segunda-feira, 28 de abril de 2008

Eugênio Neves

A mídia do centro do país, finalmente, começa a romper o silêncio em torno do escândalo político desencadeado pela Operação Rodin. Dois colunistas comentaram o caso neste final de semana. Lucia Hippolito, da CBN/Globo, publicou um post em seu blog, afirmando que “Yeda está na linha de tiro”. Ela fala do encontro do secretário de Planejamento, Ariosto Culau, com Lair Fesrt (que provocou a queda do secretário na noite de domingo) e sobre as denúncias feitas pelo delegado Luiz Fernando Tubino em torno da casa comprada pela governadora Yeda Crusius (PSDB), no final de 2006:

“O delegado Luiz Fernando Tubino, ex-chefe da Polícia Civil gaúcha, afirmou que Lair Ferst teria dado R$ 400 mil para ajudar a governadora Yeda Crusius a comprar uma casa no bairro Vila Jardim. Segundo o delegado, a Operação Rodin, da PF, teria identificado o cheque. Não apresentou provas, mas a palavra de um ex-chefe da Polícia Civil, pronunciada diante de uma CPI, vale muito”.

O comentário de Hippolito foi publicado também no blog de Ricardo Noblat (O Globo), com o seguinte título: “Chapa esquenta para governadora do Rio Grande do Sul”.

A polêmica em torno da nova casa de Yeda também foi tema de matéria, sábado, na Folha de São Paulo (“Delegado diz que sobra de campanha pagou casa da governadora do RS”). O silêncio em torno do assunto transferiu-se agora para a mídia gaúcha que, até aqui, não quer saber de repercutir a denúncia.

créditos:

O ódio à velhice


Cynara Menezes

Agora que estou grávida, faço hidroginástica, atividade física apelidada por uma amiga de “natação geriátrica”. E é verdade. Minhas colegas de piscina são todas velhinhas. Adoro velhos, crianças e adolescentes, também. Confesso ter maior dificuldade de relacionamento com os adultos. Parece que a idade adulta é a idade da dissimulação. Velhos, crianças e adolescentes são sinceros por natureza. É muito mais fácil lidar com gente que não esconde o que pensa, ainda que não seja agradável ouvir.

No vestiário, as velhinhas me contam de suas doenças. Uma diz que se submeteu a uma cirurgia moderna, que lhe deixou cinco furinhos nas costas: “Bem aqui, ó”, exibe. Não dá para ver nada... Acho graça. Ela me conta que o tal procedimento ultra-sofisticado custou a bagatela de 170 mil reais! Fico pensando: se fosse pobre, estaria morta, coitada. Outra senhora se queixa de que não gosta de ser idosa, e me espanta saber o porquê. “Velho sofre muito preconceito, ninguém gosta de velho.”

Que horror. Chegamos a uma época de desprezo absoluto à velhice, condição inexorável do ser humano – bem, ou é isso ou morrer. Ficar velho não é mais tornar-se um sábio, mas um enjeitado. Talvez esteja na repulsa ao envelhecimento a raiz de tanta superficialidade no mundo, de tanto querer seguir jovem à custa de cirurgias plásticas patéticas em vez de se preocupar em aprimorar o espírito. Cuidar da mente, evoluir como ser humano, e, claro, conservar a alma sempre jovem. Isso é saber envelhecer bem. E reflete no lado de fora.

Alguém se engana mesmo com uma mulher que injetou não-sei-o-quê na boca para rejuvenescer? Ela parece de fato mais moça ou apenas feiosa? Ladies, preocupar-se com as rugas causa rugas! Não sou uma radical do “deixa cair”, nada disso. Não vejo mal algum em pintar os cabelos, passar uns creminhos para hidratar a pele (o creme compensa!), fazer exercícios para manter a forma. Mas há um exagero evidente nesta busca pela juventude eterna. Me incomoda essa multidão de seres espichados, de faces sem movimento, como um exército de clones assustadores a desfilar pelos calçadões da vida, sem idade ou identidade.

Como será no futuro quando os netinhos falarem de suas vovozinhas? “Ah, vovó é tão linda, com aqueles olhos puxados de chinesa! E os beijos que ela me dá, com aquela boca de Pato Donald, toda inchada? Adoro cada cicatriz naquele corpinho dela!” Observo a carne vincada, as dobras, os braços flácidos, as marcas que o tempo deixou no corpo de minhas colegas de hidroginástica e sinto saudade, já, da pele macia de vovó, tão longe de mim no final da vida. Aos 86, sua pele é enrugada, sim, como um dia também eu naturalmente serei. Mas suave ao toque, como a de um bebê.

