No momento em que a mídia brasileira e internacional satanizam o islamismo colocando-o como uma religião que prega o terrorismo, torna-se necessário trazer a público esclarecimentos sobre o tema que possibilitem às pessoas que pensam e reflexionam se apropriarem da versão que dificilmente serão apresentadas na mídia tradicional capitalista e preconceituosa.
1. O que é o Islam?
A palavra "Islam" significa paz e submissão. Paz consigo próprio e com o que o rodeia e submissão à vontade de Deus Único. Um outro significado, mais amplo, do "Islam", significa alcançar paz através da submissão à vontade de Deus. Esta é uma religião única, com um nome que representa uma atitude moral e o estilo de vida. O Judaísmo foi buscar o seu nome à tribo de Judá, o Cristianismo a Jesus Cristo, o Budismo a Goutam Buda e o Hinduísmo ao Rio Indus. Os Muçulmanos derivam a sua identidade da mensagem do Islam, não da pessoa de Muhammad (vulgarmente conhecido em Português por Maomé), ou seriam intitulados "Mahometanos / Maometanos/ Muhammadistas".
2. Quem é Allah?
Allah é a palavra Árabe para "Deus Único". Allah não é somente o Deus dos Muçulmanos. Ele é o Deus de toda a Criação, porque Ele é o seu Criador e Sustentador. "
3. Quem é o Muçulmano?
A palavra "Muçulmano" significa aquele que se submete à vontade de Deus, o que é conseguido pela declaração de que "não existe outra divindade além de Deus Único e Muhammad é o (último) Mensageiro de Deus". Num significado mais abrangente, qualquer um que voluntariamente se submeta à vontade de Deus é um Muçulmano. Assim, todos os Profetas que precederam o Profeta Muhammad são Muçulmanos. O Alcorão menciona especificamente Abraão, que viveu muito antes de Moisés e Cristo, como: "ele não era Judeu nem Cristão, mas sim um Muçulmano", porque se submeteu à vontade de Deus. Com efeito, há Muçulmanos que não se submetem de todo à vontade de Deus, assim como existem Muçulmanos que fazem o seu melhor por levarem uma vida Islâmica. Não se pode avaliar o Islam pelos indivíduos possuidores de um nome Islâmico cujas ações não evidenciam uma vivência nem um comportamento digno de Muçulmanos. As implicações de se ser Muçulmano podem ir de encontro ao grau de submissão de cada um à Vontade de Deus, nas suas atitudes e ações.
4. Quem foi Muhammad ?
Em poucas palavras, Muhammad (a Paz esteja com ele) nasceu no seio de uma tribo nobre de Mecca, na Arábia, no ano 570 d.C.. A sua linhagem descende do Profeta Ismael (a Paz esteja com ele), filho do Profeta Abraão (a Paz esteja com ele). O seu pai morreu antes do seu nascimento, e a sua mãe quando ele tinha somente seis anos. Não freqüentou uma escola oficial por ter sido primeiramente criado por uma ama, como era habitual nessa altura, e seguidamente pelo seu avô e tio. Durante a sua juventude, era conhecido pela sua retidão e por meditar numa gruta. Aos 40 anos de idade, foi-lhe concedido o estatuto de Profeta, quando o anjo Gabriel lhe apareceu na gruta. Subseqüentemente, as revelações surgiram ao longo de 23 anos e foram compiladas na forma de um livro chamado Alcorão, considerado pelos Muçulmanos como a derradeira e última palavra de Deus. O Alcorão foi preservado, inalterado, na sua forma original e confirma a verdade patente na Torah, nos Salmos e no Evangelho.
5. Os Muçulmanos adoram Muhammad?
Não. Os Muçulmanos não adoram Muhammad nem nenhum outro Profeta. Os Muçulmanos crêem em todos os Profetas, incluindo Adão, Noé, Abraão, David, Salomão, Moisés e Jesus (a Paz esteja com eles). Os Muçulmanos acreditam que Muhammad (a Paz esteja com ele) foi o último dos Profetas. Eles crêem que só Deus deve ser adorado, e não os seres humanos.
6. O que pensam os Muçulmanos de Jesus (a Paz esteja com ele)?
Os Muçulmanos têm Jesus (Paz esteja com ele) em elevada estima, bem como a sua digníssima mãe, Maria. O Alcorão diz-nos que Jesus (Paz esteja com ele) foi fruto de um nascimento miraculoso sem pai: "Vede! O exemplo de Jesus, perante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó, e então disse-lhe: Seja, e assim foi" (Alcorão 3:59).
