a rapidez com que as operações de idenficicações foram realizadas e elogiou o governo colombiano.
"O governo deu uma forte atenção as vítimas com a Lei das Vítimas e demonstrou vontade de esclarecer o que aconteceu. Acredito que a Colômbia está indo muito bem", disse.
Salazar também pediu apoio do ministério da Defesa e das Forças Armadas para identificar os corpos
dos centenas ou milhares de pessoas que aparecem como "mortos em combate não indetificados" e rea brir os processos que a Justiça militar fechou, especialmente entre 2002 e 2006, de pessoas aparentemente mortas em Antioquia e Meta, no sul del país.
Se calcula que alrededor de 2 mil jóvenes pobres, marginados, estudiantes y campesinos fueron asesinados por militares, quienes los hicieron pasar por guerrilleros para así cobrar premios por la muerte de enemigos u obtener más vacaciones o ascensos. En Colombia este escándalo se conoce como los falsos positivos.
Segundo um relatório de 2009 da Procuradoria-Geral, o Exército matou mais de dois mil jovens, que depois foram apresentados como baixas de combate. A maioria dos assassinatos aconteceram durante os governos do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), de quem o atual presidente, Juan Manuel Santos, foi ministro da Defesa.
Na Colômbia, o termo "positivo" significa capturar ou eliminar pessoas consideradas inimigas do Estado. Uma das práticas dos militares é assassinar civis que não têm relação com o tráfico nem com a guerrilha para aumentar o número na prestação de contas do combate às drogas e às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Homossexualismo

* Edir Macedo no Sul21

Tenho lido todos os comentários deste blog. Os prós e os contras. Não me surpreendo quando pessoas alienadas à verdadeira fé cristã nos criticam. Se o fizeram com o Senhor Jesus, não o farão com Seus servos? Mas o que me deixa perplexo é o grau de insensatez entre aqueles que usam textos bíblicos para condenar os homossexuais. Será que a Bíblia coroa juízes? Será que por sermos discípulos de Jesus somos automaticamente elevados à condição de perfeitos a ponto de julgar e condenar os homossexuais, por exemplo?
Infelizmente, um dos fatores que mais tem impedido as pessoas de conhecer o Salvador e entender a mensagem do Evangelho é justamente a prepotência de muitos membros de igrejas, que se julgam crentes e seguidores da Palavra, e que só são capazes de estender a mão para apontar, criticar ou agredir o próximo, mas nunca como um sinal de amor, um gesto de respeito ao ser humano.
A pessoa preconceituosa tende a partir do princípio de que ela própria é o modelo ideal de ser humano, condenando à exclusão social todos os que aparentemente se diferem dela. Um “cristão” que pratique qualquer ato de repulsa contra outra pessoa é um paradoxo. Ele não apenas exclui seu próximo socialmente, mas tira dele a possibilidade de conhecer a compaixão Divina; o exclui de alcançar a salvação.
A única maneira de apresentarmos o amor de Deus, principalmente àqueles que são excluídos, é materializando este sentimento em gestos verdadeiros de atenção, respeito, solidariedade e inclusão. É só assim que estaremos praticando Sua ordem: Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. Lucas 6.36
A mesma Bíblia que condena o homossexualismo, condena qualquer outro tipo de pecado, mas o Senhor Jesus acolhe a todos, sem distinção. Se formos condenar os homossexuais, então teremos de condenar a nós mesmos. Pois, quem está livre de pecados? Qual a diferença entre pecadinho ou pecadão? Deus não faz esta distinção.
A imagem que as pessoas vendem de si mesmas pode até convencer apenas outras pessoas sobre a santidade que se pretende aparentar, mas Deus enxerga o que vai no seu íntimo e isso não há o que disfarce.
Jamais vou defender o homossexualismo, mas sempre terei fé para ajudar tanto homossexuais quanto heterossexuais que estejam dispostos colocar suas dores, sofrimentos e fraquezas aos pés dAquele que quer salvá-los. Só não tenho fé para aturar hipócritas.
Para os crentes cascudos recomendo meditar:
Deus nos habilitou para sermos ministros de uma NOVA ALIANÇA, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. 2 Coríntios 3.6

* Edir Macedo é um televangelista, empresário e religioso brasileiro, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus proprietário da Rede Record de Televisão.