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Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
A Grave crise pela qual passa o funcionalismo em Minas
Mudanças no Código Florestal baseiam-se em ‘desconhecimento entristecedor’
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Reflexões de Fidel Castro...
Fidel: “Os EUA não jogam limpo nem
dizem nenhuma verdade”
(Extraído do
CubaDebate)
“OS
Estados Unidos não jogam limpo nem dizem nenhuma
verdade”, afirmou o Comandante-em-chefe Fidel Castro
na Mesa-Redonda especial que transmitiu a Televisão
Cubana na tarde da segunda-feira, dia 12, conduzida
pelo jornalista Randy Alonso.
Fidel
fez uma análise exaustiva da situação no Oriente
Médio, particularmente a crise provocada pelos
Estados Unidos e por Israel em sua política de
fustigação ao Irã, além de avaliar o arsenal nuclear
de que as grandes potências internacionais dispõem e
o afundamento do Cheonan, que foi navio-insígnia da
armada sul-coreana, ação que foi imputada à Coreia
do Norte.
Ao
reiterar o perigo de guerra com o emprego de armas
nucleares que vinha alertando em sua Reflexões, o
Comandante-em-chefe ofereceu um enorme leque de
argumentos e comentou opiniões de analistas
políticos que vêm acompanhando os últimos
acontecimentos no Oriente Médio.
Na
Mesa-Redonda na qual, além do diretor do programa
televisivo, encontrava-se o historiador Rolando
Rodríguez; o diretor do Centro de Pesquisas da
Economia Mundial, Osvaldo Martínez, e o diretor do
Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNIC),
doutor Carlos Gutiérrez, Fidel analisou o enorme
arsenal de guerra de que dispõem as principais
potências mundiais, lideradas pelos Estados Unidos:
“é demencial o número de ogivas estratégicas”,
assegurou.
Os
dados do Instituto de Pesquisas para a Paz de
Estocolmo (Sipri), disse Fidel, não deixam dúvida
alguma do perigo que ameaça a humanidade. O gasto
militar total dos Estados Unidos, em 2009, foi de
US$1,531 trilhão, o que significa um incremento de
49% a respeito do ano 2000.
Não
é difícil imaginar o que aconteceria se for
utilizada ao menos uma parte desse arsenal, e “no
Congresso (dos Estados Unidos) há posições ainda
mais agressivas que as do presidente”, acrescentou o
líder da Revolução.
Os
gastos militares dos EUA não deixaram de crescer.
Fidel comentou que o orçamento da Defesa desse país
passou de US$316 bilhões em 2001 a US$565 bilhões em
2010, para um incremento em 2,16 vezes.
“Os
Estados Unidos apenas gastam mais que todos os
países juntos”, disse. “Tem 2.002 ogivas
estratégicas, e 500 não-estratégicas. Dispersaram
2.702, enquanto a Rússia tem 2.787 estratégicas, e
2.047 não-estratégicas. Entre os dois, têm quase
sete mil ogivas estratégicas. Este número é
demencial”.
CONCORDO COM O RISCO DE UMA GUERRA
Ante
um comentário de Randy sobre o risco de que possa
produzir-se uma guerra no Oriente Médio, Fidel
assegurou: “concordo plenamente com o risco iminente
de uma guerra”, e acrescentou: “Eu comecei a
escrever sobre este tema depois da acusação contra a
Coreia do Norte, à qual imputavam o afundamento do
navio sul-coreano muito sofisticado, um dos mais
modernos com que conta a indústria norte-americana,
que usa metais especiais, artigos que não vendem à
Coreia do Norte”.
Ironizou sobre a acusação contra a Coreia do Norte,
à qual culpam de usar um velho torpedo dos anos
1950. “Imagine, um velho torpedo contra esse navio
sofisticado!”, comentou.
Assegurou
que um analista norte-americano deu uma explicação
lógica: “A Coreia do Sul estava fazendo uma manobra
com seu aliado, os Estados Unidos. O difícil que tem
este fato, o que custa muito admitir aos EUA, é que
foram eles que afundaram o navio sofisticado da
Coreia do Sul. Morreram 46 homens... Uma embarcação
assim apenas pode ser explodida com uma mina. E foi
o que fizeram”.
Fidel disse ter a certeza de que se esta situação
com a Coreia fugia ao controle, a situação teria
sido dramática, e lembrou a frase utilizada pelos
coreanos: “haverá um mar de fogo, de chamas”.
Reconheceu que “isso era o que pensava inicialmente,
que o problema ia desatar-se por ai, porque ainda
não estava a resolução (do Conselho de Segurança)
sobre o Irã”.
Quando esta foi aprovada, “evidenciou-se que
primeiro se desataria o conflito com o Irã, e depois
na Coreia. A Coreia do Norte deve acompanhar com
muita atenção o que acontecer no Irã
uso e minh do Norte"tentos do que aconteça no Ira
sao ois na Coreia.ai, porque ainda nao estava a
resoluçao dñu ”.