Foram-lhe permitidos muitos milagres, como Profeta. Estes incluem falar, pouco depois do seu nascimento, em defesa da honra de sua mãe. Os outros dons que lhe foram concedidos por Deus incluem curar os cegos e os enfermos, ressuscitar os mortos, criar um pássaro do barro e, mais importante ainda, a mensagem da qual era portador. Estes milagres foram-lhe atribuídos por Deus para o estabelecer como Profeta. Segundo o Alcorão, ele não foi crucificado, mas sim elevado ao Céu. (Alcorão, Capítulo Mariam).
7. Os Muçulmanos têm seitas?
Os Muçulmanos não têm seitas. Os que seguem o Alcorão Sagrado e o Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele), de acordo com os seus dizeres e ações, são chamados Muçulmanos e os que, seguem somente os dizeres e perspectivas do imam Ali (r.a.a) são designados Shia (xia,xiaa,xiita, xiitas do ali). A maior parte dos Shia vivem no Irã, Líbano e Iraque, enquanto o resto do mundo é essencialmente Sunnah. Os Shia são entre 2 a 3 por cento da população Muçulmana.
8. Quais são os pilares do Islam?
São cinco os principais pilares do Islam:
1) a crença (Iman) no Deus Único e em que Muhammad (a Paz esteja com ele) é o Seu mensageiro;
2) a Oração (Salat), a ser efetuada cinco vezes por dia;
3) o Jejum (Siyam), requerido durante o mês do Ramadan;
4) a Contribuição obrigatória (Zakat), a parcela da riqueza dos abastados devida aos pobres;
5) a Hajj, que é a Peregrinação a Meca, uma vez na vida, caso seja possível física e financeiramente.
Todos os pilares deverão possuir o mesmo estatuto e preponderância, para dar à construção a sua forma e proporção devida.
Não é possível empreender a Hajj sem Jejuar, nem fazer a Oração regularmente. Pensem num edifício só com pilares. Não pode ser chamado de edifício. Para fazer um edifício, necessita ter um teto, necessita ter paredes, necessita ter portas e janelas.
Para o Islam, estas determinantes são os códigos morais Islâmicos, como a honestidade, a verdade, a prontidão e muitas outras qualidades morais humanas.
Assim, para se ser Muçulmano, dever-se-ão não só praticar os pilares do Islam, como também possuir os mais altos atributos que fazem um bom ser humano. Só assim o edifício se completa e é belo.
9. Qual o objetivo do culto no Islam?
O objetivo do culto no Islam é estar consciente de Deus.
Deste modo o culto, seja em forma de oração, jejum ou caridade, é uma maneira de se ter sempre consciência de Deus, para que, quando esta é atingida, a pessoa encontra-se numa posição mais vantajosa para a obtenção dos favores d'Ele, neste mundo e no Outro.
10. Os Muçulmanos acreditam na outra Vida?
Deus é Justo e manifesta a Sua justiça, tendo sido Ele quem estabeleceu o sistema de responsabilidade. Os que praticam o bem são recompensados e os que praticam o mal são punidos de acordo. Criou o Céu e o Inferno, para os quais existem critérios de admissão. Os Muçulmanos acreditam que a vida presente é temporária. É um teste que, caso o passemos, ser-nos-á dada uma vida de felicidade permanente e na companhia de boa gente, no Céu.
11. As boas ações dos não-crentes são irrelevantes?
Não, o Alcorão afirma categoricamente que "Quem tiver feito o bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á. E quem tiver feito o mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á". (Alcorão, 99:7-. Isto significa que os que não crêem, se tiverem praticado o bem, serão neste mundo recompensados pelas suas boa ações. Por outro lado, os que fazem o bem, se forem Muçulmanos, serão recompensados não só neste mundo como no Outro. Contudo, o Juízo final só a Deus pertence. (Alcorão, 2:62)
12. Qual a etiqueta de vestuário dos Muçulmanos?
O Islam dá ênfase à modéstia. Ninguém deverá ser visto como um objeto sexual. Existem linhas mestras a observar para os homens e para as mulheres, para que o seu vestuário não seja nem demasiado fino, nem demasiado justo para não revelar os contornos do corpo. Os homens devem pelo menos cobrir a área entre os joelhos e o umbigo, e as mulheres devem envergar vestuário que cubra tudo, menos as mãos e o rosto.
