quarta-feira, 1 de julho de 2009

Israel continua expulsando palestinos de Jerusalém



Ramalah (Prensa Latina) O ministro palestino de Obras Públicas e Moradia, Mohammad Ishteiyah, denunciou a "sistemática política" repressiva de Israel na ocupada Jerusalém, apesar da imagem de tolerância que tentou dar na sexta (26) ao mundo na Cisjordânia.

Ishteiyah disse que junto com as muitas detenções de cidadãos palestinos, as autoridades de Tel Aviv os expulsam de seus lares na zona árabe da cidade santa e, também, a maioria das vezes destroem essas construções.
O exemplo mais recente, destacou, é a ordem de demolição de casas na comunidade de Silwan, em El-Bustan.
"Como palestinos estamos enfrentando as perigosas políticas que Israel faz dentro de Jerusalém e denunciamos sua escalada contra a cidade a partir de desfazer dos bairros árabes", apontou.
Assegurou que tais práticas ocorrem como "uma política contínua contra a cidade desde sua ocupação em 1967, em contravenção com a Quarta Convenção de Genebra, de 1949".
Para o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que preside Mahmoud Abbas, se trata de um assunto mais político que legal, e não como pretende fazer ver a municipalidade israelense de Jerusalém com as escavações efetuadas em diferentes partes da Cidade Velha.
Entre esses trabalhos mencionou a escavação embaixo da mesquita Al-Aqsa, a ampliação dos assentamentos judeus, a discriminação racial e a limpeza étnica contra os residentes palestinos.
Em sua opinião, trata-se de uma tentativa por "roubar a história da cidade com a substituição de residentes palestinos por colonos israelenses, de nomes árabes de ruas com palavras hebreias, e de substituir tudo, incluída (a mesquita) Al-Aqsa".
Por outra parte, Israel tentou aplacar as pressões internacionais e anunciou na quinta-feira a redução de suas forças de ocupação em quatro cidades cisjordanas com o aparente propósito de dar-lhes maior autonomia, da mesma forma que fizeram antes em outras três.
A segurança das localidades de Qalqilya, Belém, Jericó e Ramalah passou a ser decidida agora pelas forças policiais da ANP, que disporão a forma dos patrulhagens e onde terá homens armados e uniformizados.
No entanto, os militares israelenses manterão o poder de fazer seus habituais batidas para prender palestinos, e continuarão entrando em quatro cidades quando considerem necessário, além de controlar suas vias de acesso, explicaram fontes de Tel Aviv.

Texto: Prensa Latina

Golpe em Honduras

OEA dá prazo de 72 horas para restituição de Zelaya



A OEA (Organização dos Estados Americanos) deu um prazo de três dias para que o governo interino de Honduras devolva o poder ao presidente deposto, Manuel Zelaya, caso contrário, o país poderá ser suspenso do órgão. Após o ultimato da OEA, Zelaya confirmou que regressará ao país no final de semana - provavelmente no sábado - e não amanhã (2), como havia anunciado anteriormente.


Em tom desafiador, Micheletti disse em Tegucigalpa que a única forma do presdente deposto retornar ao cargo será por meio de uma invasão estrangeira. "Ninguém me fará renunciar", declarou Micheletti em entrevista concedida à Associated Press. Ele já havia dito que se Zelaya retornar a Honduras, será preso.

A resolução da OEA, formalmente acertada nas primeiras horas da quarta-feira em uma sessão de emergência na sede da entidade em Washington, condena o golpe e exige "o retorno imediato, em segurança e incondicional do presidente às suas funções constitucionais."

O texto acrescenta que "nenhum governo que surja dessa interrupção inconstitucional será reconhecido." E também pede que o secretário-geral da OEA inicie as gestões diplomáticas para "restaurar a democracia e o estado de direito, e a restituição" do presidente.

Zelaya, que estava na sessão, denunciou o golpe como uma "medida cruel, sangrenta e retrógrada" e ofereceu seus "agradecimentos de coração" aos 34 membros da OEA.
"É a primeira vez que essa organização falou de maneira tão veemente, com tanta convicção, condenando um ato agressivo, onde a força prevaleceu sobre a razão e onde a paz de uma sociedade foi violada", disse.

Ele afirmou que, "como cristão", poderia desculpar os golpistas, mas assegurou que a justiça e a história não os perdoarão.

Após a reunião da OEA, Zelaya afirmou que esperará as 72 horas para "continuar com este processo" e para não entorpecer os esforços diplomáticos para resolver a crise, mas não precisou o dia exato que viajará a Honduras. Horas antes, ele tinha indicado que retornaria a Honduras em companhia do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner.

Zelaya deve viajar para a posse hoje do presidente eleito do Panamá, Ricardo Martinelli, e continuar apoiando as gestões da OEA.

Miguel Insulza explicou que se o governo interino descumprir o prazo imposto, "não será Honduras que estaremos suspendendo, mas os usurpadores".

O golpe militar que derrubou Zelaya foi amplamente criticado por vários países e organismos internacionais.

Vermelho com agências