Reparo que não se usa mais falar “morreu de velhice”, “de causas naturais”. Será que também aí não estaria embutido o preconceito? Diz-se que uma atriz, aos 90 e tantos anos, morreu de falência múltipla dos órgãos. Alguém me explica que é porque a ciência avançou e hoje em dia se sabe que as pessoas não morrem de causas naturais, mas por alguma razão específica. Ganha-se em informação, perde-se em poesia. Num mundo como o que vivemos, morrer de velhice deveria ser considerado um luxo.

Cynara Menezes

La Dolce Vita

créditos: CartaCapital




O Sangue de um Poeta

O Sangue de um Poeta
(Le Sang d'un Poète)

Extremamente pessoal e repleto de imagens irreais, o filme reflete sobre o mundo interior de um poeta, seus medos, obsessões e sua preocupação com a morte, compostas em quatro seqüências atemporais e ilógicas. Primeiro filme de Cocteau, cineasta que se destacou com uma linguagem própria, mesclando poesia e realidade. Jean Cocteau, que ganhou reputação na década de 20 como "Gênio Louco", fez seu debute como escritor, diretor, roteirista e narrador nesta fantasmagórica obra-prima. Como um artista salpicando tinta na tela, Cocteau criou uma colagem de alegorias magnetizantes e imagens plenas de simbolismo visual e efeitos abstratos.

Fonte


Créditos: Makingoff - Willans
Gênero:
Fantasia / Drama
Diretor: Jean Cocteau
Duração: 50 minutos
Ano de Lançamento: 1930
País de Origem: França
Idioma do Áudio: Francês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0021331/

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Vídeo Codec: XviD
Vídeo Bitrate: 1740 Kbps
Áudio Codec: AC3
Áudio Bitrate: 192
Resolução: 640 x 480
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 701 Mb
Legendas: Em anexo


Elenco

Enrique Rivero ... Poet
Elizabeth Lee Miller ... Statue
Pauline Carton
Odette Talazac
Jean Desbordes ... Louis XV Friend
Fernand Dichamps
Lucien Jager
Féral Benga ... Black Angel
Barbette

curiosidades

- "O Sangue de um Poeta" não é um filme comum. Cocteau considerava o filme como expressionista, enquanto que uma parte significativa da crítica o vê como um trabalho surrealista (embora André Breton, um dos nomes fortes do Surrealismo, tenha feito várias críticas ao longa). Um fato é que, rótulos à parte, se ainda hoje estamos diante de um filme que permanece para além dos padrões mais comuns do cinema, fica a questão: como deve ter sido recepção da obra na época do seu lançamento?

- Jean Cocteau foi um dos mais talentosos artistas do século XX, tendo sido diretor, poeta, romancista, pintor, roteirista, dramaturgo, escultor, cenógrafo e ator. Em concordância com isto, "O Sangue de um Poeta" pode ser visto, de certo modo, como um trabalho biográfico, uma vez que lança luzes sobre eventos que tiveram lugar na vida do artista francês, sobre sua mitologia pessoal no mundo da imaginação, bem como sobre personagens que o influenciaram de uma maneira mais significativa.

- "O Sangue de um Poeta" é a primeira parte da chamada "Trilogia de Orfeu". Os outros filmes são "Orfeu" (1950) e "O Testamento de Orfeu" (1960).

- Créditos da legenda para o pessoal do Movimento Cinema Livre, lá do opensubtitles. Dei uma revisada geral na legenda, corrigindo o timing de umas linhas e refinando a tradução de outras. Confiram aí.

crítica

O Sangue de um Poeta


Le sang d'un poète (1930) é a afirmação do realismo mágico. Não estamos perante um filme surrealista - aliás, Breton criticou-o sempre. Por aí passa uma novela de Poe (o pintor e o modelo), a pintura metafísica de de Chirico, um quadro célebre de van Gogh, os fuzilamentos de Goya e Manet, as jovens de Balthus e as bailarinas de Degas, a arte cinética e a hipnose, o dadaísmo e o suicídio, as cartas do destino (da moira), o segredo da esfinge e os anjos negros, os anjos da melancolia, as figuras do renascimento, o re-encontro com a tragédia grega, onde confluem passado, presente e futuro, e, especificamente, a matriz que o cinema de Duras há-de levar ao limite do dizível. Mas, qual é, então, o sangue do poeta? As imagens do início e as imagens do fim dão a resposta: a melancolia. Melhor: o sonho e a melancolia. Ou o ideal e o real.

Fonte

Dowloads abaixo:
Arquivo anexado Le_Sang_d__un_Poete__1930__DVDRip_by_Willams_megalilo.rar legendas
Arquivo anexado Le_Sang_d__un_Poete__1930_.torrent filme



Chick Corea


Chick Corea - The Best Of

1. Straight Up And Down
2. Tones For Joan's Bones
3. Matrix
4. My One And Only Love
5. Windows
6. Samba Yantra
7. Pannonica
8. Now He Sings,Now he Sobs
9. Toy Room
10. Blues Connotation
11. Nefertiti

Créditos: TrabalhoMental