13. Quais as proibições do Islam relativamente à alimentação?
Aos Muçulmanos é dito, no Alcorão, que não comam porco ou derivados desse animal, carne de animais que tenham morrido antes de irem para o matadouro, ou de animais carnívoros (por estes comerem animais mortos), não bebam sangue nem bebidas intoxicantes como álcool, nem usem drogas ilícitas.
14. O que é a Jihad?
A palavra "Jihad" significa esforço, ou mais especificamente, esforçar-se pela causa de Deus. Todo e qualquer esforço no dia-a-dia pela causa de Deus pode ser considerada Jihad. Um dos níveis mais elevados da Jihad consiste em insurgir-se contra um tirano e proferir a palavra da verdade. O controlo de si próprio é igualmente uma grande Jihad. Uma das formas de Jihad é levantar armas em defesa do Islam ou de um país Muçulmano, quando o Islam é atacado. Este tipo de Jihad tem de ser declarado pela hierarquia religiosa ou governamental que segue o Alcorão e a Sunnah.
15. Como é o Ano Islâmico?
O Ano Islâmico principiou-se com a migração (Hijra = Hégira) do Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele) de Meca para Medina, no ano 622 d.C. É um ano lunar de 354 dias. O seu primeiro mês é designado por Muhar-ram. O ano 2007 d.C. (Era Cristã) equivale ao ano Islâmico 1428 d.H. (Era Hegiriana).
16. Quais são as principais festividades Islâmicas?
No islam só tem duas Festas:
Eid-ul-Fitr, que marca o fim do jejum durante o mês do Ramadan e é celebrado com orações públicas, festejos e troca de presentes.
Eid-ul-Adha, que marca o fim da Hajj ou Peregrinação anual a Mecca. Após as orações públicas, aqueles que podem sacrificam um cabrito ou cabra para simbolizar o significado da obediência do Profeta Abraão a Deus, mostrada pela sua prontidão em sacrificar o seu filho Ismael.
17. O que é a Shari'a?
A Shari'a é o nome dado ao conjunto das leis Muçulmanas, originado de duas fontes: o Alcorão e a Sunnah ou tradições do Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele). Cobre todos os aspectos da vida diária individual e coletiva. O objetivo das leis Islâmicas é a projeção dos direitos humanos básicos de cada indivíduo, como o direito à vida, propriedade, liberdade política e religiosa e a salvaguarda dos direitos das mulheres e das minorias. O baixo índice criminal das sociedades Muçulmanas deve-se à aplicação das leis Islâmicas.
18. Foi o Islam difundido 'pela espada'?
Segundo o Sagrado Alcorão, "Não há imposição quanto a religião" (2:256); como tal, ninguém poderá ser forçado a tornar-se Muçulmano. Embora seja verdade que em muitos locais onde os exércitos Muçulmanos libertaram pessoas ou terras, a espada foi usada por ser a arma utilizada na época; todavia, o Islam não se difundiu por meio da espada, como atesta o fato de em muitos locais onde hoje existem Muçulmanos, no Extremo Oriente, Indonésia, China, e muitas zonas de África, não subsistirem quaisquer registros da presença de exércitos Muçulmanos. Afirmar que o Islam foi espalhado pela espada equivale a dizer que o Cristianismo foi difundido com o auxílio de armas, F-16s e bombas atômicas, etc., o que não corresponde de todo à verdade. O Cristianismo foi difundido pelas obras missionárias dos Cristãos. Dez por cento de todos os Árabes são Cristãos. A "Espada do Islam" não foi bem sucedida na conversão das minorias não-Muçulmanas nos países Muçulmanos. Na Índia, onde os Muçulmanos governaram durante 700 anos, são eles próprios uma minoria. Nos EUA, o Islam é hoje a religião de crescimento mais rápido, com mais de 8 milhões de seguidores sem qualquer espada. Em França, o Islam é hoje a segunda religião, com mais de 5 milhões de seguidores sem qualquer espada. Em Portugal, onde os Muçulmanos governaram durante 700 anos, são eles próprios uma minoria. No entanto, atualmente, muitas vezes há conversões ao Islam, na Mesquita da Liga da Juventude Islâmica do Brasil, sem qualquer espada.
19. O Islam promove a violência e o terrorismo?
Não, o Islam é uma religião de paz e submissão que dá ênfase à santidade da vida humana. Um versículo do Alcorão refere [Capítulo 5, versículo 32] que, "quem salve uma vida, é como se tivesse salvo toda a humanidade, e quem matar outra pessoa (exceto em caso de assassínio ou malevolência na terra), é como se tivesse morto toda a humanidade."
