Morre Aldo Vicentin, mais uma vítima do amianto
por Conceição Lemes
A Organização Internacional do Trabalho – a OIT, órgão das Nações
Unidas –alerta: o amianto, ou asbesto, mata por ano no mundo 100 mil
trabalhadores. No Brasil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), 1 milhão de pessoas podem estar em contato direto com a fibra
assassina ou do diabo, como é conhecido esse mineral. Ele é cancerígeno.
Está banido em 49 países, incluindo Argentina, Chile, Uruguai e União
Européia. Aqui, é proibido no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Pernambuco e mais recentemente São Paulo. No dia 4 de junho, o Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu por 7 votos a 3 que a lei 12.684, que
veda o uso do amianto no Estado, é constitucional. Em bom português:
está proibido no Estado de São Paulo.
O aposentado Aldo Vicentin, 66 anos, secretário-geral da Associação
Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), não pôde comemorar esta
vitória. Enquanto a lei era julgada no STF, ele internava-se no
Instituto do Coração de São Paulo, o Incor, para a batalha da sua vida:
extirpar o mesotelioma – tumor maligno de pleura, membrana que reveste o
pulmão. É muito agressivo, incurável, praticamente intratável, causado
pela exposição ocupacional ou ambiental ao amianto. A quase totalidade
dos portadores morre em um ano; a expectativa de vida é de, no máximo, 2
anos. Aldo é casado com dona Gisélia, tem duas filhas e um neto.
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