O Sangue de um Poeta(Le Sang d'un Poète)
Extremamente pessoal e repleto de imagens irreais, o filme reflete sobre o mundo interior de um poeta, seus medos, obsessões e sua preocupação com a morte, compostas em quatro seqüências atemporais e ilógicas. Primeiro filme de Cocteau, cineasta que se destacou com uma linguagem própria, mesclando poesia e realidade. Jean Cocteau, que ganhou reputação na década de 20 como "Gênio Louco", fez seu debute como escritor, diretor, roteirista e narrador nesta fantasmagórica obra-prima. Como um artista salpicando tinta na tela, Cocteau criou uma colagem de alegorias magnetizantes e imagens plenas de simbolismo visual e efeitos abstratos.
Fonte
Créditos: Makingoff - Willans
Gênero: Fantasia / Drama
Diretor: Jean Cocteau
Duração: 50 minutos
Ano de Lançamento: 1930
País de Origem: França
Idioma do Áudio: Francês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0021331/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: XviD
Vídeo Bitrate: 1740 Kbps
Áudio Codec: AC3
Áudio Bitrate: 192
Resolução: 640 x 480
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 701 Mb
Legendas: Em anexo
Elenco
Enrique Rivero ... Poet
Elizabeth Lee Miller ... Statue
Pauline Carton
Odette Talazac
Jean Desbordes ... Louis XV Friend
Fernand Dichamps
Lucien Jager
Féral Benga ... Black Angel
Barbette
curiosidades
- "O Sangue de um Poeta" não é um filme comum. Cocteau considerava o filme como expressionista, enquanto que uma parte significativa da crítica o vê como um trabalho surrealista (embora André Breton, um dos nomes fortes do Surrealismo, tenha feito várias críticas ao longa). Um fato é que, rótulos à parte, se ainda hoje estamos diante de um filme que permanece para além dos padrões mais comuns do cinema, fica a questão: como deve ter sido recepção da obra na época do seu lançamento?- Jean Cocteau foi um dos mais talentosos artistas do século XX, tendo sido diretor, poeta, romancista, pintor, roteirista, dramaturgo, escultor, cenógrafo e ator. Em concordância com isto, "O Sangue de um Poeta" pode ser visto, de certo modo, como um trabalho biográfico, uma vez que lança luzes sobre eventos que tiveram lugar na vida do artista francês, sobre sua mitologia pessoal no mundo da imaginação, bem como sobre personagens que o influenciaram de uma maneira mais significativa.
- "O Sangue de um Poeta" é a primeira parte da chamada "Trilogia de Orfeu". Os outros filmes são "Orfeu" (1950) e "O Testamento de Orfeu" (1960).
- Créditos da legenda para o pessoal do Movimento Cinema Livre, lá do opensubtitles. Dei uma revisada geral na legenda, corrigindo o timing de umas linhas e refinando a tradução de outras. Confiram aí.
crítica
O Sangue de um Poeta
Le sang d'un poète (1930) é a afirmação do realismo mágico. Não estamos perante um filme surrealista - aliás, Breton criticou-o sempre. Por aí passa uma novela de Poe (o pintor e o modelo), a pintura metafísica de de Chirico, um quadro célebre de van Gogh, os fuzilamentos de Goya e Manet, as jovens de Balthus e as bailarinas de Degas, a arte cinética e a hipnose, o dadaísmo e o suicídio, as cartas do destino (da moira), o segredo da esfinge e os anjos negros, os anjos da melancolia, as figuras do renascimento, o re-encontro com a tragédia grega, onde confluem passado, presente e futuro, e, especificamente, a matriz que o cinema de Duras há-de levar ao limite do dizível. Mas, qual é, então, o sangue do poeta? As imagens do início e as imagens do fim dão a resposta: a melancolia. Melhor: o sonho e a melancolia. Ou o ideal e o real.
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