O Islam condena toda e qualquer violência, como a que ocorreu quando das Cruzadas, em Espanha, na Segunda Guerra Mundial, ou devido a pessoas como o Rev. Jim Jones, David Koresh, Dr. Baruch Goldstein, ou ainda as atrocidades cometidas na Bósnia pelos Sérvios Cristãos. Quem cometa atos de violência não está decerto a praticar a sua religião.
Contudo, por vezes a resistência(chamada de violência ou terroristas pelos ocidentes) é a resposta humana à opressão de um povo, como acontece na Palestina e no Iraque. Eles encaram-na como uma forma de chamar a atenção para o seu problema.
Existe muito terrorismo e muita violência em áreas fora da presença Muçulmana. Por exemplo, na Irlanda, na África do Sul, na América Latina e no Sri Lanka.
Por vezes a violência deve-se a um conflito entre aqueles que têm e aqueles que não têm, ou entre os oprimidos e os opressores. Precisamos descobrir porque é que as pessoas se transformam em terroristas.
Infelizmente, os Palestinos que cometem atos de resistência são apontados como terroristas, mas não os colonos Judeus armados, quando fazem massacre, até aos seus. Como veio a ser o caso no atentado de Oklahoma City, por vezes os Muçulmanos são prematuramente culpados, mesmo que o terrorismo seja cometido por não-Muçulmanos. Por vezes aqueles que desejam a Paz e aqueles que a ela se opõem podem ser da mesma religião.
20. O que é o "Fundamentalismo Islâmico"?
O conceito do "Fundamentalismo" não existe no Islam. A mídia ocidental forjaou este termo para designar os Muçulmanos que desejam regressar aos princípios básicos fundamentais do Islam, e que moldam as suas vidas de acordo com isso. O Islam é uma religião de moderação e um Muçulmano praticante e temente a Deus não pode ser nem um fanático, nem um extremista.
21. O Islam promove a poligamia?
Não, a poligamia no Islam é uma permissão, não uma injunção. Historicamente, todos os Profetas à exceção de Jesus, que não era casado, tinham mais de uma esposa. O fato de os homens Muçulmanos terem mais de uma esposa deriva da permissão que lhes é concedida no Alcorão, não para satisfação da luxúria, mas para o bem-estar das viúvas e dos órfãos da guerra. No período pré-Islâmico, os homens tinham habitualmente muitas esposas. Um tinha 11 esposas e quando se tornou Muçulmano, perguntou ao Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele): "Que deverei fazer com tantas mulheres?" e ele respondeu: "Divorcia-te de todas, exceto quatro. O Alcorão afirma: "podes desposar 2 ou 3, ou até 4 mulheres, desde que sejas igualmente justo com cada uma delas" (4:3). Dado que é dificílimo ser eqüitativamente justo para com todas as esposas, na prática, a maioria dos homens Muçulmanos não têm mais de uma mulher. O próprio Profeta Muhammad (Paz esteja com ele), entre os 24 e os 50 anos de idade, foi casado com uma só mulher, Khadija. Na sociedade Ocidental, a maioria dos homens com uma só esposa têm relações extraconjugais. Como tal, foi publicada uma sondagem na "U.S.A. Today" (4 de Abril de 1988, Seção D) que questionava 4.700 amantes acerca do estatuto que desejavam. Disseram "preferir ser uma segunda mulher a ser a 'outra', por não terem direitos legais, nem a igualdade financeira das esposas legalmente casadas, como se estivessem apenas a ser usadas por estes homens.".
22. O Islam oprime as mulheres?
Não. Muito pelo contrário, o Islam elevou o estatuto das mulheres há 1400 anos, ao permitir-lhes o direito ao divórcio, à independência e apoios financeiros, e a serem identificadas como mulheres dignas (Hijab), quando no resto do mundo, incluindo a Europa, as mulheres não gozavam de nenhum destes direitos. As mulheres são iguais aos homens em todos os atos pios (Alcorão 33:32).
O Islam permite à mulher manter o nome de solteira depois do casamento, manter o dinheiro que ganha e gastá-lo a seu bel-prazer, e pedir a homens que a protejam de ser molestada na rua. O Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele) disse aos homens Muçulmanos: "O melhor de entre vós é aquele que é melhor para a sua família". Não é o Islam, mas sim alguns homens Muçulmanos que presentemente oprimem as mulheres. Isto deve-se aos seus hábitos culturais ou à sua ignorância sobre a religião que praticam.
