Para atingir Hamas, Israel assassina mulheres e crianças em Gaza
O Governo israelense deu hoje “luz verde” ao Exército do país judeu para que intensifique as operações contra a Faixa de Gaza. A desculpa usada pelo governo sionista é de que os ataques servirão para pôr fim ao disparo de “rockets” contra o seu território. Horas depois, oito pessoas morreram num ataque aéreo contra a casa onde vivia a família de um dirigente do Hamas, na cidade de Gaza. Entre as vítimas do ataque estão uma mulher e duas crianças.
O Governo refere que operações deverão concentrar-se no Hamas e na Jihad Islâmica, os responsáveis pela suposta escalada de violência, mas não estão excluídas “medidas mais drásticas” caso não cessem os ataques contra Israel.
Esta manhã, o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert declarou o "estado de excepção" no sul do país, região que nos últimos dias tem estado na mira dos mísseis do Hamas que, segundo as autoridades israelenses, provocaram alguns feridos.
Ao final da tarde de hoje, helicópteros israelenses atacaram a casa de Khalil al-Haya, dirigente do Hamas em Gaza, provocando pelo menos oito mortos e 12 feridos, alguns dos quais em estado grave. Segundo fontes palestinas, as vítimas são familiares de Al-Haya, que não se encontraria em casa no momento do ataque.
O Governo israelense promete ainda uma ofensiva diplomática junto da comunidade internacional, para explicar as razões desta nova resposta militar. "Não há soluções milagrosas para parar os ‘rockets’. Cada solução é complexa e poderá ter várias consequências e é por isso que a nossa resposta será gradual", justificou Olmert.
Em declarações à AFP, um responsável israelense explicou que, para já, não está na mesa a opção de lançar uma operação terrestre de grande envergadura contra a Faixa de Gaza, de onde as forças hebraicas saíram no outono de 2005. Israel vai privilegiar “os ataques aéreos e as operações visando os chefes militares dos grupo islâmicos que disparam os mísseis”, afirmou o dirigente, que pediu para não ser identificado.
Trégua entre os palestinos
Diante da agressão israelense, os dois principais grupos políticos palestinos (Fatah e Hamas) consolidaram um cessar-fogo neste domingo ao declarar o fim formal de um surto de combates internos na faixa de Gaza.
Burhan Hammad, chefe da delegação de segurança do Egito, que intermediou o acordo naquele território litorâneo, disse que tanto o Fatah como o Hamas "assinaram um acordo segundo o qual concordam em pôr fim a todos os combates, pôr fim a todas as ostentações armadas e libertar todos os reféns".
O acordo aconteceu quando não havia relatos de combates entre os dois lados havia quase 24 horas, em um sinal de que aparentemente a mais recente série de acordos de trégua estava funcionando.
Os dois lados disseram que os ataques aéreos israelenses contra alvos de militantes nos últimos dias, em que 21 palestinos morreram, os estimulou a pôr fim às rivalidades internas.
"Prometemos ao nosso povo que faremos tudo o que pudermos para preservar o sangue do nosso povo e nunca mais voltar a essa luta repulsiva", disse Khalil al-Hayya, deputado do Hamas.
Um dia antes de ter sua residência bombardeada por caças israelense, Hayya exortou o Hamas e o Fatah "a se unirem no campo para confrontar os agressores", referindo-se a Israel.
Esta manhã, a Jihad Islâmica tinha ameaçado enviar “dezenas de mulheres suicidas” para se fazerem explodir junto aos militares israelenses em caso de uma nova ofensiva terrestre contra o território.
Fonte:vermelho
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