A CRISE MAIS SÉRIA DE OBAMA
Fidel comentou as recentes
declarações do acadêmico norte-americano Noam
Chomsky, quem garantiu que a posição dos Estados
Unidos frente ao Irã, ”é a crise de política externa
mais séria que tenha enfrentado a administração de
Obama”.
“O Irã é a maçã da discórdia”,
assegurou Fidel, “porque certamente não vão poder
inspecionar esse país. Há 31 anos, quando travaram a
guerra química contra a revolução do aiatolá
Khomeini, que derrubou sem armas o xá do Irã, esse
país não tinha exército, tinha os Guardiões da
Revolução”.
Fidel acrescentou que Ahmadineyad
não é um improvisado — pode-se concordar com ele ou
não — mas não é um improvisado. Calcular que os
iranianos vão se ajoelhar e pedir perdão aos ianques
é absurdo”.
Arguiu que os iranianos “levam 30
anos se preparando, com um desenvolvimento
industrial, adquirindo aviões, radares, armas
antiaéreas... Os russos comprometeram-se a
fornecer-lhes o (míssil) S-300, mas o fazem muito
devagar e ainda não os entregaram. Compraram todos
os aviões que puderam comprar. Têm armas russas. Têm
centenas de lançadeiras de mísseis. O Exército
também dispõe de forças de ar, mar e terra. A
Marinha também tem forças de ar, mar e terra. Os
Guardiões da Revolução têm mais de um milhão de
soldados. Estão treinando todas as pessoas maiores
de 12 anos e menores de 60. E são 20 milhões de
muçulmanos xiítas. Quem vai simpatizar com esse
inimigo que quer destruir tudo e que, aliás, o diz
abertamente.
Fidel assegurou que entre todas
as potências nucleares dispõem de umas 20 mil armas
nucleares e é ridículo o pretexto que alegam contra
o Irã: “É ridículo este problema criado e todas as
resoluções (do Conselho de Segurança da ONU). O
risco de que o Irã desenvolve ou fabrique duas
bombas nucleares daqui a dois ou três anos. Onde
está a lógica? Todo esse grande problema é por causa
disso.”
Segundo o Comandante-em-chefe, a
verdadeira causa é “o controle, a influência que tem
o Estado de Israel sobre os Estados Unidos. Um país
que em poucos anos se converteu numa potência
nuclear”.
Afirmou que Cuba conhece muito
bem acerca da experiência nuclear. “Nós estivemos
sob o risco de que nos atacassem. Quando do governo
de Ronald Reagan fizeram um teste nuclear no mar. Em
um navio. Adivinhamos aquilo porque tínhamos as
tropas viajando rumo à Namíbia”.
Através de Israel, “entregaram
aos sul-africanos como 14 bombas nucleares, mais
poderosas que as que jogaram em Hiroshima e Nagasaki.
Essa circunstância não é nova. Nós tínhamos ali
(Angola) uns 60 mil homens avançando. E já tínhamos
vivido sob o risco de uma experiência nuclear”.
Lembrou o momento em que os
soviéticos instalaram seus projéteis nucleares em
Cuba, que, por sinal, nós não gostávamos muito,
porque quando fizemos esta Revolução, não contamos
com nenhuma aliança com a URSS”. Essa aliança “foi
boa para nós, porque quando (os EUA) nos tiraram o
petróleo, (a URSS) nos forneceu petróleo. Não
estamos falando sem ter vivido uma experiência:
vivemo-la em 1962 e em 1970 e pouco, durante uma
missão internacionalista. E adotamos todas as
medidas: avançarmos e refugiarmo-nos sob a terra.
Não podíamos esperar uma casualidade. Tudo foi
verificado. Nem sequer Mandela sabe o que fizeram
com essas armas nucleares. Perguntei-lhe: “Ninguém
sabe!”, disse. Lavaram-nas. Nunca atuaram de forma
limpa.”
Por acaso pode-se brincar com
isso?”, acrescentou. “Se você fala da hipótese não
vai convencer ninguém. Não é preciso dramatizar,
porque os fatos são dramáticos mesmo.“
O Comandante-em-chefe anunciou
novas análises sobre estes perigosos acontecimentos
para a Humanidade em sua reflexão publicada no site
Cubadebate, na noite de domingo.
Ações pelo plebiscito sobre limite da propriedade da terra se intensificam
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Segundo dados da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra,
nos últimos 25 anos, 765 conflitos no Brasil estavam diretamente
relacionados à luta pela terra e 1.546 trabalhadores foram assassinados.
Esses são apenas alguns números relacionados à questão da terra no
país. Para chamar a atenção da sociedade para o quadro agrário
brasileiro, a Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra
realiza, entre os dias 1º e 7 de setembro, um Plebiscito Popular pelo
Limite da Propriedade da Terra.
* Jornalista da Adital
De acordo com Gilberto Portes de Oliveira, coordenador do Fórum
Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), o objetivo da
Campanha "é colocar a reforma agrária no centro do debate político
nacional". Além de pautar o debate dos candidatos às eleições deste ano,
Portes comenta que a ação pretende ainda estimular a discussão no país.