A mutilação genital feminina é um costume Africano pré-Islâmico, praticado por não-Muçulmanos, como os Cristãos Coptas.
23. O Islam é intolerante para com as outras minorias religiosas?
O Islam reconhece os direitos da minoria. Para assegurar o seu bem-estar e a sua segurança, os governantes Muçulmanos impuseram-lhe um imposto (Jezia).
O Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele) proibiu os exércitos Muçulmanos de destruírem tanto Igrejas, como Sinagogas.
Os Judeus foram bem-vindos e floresceram na Espanha Islâmica, mesmo quando eram perseguidos no resto da Europa. Eles consideram essa parte da sua história como a Era de Ouro. Nos países Muçulmanos, os Cristãos vivem prosperamente, detêm cargos governamentais e vão à sua Igreja. Aos missionários Cristãos é permitido que estabeleçam e coloquem em funcionamento as suas escolas e hospitais. Todavia, esta mesma tolerância religiosa nem sempre está disponível para as minorias Muçulmanas, como se pode ver no passado, durante a Inquisição Espanhola e as cruzadas, e na atualidade, na Bósnia, em Israel e na Índia.
Os Muçulmanos reconhecem que, por vezes, as ações de um governante não espelham os ensinamentos da sua religião.
24. Qual a opinião Islâmica sobre:
O namoro, casamento temporário (mutaa - o casamento do prazer) e o sexo antes do casamento:
O Islam não aprova as relações íntimas entre os sexos, e proíbe sexo antes do casamento, bem como sexo extraconjugal. O Islam encoraja o casamento como um escudo para tais tentações e como uma forma de obter amor, compaixão e paz mútua.
A interrupção voluntária da gravidez:
O Islam encara o aborto como assassínio e não o permite, salvo para salvar a vida da mãe (Alcorão 17:23-31, 6:15 1).
A homossexualidade e a Sida:
O Islam opõe-se categoricamente à homossexualidade e considera-a um pecado. Não obstante, os médicos Muçulmanos são aconselhados a tratar os seus pacientes com Sida exatamente como tratariam os outros.
A eutanásia e o suicídio:
O Islam é contra o suicídio e a eutanásia. Os Muçulmanos não acreditam em medidas heróicas para prolongar a agonia de um doente terminal.
O transplante de órgãos:
O Islam dá ênfase à salvação de vidas (Alcorão 5:32); assim, os transplantes em geral são permitidos, desde que haja consentimento do doador. A venda do órgão não é permitida.
25. Como deverão os Muçulmanos tratar os Judeus e os Cristãos?
O Alcorão chama-lhes "O povo do Livro", aqueles que receberam as escrituras Divinas antes de Muhammad(a Paz esteja com ele). É dito aos Muçulmanos que os tratem com respeito e justeza, e que não entrem em conflito com eles, salvo se estes iniciarem as hostilidades ou ridicularizarem a sua fé. A esperança ulterior dos Muçulmanos é que todos se unam na adoração ao Deus único e se submetam à Sua Vontade.
- "Deixemos que a divisa do diálogo civilizacional seja o vers. 83 do Cap. 2 do Alcorão que diz: "Falai com brandura a todas as pessoas", e deixemos que a finalidade do diálogo seja a de adquirir a liberdade tão vasta como o universo. "Cheguemos a termos comum entre nós e vós: que não adoraremos ninguém senão Deus; que não Lhe associemos nenhum parceiro; e que não aceitemos outros por senhores além de Deus: e se depois eles se afastarem, dize-lhes: 'sede testemunhas que nós (pelo menos) submetemo-nos à Vontade de Deus'." (Cap. 3, vers. 64)".
26. Como Alguém se torna Muçulmano?
Simplesmente dizendo "Não há outro deus senão Allah e Muhammad é o Mensageiro de Deus", em árabe, "la ilaha illa Allah Muhammad rassul Allah". Com esta declaração, o crente anuncia sua crença em Deus, em todos os Seus mensageiros e nos livros que eles trouxeram, nos anjos, no Dia do Juízo Final e na Predestinação.
Em resumo, isto é ser muçulmano. Portanto, ao se defrontar com vizinhos, estudantes, empregados, operários, amigos muçulmanos não os veja como alienígenas, ou terroristas, ou fanáticos. Somos pessoas comuns que praticamos nossa religião em toda sua essência e apenas queremos ser respeitados por nossas convicções religiosas. E o respeito por nossa religião passa pela permissão de orar nos horários estabelecidos, pela forma de vestir, de jejuar e interagir socialmente de acordo com nossa crença.
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Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
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