"Queremos ajudar a sociedade a entender as raízes dos problemas, tanto
rurais quanto urbanos", comenta.
Outra intenção é propor ao Legislativo a inclusão de um inciso na Constituição nacional que limite a propriedade de terra em até 35 módulos fiscais. A sociedade brasileira também é convidada a expressar a opinião sobre o assunto no Plebiscito Popular que acontecerá em todos os estados do país durante a primeira semana de setembro. Apesar de não possuir um valor jurídico legal, Portes acredita que a consulta popular é um forte instrumento simbólico de pressão da sociedade. "Queremos ver o que os congressistas vão dizer com a pressão de milhares de pessoas", afirma, destacando que esse será o quarto Plebiscito Popular no país. "Já tivemos o da Dívida Externa [2000], o da Alca [sobre a Área de Livre Comércio das Américas, ocorrido em 2002], e o da Vale [sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em 2007]. Ainda tivemos uma experiência riquíssima de participação popular no Ficha Limpa", lembra.
Para o coordenador do Fórum, o mais importante da ação será o debate e a manifestação da sociedade, já que a ideia é fazer com que o problema agrário se torne pauta política permanente. "O Plebiscito faz parte de um processo. A Campanha começou em 2000 e continua. Independente do resultado de setembro, nós vamos continuar a aprofundar o debate", garante.
Portes comenta ainda que a Campanha não se intimidará com a reação de setores ligados ao agronegócio. "A presidente da CNA [Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil] já foi tirar satisfação querendo desqualificar o processo", afirma. Segundo o coordenador do FNRA, a Campanha já esperava a acusação de opositores. "Esperamos é que eles venham para o debate", ressalta, afirmando que a intenção é mostrar para a população brasileira "quem produz de verdade para o país".
Preparação
Pouco mais de dois meses para o Plebiscito Popular pelo Limite da Terra e a preparação segue em ritmo acelerado. De acordo com Gilberto Portes, coordenador nacional do FNRA, entre os dias 15 e 17 deste mês, representantes da organização do Plebiscito de todos os estados e do Distrito Federal estarão reunidos em Brasília para definir os "detalhes de organização e consolidação do Plebiscito".
Segundo ele, a intenção é que, até meados de agosto, todos os Estados já estejam totalmente preparados e organizados para a execução da consulta popular. Portes comenta que, em alguns estados, a discussão com a sociedade já está bem avançada. "A sociedade começa a se manifestar", afirma, destacando também o papel de militantes e de mídias alternativas na divulgação da Campanha.
Mais informações sobre a Campanha e o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra em: http://www.limitedaterra.org.br/index.php
Outra intenção é propor ao Legislativo a inclusão de um inciso na Constituição nacional que limite a propriedade de terra em até 35 módulos fiscais. A sociedade brasileira também é convidada a expressar a opinião sobre o assunto no Plebiscito Popular que acontecerá em todos os estados do país durante a primeira semana de setembro. Apesar de não possuir um valor jurídico legal, Portes acredita que a consulta popular é um forte instrumento simbólico de pressão da sociedade. "Queremos ver o que os congressistas vão dizer com a pressão de milhares de pessoas", afirma, destacando que esse será o quarto Plebiscito Popular no país. "Já tivemos o da Dívida Externa [2000], o da Alca [sobre a Área de Livre Comércio das Américas, ocorrido em 2002], e o da Vale [sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em 2007]. Ainda tivemos uma experiência riquíssima de participação popular no Ficha Limpa", lembra.
Para o coordenador do Fórum, o mais importante da ação será o debate e a manifestação da sociedade, já que a ideia é fazer com que o problema agrário se torne pauta política permanente. "O Plebiscito faz parte de um processo. A Campanha começou em 2000 e continua. Independente do resultado de setembro, nós vamos continuar a aprofundar o debate", garante.
Portes comenta ainda que a Campanha não se intimidará com a reação de setores ligados ao agronegócio. "A presidente da CNA [Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil] já foi tirar satisfação querendo desqualificar o processo", afirma. Segundo o coordenador do FNRA, a Campanha já esperava a acusação de opositores. "Esperamos é que eles venham para o debate", ressalta, afirmando que a intenção é mostrar para a população brasileira "quem produz de verdade para o país".
Preparação
Pouco mais de dois meses para o Plebiscito Popular pelo Limite da Terra e a preparação segue em ritmo acelerado. De acordo com Gilberto Portes, coordenador nacional do FNRA, entre os dias 15 e 17 deste mês, representantes da organização do Plebiscito de todos os estados e do Distrito Federal estarão reunidos em Brasília para definir os "detalhes de organização e consolidação do Plebiscito".
Segundo ele, a intenção é que, até meados de agosto, todos os Estados já estejam totalmente preparados e organizados para a execução da consulta popular. Portes comenta que, em alguns estados, a discussão com a sociedade já está bem avançada. "A sociedade começa a se manifestar", afirma, destacando também o papel de militantes e de mídias alternativas na divulgação da Campanha.
Mais informações sobre a Campanha e o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra em: http://www.limitedaterra.org.br/index.php
* Jornalista da Adital
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